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Por uma sociedade que, a partir da escola, compreenda o lazer

Por una sociedad que, a partir de la escuela, comprenda la recreación

 

Doutor em Educação Física pela Faculdade

de Educação Física da UNICAMP

(Brasil)

Ubiratan Silva Alves

biralves@ig.com.br

 

 

 

 

Resumo

          A escola ainda é o local onde grande parte dos sujeitos das mais diversas sociedades passam boa parte de suas vidas interagindo com conhecimentos e com pessoas sendo um espaço onde grandes discussões e saberes levariam as grandes mudanças nas sociedades, inclusive as relacionados ao Lazer. Este aparece como função de compensação das frustrações experimentadas, recuperação das energias e a possibilidade de consumo de bens e serviços sendo assim útil aos interesses sociais, políticos e econômicos de grupos dominantes que permeiam não apenas o trabalho mas a vida como um todo. Relacionado a escola, parecem ainda estar inadequadas as relações da Educação com o tempo livre onde na maioria das vezes o tempo livre é preenchido com outras atividades principalmente profissionais. Assim, o Lazer pode ser um bom estopim para transformações sociais através do questionamento de valores da sociedade. Propostas de lazer deveriam estar vinculadas a objetivos educacionais explícitos onde educadores podem escolher elementos e categorias do lúdico. Além disso, o lazer abre um campo educativo para se exercitar equilibradamente as possibilidades da participação social lúdica podendo contribuir com objetivos consumatórios, como relaxamento, o prazer e os instrumentais como o desenvolvimento pessoal, favorecem também o desenvolvimento social.

          Unitermos: Lazer. Escola. Sociedade.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 180 - Mayo de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A escola pode ser considerada, guardadas as devidas proporções em relação a tempo e espaço, o local onde grande parte dos sujeitos das mais diversas sociedades passam boa parte de suas vidas interagindo com conhecimentos e com pessoas.

    Neste sentido, este local tem tudo para ser um espaço onde grandes discussões e saberes levariam as grandes mudanças nas sociedades, partindo-se do pressuposto que a escola deve buscar no seio da sociedade os conhecimentos, trazê-los para dentro de seus limites, organizá-los e assim devolvê-los para esta sociedade de modo formalizado. Esse processo deveria ocorrer em todas as áreas do conhecimento sendo que os saberes organizados de uma escola só terão significado a partir do momento que retornam para a própria sociedade que os trouxe.

    Mario Sergio Cortella, filósofo da PUC-SP em suas palestras sempre enfatiza que os alunos adoram ir a escola e isso pode ser visto no horário de entrada, recreio, horário de saída, campeonatos, festas e comemorações onde o envolvimento e a alegria dos alunos em estarem participando destes eventos realmente contagia a todos. Esses eventos escolares suscitam aos participantes situações de envolvimento recheadas de prazer, igualmente as proporcionadas em atividades de Lazer. Cortella aponta que, diante disso os alunos "adoram ir a escola" e o que "eles" não gostam muito são das aulas.

    Ou seja, o circuito onde ocorre a busca de conhecimentos da sociedade para dentro da escola, a organização e sistematização dos mesmos e a devolutiva a esta mesma sociedade, ao que tudo indica está falhando em algum quesito, talvez a aula. Nos segmentos que atuam diretamente com a escola, a própria escola, os professores, a família, a sociedade e os governos necessitam urgentemente repensar questões para que esses circuitos de conhecimentos tenham efetividade e eficiência no que tange a todos envolvidos.

    Neste cenário educacional, as questões relacionadas as temáticas de Lazer podem e devem fazer parte destas discussões e das construções efetivamente ocorridas no ambiente escolar e consequentemente transcender esses muros com repercussão nas sociedades principalmente no que tange aquelas relacionadas à políticas públicas visto que, de acordo com a Constituição Federal de 1988, o Lazer é um direito de todos os cidadãos.

