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O esporte adaptado como instrumento na 

sociabilidade da pessoa com deficiência

El deporte adaptado como recurso en la socialización de la persona con discapacidad

 

*Educador Físico. Universidade do Contestado, UnC

**Graduando em Educação Física. Universidade do Vale do Itajaí, Univali

***Educador Físico. Especialista em Treinamento Desportivo

Professor da Universidade do Contestado, UnC

****Doutor em Saúde da Criança e do Adolescente. Professor do Programa de Mestrado

em Desenvolvimento Regional. Universidade do Contestado, UnC

(Brasil)

Edson César Slonski*

William Cordeiro de Souza*

Wallace Bruno de Souza**

Marcos Tadeu Grzelczak***

Luis Paulo Gomes Mascarenhas****

edinhoslonski@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Nos dias atuais, com intensidade se debate sobre o Desporto Adaptado, devido à ampla busca pelas Pessoas com Deficiência (PcD). Apesar de que se analise o aumento e o desenvolvimento deste assunto, é comum nos encontrarmos com algum contorno de discernimento e/ou a distancia destes indivíduos com a sociedade nesta década. APcD nas últimas décadas obteve por um procedimento de reestruturação que aparentemente não se concretizou na sua prática diária. A partir deste cenário este trabalho, objetivou pesquisar o método de socialização entre os mesmos, apresentando diversas formas da PcD, praticar algum esporte e as modificações que obteve nas suas vidas. A metodologia utilizada foi revisão de literatura levantando a influência positiva que o esporte adaptado exerce nos seus praticantes, assim como a prática do mesmo no processo de admissão a sociedade.

          Unitermos: Esporte adaptado. Sociabilidade. Pessoa com deficiência.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires - Año 18 - Nº 180 - Mayo de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A superação dos limites é a força inspiradora dos atletas. Partindo do pressuposto que as atividades esportivas contribuem para o desenvolvimento físico de todas as pessoas, e principalmente pode ser uma ferramenta de ajuda na reabilitação e inclusão das pessoas com deficiências junto à sociedade, e assim propiciando independência.

    Durante a história existem muitos casos que relatam o abandono social em relação à pessoa com deficiência, no qual a religião e os familiares passaram a assumir a responsabilidade dos órgãos que deveriam lhes prover de acolhimento, proteção, treinamento ou tratamento. (PESSOTTI, 1984).

    Segundo Mendes (1994), na década de 1950 com o surgimento da normalização na Dinamarca, a qual defende a idéia de possibilitar às pessoas com deficiência condições de vida semelhantes a da sociedade, no texto são abordados que toda pessoa portadora de deficiência, especialmente, as deficientes mentais, devem ter o direito a vivenciar seus costumes, ou preferências, que não fuja à sua própria cultura, evidenciando que as pessoas com alguma deficiência tenham a oportunidades de estar inseridas em atividades comuns àquelas partilhadas pelos demais cidadãos.

    Conforme Maciel (2000) a política de integração e de educação inclusiva vem sendo ajustada por movimentos nacionais e internacionais, a Conferência Mundial de Educação Especial, contou com a participação de 88 países e 25 organizações internacionais, em assembléia geral, na cidade de Salamanca, na Espanha, em junho de 1994. Este evento teve muita importância e propiciaram à elaboração da “Declaração de Salamanca”, alguns dos pontos importantes, que devem servir de reflexão e mudanças da realidade atual, tão discriminatória foram abordados neste trabalho.

    Desta forma este estudo buscou através da revisão de literatura analisar a importância da prática desportiva na inserção para pessoas com deficiência na sociedade.

Políticas públicas sociais para os portadores de deficiências no Brasil

    Segundo Faria (1992) as pessoas portadoras de deficiência no Brasil somam cerca de 10 % da população de acordo com estimativa da Organização das Nações Unidas.

    De acordo com a Constituição Federal de 1988 do Brasil são asseguradas e regulamentadas pelo Decreto nº 914, de 6 de setembro de 1993, as políticas sociais voltadas para as pessoas portadoras de deficiências, apesar de não estarem plenamente implantadas, restando aos portadores enfrentar ainda a competição por oportunidades de integração social (BRASIL, 1988).

    Em 1981, com a realização do Ano Internacional da Pessoa Portadora de Deficiência, AIPD, regulamentado na ONU, a expressão pessoa portadora de deficiência foi adotada para designar o grupo, e assim aja a valorização da pessoa, a palavra precede a presença de uma deficiência (SHAPIRO, 1993).

