efdeportes.com

Nível de aptidão física relacionada ao desempenho 

motor de crianças e adolescentes de uma companhia 

de dança de rua na cidade de Campo Grande, MS

Nivel de aptitud física relacionado con el rendimiento motor en niños y adolescentes 

de una compañía de baile callejero en la ciudad de Campo Grande, MS

 

*Professora de Educação Física graduada pela IESF.

Especialista em Educação Física escolar.

**Mestre em Educação pela UFMS

Prof. de Educação Física do Instituto Federal de MS

Coordenador de Gestão Acadêmica do IFMS

Profª Esp. Uiara Pires Silva*

Prof. Me. Paulo Henrique Azuaga Braga**

azuagabraga@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Este artigo teve como objetivo avaliar o nível de aptidão física relacionada ao desempenho motor de crianças e adolescentes praticantes de dança de rua do Projeto Companhia de Dança de Rua Doksa. O acompanhamento dos índices de desempenho motor de crianças e adolescentes podem contribuir de forma decisiva para promover a prática de atividades físicas no presente e na vida futura. E com isso a possibilidade de melhora dos seus componentes para que a prática alcançando um maior nível de capacidade motora e melhoria da performance. Realizou-se uma pesquisa descritiva e de campo no Projeto da Companhia de Dança de Rua Doksa, na cidade de Campo Grande-MS, com 13 praticantes de dança de rua, na faixa etária de 07 a 17 anos de ambos os gêneros. Os testes de aptidão física realizados foram de agilidade, flexibilidade e força/resistência abdominal e os valores foram comparados sob os pontos de corte do Projeto Esporte Brasil – PROESP, e indicam que as médias de cada componente motor se encontram abaixo dos valores normais esperados.

          Unitermos: Aptidão física. Desempenho motor. Dança de rua.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 181 - Junio de 2013. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    Esse artigo trata da aptidão física relacionada ao desempenho motor e das possibilidades de melhora do mesmo através dos seus componentes para que os praticantes de dança de rua possam alcançar melhor nível de aptidão física e motora.

    Atualmente a humanidade tem se preocupado mais com a aptidão física relacionada à saúde pelo importante papel que a prática de exercício físico pode desempenhar na prevenção, conservação e melhoria da capacidade funcional e, conseqüentemente, da saúde.

    Conforme a Organização Mundial da Saúde, a aptidão física foi definida como sendo a capacidade de realizar trabalho muscular de maneira satisfatória (WORLD HEALTH ORGANZATION, 1978).

    Holbold apud Bouchard et al. (1990), definiram a aptidão física como um estado dinâmico de energia que permite a cada um, não apenas a realização de tarefas do cotidiano, a ocupação ativa das horas de lazer e enfrentar emergências imprevistas sem fadiga excessiva, mas também evitar o aparecimento de doenças relacionadas à falta de atividades.

    Assim sendo, McArdle et al., apud Ferreira e De Paula (2004), consideram que a aptidão física proporciona força, resistência, razoável flexibilidade articular, um sistema cardiovascular de bom nível de capacidade aeróbia e uma composição corporal com peso sobre controle. Portanto, não é errado dizer que a aptidão física relacionada ao desempenho motor não é menos importante que a aptidão física relacionada à saúde, visto que seus componentes se interligam entre si.

    Para Fagundes (2005) a aptidão física relacionada ao desempenho motor, também é conhecida como aptidão relacionada à performance, aptidão física e a destreza. A aptidão é considerada também como um produto resultante do processo de desenvolvimento motor e da atividade física. Há um vínculo entre atividade física e aptidão física que está inserido nos termos de freqüência, intensidade e tempo (BÖHME, 2003).

    Segundo Gallahue e Ozmun (2001) e Haywood e Getcheell (2004) a aptidão física relacionada ao desempenho motor possui alguns componentes importantes para a vida diária como o equilíbrio, a coordenação, a agilidade, a velocidade e a potência. O equilíbrio é a habilidade básica de um indivíduo manter a postura de seu corpo inalterada, quando este é colocado em várias posições; definido como equilíbrio estático (manter-se em posição estacionária) ou dinâmico (manter-se em equilíbrio de um ponto a outro). A coordenação requer a integração dos sistemas motor e sensorial em um padrão de ação harmonioso e lógico; esses movimentos devem ser sincronizados, rítmicos e apropriadamente seqüenciais. A agilidade requer a habilidade de alternar a posição do corpo rápida e precisa durante os movimentos. Velocidade é a habilidade de cobrir uma determinada distância no menor tempo possível. A potência é a habilidade de desempenhar um esforço máximo em um período tão curto quanto possível. Muitas vezes denominada “força explosiva” e representa o produto da força dividido pelo tempo.

