Perfil antropométrico de escolares do Instituto Estadual de Educação Anthropometric profile of students of State Institute of Education Perfil antropométrico de los estudiantes del Instituto Estatal de Educación |
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*Educadora Física. Pós-graduanda em Educação Interdisciplinar pela UNIESC/DOM BOSCO Licenciatura pelo CEFID/UDESC. Professora do Instituto Estadual de Educação **Educadora Física. Mestre em Ciência do Movimento Humano CEFID/UDESC Licenciatura pelo CEFID/UDESC. Professora do Instituto Estadual de Educação (Brasil) |
Gabriela Breggue da Silva* Ana Cláudia Kraeski** |
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Resumo A pesquisa teve por objetivo realizar um diagnóstico através da avaliação antropométrica de Índice de Massa Corporal (IMC) de estudantes do Instituto Estadual de Educação que estudam no 1º ano do Ensino Médio Inovador (EMI). Este estudo caracteriza-se como descritivo e foi realizado nas dependências da escola com 319 adolescentes com média de idade de 15 (±1,8) anos. O IMC foi calculado utilizando os valores de massa corporal e estatura (kg/m²), pelos alunos em sala. Encontrou-se prevalência de 74,72% dos alunos dentro do peso saudável, 14,73% de subnutrição, 10,68% sobrepeso e 1,88% de obesidade grau I. Observou-se uma média de 21,1kg/m², como extremo máximo de 32 kg/m² e extremo mínimo de 15,24 kg/m². Além dos dados encontrados o trabalho promoveu entre os educandos diálogos relacionados ao IMC e sua contextualização, seguindo o planejamento curricular da disciplina de educação física para o Ensino Médio Inovador. Unitermos: Índice de Massa Corporal. Ensino Médio. Educação Física escolar.
Resumen La investigación tuvo como objetivo realizar un diagnóstico a través de la evaluación antropométrica del índice de masa corporal (IMC) de los estudiantes del Instituto de Educación del Estado estudia en 1er año de la Escuela Secundaria Innovador (EMI). En este estudio se caracteriza como descriptivo y se llevó a cabo en la escuela con 319 adolescentes con una edad media de 15 (± 1,8) años. El IMC se calcula utilizando los valores de peso y talla (kg/m²), los estudiantes en el aula. La prevalencia del 74,72% de los estudiantes dentro del peso saludable, 14,73% de desnutrición, 10,68% y 1,88% del sobrepeso obesidad clase I. Se observó una media de 21,1 kg/m², como máximo extremo mínimo de 32 kg/m² y extrema de 15,24 kg/m². Además de los datos encontrados trabajo promovido diálogos entre los estudiantes relacionados con el IMC y su contexto, siguiendo la planificación del currículo de las clases de educación física para la Innovación escuela secundaria. Palabras clave: Índice de Masa Corporal. Educación Media. Educación Física.
Abstract The research aimed to make a diagnosis through anthropometric assessment of body mass index (BMI) of students of the State Institute of Education studying in 1st year of High School Innovator (EMI). This study characterized as descriptive and was performed at the school with 319 adolescents with a mean age of 15 (± 1.8) years. BMI was calculated using the values of body weight and height (kg/m²), the students in the classroom. The prevalence of 74.72% of the students within the healthy weight, 14.73% from malnutrition, 10.68% and 1.88% of overweight obesity class I. We observed an average of 21.1 kg / m², as extreme maximum of 32 kg/m² and extreme minimum of 15.24 kg/m². In addition to the data found work promoted among students dialogues related to BMI and its context, following the curriculum planning of physical education classes for high school Innovator. Keywords: Body Mass Index. Secondary Education. Physical Education.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 181 - Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O desafio da Educação Física (EF) escolar atual é a aproximação dos conteúdos apresentados em aula, sua utilização prática pelos educandos tanto na apropriação do gosto pela prática da atividade física quanto no conhecimento de seus benefícios. O Ensino Médio Inovador (EMI) segue indicativos de organização curricular que possibilitam a articulação interdisciplinar voltada para o desenvolvimento de saberes diversos, assim como conhecimentos, competências, valores e práticas (BRASIL, 2009).