Referencial teórico

    De acordo com Gomes (2008) as primeiras raízes desta temática de Lazer se iniciam na Antiguidade Clássica marcada pelo apogeu urbano, intelectual e artístico de Atenas para onde iam produtos e idéias de todas as partes do mundo e partiam, posteriormente, para várias partes, alguns princípios básicos do conhecimento construído no Ocidente.

    Os gregos relacionavam o Lazer com o ócio, ou seja, um desprendimento de tarefas servis onde se propiciava condições para contemplação, reflexão e sabedoria, entretanto sem significado de passividade. Ao contrário, conforme a mesma autora, essa situação promovia o exercício em forma elevada atribuído a alma racional sendo que os tesouros do espírito eram frutos do ócio.

    Nesse entendimento, a autora ressalta que nem todas as pessoas poderiam gozar de Lazer pois seria necessário que tivessem condições de paz, prosperidade e liberdade em face das tarefas servis e das necessidades da vida de trabalho. Neste quadro, estas condições apenas oportunizam aos filósofos o privilégio do Lazer.

    Para Aristóteles, compreender o Lazer implica aprender e desenvolver certas habilidades que tenham fim no próprio indivíduo. A "vida ativa" dos artesãos, lavradores e guerreiros estavam em condições de produzir e de fazer guerra, mas, para Aristóteles, valia mais a pena gozar de paz e repouso proporcionados pelo Lazer.

    O Lazer então era considerado como inverso da vida ativa pois para gozá-lo seria necessário se abster do trabalho útil ou produtivo além de cessar a vida política buscando recolhimento privado, aponta Gomes (2008).

    O cristianismo passa a ganhar espaço nas sociedades e entra em cena a figura de Deus. Com isso, homem e mundo, Lazer e trabalho passam a ser concebidos como criação divina sendo que este homem vai encaminhar sua vida de acordo com o código moral revelado por Deus. Entretanto, conforme a autora, esse código moral era baseado, por um lado na condenação do Lazer pois representava perigo a purificação da alma e por outro na ênfase da noção aristotélica de ócio como contemplação e vida dedicada aos deleites do espírito.

    O trabalho que dignificava o homem, era um dever, um modo de servir a Deus. Se o destino do homem era traçado por Deus, então qualquer profissão seria uma forma de mostrar a Deus, através de êxitos profissionais, que seria um eleito do senhor.

    Diante deste quadro, a época, o trabalho e o Lazer foram utilizados como eficientes mecanismos de controle moral e social sempre a serviço de determinados interesses de alguns grupos, sinaliza Gomes (2008).

    No fim do século XVIII na Europa, acontecem novas configurações na sociedade, na política, na economia, no trabalho, no Lazer e no próprio homem, consequencia das transformações ocorridas a partir da implantação do modo de produção capitalista que prega uma super valorização do trabalho e manutenção das riquezas e do capital para aqueles que já os detém.

    Essa classe detentora do capital e consequentemente do poder quer manter isso, inclusive um de seus privilégios que é o próprio Lazer, ao contrário da classe trabalhadora que almeja melhores condições de trabalho e de vida. Nestas melhores condições de trabalho surge uma jornada menor e um tempo de folga maior onde supostamente se utilizaria o Lazer.

    Marcellino (1987) alerta que o Lazer neste contexto parece estar restrito a compensação da insatisfação e da alienação causadas pelo trabalho desvinculadas de questões maiores que constituem a dinâmica social.

    A prática social vinculada ao mundo do trabalho, traz o Lazer como função de compensação das frustrações experimentadas, recuperação das energias e a possibilidade de consumo de bens e serviços sendo assim útil aos interesses sociais, políticos e econômicos de grupos dominantes que permeiam não apenas o trabalho mas a vida como um todo.

    Essa lógica da produtividade a qualquer custo parece estar incorporada nas sociedades atuais impedindo que as pessoas usufruam de momentos de Lazer sem estarem preocupadas com o que deveriam estar produzindo sentindo-se inúteis o que faz do Lazer ser, conforme Gomes (2008), quase que uma ocupação de atividades brincantes.

