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Efeito do treinamento resistido como método de 

tratamento das lesões na terceira idade sob a ótica do aluno

El efecto del entrenamiento resistido como método de tratamiento de las lesiones en la tercera edad bajo la óptica del alumno

 

*Graduado em Educação Física, FIC

**Mestre em Educação e Gestão. SEK-UA, docente da Estácio, FIC

***Mestre em Saúde Coletiva- UNIFOR

Professor Adjunto da Faculdade Católica do Ceará (FCC)

(Brasil)

Carlos Anderson Moreira Lima*

Francisco Clineu Queiroz França**

Demétrius Cavalcanti Brandão***

cobaimlima@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          À medida que o tempo passa e vamos envelhecendo, vai ocorrendo uma deficiência de nosso corpo e do nosso sistema fisiológico. Esta pesquisa teve como objetivos analisar os efeitos da musculação no tratamento das lesões na terceira idade, identificar os tipos mais freqüentes de lesões na terceira idade, bem como averiguar a importância da prática da musculação para o idoso e verificar os benefícios da mesma no tratamento das lesões na terceira idade. Estudo Analítico descritivo, transversal, realizado no município de Fortaleza-Ce. A amostra foi composta por 20 alunos do SESI-Ce – Serviço Social da Indústria, praticantes de musculação com idade acima de 60 anos escolhidos aleatoriamente. Constatou-se que a artrose é a lesão que mais acomete este grupo, onde na opinião dos respondentes as principais lesões que ocorrem nessa fase da vida são: a própria artrose e a osteoporose. Pode ser verificado que 70% dos entrevistados possuem idade acima de 60 anos, constatou-se também que todos os entrevistados concordam que a prática de atividade física traz benefícios pra pessoas na terceira idade e que os principais benefícios por eles apresentados como praticantes de musculação foram: o ganho de força e resistência, diminuição de dores nas articulações, ligamentos e tendões, redução da gordura corporal. O que de mais importante se destacou nessa pesquisa foi que para 65% dos entrevistados a partir da pratica da musculação, obtiveram um grau de melhora alto em relação a sua lesão, mostrando que o treinamento de força é sim uma forma efetiva para o combate e prevenção de lesões nas pessoas da terceira idade.

          Unitermos: Treinamento de força. Idoso. Lesões.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 179, Abril de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A medida que o tempo passa e vamos envelhecendo, vai ocorrendo uma deficiência de nosso corpo e do nosso sistema fisiológico. É a partir dessa fase que começam a aparecer alguns problemas de saúde em determinados indivíduos, principalmente aqueles que pararam de praticar ou nunca praticaram alguma atividade física.

    Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE (2002), na década de 1970, no Brasil cerca de 4,9% da população era de idosos, pulando para 8,47% na década de 1990, com expectativa de alcançar 9,2% em 2010. De acordo como último censo existe aproximadamente 15 milhões de idosos, onde 55,1% são do sexo feminino. Segundo estimativas em vinte anos serão 30 milhões de idosos.

    O envelhecimento é um processo pelo qual todas as espécies passam e o homem não é diferente nesse contexto, tal processo é inevitável e no decorrer dos dias e anos vamos sentindo os efeitos e as conseqüências causadas por esse processo gradual da vida, com isso aspectos como saúde e qualidade de vida são fatores de extrema importância nessa fase de envelhecimento.

    O treinamento de força é bem estabelecido como um método efetivo para desenvolver a força musculoesquelética e é correntemente prescrito por várias organizações importantes de saúde como forma de melhorar a saúde, desempenho atlético e/ ou para prevenção de lesões ortopédicas. (SIMÃO, 2005)

    Segundo Matsudo (2001), o envelhecimento é um fenômeno altamente complexo e variável que é comum a todos os membros de uma determinada espécie, que é progressivo e envolve mecanismos deletérios que afetam a capacidade de desempenhar um número de funções.

