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O brincar no Programa Minas Olímpica Geração Esporte – FHA

El juego en el Programa Minas Olímpica Generación Deporte, FHA

 

*Mestre em Lazer (UFMG, 2012)

Especialista em Lazer (UFMG, 2008)

Especialista em Gestão de Políticas Sociais (Puc-Minas, 2005)

Graduado em Educação Física (Uni-BH, 2003)

Professor do curso Educação Física – FHA

**Especialista em Fisiologia e Cinesiologia (UVA, 2009)

Graduado em educação física (FHA, 2007)

Professor do curso de Educação Física – FHA

***Doutorando em Medicina Molecular (UFMG)

Mestre em Ciências do Esporte (UFMG, 2010)

Graduado em Educação Física (Uni-BH, 2007)

Professor do curso Educação Física – FHA

****Discente do curso de Educação Física - FHA

Leonardo Toledo Silva*

Leonardo Fernando de Jesus**

Maicon Rodrigues Albuquerque***

Ana Paula Silva Moreira****

Eduardo Teixeira da Silva****

Fernanda da Silva Simões****

leotoledos@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O Programa Minas Olímpica Geração Esporte – FHA desenvolvido em parceria com a SEEJ destina-se a atender crianças com idade entre 07 e 13 anos de baixa renda, a partir de um programa de inserção social através do esporte. Em um primeiro momento, beneficia 100 crianças, em parcerias com algumas escolas da região, acreditando que este investimento amplie o repertório e acesso das crianças nas diversas práticas. Neste artigo mostramos algumas possibilidades do brincar, contextualizando sua importância no desenvolvimento das crianças. Identificando que o Programa é um importante momento para vivenciar o brincar, um espaço privilegiado para a educação, inserção, apropriação e transformação cultural das crianças.

          Unitermos: Brincar, Criança, Projeto Social.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 179, Abril de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A Fundação Helena Antipoff (FHA) participou por dois períodos (2008-2009 e 2009-2011) da execução, formação continuada e alteração da proposta do Programa Minas Olímpica Nova Geração para o Programa Minas Olímpica Geração Esporte, porém esta instituição, assim como outras Instituições de Ensino Superior (IES), apresenta algumas características diferentes de um núcleo “comum” do Programa.

    Dentre estas diferenças, destina-se quarenta horas de professores que são responsáveis pela orientação dos Educadores (estagiários) e formulam, junto aos docentes e discentes do curso de Educação Física, propostas de pesquisa e extensão universitária. Também possui três estagiários que executam o Programa na ponta, sendo os mesmos envolvidos no tripé do ensino superior (ensino, pesquisa e extensão). Outra forma de envolvimento com o Programa é a criação de um grupo de pesquisa, participação em seminários e congressos, sem contar toda a estrutura do Curso de Educação Física da FHA (quadras, campo, sala de dança, piscina, laboratórios) para uso do Programa.

    É importante mencionar que das antigas IES que possuíam convênio com a Secretaria de Esportes e da Juventude do Estado de Minas Gerais (SEEJ) nos anos de 2008 a 2011 a FHA é a única entidade que pertence ao Governo de Minas Gerais, o que valoriza e amplia os laços com a comunidade e com a Prefeitura de Ibirité.

    O Programa Minas Olímpica Geração Esporte – FHA desenvolvido em parceria com a SEEJ destina-se a atender estudantes com idade entre 07 e 13 anos de baixa renda e em situação de vulnerabilidade social, a partir de um programa de inserção social através do esporte. Em um primeiro momento, beneficia 100 crianças, fazendo parcerias com algumas escolas (Estadual e Municipal) da região, acreditando que este investimento amplie o repertório e acesso das crianças nas diversas práticas.

O Brincar

    Nota-se que a brincadeira é uma manifestação cultural, social e histórica, que faz parte da vida das pessoas, e que na nossa cultura esta muito vinculada ao mundo da criança. Quando a criança brinca constrói um universo próprio, mas o certo é que este universo tanto reflete quanto refrata o contexto no qual ela convive. (SILVA, 2012, p. 21)

    Segundo Carvalho (2007), no exercício da brincadeira, a criança ensaia papéis, apreende valores, constrói formas de sociabilidade, adquirindo motivação e habilidades necessárias à sua convivência social, ao mesmo tempo em que se projeta nas atividades adultas de sua cultura. Para ele, a criança aprende ao brincar com os outros membros de sua cultura, e suas brincadeiras são impregnadas pelos hábitos, valores e conhecimentos de seu grupo social.

