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Principais obstáculos físicos que interferem na acessibilidade

a locais públicos de lazer de Pelotas, RS: uma visão do idoso

Principales obstáculos físicos que interfieren en la accesibilidad a los lugares 

públicos de recreación de Pelotas, RS: una visión desde la persona mayor

 

*Fisioterapeuta, mestrando em Educação Física

pela Universidade Federal de Pelotas (UFPel)

**Fisioterapeuta, professora

da Universidade Católica de Pelotas (UCPel)

William Macedo da Silva*

Marilene Rabuske**

will.macedos@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Objetivo: Este estudo buscou identificar os principais obstáculos físicos que interferem no acesso do idoso aos locais públicos de lazer de Pelotas/RS. Metodologia: Foram entrevistados 72 idosos (9 em cada posto de coleta) que utilizam locais públicos de lazer, sendo que as coletas de dados foram feitas em 8 Unidades Básicas de Saúde (UBS) que pertencem ao Estratégia Saúde da Família (ESF), salienta-se que nesta cidade existem 17 UBS com ESF e estas foram sorteadas aleatoriamente. Resultados: A presente amostra apresenta uma semelhança entre as UBS analisadas, havendo o domínio do sexo feminino, do ensino fundamental incompleto, de idosos aposentados com renda de até um salário mínimo, realizando atividades de lazer nos próprios bairros, além disso, apontam a falta de manutenção e os pisos irregulares como agravantes da sua acessibilidade, outro ponto que chama atenção e que muitos idosos desconhecem o que lhe serve de empecilho para o usufruto do local público de lazer que freqüenta. Conclusão: Os dados apontados demonstram que a cidade de Pelotas possui diversos obstáculos físicos que dificultam o acesso nos locais públicos de lazer e que ainda existe um agravante para isto, pois é notável que grande parte dos idosos desconhecem o seu direito assegurado de freqüentar estes locais de forma total e segura.

          Unitermos: Idoso. Atividades de lazer. Barreiras arquitetônicas.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 181 - Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    No começo do século XX, no Brasil, a expectativa de vida atingiu a idade de 33,7 anos. Atualmente as pessoas que vivem em países desenvolvidos têm uma expectativa de vida ao redor dos 80 anos e nos demais países, em torno de 70 anos.1 O aumento da população idosa no mundo constitui um tema de debate entre pesquisadores, gestores sociais e políticos de vários países. Como já constatado por inúmeros estudos, a população brasileira, também, vem envelhecendo de forma rápida. Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatístico (IBGE), com base no Censo 2000, os idosos eram cerca de 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do país.2 O Instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento.3 Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%; em 1991, ele correspondia a 7,3% da população.2 Em Pelotas/RS, os dados referentes ao Censo 2010 do IBGE demonstram que residem nesta cidade aproximadamente 328.275 de habitantes e que 15.3% deste valor é representado pela população de idosos.4

    O envelhecimento biológico natural provoca no organismo do indivíduo alterações bioquímicas, morfológicas e fisiológicas.5 Este fato altera a capacidade do indivíduo se deslocar no espaço e acessar diferentes locais. Em vista disto, os estudos em acessibilidade, se preocupam em criar condições para que este indivíduo obtenha o alcance, percepção e entendimento para a utilização com segurança e autonomia de diversos locais como edificações, espaços públicos, mobiliários e até mesmo equipamentos urbanos.6,7 Os idosos possuem o seu direito assegurado de liberdade, ou seja, de ir, vir e estar nos logradouros públicos e espaços comunitários, ressalvadas as restrições legais, além disso, é garantido o direito a educação, cultura, esporte, lazer e diversões.8

    A cidade de Pelotas, como em outras cidades, ainda carece de planejamento na construção de espaços públicos relacionados ao lazer do idoso. É notável a ausência de rampas, pisos, iluminação, entre outros meios que facilitem o acesso da pessoa idosa ou deficiente físico ao local que deseja freqüentar.

    A partir disso, este estudo buscou identificar os principais obstáculos físicos que interferem no acesso do idoso aos locais públicos de lazer de Pelotas/RS.