    A Organização Mundial de Saúde caracteriza como sendo da terceira idade o indivíduo acima de 60 anos de idade cronológica. Existem também outros termos para se referir aos indivíduos na faixa etária acima dos 60 anos, como pessoas da “melhor idade” ou da “feliz idade”. (MATSUDO, 2001)

    Segundo Kruel (S.A.), ocorrem inúmeras alterações no sistema muscular do idoso, o que causa várias conseqüências para a sua saúde, sendo o principal motivo para a sua fragilidade. Dentre estas alterações podemos destacar a diminuição do número de células musculares e do tamanho das mesmas, diminuição do fluxo sanguíneo para o músculo e da elasticidade muscular. Como conseqüência disso o músculo diminui de tamanho e perde força muscular, reduzindo a resistência dos mesmos, contribuindo para a redução do equilíbrio.

    Nossa sociedade é excludente e autoritária, onde a modernidade fez do idoso uma peça descartável no sistema produtivo e o impossibilita de desfrutar daquilo que produziu. Eles não têm condições para superar as dificuldades naturais do envelhecimento, pois não foram preparados para as mesmas, onde acabam se entregando e assumindo tais valores. Isso faz com que eles próprios se coloquem a margem da sociedade que, por sua vez, também os marginaliza. (ZACHARIAS, S.A.)

    O processo de envelhecimento é muito abrangente em conseqüências sociais, onde algumas possuem particular relevância para os programas de exercício. Várias pessoas nessa fase levam vidas muitas solitárias, onde a prática de exercício em grupo é um meio importante de aumentar o número de contatos sociais. (SHEPHARD, 2003)

    O idoso vê-se confrontado com uma série de perdas sucessivas (aptidão física, saúde, morte de familiares e amigos, etc.), que repercutem no seu controle emocional, tornando-os mais vulneráveis a depressão. (BALSAMO, 2005)

    Segundo Aulete (2008), lesão no âmbito da medicina é um dano em qualquer órgão ou estrutura corporal.

    Os idosos são um grupo mais propenso a ter fraturas, devido a sua dificuldade de equilíbrio e coordenação motora, fraqueza muscular e ainda aqueles que apresentam alguma patologia óssea como a osteoporose. Com isso os ossos tornam-se mais frágeis, ficando mais expostos a fraturas em decorrência de pequenas quedas ou esforços banais. (MORAES, 2007)

    Segundo Balsamo (2005), a osteoporose destaca-se pelo impacto na população idosa, devido a seu alto grau de morbidade e mortalidade, é atualmente um dos maiores problemas de saúde pública, tanto em países desenvolvidos e em desenvolvimento. Onde se tem a probabilidade de acontecer uma fratura por osteoporose, em 40% das mulheres e 13% dos homens após os 50 anos, e até o fim da vida. Apesar disso, suas conseqüências estão sendo negligenciadas.

    Outra lesão comum no idoso é a inflamação de uma pequena bolsa chamada bursa, que contém liquido e envolve as articulações, funcionando como amortecedor entre ossos, tendões e tecidos musculares. Os locais de maior incidência se encontram nas articulações dos ombros, quadris e joelhos. (VIEIRA, 2010)

    Segundo Manidi (2001), a prática de uma atividade física é de suma importância na prevenção da osteoporose e de suas complicações. Através dela consegue-se um substancial ganho ósseo e diminuição da perda óssea relacionada à idade e a menopausa, contribuindo também para aumento da força e coordenação muscular dos idosos.

    Segundo Manidi (2001), o seu aparecimento aumenta de forma significativa com a idade, 85% dos indivíduos com 80 anos apresentam sinais de artrose. Onde se tem como fator de risco principal a sobrecarga mecânica causada por movimentos repetitivos e uma excessiva carga no nível das articulações. Sua evolução acontece no decorrer de vários anos, com um agravamento progressivo e muitas vezes incurável. Com o aumento das dores nas articulações, ocorre uma limitação de mobilidade, atrapalhando a qualidade de vida dos pacientes.