    No Brasil foi oficializada a expressão “pessoa portadora de deficiência”, regulamentando os direitos de cidadania conquistados pelos movimentos organizados, sendo assim devemos sempre utilizar a palavra “pessoa” ao nos referirmos a uma um indivíduo com alguma deficiência seja ela múltipla, motora, visual, auditiva, entre outras (BRASIL, 1992b).

A legislação brasileira e a pessoa portadora de deficiência

    Segundo Araújo (1994) o Brasil chegou ao século XIX sem qualquer diretriz político social voltada ao atendimento das necessidades especificas dos deficientes. No ano 1824 no período imperial era previsto o direito à igualdade (exceto à população de escravos, descrevendo os, com incapacidade física ou moral, e assim suspendendo o exercício dos direitos políticos).

    O mesmo autor ainda cita que a Constituição de 1981que estabeleceu a Republica dos Estados Unidos do Brasil, estendeu a igualdade a todos os cidadãos e acrescentou a aposentadoria por invalidez para os funcionários públicos. No artigo único da Emenda Constitucional nº 12, conhecida pelo nome de Thales Ramalho, o influente parlamentar portador de deficiência motora, finalmente assegurou a proteção especifica dos cidadãos brasileiros portadores de deficiência.

    De acordo com a ANDE – Associação Nacional de Desportos para Deficientes, responsável pelo desporto adaptado no Brasil, sob a direção do Prof. Ivaldo Brandão. O Brasil carece de trabalhos científicos, e precisa pesquisar e organizar uma base teórica para os esportes e principalmente na área do desporto adaptado. As publicações existentes são de algumas universidades brasileiras, realizadas nos últimos dez anos, aumentando assim a revisão de literatura. Por isso, temos mais conhecimento empírico e pouco conhecimento científico. Em 1990, só 23 cursos, das faculdades federais, tratavam da Educação Física Adaptada em seus currículos. Ainda segundo a ANDE nos últimos anos o governo federal, com o objetivo de fomentar a matéria em suas grades curriculares, chamou cerca de cem faculdades para tratar sobre o assunto.

    Segundo Araújo (1994) quando os portadores de deficiência e instituições para assistência ao deficiente intensificaram a pressão social em 1978, a OMS e a ONU que já haviam manifestado preocupação com o número crescente de pessoas portadoras de deficiência em péssimas condições de vida, essa emenda serviu de apoio legal a diversas causas judiciais, e contra muitas barreiras físicas. Ocorreu a troca da expressão “excepcional” por “deficiente”.

O princípio fundamental da sociedade inclusiva

    Segundo Maciel (2000) cita para que aja uma sociedade inclusiva todas as pessoas portadoras de deficiência devem ter suas necessidades especiais atendidas. É no atendimento das diversidades que se encontra a democracia. O autor faz uma serie de passos que devem ser seguidos com o objetivo de conseguir a alteração da visão social através: das instituições que são reconhecidas pela sua participação e compromisso com a inclusão de portadores de necessidades especiais, realizarem a sensibilização contínua e permanente por parte de grupos e junto à sociedade, um dos principais pontos é a capacitação de profissionais de todas as áreas para o atendimento das pessoas com algum tipo de deficiência da elaboração de projetos que acolham as pessoas com deficiência.

    Segundo Maciel (2000) um dos passos para o processo de inclusão social é a inclusão escolar e o para garantir a inclusão social de portadores de deficiência é necessário a instituição mecanismos fortalecedores desses direitos, tais como destinação de maiores verbas públicas para os projetos que atendam esse segmento e participação de entidades de defesa de deficientes nas diferentes áreas envolvidas no atendimento dessa população.

    Se formos analisar algumas das conquistas em prol das pessoas com alguma deficiência, podemos citar a elaboração das cotas de deficientes para concursos públicos e na formulação de lei municipal e estadual que impede o médico do trabalho de considerar a pessoa com deficiência apta ou não para o trabalho. A partir dessa lei, o médico só classifica a deficiência, e a aptidão é verificada através de prova ou da formação acadêmica da pessoa. (IBDD, 2008).

    Segundo Gil (2002) quando a questão da deficiência foi investigada pela última vez, o Brasil tinha cerca de 1,5 milhões de deficientes físicos, destes, mais de 930 mil usuários de cadeiras de rodas.