Metodologia

    O estudo apresentou característica descritiva, sendo realizado com idosos freqüentadores das Unidades Básicas de Saúde (UBS) da Vila Municipal, Barro Duro, Arco Íris, Sítio Floresta, Sanga Funda, Corrientes, Simões Lopes e Vila Princesa, todas estas pertencentes à Estratégia Saúde da Família (ESF). A escolha dessas unidades se deu a partir de um sorteio realizado pelo pesquisador, onde foram incluídas todas as 17 unidades que apresentam a ESF no município de Pelotas. Diante deste sorteio, 8 unidades, representando aproximadamente 50% destas, foram selecionadas para o estudo. A coleta de dados iniciou a partir da aprovação do estudo pela Secretaria Municipal de Saúde de Pelotas (SMS).

    Os dados foram colhidos durante os meses de janeiro e fevereiro de 2011, através de uma entrevista aplicada aos idosos que utilizam o serviço de saúde da UBS e que utilizam os locais públicos de lazer, no período de segunda-feira à sexta-feira, salientando que não houve uma data máxima de visitas, o local de coleta só foi concluído após a realização de 9 entrevistas com idosos que freqüentassem locais públicos de lazer de Pelotas/RS. As entrevistas foram aplicadas de forma individual em um local reservado de cada posto de coleta, onde os idosos foram abordados e esclarecidos sobre o trabalho e isenção de riscos para posteriormente participarem da pesquisa.

    A análise dos dados foi realizada de forma descritiva com o objetivo de caracterizar a amostra do presente estudo em relação as suas variáveis demográficas, socioeconômicas, de saúde e gerais. Além disso, o trabalho teve a intenção de identificar os principais obstáculos físicos, que interferem no acesso do idoso nos locais públicos de lazer de Pelotas/RS.

    O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa em Seres Humanos da Universidade Católica de Pelotas (UCPel) e todos os idosos, após a aceitação de participar da pesquisa, assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido.

Resultados

    A amostra do estudo foi composta por 72 idosos, 9 de cada UBS, que freqüentam locais públicos de lazer e que estavam realizando algum tipo de procedimento ou atendimento nas UBS ligadas ao ESF no momento da entrevista.

    Para facilitar a visualização dos resultados, os dados serão apresentados a partir das zonas de abrangência de cada UBS. Dos postos de coleta de dados, 5 pertencem a Zona Norte (Arcos Íris, Sanga Funda, Sitio Floresta, Vila Princesa e Vila Municipal) que serão apresentados na Tabela 1, além disso, um pertence ao 3º distrito de Pelotas (Corrientes), um a Zona do Fragata (Simões Lopes) e outro a zona do Areal-Praias (Barro Duro). Estes três últimos serão representados na Tabela 2.

Tabela 1. Descrição da amostra da Zona Norte em relação às variáveis relacionadas ao idoso

    A seguir serão destacadas a relação dos locais públicos de lazer e a visão dos idosos da zona norte de Pelotas. No Arco Íris, os três locais de lazer mais citados pelos idosos foram às ruas do bairro para caminhadas com 33.34%, 22.22% vão às praças do bairro e 22.22% freqüentam os terrenos do bairro. Além disso, 44.44% dos idosos relatam que visitam de 2 a 3 vezes por semana o local de lazer é que 77.78% relatam freqüentar os locais públicos de lazer com facilidade e apenas 22.22% não conseguem acessar com facilidade, 44.45% acredita que os locais públicos de lazer são regulares em relação ao seu acesso devido às barreiras físicas, 88.89% não deixou de freqüentar o local público de lazer devido às condições de acesso. Os idosos explanaram os obstáculos físicos que interferiam no seu acesso, sendo os três mais destacados com 35.7% a falta de manutenção, 28.56% falta de barras de apoio, 21.42% o piso irregular e a consideração final dos idosos do bairro Arco Íris sobre as condições de acessibilidade nos locais públicos de Pelotas, é que 44.44% considera como regular.