As aulas de Educação Física neste período do processo educacional reforçam possibilidades de conhecer o movimento unindo abordagens e temas relacionando às diversas disciplinas. E de forma interdisciplinar a Educação Física deve estar voltada para o Ensino Médio tornando-a concreta para os alunos, eficiente dentro do contexto escolar e fazer parte interrelacionada com outras disciplinas em seu caráter educativo.
Os estudos de MEYER (2006) mostram que programas da Educação Física na escola, campo da educação em saúde, focalizados em temas variados como a nutrição, são muito eficientes em aumentar conhecimentos, em mudar atitudes e, com raras exceções, são ineficazes na mudança de práticas relacionadas à saúde.
Autores como ARAUJO (2008) e GUEDES (1995) afirmam que a composição corporal dos estudantes adolescentes sofre mudanças em uma direção desfavorável, exercendo forte influência nos padrões de atividade física e nutrição. Apesar do reconhecimento da importância da atividade física como fator de promoção da saúde e de prevenção de doenças, a prevalência de exposição a baixos níveis de atividade física é elevada e vem afetando cada vez mais adolescentes (TASSITANO, 2007).
Dessa forma torna-se oportuno a inclusão da avaliação antropométrica e da composição corporal em algum ponto do roteiro de planejamento das aulas de EF, evitando riscos nos quais precocemente podem ser corrigidos com direcionamentos e sugestões de ações que possam auxiliar na promoção do bem-estar desses adolescentes.
Sendo assim, o presente trabalho tem como objetivo geral descrever o perfil antropométrico dos escolares do primeiro ano do Ensino Médio do EMI de uma escola pública estadual localizada na cidade de Florianópolis, Santa Catarina.
Procedimentos metodológicos
Foi realizado um estudo de delineamento transversal descritivo para determinar o perfil antropométrico dos escolares matriculados no EMI em uma escola estadual localizada em Florianópolis, Santa Catarina. As aferições foram realizadas nas dependências da escola com 319 com média de idade de 15 (± 1,8) anos adolescentes participantes do primeiro ano do Ensino Médio.
O IMC é também conhecido como Índice de Quetelet (IMC = Peso em Kg / Estatura2 em metros). Esse índice classifica os indivíduos em desnutridos, eutróficos, sobrepeso e obesos. Utilizou-se nesta pesquisa os índices da Organização Mundial da Saúde que apresenta classificação própria para adolescentes. É importante lembrar que existem outros métodos para a avaliação do estado nutricional, mas esse talvez seja o mais simples e eficiente. O professor de Educação Física deve implantar projetos que acompanhem o crescimento e desenvolvimento dos adolescentes, encaminhando os casos de maior gravidade ao serviço especializado de saúde e junto à escola dar ênfase no trabalho de informação (SONATI, 2007).
A primeira etapa da coleta foi realizada a mensuração de massa e estatura. A estatura foi verificada através do uso de estadiômetro Sanny tipo trena, com 200 cm, com uma precisão de 01 mm, para aferição de massa foi utilizada Balança Britânia Eletrônica modelo: Be3, com escala de 100 gramas. O índice de massa corporal foi calculado utilizando os valores de massa corporal e estatura, (kg/m2) pelos alunos em sala. A segunda etapa foi a análise descritiva dos dados.
Resultados e discussão
Encontrou-se como resultado da pesquisa prevalência de 74,72% dos alunos dentro do peso saudável, número considerável de alunos dentro de um grupo não preocupante. Porém os valores resultantes das três categorias que merecem atenção se mostraram elevados sendo eles: 14,73% de subnutrição, 10,68% sobrepeso e 1,88% de obesidade grau I. Não foram encontradas prevalência de Obesidades graus 2 e 3.
Observou-se uma média de 21,1kg/m², como extremo máximo de 32k g/m² e extremo mínimo de 15,24 kg/m².