    Quando uma pessoa morre, acaba a matéria, mas ao sofrer um acidente ou nascer com alguma deficiência, é como se a pessoa morresse, mas a matéria permanece. Ele está enterrado para a sociedade. Esse é o grande barato da vida hoje. Trazer esse cidadão que está morto em vida para a vida em vida. É isso que faz o esporte, é isso que faz a empresa ao dar emprego (IBDD, 2008).

    Segundo Souza (2007) o mais interessante é que o esporte pode ser utilizado como fonte de liberação de sentimentos como nervosismo, estresses, raiva, medo, frustração e agressividade, e tem o poder de propiciar aos cadeirantes o sentimento de auto-realização, satisfação, alegria e autoconfiança, estes influenciarão na visão de si mesmo e dos outros. Nisto consiste a aplicação de mecanismos que possam estar servindo como forma de treinar ou mesmo desenvolver as habilidades sociais em deficientes físicos, levando em conta as pesquisas realizadas pelo IBGE no qual consta que a cada dia existem mais pessoas com necessidades de inclusão social ou de estabelecerem vínculos com a sociedade dita “normal”.

    Existem organizações não governamentais (IBDD) - Instituto Brasileiro dos Direitos da Pessoa com Deficiência é uma delas, com a política da empresa sem fins lucrativos, criada em 1998 oportuniza a construção da cidadania das pessoas com deficiência de forma a que elas se tornem sujeitos ativos de seus direitos e lutem contra adversidades em torno da questão, ao oferecer atendimento pessoal, capacitação profissional, inclusão no mercado de trabalho formal, promoção de atividades esportivas, oportunizando o emprego dos trabalhadores com deficiência e prestando orientação com informações qualificadas e atualizadas, o Instituto atua para que a pessoa com deficiência seja acolhida da melhor forma possível (IBDD, 2009).

História dos esportes adaptados

    De acordo com Adapta (2011, p.6) ergonomia é o estudo do relacionamento entre o homem e o seu trabalho, ação, no âmbito dos equipamentos, ferramentas e ambiente, com a finalidade de encontrar à solução dos problemas surgidos desse relacionamento propiciando a melhora das condições de atividade tanto no aspecto físico como psíquico e social.

    Gannon (1981) os esportistas surdos, foram os primeiros norte-americanos com necessidades especiais a se envolverem em esportes organizados, os times das escolas para surdos continuaram a competir entre si e com escolas regulares. Em de 1870 a Ohio School for the Deaf, ofereceu a oportunidade no beisebol, outra escola introduziu o futebol americano em 1985, em 1906 o basquetebol.

    A adaptação dos esportes veio a propiciar à prática de varias modalidades em diversos esportes aos deficientes com diferentes graus de comprometimento.

    Segundo Winnick (2004, p.11) além dos programas interescolares, a competição formal internacional foi estabelecida em 1924 quando reuniu nove países em Paris para a primeira edição dos jogos Silenciosos Internacionais. No final da década de 1949 a universidade de Illinois organizou o primeiro torneio nacional de basquete de cadeira de rodas a qual propiciou a formação da National Wheelchair Basketball Association, para ofertar novas oportunidades esportivas. Joseph P. Kenndy Jr. foi o idealizador e criador das Olimpíadas Especiais, criadas pela fundação com o objetivo de oferecer oportunidade de competição atlética para pessoas com comprometimento, retardo mental, foram realizado os primeiros jogos internacionais no ano de 1968 em Chicago.

A psicologia do esporte e o deficiente físico

    Psicologia Esportiva é ciência que estuda os fatores psicológicos que estão associados à participação e desempenho nos esportes, exercícios e outros tipos de atividade física. Busca de forma objetiva ajudar os atletas a usarem os princípios psicológicos para melhorar o desempenho e compreender como a participação em atividades físicas, exercícios, esportes, e jogos afetam o desenvolvimento psicológico, a saúde e o bem-estar da pessoa ao longo da vida (WEINBERG; ROBERT; GOULD, 2001).

    Para Samulski (2005 p. 142), pode-se dizer que a psicologia do Esporte não se limita a um tipo específico de atleta, podendo ser utilizada para qualquer interessado em desenvolver suas capacidades psicológicas e não poderia ser diferente quando se trata dos atletas Paraolímpicos.