    No Bairro Sanga Funda, os locais de lazer mais freqüentados foram com 50% o Calçadão Central de Pelotas, 12.6% praia do Laranjal e 12.5% às ruas do bairro para caminhadas. Além disso, 44.45% relatam que visitam ocasionalmente o local público de lazer, 55.55% freqüentam os locais públicos de lazer com facilidade, 55.56% acredita que o local seja muito bom em a presença de barreiras físicas, 100% da amostra não deixou de freqüentar o local público de lazer devido às condições de acesso. Os idosos da Sanga Funda apresentaram os mesmos valores e obstáculos físicos destacados pelo bairro anterior. A consideração final dos idosos do bairro Sanga Funda sobre a condição e a acessibilidade nos locais públicos de Pelotas, é de 44.44% como boa.

    Na UBS do bairro Sitio Floresta 66.67% dos idosos realizam suas atividades de lazer nas ruas do bairro, 11.11% praça central (Coronel Pedro Osório) e 11.11% terrenos do bairro; 33.34% visitam de 2 a 3 vezes por semana o local de lazer, 100% freqüentam o locais públicos de lazer com facilidade, 77.78% acha que o local que freqüenta é bom relacionado à barreira física que apresenta, 55.56% não deixou de freqüentar o local público de lazer devido às barreiras físicas, os obstáculos físicos mais relatados foram com 35.7% iluminação precária, 28.57% a falta de manutenção, e 21.43% não sabe opinar. A consideração final dos idosos do bairro Sítio Floresta sobre a condição e a acessibilidade nos locais públicos de Pelotas, é que 33.33% consideram como regular e 33.33% não sabe opinar.

    Na Vila Municipal, os idosos freqüentam com 50% o Calçadão Central de Pelotas, 12.6% a praia do Laranjal e 12.5% outros locais; 22.23% dos idosos relatam que visitam de 2 a 3 vezes por semana o local de lazer, 55.56% freqüentam os locais públicos de lazer com facilidade, em relação de como o idoso considera o local público de lazer que mais freqüenta, relacionando a presença de barreiras físicas, 55.56% acha muito bom, 100% da amostra não deixou de freqüentar o local público de lazer devido ao seu acesso precário, os obstáculos físicos mais destacados foram 35.7% relatam a falta de manutenção, 21.43% falta de barras de apoio, 28.56% o piso irregular. A consideração final dos idosos do bairro Vila Municipal é 44.45% boa, sobre a condição e a acessibilidade nos locais públicos de Pelotas.

    Na Vila Princesa, em relação ao local de lazer que estes idosos mais freqüentam com 37.5% o Calçadão Central de Pelotas, 18,75% terrenos e 37,5% caminhadas na rua do bairro; 77.78% dos idosos relatam que visitam de 2 a 3 vezes por semana o local de lazer, 77.78% relatam freqüentar os locais públicos de lazer com facilidade, 44.45% acha bom o local publico de lazer que mais freqüenta relacionando a presença de barreiras físicas, 77.78% não deixou de freqüentar o local devido às barreiras físicas. Os obstáculos físicos que mais interferiam no seu acesso foram com 29.44% o piso irregular, 17.64% falta de rampas e 23.52% não sabe opinar. A consideração final dos idosos do bairro Vila Princesa sobre a condição e a acessibilidade nos locais públicos de Pelotas, é que 33.34% acreditam que seja muito boa e 33.33% boa.

    Os dados de descrição da amostra do 3º distrito de Pelotas (Corrientes), Zona Areal-Praias (Barro Duro) e Zona Fragata (Simões Lopes) serão apresentados na tabela abaixo.