    Para Guedes & Guedes (1997), o acompanhamento dos índices de performance de adolescentes pode contribuir de forma decisiva para promover a prática de atividades físicas no presente e na vida futura. É preciso levar em consideração o objetivo da avaliação da performance, se saúde ou desempenho atlético, pois só então a avaliação poderá ser corretamente direcionada. Numa avaliação envolvendo adolescentes não-atletas, é aconselhável envolver itens do desempenho motor que estejam relacionados com a saúde que são: resistência cardiorrespiratória, força/resistência muscular e flexibilidade e alguns componentes associados com o desempenho atlético, como testes de potência, agilidade, coordenação e equilíbrio, buscando um aprimoramento das práticas com melhor nível de complexidade dos movimentos coreográficos.

    Barbanti (1990) associa aptidão física relacionada ao desempenho motor a vários componentes necessários para a prática e o sucesso em vários esportes, como exemplo a dança. Porém, difícil de ser medido. Para esclarecer o significado de aptidão física é importante identificar os componentes que podem ser definidos, medidos e desenvolvidos um separadamente dos outros. Muitos esportes enfatizam capacidades físicas específicas. Os levantadores de peso precisam de força, os maratonistas de resistência muscular e cardiovascular, entre outros.

    Para a dança este cenário não muda, ela é identificada por desenvolver a capacidade motora com os movimentos.

    A dança requer o desenvolvimento de vários componentes, pois movimentos como o “grande salto” necessita tanto flexibilidade quanto força. Para realizar equilíbrio fora do centro de gravidade ou passos rápidos e intrincados na ponta, deve-se possuir refinada coordenação neuromuscular. Um erro comum, por exemplo, é a ênfase na flexibilidade, negligenciando a força e outras valências físicas. Quando o treinamento é realizado de forma desorganizada, não há ganho na técnica de execução acarretando o desânimo (ROBERTSON, 1988).

    De acordo com Bregolato (2000), a dança do homem primitivo era muito importante para expressar suas emoções mais significativas, pois a dança é uma forma de expressão da cultura de um povo, de uma raça, de um determinado lugar, em relação às suas crenças, seus valores e medos.

    Para Marques apud Silva (2007, p. 39). “Aprender uma dança significa antes de tudo literalmente incorporar valores e atitudes”. O autor evidencia o conhecimento dos aspectos sócio-político-cultural dos praticantes da dança e principalmente incorporar e expressar personalidade, comportamento, valores éticos e responsabilidades como cidadão.

    A dança traz, nos seus movimentos, fortalecimento muscular, harmonia, habilidade, graciosidade, integridade, ritmo, coordenação, ajudando nas atividades físicas e esportes. (BRASILEIRO, 2003).

    Para Nanni (1998) a formação corporal, a qual integra os fundamentos técnicos da dança, envolve a força, potência, flexibilidade, coordenação, equilíbrio, agilidade, resistência muscular e cardiovascular, entre outros. Trabalhadas estas capacidades físicas adequadamente, os movimentos de dança podem ser realizados repetidamente com eficiência e sem fadiga excessiva.

    A dança favorece a melhora do rendimento, porém, depende de boa base formativa. O trabalho é comprometido quando desenvolvido com técnicas ortodoxas específicas, sem preocupação com a coordenação geral do indivíduo, com a faixa etária ou provocando movimentos estereotipados. O clássico bem orientado pode ser uma das bases de formação, porque proporciona o domínio minucioso das articulações solicitadas em todas as técnicas de dança (CLARO, 1995).