    O brincar, segundo Debortoli (2008, p.82), é compreendido como processo de inserção em um tempo-espaço social, que se constitui como narrativa e processo de problematização e reconstrução da realidade. Brinca-se com uma memória coletiva que ultrapassa quem brinca e o próprio momento da brincadeira: objetos, tempos, espaços, substâncias, regiões, épocas, cidades, países, continentes, rituais, os mais amplos e ricos contextos humanos. Mais à frente o autor coloca que o significado da brincadeira como dimensão de produção da linguagem humana é inalienável do direito de apropriar-se das formas de codificação e interpretação.

    A constituição do humano pressupõe amplo acesso aos diferentes conhecimentos que se materializam como patrimônio humano e cultural. Assim como temos todos (adultos e crianças) o direito de nos apropriar de diferentes competências técnicas, também temos o direito a uma condição ampla de reflexão e reapropriação da produção da história e dos próprios instrumentos técnicos, decifrando os contextos ideológicos que nos constituem nas relações sociais – o que implica o direito coletivo de ampliar tempos, espaços e condições de acesso, inserção, partilha e participação da produção da cultura e das experiências sociais. (DEBORTOLI, 2008, p. 82).

    A criança possui uma forma diferente de relacionar com o brincar. Brincando, ela se apropria do conteúdo cultural e social, tornando-se agente de recepção e transformação cultural. Gilles Brougère (2001, p. 76) comenta que a brincadeira é uma mutação do sentido, da realidade: as coisas aí se tornam outras. É um espaço à margem da vida comum, que obedece a regras criadas pelas circunstâncias. Os objetos, no caso, podem ser diferentes daquilo que parecem ser. Entretanto, os comportamentos são idênticos aos da vida cotidiana.

    Assim, a brincadeira como prática social possibilita à criança transformar sua realidade, exercitando o imaginário e suas habilidades, vivenciando cada brincadeira como única, modificando o tempo, o espaço e os objetos desse brincar, (re)construindo e se (re)apropriando de suas práticas sociais. Assim, o brincar carrega as marcas da nossa vida: alegrias e tristezas, dor, angústias, sonhos, descobertas e realizações, que se expressam através da ludicidade. (SILVA, 2012, p. 109)

    Dessa maneira as crianças de diversas partes do mundo1 brincam de casinha, apesar das grandes modificações introduzidas na vida moderna, provocadas, principalmente, pelo desenvolvimento tecnológico. Os grandes centros urbanos não oferecem espaços para as brincadeiras, e os próprios brinquedos estão cada vez mais sofisticados. Mesmo assim, brincar de casinha ainda faz parte do universo infantil2. Verdadeiras casinhas de brinquedo podem ser montadas contendo todos os eletrodomésticos de uma casa de verdade. As filhinhas de hoje expressam sentimentos de alegria, dor, tristeza, dentre outros, e executam ações próprias dos seres humanos, isto é, falam, cantam, dançam, comem, etc. (ALVES, 1999, p.127).

    Nesse sentido, a brincadeira não deve ser compreendida apenas como um elemento excepcional. A brincadeira é o próprio “mundo de cultura” em expressão: conhecimento, valores, regras e todas as suas formas de dialogar uns com os outros (DEBORTOLI, 1995, p. 93).

    Por último, é importante conhecer os significados e atribuições do brinquedo. No nosso entendimento, é todo objeto que a criança utiliza/manipula durante o ato de brincar. Pode ser o que os adultos e as crianças reconhecem como tal (bola, boneca, panelinha, cavalo de pau, pião, pipa...) ou podem ser objetos que não tenham a função específica de brinquedo (um cabo de vassoura, uma tampinha de garrafa, uma lata de refrigerante...). Dessa forma, cada brinquedo compõe uma história e um patrimônio que contribui para compreensão do brincar como uma prática cultural.