Os resultados encontrados foram semelhantes aos que aparecem nos estudos de ARAUJO et al com variações nos resultados entre excesso de peso e também índices de normalidade, o mesmo estudo mostra que há divergência nos resultados entre as diferentes regiões do Brasil.
Gráfico 1. IMC
Além dos dados encontrados o trabalho promoveu entre os educandos diálogos relacionados ao IMC e sua contextualização, seguindo o planejamento curricular da disciplina de educação física para o Ensino Médio Inovador. No processo avaliativo os educandos participaram de todas as etapas do estudo desde a concepção da idéia da pesquisa, coleta de dados, cálculos, busca bibliográfica aos resultados o que fortaleceu o interesse pela disciplina e a apreensão do conhecimento de forma concreta e eficaz.
Para Braga et al (2007) na adolescência é fundamental conhecer os riscos desta fase para prevenir problemas futuros, já que é nesse período que a grande transformação corporal ocorre, podendo ser um período de vulnerabilidade e risco, necessitando de atenção e cuidado.
Os professores de Educação Física em sua completude podem intervir no processo educacional dos adolescentes, acrescentando em suas aulas, discussões de temas emergentes, e que através do movimento seja possível alcançar mudanças conceituais, mas principalmente atitudinais, possibilitando que se tornem cada vez mais críticos e discernidores de informação.
Referências
ARAUJO, Joamira et al. Perfil antropométrico de escolares do Cefet-Cariri. II Congresso de Pesquisa e Inovação da Rede Norte Nordeste de Educação Tecnológica de João Pessoa. 2008.
ARAUJO, Valbério Candido de et al. Prevalência de excesso de peso em adolescentes brasileiros: um estudo de revisão sistemática. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, p. 79-87.
BRASIL. Ministério da Educação. Coordenadoria Geral de Ensino Médio. Programa Ensino Médio Inovador – Documento Orientador. [S.l.: s.n.], 2009.
GUEDES, D. P. & GUEDES, J. E. Aptidão física relacionada à saúde de crianças e adolescentes: avaliação referenciada por critérios. Revista Brasileira de Atividade Física e Saúde, v. 1, n. 2, p. 27-38, 1995.
MARTÍNEZ, Inmaculada Failde et al. Perfil Antropométrico y Prevalencia de Sobrepeso de los Escolares de Ubrique, Cádiz. Revista Española de Salud Pública, v. 72, n. 4, p. 357-364, jul./ago., 1998.
MEYER, Dagmar E. Estermann et al. “Você aprende. A gente ensina?” Interrogando relações entre educação e saúde desde a perspectiva da vulnerabilidade. Caderno de Saúde Pública, v. 22, n. 6, p. 1335-1342, jun, 2006.
REIS, Caio Eduardo G. et al. Panorama do estado antropométrico dos escolares brasileiros. Revista Paulista de Pediatria, v. 29, n.1, p. 108-16, 2011.
SANTOS, A. L. B.; LEÃO, S. C.S. Perfil antropométrico de pré-escolares de uma creche em Duque de Caxias, Rio de Janeiro. Revista Paulista de Pediatria, v. 26, n. 3, p. 218-24, 2008.
SANTOS, Jailda Silva et al. Perfil antropométrico e consumo alimentar de adolescentes de Teixeira de Freitas – Bahia. Revista de Nutrição, Campinas, v. 18, n. 5, p. 623-632, set./out., 2005.
SONATI, J. G. et al. Estado nutricional e crescimento saudável dos escolares. In: Atividades Física e qualidade de vida na escola: conceitos e aplicações dirigidos à graduação em Educação Física. Roberto Vilarta, Estela Marina Alves Boccaletto (ORGS.) Campinas, SP: IPES, 2008.
SONATI, J. G.; VILARTA, R. Estado Nutricional. In: Alimentação Saudável, atividade física e qualidade de vida. Campinas, IPES Editorial, 2007. p 81.
TASSITANO, Rafael Miranda et al. Atividade Física em adolescentes Brasileiros: uma revisão sistemática. Revista Brasileira de Cineantropometria e Desempenho Humano, v. 9, n. 1, p. 55-60, 2007.
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