    As perdas de força muscular que tem relação com a idade são conseqüências principalmente da perda substancial de massa muscular que acompanha o envelhecimento ou da diminuição da atividade física. Onde pode ocorrer uma grande perda de massa muscular e aumento da gordura subcutânea em adultos mais velhos sedentários. (WILMORE e COSTILL, 2001)

    A realização de um treinamento de força individualizado é uma forma de diminuir os declínios na força e massa muscular relacionados com a idade, tendo como conseqüência a melhoria da saúde e da qualidade de vida. Todavia, à medida que o indivíduo envelhece, alguns cuidados devem ser tomados com o intuito de melhorar os efeitos do treinamento, enquanto, de forma simultânea reduz-se o risco de lesões. (FLECK e KRAEMER, 2006)

    Melhor saúde, melhoria das habilidades funcionais e qualidade de vida, são benefícios do treinamento de força para os idosos. (FLECK e KRAEMER, 2006)

    Em vista do exposto, esta pesquisa tem como objetivos analisar os benefícios da musculação no tratamento das lesões na terceira idade, identificar os tipos mais freqüentes de lesões na terceira idade, bem como averiguar a importância da prática da musculação para o idoso e verificar os benefícios da mesma no tratamento das lesões na terceira idade.

    A principal motivação do pesquisador para a realização desse estudo foi a sua própria vivência como professor e o grande número de alunos que possuem algum tipo de lesão nessa fase da vida.

Material e métodos

    Estudo Analítico descritivo, transversal, realizado no município de Fortaleza-Ce.

    A amostra foi composta por 20 alunos do SESI-Ce – Serviço Social da Indústria, praticantes de musculação com idade acima de 60 anos que freqüenta-se regularmente no horário de 6 às 12 horas da manhã. A pesquisa foi desenvolvida no SESI-Ce – Serviço Social da Indústria, que fica localizado na Avenida João Pessoa, 6754 – Parangaba, no período de agosto a outubro de 2011. No estudo foram incluídos, um grupo de 20 alunos do SESI-Ce – Serviço Social da Indústria, praticantes de musculação com idade acima de 60 anos, que apresentem algumas das lesões citadas ou qualquer outro tipo de lesão. Sendo excluídos os alunos que não se enquadraram neste perfil ou freqüenta-se a musculação em outro período.

Análise e coletas de dados

    Os alunos praticantes de musculação do SESI-Ce – Serviço Social da Indústria foram selecionados aleatoriamente. O instrumento de pesquisa foi um questionário semi-estruturado composto de 9 questões fechadas. Os dados coletados foram analisados e apresentados em forma de gráficos para uma melhor visualização.

Procedimentos éticos

    Aos entrevistados foi apresentado o termo de Consentimento Livre e Esclarecido, de acordo com a resolução 196/96 do CNS, informando sobre o objetivo do estudo a preservação dos aspectos éticos, a garantia da confidencialidade das informações e anonimato, evitando riscos morais. Os pesquisados ficaram cientes de que a qualquer momento poderiam interromper a pesquisa. Aqueles que aceitaram participar da pesquisa assinaram o referido Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

Resultados

Bloco 1. Perfil dos respondentes

Gráfico 1. Nível de escolaridade

Fonte: Pesquisa direta

    Verifica-se no gráfico 1 que, dentre os 20 entrevistados, 5% representados por 1 respondente possui o nível universitário - cursando, 15% representados por 3 respondentes possuem o nível de graduado, 25% representados por 5 respondentes possuem o ensino fundamental e 55% representados por 11 respondentes possuem o ensino médio.

Gráfico 2. Sexo

Fonte: Pesquisa direta

    No gráfico 2 os resultados apontam que 40% dos entrevistados, representados por 8 respondentes são do sexo masculino e 60% representados por 12 respondentes são do sexo feminino.

Gráfico 3. Idade

Fonte: Pesquisa direta

    De acordo com as respostas do gráfico 3, 14 entrevistados possuem idade acima de 60 anos; 5 acima de 70 anos; 1 acima de 80 anos.

Bloco 2. Musculação como método de tratamento das lesões na terceira idade

Gráfico 4. Lesão que você tem ou teve

Fonte: Pesquisa direta

    Os dados do gráfico 4 nos revelam que, 40% dos entrevistados têm artrose; 20% possuem algum outro tipo de lesão; 15% têm osteoporose; 15% tiveram fratura em alguma parte do corpo e apenas 10% dos entrevistados disseram ter bursite.