    O brinquedo também constitui um objeto cultural, pois traz em si as marcas de um povo, de um dado histórico. Materializa-se em algo, qualquer coisa, que permite que a criança brinque, explore sua criatividade, crie novos mundos, relacione-se com o outro (ALVES, 1999, p.80). O brinquedo é visto como objeto que dá suporte à brincadeira. Um objeto qualquer é retirado do uso corrente para se tornar brinquedo. O sentido lhe é dado por aquele que brinca, enquanto durar a brincadeira (PORTO, 1998, p.177). Rogério Correia da Silva (2004, p. 26) entende que, na brincadeira, os objetos podem assumir outros significados, sendo uma ação marcada pela negociação dos brincantes:

    Segundo Brougère (2001), o brinquedo não parece definido por uma função precisa: trata-se, antes de tudo, de um objeto que a criança manipula livremente, sem estar condicionado às regras ou a princípios de utilização de outra natureza. O brinquedo é um objeto infantil, e falar em brinquedo para o adulto torna-se, sempre, um motivo de zombaria, de ligação com a infância.

    Para Cristina Laclette Porto (1998), é possível abordar o brinquedo pelo material de que foi fabricado, pela forma e/ou desenho, pela cor, aspecto tátil, cheiro e sons que porventura emita. Dependendo do material –madeira, espuma, ferro, pano ou vinil–, o brinquedo oferece possibilidades de experiências variadas. Matéria e representação se aliam. As cores, berrantes ou em tons pastel, também se tornam códigos e, por conseguinte, meios de significação. Do ponto de vista da representação, o brinquedo pode ser uma reprodução da realidade, como as panelinhas, o ferro, a vassoura, o carro, o urso ou a boneca-réplica da rainha Vitória. Nesse quadro, são privilegiados, entre outros, os objetos que representam o universo doméstico, os meios de transporte, o mundo animal, certas épocas passadas.

    Assim, mesmo os brinquedos que aparentam ser cópias fiéis da realidade são, na verdade, representações, imagens retiradas de um determinado contexto, em que está imerso o sujeito que o criou. São portadores de significações culturais que emergem de uma determinada visão de mundo. (PORTO, 1998, p. 175).

    Silva (2004) entende que o brinquedo é parte indissociável do brincar da criança, um produto cultural, objeto reconhecido por adultos e crianças como brinquedo, que, independentemente de estar sendo utilizado como “instrumento do brincar”, não perderia seu estatuto de brinquedo. Quando crianças de idades variadas estão brincando, podemos observar que nem sempre foi um brinquedo que desencadeou o ato de brincar, mas outro objeto qualquer. Muitas brincadeiras, aliás, dispensam um suporte material e exigem apenas o próprio corpo. Podemos ainda perceber que certos brinquedos que proporcionam intermináveis experiências lúdicas para algumas crianças são solenemente ignorados por outras (PORTO, 1998, p. 171).

O Brincar no Programa

    Depois de compreender o que é o Programa Minas Olímpica Geração Esporte – FHA e a nossa compreensão do brincar partimos para o segundo momento desse artigo, ou seja, fazer uma reflexão à cerca das nossas ações sobre o brincar, enquanto momento para aprendizagem.

    Acreditamos que o brincar não deva ser encarado como uma oficina especial, esporádica, pelo contrário ele deve permear todas as nossas ações, sendo o impulso das outras atividades e em alguns momentos o “ponta pé” inicial e motivacional para que ocorram as mesmas.

    Destacamos então três momentos distintos: uma oficina introdutória do brincar; o caderno de jogos e brincadeiras; e a construção de um brinquedo (peteca).

    A oficina introdutória do brincar foi ministrada por um dos professores e acompanhada pelos monitores. Foi um momento preparatório de chegada dos recém contratados monitores, onde por meio das atividades eles tiveram a oportunidade de conhecer os educandos, bem como realizar uma imersão nos jogos e brincadeiras.

    Foram realizadas algumas brincadeiras cantadas; brincadeiras que estimulavam a atenção/concentração e brincadeiras com cordas. Esta mesma oficina serviu como preparatória para a V videoconferência da Secretaria de Estado de Esportes e Juventude3.

    Na oficina de construção de brinquedos experimentamos durante duas semanas a imersão sobre esse objeto: a peteca, sendo que os educandos eram estimulados a conhecer a história, utilizar os produtos industrializados, depois confeccionar o próprio brinquedo e usá-los não somente no Programa, mas nas comunidades onde estão inseridos.

    Eles construíram a peteca com jornal, sacola plástica, produtos naturais como casca de bananeira e pena de aves, aprenderam como utilizar materiais reciclados (descartáveis e orgânicos) que muitas vezes não eram utilizados para a construção de um brinquedo, que além de fácil confecção, não necessita de um local grande para brincar. Dessa forma, sua brincadeira se torna facilitada, visto que, a qualquer momento e lugar, uma peteca pode ser construída e se tornar um “suporte” para o jogo.