Esporte

    Um dos maiores benefícios do esporte para o portador de deficiência é a quebra da imagem de “pessoa deficiente”, ele passa a ser conhecido como um nadador, ou um corredor, por exemplo. Outra grande vantagem é que o atleta estará usando as mesmas estruturas dos atletas convencionais o que permite uma comparação entres as classes, sendo que a percepção da habilidade é compatível a atletas de esportes regulares. O atleta embora perceba sua deficiência, sente que ela é minimizada na água por conta do desempenho. Alguns atletas por conta disto sentem-se aptos a desafiar seus pares e enfrentar atletas não deficientes em competições convencionais (BRAZUNA, MAUERBERG, 2001).

No Brasil o marco oficial

    Verifica-se que a produção do conhecimento nas áreas da Educação Física é fruto dos conhecimentos acadêmicos e investigações em inúmeros trabalhos que buscam compreender o processo de consolidação do esporte.

    No Brasil considera-se como pontapé inicial o movimento esportivo para deficientes, a exibição da equipe de Basquetebol em Cadeiras de Rodas “Pan Jets”, constituída por funcionários com deficiência da Pan American World Airlines, no Brasil houve duas apresentações, uma no mês de novembro de 1957 em São Paulo no ginásio do Ibirapuera, e outra no ginásio do Maracanãzinho no Rio de Janeiro. Sergio ao retornou ao Brasil no final de 1955, no ano seguinte, apresentou ao Dr. Renato Bonfim, um dos fundadores da AACD (Associação de Atenção á Crianças Defeituosas) de São Paulo, a experiência na reabilitação pelo esporte, admirado o Dr. Bonfim adotou a idéia e deu grande apoio a Sergio para trazer a equipe para as apresentações no Brasil. Sergio Seraphin del Grande teve papel importante o que possibilitou a vinda da equipe americana graças aos contatos mantidos, na época um jovem desportista de São Paulo que, ao se acidentar em 1951, foi para os Estados Unidos em busca de tratamento, conheceu a novidade, a reabilitação pelo esporte (CONDE, 2006,p.20).

    No seu trabalho Araujo (1998 p.5) cita que o inicio desta pratica esportiva no Brasil ocorreu a partir de iniciativa da inclusão de pessoas com deficiência, por volta dos anos 1950, na busca de complementar o trabalho de reabilitação, passando por um longo período sem que ocorre-se um comprometimento do governo.

Esporte de alto rendimento

    Segundo informações contidas no site eletrônico oficial da ANDE no mundial de 2011 em Portugal a seleção brasileira de Bocha conseguiu a vaga para as paraolimpíadas em todas as categorias, ficando na oitava colocação no ranking mundial. No último ciclo paraolímpico o Brasil teve uma evolução nos torneios internacionais. Em Pequim foram 3 medalhas, sendo 1 de ouro para a dupla BC4 e 2 nos individuais, 1 de ouro e 1 de bronze. Percebeu-se que ocorreu um salto quantitativo e qualitativo em Londres 2012, pois nas últimas paraolimpíadas, obtiveram-se 4 medalhas, sendo 3 de ouro e 1 de bronze, com destaque para a primeira medalha de ouro de uma pessoa com paralisia cerebral na categoria BC2. O Brasil levou uma equipe composta por 1 BC1, 2 BC2, 1 BC3 e 2 BC4 em Londres. Os resultados das paraolimpíadas de Londres elevarão o escore internacional da equipe brasileira.

Influência dos jogos paraolímpicos na socialização

    Os jogos paraolímpicos tiveram o mesmo sucesso que as olimpíadas, e isso é sinal que devemos ver com outros olhos e levar mais a serio os direitos das pessoas com qualquer tipo deficiência. Desta forma os jogos paraolímpicos começaram como um evento com fortes implicações sociais e terapêuticas, e ganharam a magnitude que pode ser vista atualmente. Podemos ver que a cada quatro anos crescem o numero atletas de elite participantes nos jogos Paraolímpicos, sendo a prova concreta do progresso alcançado em termos de qualidade e competitividade atlética. Com recordes quebrados e marcas alcançadas, o aumento do numero de competidores e a atenção internacional são provas do sucesso dos jogos adaptados (WINNICK, 2004).

    Em termos de alto rendimento o Brasil mostra nítidas evoluções no cenário internacional do BP, porém ainda há muito a se fazer enquanto políticas públicas de esporte e lazer relativos a esta modalidade. Esses dados denotam a relevância de investimentos para o incentivo da modalidade BP nessas regiões, implicando na gestão do paradesporto nacional.