    Portanto, há necessidade de um trabalho conjunto da técnica (movimentos e gestos da dança), da tática (melhores músicas e posicionamentos) e das capacidades físicas, pois a técnica sem a preparação física é insuficiente para a melhora do rendimento e da aptidão física, interferindo na realização das melhores coreografias. A aptidão física proporciona uma condição positiva de bem-estar influenciado por status nutricional, fatores genéticos e participação freqüente em atividades físicas intensas (HOBOLD, 2003).

    Em relação à dança de rua, este contexto não é diferente, quanto melhor as capacidades físicas, maiores são as chances dos praticantes alcançarem a realização de movimentos cada vez mais perfeitos. Sendo assim, a lapidação ou aprimoramento da capacidade física é de extrema importância na construção de coreografias mais complexas.

    A dança de rua e seus estilos, Street Dance e o Hip Hop, exige de seus praticantes um alto nível de coordenação motora e aprimoramento de capacidades físicas relacionadas ao desempenho motor. É um conjunto de estilos de danças que possuem movimentos detalhados (acompanhados de expressão facial), com as seguintes características: movimentos fortes, sincronizados e harmoniosos, rápidos, simétricos e assimétricos de pernas, braços, cabeça e ombros; todos coreografados. Esse estilo originou-se nos Estados Unidos, em 1929, época da quebra da bolsa de Nova York e da grande crise econômica. Músicos e dançarinos dos cabarés americanos urbanos, desempregados como conseqüência da crise, passaram a realizar suas performances nas ruas.

    Nas décadas seguintes (30 e 40) outros ritmos de origem afro-americana, como o Blues e o Rhytm and Blues influenciaram a dança de rua. Assim como o cantor americano James Brown, no fim dos anos 60, que criou os novos ritmos: o Soul e o Funk. O Breaking surgiu na década de 80 como uma vertente da dança de rua, e foi disseminado pelo mundo rapidamente, tendo como principal precursor o americano Michael Jackson. Mais do que um estilo de dança influenciado por vários ritmos, a dança de rua sempre foi associada à cultura e a identidade negra. A esse novo estilo nascido nos guetos nova-iorquinos deu-se o nome de Hip-Hop. Os quatro elementos culturais que compõem o movimento Hip-Hop são: rap (ritmo e poesia), grafites (assinaturas), Dj’s e Mc’s, e Street Dance. Alguns autores dividem a dança de rua em dois tipos: o Hip-Hop – movimento cultural, de rua; e a Street Dance – dança oriunda de academias e escolas de dança (PACIEVITCH, 2008).

    Na cidade de Campo Grande-MS existe uma grande quantidade de grupos de dança de rua, porém, não foram encontrados registros ou obras que mencionem um planejamento de treinamento específico que proporcione um trabalho adequado. Alguns projetos estão interessados apenas em apresentar suas coreografias com efeitos e performances variadas; não se preocupando com o treinamento físico e muito menos com a incidência de lesões devido à intensidade do treino.

    Segundo Haywood e Getchell (2004) um treinamento que desenvolve as capacidades físicas, como altos níveis de forças e flexibilidade permite movimentos, enquanto que um treinamento que limita restringe os movimentos e põe o praticante em risco de lesões.

    Sendo assim, o presente estudo teve como objetivo avaliar a aptidão física relacionada ao desempenho motor de crianças e adolescentes praticantes de dança de rua de uma companhia de dança de rua na cidade de Campo Grande-MS.

Materiais e métodos

    Esta é uma pesquisa de campo, descritivo, comparativo (THOMAS, NELSON e SILVERMAN, 2007) e com uma abordagem qualitativa. A amostra foi avaliada em 2008, no Projeto da Companhia de Dança de Rua Doksa na cidade de Campo Grande-MS, com o total de 13 praticantes de dança de rua na faixa etária que compreende dos 07 aos 17 anos, ambos os gêneros. Destes, 05 eram do sexo masculino e 08 do sexo feminino. O critério de inclusão foi avaliar somente os praticantes da dança rua com idade dentro da faixa etária estabelecida e com no mínimo três meses de prática e treinamento no Projeto da Companhia de Dança de Rua Doksa.

    A Companhia de Dança Doksa foi formada por membros da Igreja Evangélica de Campo Grande-MS, tem como objetivo evangelizar, através da dança de rua, crianças e adolescentes da periferia da cidade, tirando-os da rua também através da socialização.