Gráfico 5. Qual ou quais as lesões mais ocorrem na terceira idade

Fonte: Pesquisa direta

    O gráfico 5 aponta qual ou quais as lesões que mais ocorrem na terceira idade, de acordo com a opinião dos entrevistados. Onde 23% falaram que era artrose; 23% falaram que era a osteoporose; 19% disseram que era fratura; 19% disseram que era a bursite; 8% apontam que seria o esporão de calcâneo; 4% rompimento dos ligamentos do joelho; 4% hérnia de disco.

Gráfico 6. Tempo de prática na musculação

Fonte: Pesquisa direta

    O gráfico 6 representa o tempo de prática da musculação. De acordo com as respostas, 40% dos entrevistados disseram possuir até 1 ano de prática da musculação; 30% de 1 a 2 anos; 15% acima de 5 anos de prática; 10% de 2 a 3 anos; 5% de 4 a 5 anos.

Gráfico 7. A atividade física traz benefícios para a pessoa na terceira idade

Fonte: Pesquisa direta

    De acordo com o gráfico 7, 100% dos entrevistados afirmaram que, a atividade física traz benefícios para as pessoas que estão na terceira idade.

Gráfico 8. Benefícios que a musculação tem trazido para sua saúde

Fonte: Pesquisa direta

    As principais respostas apontadas no gráfico 8 foram: 25% apontam como principal benefício trazido pela prática de musculação a sua saúde, o ganho de força e resistência; 25% apontam que diminuíram dores nas articulações, ligamentos e tendões; 13% diminuição da gordura corporal.

Gráfico 9. Grau de melhora observado em relação a sua lesão

Fonte: Pesquisa direta

    O gráfico 9 nos revela que a prática da musculação segundo os entrevistados, tem trazido algum tipo de melhora em relação a lesão por eles apresentada. 65% apontam como alto o grau de melhora; 25% apontam como médio; 5% altíssimo, 5% baixo.

Discussão

    Verifica-se no gráfico 1 que, dentre os 20 entrevistados, 5% representados por 1 respondente possui o nível universitário - cursando, 15% representados por 3 respondentes possuem o nível de graduado, 25% representados por 5 respondentes possuem o ensino fundamental e 55% representados por 11 respondentes possuem o ensino médio. Isso nos revela um bom nível de escolaridade do grupo de entrevistados.

    No gráfico 2 os resultados apontam que 40% dos entrevistados, representados por 8 respondentes são do sexo masculino e 60% representados por 12 respondentes são do sexo feminino. Esses dados revelam que as mulheres estão tendo uma maior adesão à prática da musculação.

    De acordo com as respostas do gráfico 3, 14 entrevistados possuem idade acima de 60 anos; 5 acima de 70 anos; 1 acima de 80 anos. Esses dados estão em consonância com os dados da Organização Mundial da Saúde (1989 apud MATSUDO, 2001, p.14), que relata, que em 1996 no Brasil a população de idosos era de 7,8 milhões, sendo que no intervalo de 1950 a 2020, se estima o crescimento de 16 vezes o número de pessoas acima de 60 anos de idade na população brasileira.

    Além disso nos é revelado com esses resultados, um índice siginificativo de pessoas acima de 60 anos praticando a musculação.

    Os dados do gráfico 4 nos revelam que, 40% dos entrevistados têm artrose; 20% possuem algum outro tipo de lesão; 15% têm osteoporose; 15% tiveram fratura em alguma parte do corpo e apenas 10% dos entrevistados disseram ter bursite.

    O resultado obtido está em conformidade com Manidi (2001), onde ele fala que, a artrose tem progressão lenta e é uma lesão muito comum, que atinge principalmente as pessoas idosas e em fase de envelhecimento.

    O gráfico 5 aponta qual ou quais as lesões que mais ocorrem na terceira idade, de acordo com a opinião dos entrevistados. Onde 23% falaram que era artrose; 23% falaram que era a osteoporose; 19% disseram que era fratura; 19% disseram que era a bursite; 8% apontam que seria o esporão de calcâneo; 4% rompimento dos ligamentos do joelho; 4% hérnia de disco.

    Os dados acima estão em conformidade com Balsamo (2005), onde ele fala que a osteoporose na atualidade é considerada um dos maiores problemas nos países desenvolvidos e em desenvolvimento. Citando o exemplo dos Estados Unidos, que chagam a gastar 13,8 bilhões por ano, com fraturas em decorrência da osteoporose.