    Ao construir os brinquedos as crianças concentram-se conforme a exigência da atividade, porém sem romper com a interação do seu meio social, pois estas continuam com atitudes de auxilio, troca de materiais e brincadeiras entre o meio e as outras crianças. Ainda nota-se o carinho e o cuidado das crianças pelo objeto construído por elas mesmas, possibilitando o desenvolvimento de suas habilidades.

    Segundo Dipe e Gaio (2007) ao manipular o objeto a criança pode refletir sobre suas relações e fazer associações das ações e objetos, do eu e da realidade, tornando-se capaz de descentrar e desenvolver um pensamento dinâmico.

    Quando a criança brinca com um avião de papel, tentando lança-lo o mais alto possível, ela pode correr de várias maneiras, saltar vários obstáculos, criando oportunidades de dominar, cada vez mais, estas habilidades básicas. O mesmo ocorre em relação ao objeto, pois quanto mais a criança age sobre ele, maior é seu significado: uma simples folha de papel pode se transformar num poderoso avião. Assim sendo, esta relação criança brinquedo, resulta na transformação de ambos. (DIPE e GAIO, 2007, p.8).

    O caderno de jogos e brincadeiras foi mais uma possibilidade de valorizar a cultura dos educandos, bem como trabalhar a questão da autonomia e da responsabilidade, pois a cada dia um dos educandos era responsável por levar o “nosso caderno de jogos” para a casa e com a ajuda dos país/responsáveis descreviam uma brincadeira que a criança gostava, no próximo encontro a criança iniciava nossas atividades demonstrando o jogo, neste momento se tornavam os professores e os demais brincavam conforme a demanda.

    Esta ferramenta, além de ser uma oportunidade de o aluno trazer para o programa suas vontades sobre brincadeiras, acomete uma imersão cultural valiosa, visto que cada aluno possui uma cultura4, um modo de pensar e agir. O momento da “brincadeira do caderno” se torna especial e único, momento este em que o próprio aluno responsável pela brincadeira do dia lê, explica e auxilia o monitor a executá-la junto aos colegas.

    Também, é uma oportunidade dos alunos conhecerem, vivenciarem e aprenderem “novos” jogos e brincadeiras, que poderão ser executadas dentro fora do programa (em seu ambiente familiar, escolar e social). A cada dia um novo aluno assumia o posto e toda a responsabilidade que está ação exige. Tínhamos brincadeiras das mais simples, do tipo passa anel, a brincadeiras inventadas pelos pais e filhos. Brincadeiras estas, que representavam uma novidade, simplicidade e responsabilidade em sua prática.

Considerações

    Através do jogo a criança se desenvolve, ela cria uma atmosfera positiva e segura, o que possibilita realizar atividades que leva a descobrir novas formas de interagir com o meio em que vive. O brincar é visto com grande importância dentro do programa, pois a partir dele conseguimos perceber limitações existentes, a forças e a criatividade de nossos educandos, trazendo desenvolvimento aos mesmos.

    O brincar torna-se ainda uma forma de expressão para as crianças, que em determinadas situações imaginam estar vivendo em um mundo diferente, um contexto no qual gostariam de estar inseridos. Desta forma os monitores devem estar sempre atentos para proporcionar fatores que estimulem a imaginação, levando sempre em consideração que o brincar não deve ser apenas por um momento de recreação, mas sim um modo de adquirir conhecimentos e trabalhar habilidades, uma forma de aprendizagem.

    Na nossa prática foi inserido no projeto o “caderno”, a fim que a criança pudesse em casa elaborar um jogo e juntamente com os professores praticarem a atividade trazendo suas experiências e compartilhando-as. Isto tem proporcionado um envolvimento muito grande nas aulas, muitas pedem para levarem o caderno pensando em criar jogos e muitos destes jogos e brincadeiras que são elaborados vêm de seus pais que em suas infâncias brincavam. As crianças vivenciam as brincadeiras e tem descoberto como foi à infância de seus pais, isto só poderia acontecer desta forma, um simples caderno que traz sua riqueza em seus detalhes.