    Os instrumentos de coleta de dados foram, primeiramente através de um ofício enviado ao líder do Projeto da Companhia de Dança de Rua Doksa, solicitando a autorização para a pesquisa. Num segundo momento, os pais dos praticantes receberam um termo de consentimento livre e esclarecido, autorizando a participarem da bateria de testes do CENESP PROESP-BR e no laboratório do IESF - Instituto de Ensino Superior da Funlec onde foram solicitados alguns materiais para a realização dos testes.

    O procedimento de coleta de dados foi realizado em uma só tarde na quadra de esporte de uma escola estadual, cedida pelo governo para o projeto, no bairro Los Angeles, e em única vez para cada sujeito da pesquisa, mediante a aplicação da bateria de testes proposta pelo protocolo da Rede CENESP (Rede de Centros de Excelência Esportiva do Ministério do Esporte) desenvolvido pelo Projeto Esporte Brasil – PROESP-BR (2007): a instrução inicial do protocolo foi fazer um breve aquecimento de 5mim, após distribuir uma ficha individual de avaliação para devidas anotações em cada teste e finalmente conduzir os indivíduos aos testes de campo, retratados a seguir: Para o teste de agilidade (quadrado - com cones e cronômetros), foram colocados quatro cones formando um quadrado a quatro metros de distância um do outro, no menor tempo o sujeito correu do primeiro cone de partida cruzando o quadrado para o terceiro cone para o quatro e para ao segundo, e finalmente voltando ao cone de partida. Esse teste de agilidade é para avaliar a capacidade de mudar a direção do corpo movendo-se de um ponto a outro o mais rapidamente possível; O teste de flexibilidade (sentar e alcançar com Banco de Wells), o sujeito sentou de frente para a base da caixa do Banco de Wells, com as pernas estendidas e unidas. Colocando uma das mãos sobre a outra e elevam os braços à vertical. Inclinando o corpo para frente e alcançando com as pontas dos dedos das mãos tão longe quanto possíveis sobre a régua graduada, sem flexionar os joelhos e sem utilizar movimentos de balanço (insistências). O teste de flexibilidade é utilizado para avaliar o índice de flexibilidade em um movimento de sentar e alcançar; E finalmente para o teste de força/ resistência abdominal (abdominal em um minuto utilizando colchonetes e cronômetro), o sujeito em posição de decúbito dorsal com os joelhos flexionados a 90 graus e com os braços cruzados sobre o tórax. O avaliador fixa os pés do sujeito ao solo. Ao sinal, em um minuto o sujeito inicia os movimentos de flexão do tronco até tocar com os cotovelos nas coxas, retornando a posição inicial. O teste avalia a resistência e o maior número de repetições de flexões abdominais dentro do período de 1minuto (Generosi et al. 2008).

    Para análise dos dados foram utilizados os recursos por meio de quadros e tabelas para a análise e discussão.

    Para avaliação da aptidão física de crianças e adolescentes brasileiros na faixa etária entre 7 a 17 anos, o PROESP-BR, adota um sistema referenciado em normas. Tendo como referência os padrões da população brasileira estratificada por idade e sexo, definem-se seis categorias de aptidão física.

Resultados e discussão

    Os resultados e as informações coletadas após a bateria de testes proposta pelo PROESP-BR (2007) foram avaliados e comparados os dados dos sujeitos da pesquisa. Conforme tabelas dispostas. Os dados a seguir serão apresentados individualmente.

Tabela 01. Descrição da Amostra nas variáveis de Flexibilidade (cm=centímetros), 

Resistência Abdominal (rep=repetições) e Agilidade (seg=segundos) e classificação do gênero masculino. n=05

    Comparando os resultados da tabela 01, na faixa etária de 13 a 17 anos, do sexo masculino, onde cinco indivíduos foram avaliados.

    No teste de agilidade dois dos avaliados alcançaram o nível Razoável. No teste de flexibilidade a média encontram-se classificados como Muito Bom. Nos testes de força/resistência abdominal a média encontra-se nível Bom e somente um alcançou o nível muito bom. E dentre esses, somente um alcançou a classificação muito bom, nos três componentes na faixa etária de 16 anos.