Tabela 2. Descrição do 3º Distrito, Zona Fragata, Zona Areal-Praias em relação às variáveis relacionadas ao idoso, respectivamente

    No 3º distrito de Pelotas (UBS do Corrientes), em relação ao local de lazer que estes idosos mais freqüentam são as ruas do distrito com 33.33%, 22.22% vão às praças do distrito e 22.22% freqüentam terrenos; 44.44% dos idosos relatam que visitam de 2 a 3 vezes por semana o local de lazer, 77.78% freqüentam os locais públicos de lazer com facilidade, 44.45% considera o local público de lazer que mais freqüenta relacionando a presença de barreiras físicas como regular 55.56% não deixou de freqüentar o local de lazer devido às condições de acessibilidade. Os obstáculos físicos que interferiam no seu acesso foram 35.7% a falta de manutenção, 28.56% falta de barras de apoio, 21.42% o piso irregular. Por conseguinte, 44.45% consideram a condição e a acessibilidade nos locais públicos de Pelotas como boa.

    Na Zona do Fragata (UBS do Simões Lopes), os locais de lazer mais citados foram com 44,45% o Calçadão Central de Pelotas, 22.22% praia do Laranjal e 22.22% caminhadas nas ruas do bairro; 55.56% visitam ocasionalmente estes locais, 88.89% relatam que freqüentam os locais públicos de lazer com facilidade, 44.45% classifica como regular o local público de lazer que mais freqüenta relacionando a presença de barreiras físicas, 66.67% não deixou de freqüentar o local devido à presença de barreiras físicas. Os obstáculos físicos que interferem no seu acesso sendo destacado que 33.34% o piso irregular, 33.33% não sabe opinar e 22.22% relatam a falta de manutenção. A consideração final dos idosos do bairro Simões Lopes é que 44.45% acredita que a condição e a acessibilidade nos locais públicos de Pelotas seja boa.

    Na zona Areal-Praia, a UBS do Barro Duro, obteve como resultados em relação ao local de lazer que estes idosos mais freqüentam, com 33.33% o Calçadão Central de Pelotas, 22.22% vão as praças do bairro e 22.22% freqüentam a praia do Laranjal; 44.44% dos idosos relatam que visitam ocasionalmente o local de lazer, 88.89% relatam freqüentar os locais públicos de lazer com facilidade, 55.55% relata que o local que freqüenta possui boas condições, 77.78% não deixou de freqüentar o local público de lazer devido às condições de acesso. Os obstáculos físicos que interferiam no seu acesso foram com 49.98% o piso regular, 35.7% falta de manutenção, 14.28% a iluminação precária. A consideração final dos idosos do bairro Barro Dura sobre a condição e a acessibilidade nos locais públicos de Pelotas é que 88.89% da amostra considera como boa.

Discussão

    Os dados apresentados no presente trabalho demonstram, uma amostra semelhante, onde houve o domínio no sexo feminino, do ensino fundamental incompleto, de indivíduos casados e idosos aposentados. Um quesito importante a ser ressaltado, é que a pesquisa foi realizada em UBS pertencentes ao ESF e nestes locais de saúde observa-se um maior número de mulheres entre os usuários.

    Por um lado, associa-se a ausência dos homens ou sua invisibilidade, nesses serviços de saúde, a uma característica da identidade masculina relacionada a seu processo de socialização associando à desvalorização do autocuidado e à preocupação incipiente com a sua saúde.9 As mulheres apresentam mais e freqüentemente doenças de curta duração, sintomas habituais, doenças agudas ou transitórias.10 Em vista disso, buscam mais os serviços de saúde e por sua vez realizam tratamento acompanhado, diminuindo a morbidade.

    Quando analisada a condição de acessibilidade de Pelotas nos locais públicos de lazer, observamos que a maioria dos idosos acredita que a cidade esteja com boas condições de acessibilidade. No entanto, grande parte dos idosos relata que a falta de manutenção, o piso irregular, ausência de barras de apoio e iluminação precária são empecilhos para suas atividades em locais públicos de lazer.