    Uma maneira de reconhecer as características ou as diferenças de cada indivíduo é proporcionando oportunidades de encontros com seus pares, e outros grupos, com a finalidade de discutir quais são as informações que se tem sobre determinado assunto, encontrar o apoio e aplicar estratégias para transformar o preconceito em trampolim para pratica de determinadas funções das quais muitos acreditam ser impossíveis à pessoa com deficiência.

    Para muitos atletas o esporte define sua vida, como ponto importante na sua identidade, pois minimiza fragilidades da perda do corpo perfeito ou a idéia de corpo eficiente e possibilita que eles sejam conhecidos como campeão da modalidade, medalhista e assim por diante, aumentando assim sua alta estima, e uma poderosa ferramenta de inclusão na sociedade.

Metodologia

    O presente estudo de característica descritiva exploratória buscou como objetivo realizar uma revisão bibliográfica com procedimentos descritos na literatura, que foi realizada em base de livros e dados eletrônicos disponíveis no Google Acadêmico. Diante disso foram selecionados alguns estudos que atenderam alguns critérios de inclusão que destacassem alguns descritores como: pessoas com deficiência, esporte adaptado, socialização, inclusão social, esporte adaptado de rendimento. Estudos que não atendessem esses procedimentos foram excluídos. Portanto, no presente estudo foram encontrados estudos que foram publicados entre 1981 e 2013.

Resultados e discussões

    Na pesquisa proposta por Celli (2008) existe um o debate historiográfico acerca da deficiência física e busca a compreensão dos processos de inclusão e exclusão social relacionado a esta característica. Através do conceito sociológico de desestigmatização procura-se entender em que medida o esporte pode estar relacionado a este processo e, sob quais circunstâncias operacionaliza-se a inclusão social.

    Ainda relacionado ao esporte e atividades físicas Vale (2009), demonstra que além de estimular a autonomia e a independência, e prevenir doenças secundárias, resulta nos seguintes benefícios psicomotores: desenvolve força muscular, velocidade, flexibilidade, agilidade, capacidade, cardiorrespiratório.

    Feiten (2010) que procurou comprovar os benefícios do esporte para o ser humano, entretanto este estudo deteve-se a dados estatísticos, quanto ele pode influenciar nas habilidades sociais de um portador de deficiência. Apesar de estatisticamente não ser comprovado no estudo uma relevância significativa de quanto foi determinante o esporte para as habilidades sociais.

    No trabalho de Brazuna e Mauerberg (2001) entre suas constatações a que chama a atenção é observada na maioria dos casos os atletas não têm um trabalho, o autor cita que um indicativo a isso pode ser a demanda de tempo que o treinamento exige ou a identificação do atleta pelo esporte, que se torna prioridade em sua vida. Para muitos atletas o esporte define sua vida, como ponto importante na sua identidade, pois minimiza fragilidades da perda do “corpo perfeito” ou “corpo eficiente.” Gerando no atleta a vontade de praticar por mais tempo o esporte, porém isso dificulta a conciliação entre ele e o trabalho.

    No trabalho de Vale (2009) houve a intenção de analisar as contribuições do basquetebol em cadeira de rodas para praticantes com deficiência física bem como as dificuldades enfrentadas para a continuidade de sua participação nesta modalidade esportiva, e se apresenta no sentido de refletir a cerca da inclusão através da acessibilidade, na construção das relações sociais, na qualidade de vida e no beneficio físico que esta prática desportiva pode proporcionar às pessoas com deficiência física.

    Para Mittler (2003, p.21) “a inclusão é uma visão, uma estrada sem fim, com todos os obstáculos, alguns dos quais estão em nossa mente e em nossos corações”.

    Um exemplo concreto da inclusão e de transformação que o esporte pode trazer é a All Star Rodas em Belém, ao permitir que as pessoas com deficiência, tenham acesso á prática do esporte e ainda contar com apoio de profissionais que promovem a inclusão dos atletas em jogos e apresentações como forma de socialização (CONDE, 2006, p. 20).

Conclusão

    É nítido na literatura que o esporte adaptado, contribui diretamente na sociabilidade do deficiente. A participação em um programa de exercício regular é uma excelente opção para reduzir/prevenir o número de declínios funcionais associados à deficiência.

    Sugerem-se novas pesquisas com relação a essa população, pois no presente estudo foi encontrado pouco conteúdo bibliográfico de pesquisa em português, por ser um desporto adaptado ainda existem poucas publicações literárias.

Referências

Outros artigos em Portugués

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 18 · N° 180 | Buenos Aires, Mayo de 2013  
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