    Num estudo realizado por Glaner (2002), onde se aplicou testes de aptidão física relacionada à saúde comparando meninos e meninas, o comportamento das variáveis força e resistência abdominal foi semelhante ao que nos foi evidenciado nesse estudo, já o comportamento da flexibilidade, foi o habitual, trazido por outros autores que demonstram uma melhor performance das meninas em relação aos meninos, o que aparece ao contrário em nosso estudo.

    Estes resultados são evidenciados pela literatura de forma muito clara e explicados pelo aumento de testosterona presente nesta idade nos meninos e o aumento de gordura corporal nas meninas (GALLAHUE e OZMUN, 2001; MALINA e BOUCHARD, 2002).

    Observou-se apenas a diferença física entre meninos e meninas, composição corporal. Como analise dos dados resultaram em treinamento não adequado para a melhora das capacidades motoras.

Tabela 02. Descrição da Amostra nas variáveis de Flexibilidade (cm), Resistência Abdominal (repetições) e Agilidade (segundos) do gênero feminino. n=08

    Comparando os resultados da tabela 02, na faixa etária de 07 a 17 anos, do sexo feminino, onde oito indivíduos foram avaliados.

    No teste de agilidade a média encontra-se no nível Muito Fraco, com um individuo no nível Razoável. No teste de flexibilidade a media encontrada foi de fraco a Razoável e dois acima do esperado de 12 anos e 16 anos. No teste de força/resistência abdominal a média encontra-se no nível Muito Fraco, sendo todos os avaliados não correspondendo aos critérios das normas nacionais.

    Quanto aos valores evidenciados para a flexibilidade, sugere-se que devem ser característicos especificamente desta amostra, mostrando uma superioridade muito pequena a favor dos meninos. O que se evidencia tipicamente é uma superioridade das meninas em relação aos meninos em todas as idades, porém sem diferenças estatisticamente significativas, na maioria dos estudos internacionais e nacionais (AAHPERD, 1988; GUEDES e GUEDES, 1997; GLANER, 2002).

    Ao avaliarem-se indivíduos adolescentes passa-se a conscientizar que os picos de nível de prática de exercícios físicos se dão por volta dos 13 e 14 anos, depois, há uma tendência em ocorrer declínio (RIDDOCH e BOREHAM, 1995). Assim foi analisado no presente estudo uma faixa etária de indivíduos que teoricamente estavam dentro da faixa etária de nível de prática habitual de exercícios físicos.

    Estas análises são corroboradas através de pesquisas que avaliaram a prática regular de exercício físico em adolescentes norte-americanos (de 14 a 18 anos), onde foi evidenciado que há realmente um déficit, declínio, de prática de exercício físico conforme a faixas etárias dos indivíduos vai aumentando (CASPERSEN, PEREIRA e CURRAN, 2000).

    Para Pangrazi e Corbin (2002) somente um terço da juventude americana pratica exercício físico regularmente. Nos estudos de Amaral e Palma (2001), também se evidencia que nas distintas populações brasileiras os adolescentes caracterizam-se por hábitos de vida sedentários, bem como nos estudos de Farias e Salvador (2005). Esses achados corroboram a hipótese de que um bom programa de atividade física representaria a melhor oportunidade para a melhoria do nível de aptidão física (MATSUDO & MATSUDO, 1997).

Considerações

    Considera-se nesse estudo, que os resultados referenciam os baixos níveis de aptidão física relacionado ao desempenho motor e que um treinamento adequado voltado para a melhoria do desempenho motor leva os praticantes de dança de rua a níveis maiores em relação à performance.

    Considerando a faixa etária e os estágios de desenvolvimento motor o treinamento da agilidade, flexibilidade e força/resistência abdominal para os sujeitos pertencentes a esta pesquisa, precisa de maior atenção dos professores de dança de rua no momento de planejar e executar a prática da dança de rua.

    Esse trabalho tem uma limitação por conta do número de avaliados, outras pesquisas devem ser desenvolvidas para melhor verificação do nível de aptidão física relacionado ao desempenho motor em crianças e adolescentes praticantes de dança de rua.

Referências

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 18 · N° 181 | Buenos Aires, Junio de 2013  
© 1997-2013 Derechos reservados