    A mesma autora, (2004) sinaliza que o trabalho e o lazer possuem características diferentes mas participam da mesma dinâmica social, se relacionam mesmo estando em campos distintos. cada qual tem sua significação e importância tendo o homem que encontra equilíbrio em ambas atividades de sua vida.

    Há um certo constrangimento por parte de algumas pessoas, sugere a autora, ao se depararem em situações que não precisam fazer nada, não serão cobradas, não produzirão algum bem ou produto. Ao que parece parte da sociedade não está pronta para situações onde se pode gozar momentos de prazer sem culpa.

Lazer e Educação

    Martins (2008) observa a falta de uma adequada Educação para o tempo livre onde o processo de orientação organizado pela sociedade moderna resultou valores para uma sociedade de consumo que desconsidera a educação/orientação para ser/existir num tempo onde se pode não fazer nada. O mesmo autor aponta certo incomodo e desconforto no homem causado pela "falta do que fazer" sendo que na maioria das vezes o tempo livre é preenchido com outras atividades profissionais.

    Nesta temática, Marcellino (1987) salienta que o Lazer pode ser um bom estopim para transformações sociais através do questionamento de valores da sociedade. O Lazer na sociedade moderna é um espaço privilegiado para vivência de valores que suscitam olhares visando uma sociedade mais justa e humanizada. Contrariamente, numa sociedade de produção a qualquer custo, as horas dedicadas ao Lazer são, muitas vezes, substituídas por outras jornadas de trabalho a fim de conquistar novos bens de consumo.

    Em nível conceitual o Lazer pode ser fundamentado em Dumazedier (1976) quando mostra ser um conjunto de ocupações em que os sujeitos podem se entregar por livre e espontânea vontade, desenvolvendo formação desinteressada, participando de atividades voluntárias ou de sua própria criação em momentos distintos de suas obrigações profissionais, familiares e sociais. Em outra de suas obras, Dumazedier (1994) mostra que uma das importantes funções do Lazer seria a tentativa de um desligamento temporário do indivíduo de suas obrigações experimentando sensações diferentes das habituais libertando-se de suas rotinas expondo assim sentimentos e emoções.

    Nesta linha de pensamento de Dumazedier, Gomes (2008) acrescenta que o Lazer pode proporcionar tudo aquilo que somos privados em nossas vidas, não apenas na profissional. O prazer, a liberdade, a alegria, a autonomia, a criatividade e a realização são sensações e estados que podem vir a ser experimentados através do Lazer.

    As atividades de Lazer, segundo Marcellino (2004), são aquelas praticadas de modo desinteressado, sem fins lucrativos, relaxante, sociabilizante e liberatória. Essas atividades tem como traço definidor um caráter desinteressado, sem busca de recompensas além da própria satisfação nas situações de tempo livre.

    Em relação a esse tempo livre, Rolin (1989) ratifica que as atividades de Lazer são combustíveis da satisfação pessoal com fim em si mesma, liberando-se do cansaço, dos aborrecimentos e das especializações funcionais. Neste conceito não se enfatiza o caráter social do Lazer.

    Esse lado social pode ser apreciado em Requixa (1977) quando enfoca que o Lazer é um produto do próprio desenvolvimento industrial, de grande importância a partir do momento que os trabalhadores passaram a ter um aumento em seus tempos livres e que o Lazer só faz sentido se houver tempo livre. O Lazer favorece a participação ampla dos indivíduos através da integração e interação das pessoas nos diferentes grupos sociais e culturais motivando-as consequentemente a ampliação das possibilidades criativas estimulando o aprimoramento, a participação e a colaboração ao progresso social.

    Camargo (1992) indica em sua proposição que o Lazer pode ser considerado com sendo qualquer atividade que não seja profissional ou doméstica. Podem ser atividades gratuitas, prazerosas, voluntárias e liberatórias, centradas em vários interesses realizadas num tempo livre. Esse tempo livre se refere aquele conquistado sobre a jornada de trabalho ou doméstica.

