Benefícios da atividade física na terceira idade: treinamento de força como prevenção da osteoporose Los beneficios de la actividad física en la tercera edad: el entrenamiento de la fuerza como prevención de la osteoporosis |
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*Licenciado no curso de Educação Física pela Universidade Presidente Antônio Carlos, UNIPAC, JF Bacharel em Educação Física pela Universidade Salgado de Oliveira, UNIVERSO, JF Pós- graduando em Musculação e Treinamento Funcional, UNIFOA **Licenciado no curso de Educação Física pela Universidade Presidente Antônio Carlos, UNIPAC-JF Bacharel em Educação Física pela Universidade Salgado de Oliveira, UNIVERSO, JF |
José Joventino Duque Filho* Michel Luiz de Oliveira Ruffo** (Brasil) |
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Resumo O presente estudo teve como objetivo, verificar através da revisão de literatura os benefícios do treinamento de força enquanto prevenção da osteoporose em pessoas da terceira idade. Foi possível observar que a osteoporose está se tornando um problema de saúde pública, pois está crescendo gradativamente com o passar dos anos, devido ao envelhecimento da população mundial. Esta se conceitua segundo vários autores como “uma doença osteometabólica, caracterizada pela diminuição da DMO (densidade mineral óssea), levando a uma maior fragilidade do osso, deixando-o com maior suscetibilidade a fraturas”. Autores como, Florindo et al. (2000), Shephard (2003) apud Morais, Rosa & Rinaldi (2005), entre outros, falam da atividade física como uma boa forma de se melhorar a DMO, porém o treinamento de força ainda sendo de maior eficiência para a aquisição da mesma.Esse estudo teve como bases de dados o Scielo, Lilacs, Bireme, Pubmed, Google acadêmico, e o acervo bibliográfico da Universidade Salgado de Oliveira, campus Juiz de Fora, e não foi estabelecido um período de tempo específico para a busca de artigos (literatura crítica) e livros (literatura aliada). Unitermos: Treinamento de força. Treinamento resistido. Envelhecimento. Prevenção. Osteoporose. Terceira idade. DMO.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 179, Abril de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
A osteoporose é uma doença que merece atenção especial, pois se tornou um problema de saúde pública mundial, devido ao envelhecimento populacional. Dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostram que o Brasil possui cerca de 20 milhões de pessoas com 60 anos ou mais, o que representa mais de 10% da população brasileira, estimativas do órgão indica que esse contingente atingirá 32 milhões em 2025, fazendo com que se torne o sexto pais em população de idoso do mundo (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2006). Guarniero (2004) cita que nos EUA aproximadamente 1,3 milhões de fraturas por ano são causadas devido à osteoporose, e que o país tem um custo de 20 bilhões de dólares com as mesmas.
No Brasil segundo Silva Costa (s/d), 1,2 milhões de idosos sofrem algum tipo de fratura devido à osteoporose.
Segundo Guarniero (2004), osteoporose é uma doença osteometabólica, caracterizada por uma perda gradual de massa óssea, causando uma maior fragilidade no osso devido à deterioração da microarquitetura do tecido ósseo, consequentemente tornando-o mais suscetíveis a fraturas. Estudos mostram que o treinamento de força é um dos grandes aliado para aquisição de massa óssea, tornando-se importante na prevenção da osteoporose (PINHEIRO et al 2010; TRINDADES e RODRIGUES, 2007).
Pinheiro et al (2010), investigaram 16 mulheres portadoras de osteopenia e/ou osteoporose, sendo nove praticantes de exercícios de força e sete sedentárias. Constatou que houve um aumento significativo na DMO das que praticavam a atividade e que as que não praticavam houve o inverso, tiveram uma queda da DMO. Trindade & Rodrigues (2007) analisaram duas mulheres, onde os resultados obtidos também comprovam os benefícios do treinamento de força enquanto a osteoporose.
O objetivo desse estudo é verificar através de revisão bibliográfica a influência do treinamento de força como prevenção da osteoporose em pessoas da terceira idade.
2. Metodologia
O presente estudo se deu através de uma pesquisa bibliográfica de artigos originais e de revisão, sobre o tema treinamento de força como prevenção da osteoporose em pessoas idosas. A pesquisa foi realizada nas bases de dados do Scielo, Lilacs, Bireme, Pubmed, Google acadêmico, e o acervo bibliográfico da Universidade Salgado de Oliveira, campus Juiz de Fora, e não foi estabelecido um período de tempo específico para a busca de artigos (literatura crítica) e livros (literatura aliada).
