Miostatina: uma breve síntese sobre essa poderosa proteína La miostatina: una breve síntesis sobre esta poderosa proteína |
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Graduação em Educação Física Centro Universitários das Faculdades Associadas de Ensino Mestre em Ciências Fisiológicas - Ufscar/UNESP |
Anderson Geremias Macedo (Brasil) |
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Resumo A miostatina é uma proteína que faz parte tgfβ tem uma participação importante no desenvolvimento celular, ploriferação, diferenciação, adesão, migração e apopitose. Esta proteína foi descoberta em meados de 1990, a partir de um fenômeno chamado “double muscle”. Ela é secretada pelas células musculares agindo sobre a mesma como um inibidor de seu crescimento, constituindo um fator limitante em desenvolvimento muscular normal. A miostatina está principalmente expressa nas fibras muscular de contração rápida quando a comparado a de contração lenta. Embora isso já tenha sido confirmado, as trilhas os quais levam a essas diferenças ainda permanecem desconhecidas. Muitos estudos tem focado intervenções terapêuticas sobre a miostatina, desta maneira diminuindo assim a atrofia muscular. O exercício físico tem sido uma forma de tratamento utilizado onde parece diminuir a expressão da miostatina prevenindo assim a atrofia. Por esta sua poderosa ação o bloqueio da sinalização da miostatina seja um dos candidatados de maior potencial para o abuso do esporte, já que o ganho de massa muscular pode ser decisivo em termos de performance. Unitermos: Miostatina. Musculatura esquelética. Doping genético. Exercício físico.
Abstract Myostatin is a protein that is part tgfb has an important role in cell development, ploriferação, differentiation, adhesion, migration and apopitose. This protein was discovered in mid-1990 from a phenomenon called "double muscle". It is secreted by muscle cells acting on it as a growth inhibitor and is a limiting factor in normal muscle development. Myostatin is expressed mainly in fast-twitch muscle fibers when compared to slow twitch. Although this has already been confirmed, the trails which lead to these differences remain unknown. Many studies have focused on therapeutic interventions myostatin, thereby diminishing muscle atrophy. Exercise has been a form of treatment used which seems to reduce myostatin expression thereby preventing atrophy. For this his mighty deed blocking myostatin signaling is one of decisive greater potential for abuse of the sport, since the gain of muscle mass can be decisive performance. Keywords: Myostatin. Skeletal muscle. Gene doping. Exercise.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 181 - Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O TGFβ é uma superfamília de fatores de crescimento eles tem um papel consideravelmente importante na regulação ontogênica e fisiológica do músculo esquelético. A TGFβ tem uma participação importante no desenvolvimento celular, proliferação, diferenciação, adesão, migração e apopitose (LEE, 2004). Especialmente no músculo esquelético membros da família dos TGFβ tem sido alvo de muitos estudos, pois parece ter efeitos potentes tanto na desenvolvimento da massa muscular quanto no pós natal pos-natal atuando como um regulador negativo do desenvolvimento muscular (ARNOLD, 2001). A miostatina tem sido muito pesquisada em vários campos. Ela difere de outras proteínas das famílias dos TGFB por ser expressa quase exclusivamente no músculo esquelético.(LEE, 2004).
História da miostatina
E meados de 1990, foi descoberta a miostatina, uma proteína também conhecido como fator de diferenciação e crescimento -8 ou (GDF-8) (LEE, 2004). Esta proteína teve a atenção de pesquisadores voltadas para ela a partir de um fenômeno assim chamado de “Double muscle” encontrado em gado Belga Blu. Devido a sua grande e hipertrofia e hiperplasia, usando técnicas genéticas, McPherron (19997), identificou uma mutação do gene da miostatina mostrando que esta não era expressa. Isso levou a uma grande hipertrofia e hiperplasia observada nessa espécie de gado. Posteriormente o mesmo pesquisador produziu camundongos “Knockout” do gene da miostatina comprovando seus efeitos sobre a musculatura esquelética (MCPHERRON, 2002). Interessante Shuelke et al (2004) encontrou o primeiro caso de mutação desta proteína em uma criança alemã.
Ações fisiológicas
A miostatina tem sido vista com um regulador de crescimento inicial e também no desenvolvimento no período de vida embriogênica e fetal, mas porém no indivíduo adulto sua expressão é muito menor (MCPHERRON, 1997). Ela é secretada pelas células musculares agindo sobre a mesma como um inibidor de seu crescimento, constituindo um fator limitante em desenvolvimento muscular normal. (GONZALEZ, 1998). Basicamente sua ação se dá em um decréscimo da proliferação celular, através do aumento da p21 e no processo da diferenciação inibindo a Myo D e Myogenim através do seu sinalizador intracelular smad3 (MATSAKA, 2004). Em cultura de células de mioblastos o aumento da sinalização intracelular smad3 onde teve uma inibição da Myod. (MCFARLENE, 2006). Além disso tem também participação do aumento da ubiquitinas ligases que são responsáveis pela ativação do sistema proteolíticos. A sua sinalização intracelular da miostatina ainda não está totalmente elucidada, estudos sugerem que ocorra uma interação com receptores de membrana ActrIIb, menor intensidade ActIIA (LEE,2004).
A miostatina está principalmente expressa nas fibras muscular de contração rápida quando a comparado a de contração lenta. Embora isso já tenha sido confirmado, as trilhas os quais levam a essas diferenças ainda permanecem desconhecidas (MATSAKA, 2005). No trabalho Medias et al. (2006) verificou a expressão da miostatina em camundongos com genes nocauteados, observou-se maior expressão desta proteína no músculo EDL comprado ao músculo sóleo, onde também verificou uma maior expressão do receptor ActrII no EDL, porém isto ainda necessita de pesquisas futuras. Também foi encontrado em ratos os quais apresentaram atrofia muscular devido ao aumento da expressão da miostatina principalmente de contração rápida do tipo IIx e IIb (LALANI et al., 2005).