    Numa outra visão sobre esta questão, encontramos Elias (1992) confrontando o trabalho com o Lazer nas sociedades atuais colocando-os num mesmo nível de importância diferentemente das sociedades industriais que colocavam o trabalho em nível superior ao Lazer. Para o autor, a busca que se procura no Lazer é de uma "excitação agradável" e não apenas uma compensação das horas de trabalho. Diante disso, Elias na obra "O processo Civilizador" (1994) ressalta que as modificações ocorridas nas estruturas da personalidade dos indivíduos produz modificações nas estruturas da sociedade onde este indivíduo está inserido e vice versa.

    Partindo-se do pressuposto que o Lazer implica situações em que o sujeito está envolvido, sem obrigação, as possíveis relações com a escola devem se atentar a fato de que a legislação da Educação Básica, no Brasil, a torna obrigatória.

    Neste diálogo, de modo superficial, a escola não poderia se utilizar das práticas do Lazer, pois assim descaracterizaria a mesma ou os preceitos do próprio Lazer. Não obstante, a escola, além de poder desenvolver discussões nas diferentes áreas a partir da temática de Lazer, pode ainda ser vista como um equipamento de lazer que, para Marcellino (2002, p. 29) "É o espaço onde o lazer é desenvolvido."

    O mesmo autor separa os espaços de Lazer em dois tipos: Específicos e Não Específicos. Os equipamentos específicos são aqueles locais que foram concebidos especialmente para a prática das várias atividades de lazer, como por exemplo, teatro, cinema, clubes, centros comunitários/culturais/esportivos, campings, colônia de férias. Os espaços de Lazer não específicos são considerados por Marcellino (2002) como sendo aqueles não construídos de modo particular para essa função, mas que eventualmente pode cumpri-la. O autor exemplifica-os como lares, bares, as ruas e as próprias escolas.

    Nestes vários espaços podem aparecer os diferentes conteúdos culturais do Lazer apresentados por Dumazedier (1980) que são: físicos, manuais, artísticos, intelectuais e sociais que podem ser desenvolvidos com as três funções (3 D's) do lazer propostas pelo mesmo autor: Diversão, Descanso e Desenvolvimento.

    Em se tratando de escola, os conteúdos culturais do Lazer podem ser vivenciados em vários eventos, entretanto, repensando seus objetivos. Enquanto estas experiências nas escolas devem ter o predomínio do caráter educacional, as mesmas atividades quando utilizadas em situações de Lazer, mesmo dentro da escola, terão caráter descompromissado.

    Um ponto em comum que poderia ser evidenciado relacionando-se a escola e o Lazer é ressaltado por Cavallari & Zacharias (2003) que sugerem o lazer como um estado de espírito em que o ser humano se coloca, instintivamente, dentro do seu tempo livre, em busca do lúdico. Diante desta colocação, não se pensando no tempo livre para a escola mas sim na questão da ludicidade, a instituição escolar poderia pensar suas propostas evidenciando aspectos lúdicos nas intervenções e construções de conhecimentos dos alunos.

    Entende-se por ludicidade como sendo um estado de fruição, de usufruto, de entrega. Situações lúdicas remetem os indivíduos a estarem tão absortos naquilo que estão fazendo que esquecem do cansaço, das dores, da fome, da sede, do frio/calor favorecendo processos eficientes de aprendizagem.

    Referente ao lúdico, Caillois (1980) exibe suas categorias divididas em Aventura, Vertigem, Competição e Fantasia.

    A aventura está diretamente ligada ao imaginário, a busca do desconhecido, novidade, a busca de descobertas. Na vertigem há uma perda do controle do nosso corpo, corremos risco, porém em segurança, é o famoso "friozinho na barriga". Esse descontrole, fundamental, pode ser físico ou psicológico. A competição pode ser dividida em dois ambitos: consigo mesmo, superar-se ou com companheiro(s), superá-lo(s). Na fantasia fica expressa a capacidade de fazer de conta, o devaneio, o mundo virtual, mágico. É a expressão do desejo de ser diferente, ser outra pessoa, ser um herói, estar em outros lugares.