    Em pesquisa feita por Shephard (2003), é relatado que mais de 80% das pessoas com 60 anos possuem algum tipo de evidência radiográfica de osteoartrose (artrose).

    O gráfico 6 representa o tempo de prática da musculação. De acordo com as respostas, 40% dos entrevistados disseram possuir até 1 ano de prática da musculação; 30% de 1 a 2 anos; 15% acima de 5 anos de prática; 10% de 2 a 3 anos; 5% de 4 a 5 anos.

    Esses dados nos mostram uma significativa permanência na prática da musculação pelos respondentes.

    Segundo Simão (2007), pessoas mais velhas que tiveram participação em programas de treinamento de força, obtiveram melhoras expressivas na força muscular, massa muscular, densidade mineral óssea e capacidades funcionais, onde a melhoria dessas funções acarreta em um melhor desempenho na realização de exercícios, além de diminuir o risco de lesões e tornar as atividades da vida diária mais agradáveis.

    O treinamento de força leva a um aumento considerável de força e de massa muscular, contribuindo também para a melhoria na coordenação neuromuscular. Além disso, a sua prática também melhora a resistência muscular em adultos mais velhos. (BALSAMO, 2005)

    Segundo Simão (2007), os aumentos na velocidade de andar, potência em subir escadas, equilíbrio e atividade espontânea total, tem sido creditados aos ganhos de força adquiridos pelas populações mais idosas com o treinamento.

    De acordo com o gráfico 7, 100% dos entrevistados afirmaram que, a atividade física traz benefícios para as pessoas que estão na terceira idade.

    Esses dados nos revelam como as pessoas que estão em fase de envelhecimento reconhecem a importância da atividade física em sua vida diária, pois a partir da adesão de um estilo de vida ativo é que as mesmas poderão manter e melhorar suas capacidades funcionais e autonomia física nessa fase da vida.

    As principais respostas apontadas no gráfico 8 foram: 25% apontam como principal benefício trazido pela prática de musculação a sua saúde, o ganho de força e resistência; 25% apontam que diminuíram dores nas articulações, ligamentos e tendões; 13% diminuição da gordura corporal.

    Em consonância a isso Balsamo (2005), fala que o uso do treinamento de força, induz a aumentos da força muscular de forma significativa, além disso, também melhora o nível de resistência muscular em adultos mais velhos.

    Segundo Westcott e Baechle (2001), o treinamento de força é o meio mais eficaz pra se reduzir a gordura corporal, onde estudos revelaram que a prática do mesmo aumenta à musculatura e diminue a gordura de forma simultânea.

    O gráfico 9 nos revela que a prática da musculação segundo os entrevistados, tem trazido algum tipo de melhora em relação a lesão por eles apresentada. 65% apontam como alto o grau de melhora; 25% apontam como médio; 5% altíssimo, 5% baixo.

    Em conformidade aos dados acima, Simão (2005), relata que um número crescente de evidências sugere que o treinamento de força desempenhe um papel expressivo em melhorar muitos fatores de saúde, onde benefícios a mesma podem ser obtidos de forma segura pela maioria dos segmentos populacionais, através da prescrição de programas apropriados de exercício de força.

Conclusão

    O trabalho desenvolvido possibilitou constatar que a artrose é a lesão que mais acomete as pessoas na terceira idade, onde na opinião dos respondentes as principais lesões que ocorrem nessa fase da vida são: a própria artrose e a osteoporose.

    Pode ser verificado que 70% dos entrevistados possuem idade acima de 60 anos, isso demonstra que um grande número de pessoas nessa faixa etária está praticando a musculação.

    Constatou-se também que todos os entrevistados concordam que a prática de atividade física traz benefícios pra pessoas na terceira idade e que os principais benefícios por eles apresentados como praticantes de musculação foram: o ganho de força e resistência, diminuição de dores nas articulações, ligamentos e tendões, redução da gordura corporal.

    O que de mais importante se destacou nessa pesquisa foi que para 65% dos entrevistados a partir da pratica da musculação, obtiveram um grau de melhora alto em relação a sua lesão, mostrando que o treinamento de força é sim uma forma efetiva para o combate e prevenção de lesões nas pessoas da terceira idade.

Referências

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