    Em um estudo realizado em São Paulo, que verificou as condições da cidade em termos de acessibilidade, tendo a visão de indivíduos cadeirantes e não cadeirantes demonstrou que as calçadas, buracos e desníveis são apontados como os principais obstáculos para livre circulação do entrevistado.11 Outro estudo realizado na cidade de Pelotas em 2008 apontou que as calçadas altas, desníveis, ausência de rampas e o transporte público coletivo sem adaptações eram fatores apontados como agravantes da péssima acessibilidade na cidade. 12

    Podemos associar também a relação do seu entendimento sobre as condições de acessibilidade dos locais públicos de lazer, com a sua baixa renda e escolaridade, pois nota-se que os indivíduos mantém dominantemente suas atividades de lazer nos próprios bairros e também relatam desconhecer direitos associados à acessibilidade, estatuto do idoso e barreiras físicas. Postula-se que, o ganho de até um salário mínimo impossibilita que o individuo idoso possa freqüentar locais mais distantes dos bairros e ter acesso à informação.

    Outro fato marcante é o domínio de atividade física nas ruas dos bairros como caminhadas. Existem inúmeros benefícios que a prática de exercícios propicia ao indivíduo. Encontramos na literatura que através do exercício físico ocorre no organismo um aumento da força dinâmica, do pico da capacidade de exercício, da endurance submáxima, diminuição dos valores de percepção subjetiva de esforço durante exercício intenso e relatos de melhora da função nas atividades vigorosas da vida diária.13,14 Este fato é muito importante para o idoso, pois minimiza as principais alterações biológicas provenientes do envelhecimento como a diminuição da massa muscular e da densidade óssea, perda da força muscular, deficiência da agilidade, coordenação motora, do equilíbrio, da mobilidade articular, maior trabalho ventilatório aos esforços e diminuição no tempo de condução nervosa.5

    As áreas livres públicas de lazer, além de possibilitar acesso gratuito e irrestrito a qualquer grupo social, proporcionam ao idoso o contato com a natureza, facilitam a interação com outras pessoas, promovem bem estar físico, permitem a prática esportiva ao ar livre, e propiciam contato com outros indivíduos que é importante fator de relação para a prevenção da depressão e também à luz solar que é um elemento atuante na formação de vitamina D, essencial para o metabolismo humano, mais precisamente do sistema ósseo.15,16

    Vale ressaltar que, nesta pesquisa os idosos predominantemente não deixaram de exercer suas atividades de lazer nos locais públicos de lazer. Este fato é questionável e pode-se levantar algumas questões, como por exemplo, se os idosos conseguem identificar o alvo que dificulta o seu acesso, se tem à consciência espacial de melhoria do ambiente ou se simplesmente desconhece a influência das barreiras na execução da sua atividade de lazer. Por outro lado, um estudo realizado em Pelotas, associou que os indivíduos que possuem suas atividades de lazer nos locais públicos dos bairros que residem, não apresentam tanta dificuldade para acessar, pois acredita-se que estes indivíduos já identificam os obstáculos e provavelmente acabam se sentindo à vontade com as barreiras, pois são capazes de freqüentar o local mesmo sem haver adaptações que poderiam facilitar o seu acesso. 12

Conclusão

    Podemos considerar o fato da visão dos idosos ser relativamente boa sobre as barreiras físicas de Pelotas nos locais públicos de lazer, com a relação do baixo grau de escolaridade e reduzido poder aquisitivo, associando estes com o acesso à informação. Também é importante ressaltar que os obstáculos físicos referidos por estes idosos são semelhantes aos retratados em outros estudos, como as calçadas com pisos irregulares, a falta de manutenção e a ausência de barras de apoio.

    Vale salientar que, estratégias de saúde pública devem ser propostas pela política para reverter essa situação e elucidar os idosos. Além disso, é notável a quantidade reduzida de trabalhos científicos tendo como autores fisioterapeutas, que abordem a acessibilidade do idoso a locais públicos de lazer.

    Portanto, este trabalho pretendeu expandir as linhas de pesquisa relacionadas a este tema, buscando estimular novos conhecimentos que alterem a reflexão da sociedade sobre o bem estar do idoso a partir do usufruto seguro e total dos locais públicos de lazer, alterando por sua vez, as barreiras físicas que servem de empecilho para gozo dos direitos de acesso.

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  4. IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. IBGE Perfil das Cidades Pelotas/RS [acessado em 2011 maio 28] Disponível em: http://www.ibge.gov.br/cidadesat/painel/painel.php?codmun=431440#

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