Para a realização da mesma, foram usados os seguintes termos: treinamento de força, exercícios, musculação, treinamento resistido, osteoporose, densidade mineral óssea, envelhecimento, idosos, terceira idade, sendo os artigos de revisão exclusivamente da língua portuguesa, e não havendo restrições de idiomas para os artigos originais, estes que foram traduzidos pelo Google translate. Foram selecionados somente artigos que relacionava treinamento resistido/força com osteoporose no envelhecimento independente do sexo.
Para o critério de inclusão foi feito inicialmente a leitura dos títulos e dos resumos. Foram incluídos todos os tipos de trabalhos, artigos de revisão, artigos originais, monografias, livros, teses, dissertações, etc. Após a coleta de dados, foi feito a leitura dos mesmos na íntegra, para novamente passar por um processo de inclusão e exclusão. Nas bases de dados consultadas tivemos um total de 74 trabalhos entre literatura crítica e literatura aliada, somente 20 foram selecionados, pois atenderam os critérios pré- estabelecidos, e 54 foram excluídos por não apresentarem.
Os critérios de exclusão se deram da seguinte forma:
Não abordaram o conteúdo de maneira completa e confiável;
Estudos em animais não humanos;
Artigos de revisão em outras línguas, se não a portuguesa.
Artigos com deficiência descritiva, e/ou formatação incorreta.
Os critérios de inclusão se deram de forma inversa aos de exclusão.
Os que foram incluídos tiveram uma base de dados exclusiva, onde foram classificados de acordo com suas características.
3. Revisão de literatura
3.1. Osteoporose
3.1.1. Conceitos e definições
Segundo Salter (2001), Freire e Aragão (2004), osteoporose significa osso poroso. É uma doença osteometabólica caracterizada por uma diminuição da densidade mineral óssea, levando há uma maior fragilidade do osso, tornando-o mais suscetíveis a fraturas.
De acordo com o National Institutes of Health (2000) e Guarniero (2004), nos Estados Unidos, estudos mostram que 10 milhões de pessoas já possuem osteoporose e que 18 milhões já estão com uma baixa DMO (osteopenia), e que 1,3 milhões de fraturas por ano são causadas devido à doença, acarretando um ônus de 20 bilhões de dólares aos cofres públicos norte americanos. Segundo Salter (2001) as estimativas da OMS prevêem um aumento de quatro vezes no diagnostico da osteoporose até 2050. Silva Costa (SD), diz que no Brasil 1,2 milhões de idosos sofrem algum tipo de fratura devido à osteoporose.
O Consenso Brasileiro de Osteoporose (2002) diz que: “A Osteoporose é um distúrbio osteometabólico caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea (DMO), com deterioração da microarquitetura óssea, levando a um aumento da fragilidade esquelética e do risco de fraturas”
Salter (2001) “É uma doença generalizada do osso caracterizada por diminuição da formação osteoblástica de matriz combinada com o aumento da reabsorção osteoclástica do osso, resultando em acentuada diminuição na qualidade do osso”. Slipman e Whyte (2003) apud Cunha, et al (2007) diz que a osteoporose pode ser classificada como primaria e secundaria.
Sendo a osteoporose primaria subdividida em:
Tipo I ou pós-menopausa, normalmente ocorre em mulheres pós-menopausa, com idade entre 50- 60 anos.
Tipo II ou Senil, acarreta ambos os sexos acima de 70 anos, e se caracteriza pela perda de DMO devido à idade. E osteoporose secundaria, está que vem associada a outras enfermidades como, por exemplo: hiperparatiroidismo, diabetes mellitus, ingestão de corticosteróides, menopausa cirúrgica e uso de drogas.
A osteoporose é dada pela perda de massa óssea. A massa óssea está em constante formação durante as fases da vida, na infância, na adolescência e até aos 35 anos, onde é alcançado o pico de massa óssea, a partir daí começa a iniciar uma queda, que gira em torno de aproximadamente 1,5% ao ano. Mulheres na menopausa possuem uma maior perda, aproximadamente 3 a 4% ao ano, dando inicio a osteoporose, devido à baixa produção de estrogênio, esse que estimula a produção de células óssea e inibe indiretamente a reabsorção das mesmas. Com a baixa produção desse hormônio haverá um desequilíbrio entre essas células, causando uma maior perda da DMO. Nos homens a osteoporose está ligada a outros fatores, especialmente ao envelhecimento.