Patologias e miostatina
A Musculatura esquelética tem a característica de se adaptar a estímulos seja ambientais e patológicos.Alguns estímulos patológicos como desenervação, HIV, câncer, síndrome de Duchene ou uso de glicocorticóides tem observado o aumento da expressão da miostatina acompanhada da atrofia muscular. O trabalho Kun (2002) mostrou que ratos tratados com dexametasona houve um significante aumento da expressão da miostatina. Já o trabalho de Gonzáles (1998) através de imunoreatividade demonstrou que a expressão da miostatina está aumentada em homens saudáveis quando comparado a homens infectado com o vírus HIV. Fatores ambientais como a microgravidade também parece aumentar sua expressão, em um trabalho onde ratos foram mandados para vôo espacial, ao retornarem verificou-se a perda de massa muscular e aumento expressão da miostatina (LALANI, 2000). Em casos de desnervação muscular em pacientes vitimas de lesão ou acidentes tem observado uma aumento da expressão da miostatina. (ZANG, 2007).
Formas terapêuticas
Muitos estudos tem focado intervenções terapêuticas sobre a miostatina, desta maneira diminuindo assim a atrofia muscular. O estudo MCPHERRON (2002) onde nocautearam o seu gene mostrou ser um tratamento eficaz, pois verificou grande hiperplasia e hipertrofia dos camundongos nocautes comparado com o grupo controle. Já outro estudo mostrou a miostatina pode ser um agente para combater a obesidade (ZHAO et al., 2005).
O exercício físico tem sido uma forma de tratamento utilizado onde parece diminuir a expressão da miostatina prevenindo assim a atrofia muscular. O trabalho de KIM et al. (2005) homens e mulheres de diferentes faixa etária submetidos a única sessão de treinamento já foi suficiente para a diminuição da expressão do Rnam da miostatina. Já Roth et al. (2009) demonstraram que após 9 semanas de treinamento com exercício resistido homens e mulheres também tiveram uma redução da expressão da miostatina. Até o presente momento as pesquisas tem apontado o exercício físico e a terapia genética tem sido uma forma terapêutica interessante para diminuir a expressão da miostatina.
Perspectivas futuras: doping genético
A miostatina é um inibidor que pode ser usado para fins como patologias muscular, inibição de atrofia muscular entre outros. Para isso diversas pesquisas tem sido realizadas (GUIZONI et al., 2010). Acredita que bloqueio da sinalização da miostatina seja um dos candidatados de maior potencial para o abuso do esporte, já que o ganho de massa muscular pode ser decisivo em alguns esportes (ARTIOLI et al., 2007). Embora a utilização desses bloqueadores como recurso ergogênico ainda esteja um pouco longe, porém algumas empresas de suplementação esportiva vem anunciando bloqueadores de miostatina como um novo produto milagrosos para ganho de massa muscular (MATSAKAS et al., 2004). Os efeitos colaterais do uso de inibidores da sinalização da miostatina ainda não estão claros sendo então preciso haver um melhor entendimento sobre esses efeitos, mesmo assim estes inibidores vem sendo muito difundido entre atletas (MATSAKAS et al., 2004).
Sem duvida a este produto pode ser chamado atenção de praticantes de academias onde em sua grande maioria tem como objetivo estético, em especial a hipertrofia muscular.
Sabendo que seu feito hipertrófico em parte se da pela inibição da atividade das células satélites, esta sendo fundamental para reparação de lesões provindas da atividade física (KADI et al., 2000). Com a inibição desta proteína teríamos uma maior hipertrofia muscular e também aumentando a performance. O trabalho de Whittemore et al. (2003) onde ratos adultos submetido de 2-4 semanas de tratamento de anticorpos da miostatina tiveram um aumento da massa muscular de 13% a 30 % acompanhado do aumento de força. O uso deste anticorpos, como produto para praticantes de academias e atletas embora seja totalmente novo, pesquisas nesse campo ainda requerem profundas investigações.
Considerações finais
A miostatina desde que foi descoberta no meados dos anos 90, tem chamado atenção dos pesquisadores, primeiramente pelo gado de raça Belga blu pelo fenômeno chamado “double muscle” sendo identificado a mutação nessa proteína miostatina onde esta foi associado por ser responsável pela grande hipertrofia e hiperplasia, sendo confirmado mais tarde com através camundongos nocautes. A partir esta proteína começou ser alvo de investigação principalmente em casos de atrofia. Esta proteína parece ser secretada pelo músculo esquelético estando presente principalmente nas fibras do tipo IIx IIb fibras de contração rápida, as quais parece ser a mais afetada pelo processo de atrofia muscular. O processo de atrofia muscular parece ser um sintoma presente em varia patologias com HIV, Cachexia, Desnervação muscular, alto uso de glicocorticóides e câncer. Nessas patologias tem apresentado um aumento da expressão da miostatina acompanhado da atrofia muscular.
Muitas formas terapêuticas estão sendo pesquisadas para atenuar ou prevenir o aumento da expressão desta proteína, com a finalidade principal de combater a atrofia muscular atenuar a atrofia muscular. Uma forma terapêutica bastante pesquisada para combater esta atrofia muscular é o exercício físico. Outra forma de intervenções terapêuticas são o tratamento de anticorpos, tem demonstrado ser eficaz em prevenir a atrofia muscular. Mas também esta forma vem sendo difundida entre os atletas sendo vendido como suplementos esportivos, porém ainda não está claro sua eficácia no ganho de massa muscular quanto na performance de atletas como os efeitos colaterais de seu uso.
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