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O swing: o movimento mais importante do golfe

El swing: el movimiento más importante del golf

 

CESPU-Cooperativa de Ensino Superior

Politécnico e Universitário, Gandra

(Portugal)

Ana Paula Brito

anapaulabrito08@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          A pretensão deste artigo de revisão é clarificar que os grandes golfistas não têm mais capacidades naturais ou instinto técnico que um golfista iniciante. Apenas desenvolveram um elevado grau de experiências, através de tentativas e erros no decurso dos seus treinos e que o conceito de grip e swing perfeito para todos não existe uma vez que se verifica uma panóplia de variações inerentes às características de cada golfista, para fundamentar uma opinião dogmática. Deste modo tentamos desmitificar algumas perspectivas conotadas com a modalidade golfe, associando as mais abrangentes para melhorar os seus conhecimentos do jogo de golfe.

          Unitermos: Golfe. Swing. Backswing/downswing. Golfistas.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 179, Abril de 2013. http://www.efdeportes.com/

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    O swing, no golfe, é uma técnica que se pode considerar como golpe de velocidade, cujo objetivo é que a cara do taco alcance a precisão e a velocidade adequadas no momento do impacto. Dos movimentos executados no golfe é este o mais exigente em termos mecânicos, sendo o seu domínio essencial para que os jogadores consigam melhorar o seu handicap (Kreighbaum & Barthels, 1996).

    Hume, Keogh & Reid (2005) defendem que a eficácia de cada golpe é baseada na precisão da tacada e na distância alcançada.

    Segundo Brito, Henriques-Neto & Castro (2010), desde que o taco se afasta da bola até que regressa ao mesmo ponto, deve descrever um arco, deste modo, o backswing e o downswing devem fazer o mesmo trajeto ao longo desse arco. O ângulo desse arco denomina-se ângulo plano, sendo determinado por dois fatores: o taco utilizado e a altura do golfista. Comparativamente, um golfista mais baixo, utilizando um driver, executaria um ângulo plano horizontal ou baixo, enquanto outro mais alto, jogando com um wedge, faria um ângulo plano perpendicular. O taco deve descrever o mesmo ângulo, tanto quando sobe para o backswing, como quando desce para o downswing. A principal regra para o swing é manter o braço esquerdo em extensão (para os destros). Este braço deve ser encarado como o prolongamento do taco. Conforme é afastada a cabeça do taco em relação à bola, inicia-se o backswing, não se devendo mover os pés nem desviar os olhos da bola. As coxas do golfista, devem girar à medida que o taco se afasta para trás e o ombro esquerdo “mergulha debaixo do queixo”. A meio do backswing os pulsos devem executar um movimento de torção, permitindo que o taco fique paralelo ao chão. Neste ponto, o movimento do corpo deve deslocar o peso corporal para o apoio do pé direito. À medida que o taco desce o downswing, o peso do corpo começa a deslocar-se para a perna esquerda, havendo simultaneamente uma ligeira flexão do joelho direito para dentro. Durante o decorrer deste movimento, a cabeça deve manter-se imóvel, fixando a bola e mesmo depois de ter executado o contacto com a bola deve resistir-se à tentação de elevar a cabeça para observar o voo da bola. O taco deve continuar a trajectória, efectuando o follow-through. Durante a finalização do movimento de follow-through a cabeça levantar-se-á automaticamente, sendo então possível visualizar a trajectória da bola.

    De acordo com Brito (2007), para que um golfista concretize um correcto swing será necessário considerar alguns aspetos, assim:

    Relativamente ao grip, para os golfistas dextros, as partes da mão esquerda que mais pressionam o taco durante o swing são as partes carnudas, entre as duas articulações dos dois dedos menores e a terceira falange do terceiro dedo. Na mão direita, o único ponto de pressão encontra-se na parte inferior da articulação do dedo indicador.

    Visando obter um swing completo, o taco deve ser encaminhado lentamente para trás, mantendo sempre o braço esquerdo em estensão e o taco deve ultrapassar o ombro direito.

    Ball & Best (2007) consideraram que os momentos mais importantes para o swing do golfe são o stance (posição inicial), o topo do backswing, a pausa no final da preparação e o impacto. O movimento de swing inicia-se com a preparação, o backswing, que é a fase desde o stance até ao topo do backswing e a fase de aceleração, o downswing, que ocorre desde o topo do backswing.

    Para Subijana et al. (2008) o swing do golfe é uma habilidade que se pode catalogar como golpe de velocidade, em que o objetivo é que a cara do taco atinja a velocidade e a precisão adequadas antes do momento de impacto.

    Segundo Brito, Henriques-Neto & Ferreira (2009), o elemento principal no golfe é sem dúvida o swing. Considerando também que se entende por swing uma combinação de stance, grip e movimento back and front, sendo esta a base para um bom shot de golfe. O swing é um movimento de balanceamento, antes e depois da pancada, que todos os bons jogadores necessitam de dominar.

    Relativamente à sequência temporal do swing, Burden, Grimshaw & Wallace (1998), nos seus estudos, relataram velocidades máximas de 35,7 ± 0,4 m/s. utilizando um ferro 5, e Williams & Sih (2002) obtiveram valores semelhantes com o mesmo taco (34,4 ± 5,22 m/s).

    Nesbit & Serrano (2005) estabeleceram a primeira sequência temporal baseada no trabalho dos diferentes segmentos. Utilizando um driver, a velocidade linear que a cabeça do taco atinge na fase de aceleração varia entre 52,6 - 40,5 m/s.

    Segundo Subijana, Navarro & Enrique (2008), a máxima velocidade do taco é produzida 5% antes do impacto com a bola, em relação ao tempo total de downswing. A sequência de movimentos começa com o movimento linear no quadril, seguindo o cotovelo, ombro esquerdo e a cabeça do taco, que é o último, atingindo a velocidade máxima ligeiramente antes do impacto. As sequências das velocidades angulares testadas em diferentes golfistas seguem o mesmo padrão: primeiro a rotação do quadril; depois a rotação dos ombros; por último a aceleração do taco.

Considerações finais

    Cada shot no golfe tem dois requisitos fundamentais: a distância e a direcção que se imprime à bola. A velocidade da cabeça do taco, no momento do impacto com a bola, é um dos fatores determinantes na velocidade imprimida à bola, pela distância do shot. Para uma mais vasta compreensão do swing de golfe é necessário uma descrição detalhada do movimento, das suas características cinemáticas e cinéticas ao nível dos membros superiores, uma vez que são os responsáveis pelos movimentos pendulares e planares, dos quais resulta a velocidade que a cabeça do taco imprime à bola no momento do impacto.

    O swing pode ser analisado segundo o address, a posição que antecede o primeiro movimento do taco, de acordo com o seu objetivo (target).

    A nomenclatura que descreve os componentes do swing pode variar dependendo da fonte. Os profissionais de golfe tacitamente aceitam que o início do swing é o backswing, sendo este o arco que começa a ser desenhado pela acção do taco a partir da posição da bola até à posição acima da cabeça do jogador. No seguimento do backswing há uma transição em que a cabeça do taco muda de direcção e começa a seguir um arco em direção à bola. À acção em que o taco muda de direcção e a cabeça desloca-se no sentido da bola é chamada de downswing.

    Segundo Egret et al. (2003) o topo do backswing pode ser determinado no momento em que o primeiro segmento atinge a velocidade angular mínima entre o address e o impacto, sendo, deste modo, o backswing definido como o período entre o início do backswing e o topo do backswing, o downswing como o período entre o topo do backswing e no instante em que a mão esquerda regressa à sua posição de address (impacto).

Bibliografia

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