Considerações

    Diante da exposição destas categorias, é importante salientar a possibilidade de viabilizar atividades educativas lúdicas no próprio ambiente escolar pois, provavelmente, aumentariam o sucesso das práticas escolares. As crianças, os alunos, apresentam-se mais disponíveis, acessíveis e compreensivos envolvidos em atividades lúdicas. Entretanto, essas propostas devem estar vinculadas a objetivos educacionais explícitos. Os educadores devem, intencionalmente, escolher elementos e categorias do lúdico por que, em se tratando de algo subjetivo, espontâneo e individual, a intervenção destes educadores devem ocorrer de forma coletiva no sentido de tornar estas atividades significativas e prazerosas aos envolvidos.

    Retornado-se ao Lazer propriamente dito, este é considerado por Camargo (1992) como um modelo cultural de prática social que interfere no desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos. Por isso, Melo e Alves Junior (2003, p. 52) recomendam que: “O profissional de lazer, embora sendo também um educador, não exerce essa função no mesmo sentido que o professor da escola ou que os familiares. Basta lembrar que sua atuação se dá em um espaço maior de liberdade, cuja procura é motivada sobretudo pela busca de prazer e no qual não há necessariamente um conjunto de conteúdos preestabelecidos com rigidez”.

    O lazer abre um campo educativo para se exercitar equilibradamente as possibilidades da participação social lúdica, denominado por Camargo (1992), Educação não-formal ou animação cultural ou, ainda, animação sócio-cultural onde “Seu objetivo é mostrar que o exercício de atividades voluntárias, desinteressadas, prazerosas e liberatórias pode ser o momento para uma abertura a uma vida cultural intensa, diversificada e equilibrada com as obrigações profissionais, familiares, religiosas e políticas”. Camargo (1992, p. 75).

    Somando-se a isso, Stoppa (1999) expõe que a Educação pelo lazer, além de contribuir com objetivos consumatórios, como relaxamento, o prazer e os instrumentais como o desenvolvimento pessoal, favorecem também o desenvolvimento social.

    Assim, se a escola puder oferecer seus espaços (quadra, pátio, salão, auditório, etc.), além dos períodos regulares de aula como finais de semana, férias, feriados, as atividades de Lazer terão amplas possibilidades de serem desenvolvidas neste ambiente. Nos conteúdos culturais do Lazer, apresentados por Dumazedier (1980), a escola poderia ativar as seguintes possibilidades:

    Nestas situações, Camargo (1992) ressalta a possibilidade da Educação informal que pode ocorrer em alguns pontos de encontro, como é o caso da própria escola e, sendo o Lazer um modelo cultural de prática social que interfere no desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos, esse encontro na escola se torna, em princípio, possível.

    Não só na escola, mas também em outros locais em que o Lazer possa estar sendo desenvolvido, Marcellino (2007) mostra que estas atividades devem levar os participantes a convivencialidade, a convivência harmoniosa, o respeito ao(s) outro(s).

    O mesmo autor sugere que o Lazer pode ser visto tanto como um veículo privilegiado de Educação quanto como objeto da mesma.

    Como veículo de Educação se faz necessário ressaltar as potencialidades do desenvolvimento pessoal e social dos indivíduos constituindo também um dos possíveis canais de atuação no plano cultural sendo parte responsável e contribuinte nas mudanças do plano social. Os objetivos consumatórios, relaxamento e prazer, favorecem a compreensão da realidade, o desenvolvimento pessoal e social, o reconhecimento das responsabilidades sociais principalmente pela exacerbação de sentimentos de solidariedade.

    Em se tratando de Lazer como objeto da Educação, se faz necessário considerar as possibilidades de difusão de seus significados, sua importância, bem como o incentivo a participação e a transmissão de informações que viabilizem seu desenvolvimento contribuindo para aperfeiçoá-lo.

    Uma educação para o Lazer, adverte Marcellino (2007), pode ser entendida como instrumento de defesa contra a homogeneização e internacionalização dos conteúdos culturais veiculados pelos meios de comunicação de massa favorecendo assim a livre escolha e o desenvolvimento do espírito crítico dos indivíduos.

Referencias

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