    A proposta do Caderno de Brincadeiras traz consigo um momento para que a criança conheça um pouco sobre a infância de seus pais, alem de proporcionar um momento entre pais e filhos que se tornam cada vez mais raro no mundo moderno. A cada retorno do caderno nota-se a empolgação dos alunos e a ânsia de ser o próximo escolhido para levá-lo para casa. Durante a explicação da brincadeira o educando demonstra sentir-se de alguma maneira extremamente responsável por aquele momento, confiante e importante perante os demais.

    Durante a oficina de construção da Peteca os alunos demonstraram grande concentração e envolvimento com o trabalho realizado, constituindo um momento de alegria e prazer para todos. Após o encerramento das atividades nota-se o cuidado e afeto das crianças pelo brinquedo confeccionado.

    Por último, mais não menos importante, afirmamos que o Programa Minas Olímpica Geração Esporte – FHA é um importante momento para vivenciar o brincar, um espaço privilegiado para a educação, inserção, apropriação e transformação cultural, seja no campo, nas quadras, na piscina, nas salas e em todos os locais que as crianças circulam.

Notas

  1. Crianças de diversos países, estados e regiões brincam de inúmeras brincadeiras como nos lembra Carvalho, 2007, p.63, quando o autor lista diversas brincadeiras, para o autor “algumas práticas culturais da infância, portanto, ultrapassam os limites de inserção cultural, temporal e geográfica dos grupos infantis”. (p.65)

  2. Como em outras culturas, a brincadeira de casinha é um importante elemento de socialização entre eles; é um espaço coletivo. Propicia uma imitação da vida social Maxakali e, principalmente, reproduz o cotidiano vivido no espaço doméstico da ladeia. Também a definição dos papéis social na sociedade Maxakali pode ser observada. As meninas se encarregam das tarefas domésticas, como cuidar dos bonecos, arrumar a casa, fazer a comida, pescar; por sua vez, os meninos saem para caçar, cuidar da roça. (ALVES, 1999, p.127).

  3. Disponível em http://www.esportes.mg.gov.br/images/stories/geracao_esporte/5_video_conferencia.pdf

  4. Entendemos a cultura como produto da espécie humana. Produto que é elaborado, reelaborado e apropriado socialmente pelo indivíduo ou um grupo social. Onde se leva em consideração não somente o produto final, mas o processo de construção do mesmo. (SILVA, 2011, p.165)

Referências

  • ALVES, Vânia de Fátima Noronha. O corpo lúdico Maxakali: desvelando os segredos de um “Programa de Índio”. 1999. Dissertação (Mestrado em educação) – Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerias, BH, 1999.

  • BROUGÈRE, G. Brinquedo e cultura. 4. ed. São Paulo: Cortez, 2001. 110 p.

  • CARVALHO, L. D. Imagens da infância: brincadeira, brinquedo e cultura. 2007. 149 f. Dissertação (Mestrado em Educação) – Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais, 2007.

  • DEBORTOLI, J. A. O. Equilibrando sobre um arame de farpas: infância e ludicidade no cotidiano do Alto Vera Cruz. 1995. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Educação, 1995.

  • _____. Imagens contraditórias das infâncias: crianças e adultos na construção de uma cultura pública e coletiva. In. DEBORTOLI, José Alfredo Oliveira; MARTINS, Maria de Fátima Almeida; MARTINS, Sergio. (Orgs.). Infâncias na metrópole. Belo Horizonte: Editora UFMG, 2008. p. 71-86.

  • DIPE. V, GAIO. R. Educação Física, construção de brinquedo e a descentração do pensamento infantil. Movimento & percepção, Espírito santo do Pinhal,SP,V.7,n.10,Jan./Jun.2007.

  • PORTO, C. L. Brinquedo e brincadeira na biblioteca. In: KRAMER, Sonia; LEITE, Maria Isabel. (Orgs.) Infância e produção cultural. Campinas: Papirus, 1998, 3ª ed. p.171-198.

  • SILVA, L. T. Jogos, brinquedos e brincadeiras: algumas reflexões. Revista Multidisciplinar Uniesp. 2011, p. 163-171.

  • _____. As crianças e o brincar em suas práticas sociais: o Aglomerado da Serra/BH como contexto de aprendizagem. 2012. 122 f. Dissertação (Mestrado em Lazer) – Escola de Educação Física, Fisioterapia e Terapia Ocupacional, Universidade Federal de Minas Gerais, 2012.

  • SILVA, R. C. da . Verbete: brinquedo. In: Christianne Luce (Org.). Dicionário crítico do lazer. Belo Horizonte: Autêntica, 2004. p. 25-29.

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