3.1.2. Fatores de risco
De acordo com Yazbek e Neto (2008), os fatores de risco para a perda de massa óssea podem ser classificados da seguinte forma: Não modificáveis e modificáveis. Veja o quadro 1 a seguir.
Quadro 1. Fatores de riscos
Segundo Aragão e Freire (2004), vários são os fatores que contribuem para a osteoporose, se destacando, idade, o sexo, e a raça branca. Funchal, Neto (1991) apud Aragão e Freire (2004), a osteoporose tem a prevalência em pessoas da terceira idade com maior freqüência em mulheres acima de 45 anos, não deixando de atacar aos homens.
Richelson et al (1987) apud Aragão e Freire (2004) diz que um dos principais fatores de risco em mulheres pós menopausa se dá devido a deficiência do estrogênio, esse que possui um efeito protetor, pois diminui a reabsorção óssea, conseqüentemente diminuindo a perda da DMO, reduzindo o risco de fraturas, além de melhorar a absorção de cálcio no intestino, diminui a perda de cálcio pela urina, ativa a vitamina D, e estimula a calcitonina, que previne a perda de cálcio do osso.
3.1.3. Patologia
Segundo Salter (2001) as modificações devido à osteoporose normalmente encontram-se no osso esponjoso, esse que possui suas trabéculas calcificadas, e devido à doença se tornam finas e dispersas. Deixando assim os corpos vertebrais e as metáfises dos ossos longos, por serem formados por maior quantidade de osso esponjoso, com maior suscetibilidade a osteoporose.
Observe as figura a seguir, onde essas mostram a diferença entre o osso normal e o osso osteoporótico.
Figura 1. Diferença entre o osso normal e o osso osteoporótico
Fonte: medicamentosparausoveterinario. blogspot.com/2010/12/osteoporose-e-o-seu-tratamento.html
Figura 2. Microradiografia de um osso normal (esquerda) e de um osso osteoporótico (direita)
Fonte: http://www.bonehealthforlife.org.au
Devido à osteoporose os ossos se tornam frágeis e/ou quebradiços, tornando- o sensível a fraturas patológicas. Essas fraturas são muito comuns nas metáfises dos ossos longos (colo do fêmur, colo do úmero, nos corpos vertebrais), como já citado acima por serem predominantemente esponjosos.
Segundo esse mesmo autor, a doença pode ser diagnosticada de três formas:
Diagnóstico clínico: os sintomas aparecem como dor nas costas provenientes de pequenas fraturas repetidas, diminuição da altura em pé, diminuição do desempenho físico. As pessoas que possuem a doença de maneira avançada exibem um grau anormal de cifose dorsal. Como dito anteriormente ficam com maior fragilidade, e suscetibilidade a fraturas.
Diagnóstico radiológico: Feito através de aspectos radiológicos. A densitometria óssea é um exame feito para quantificar a DMO, quanto menor o desvio padrão em relação a media de uma pessoa jovem, maior a probabilidade e o risco de fraturas.
Diagnóstico laboratorial: Na osteoporose primária, todos os níveis de: cálcio sérico, fósforo estão normais, porém pode-se encontrar um balanço negativo de cálcio.
3.2. Treinamento de força
3.2.1. Conceito e definição
Segundo o American College of Sports Medicine (ACSM): “O condicionamento de força é geralmente definido como o treinamento em que a resistência contra a qual um músculo gera força é progressivamente aumentada durante o tempo”. Para Simão (2003) quando prescrito de forma adequada e correta, o treinamento de força, é um grande aliado para o desenvolvimento da saúde, prevenção e reabilitação de problemas musculares e ortopédicos. Esse mesmo autor relembra que “embora recentes estudos indiquem que o treinamento de força possa contribuir para uma redução no risco de determinadas doenças, tais como câncer, coronariopatias, diabetes mellitus e osteoporose, ainda são necessárias mais pesquisas a fim de confirmar tais evidencias.
3.3. O treinamento de força enquanto prevenção da osteoporose
Segundo Hall (2000, p, 72), vários são os fatores que podem auxiliar no aumento da massa óssea durante as fases da vida (dieta, controle hormonal, exercícios), porém a prevenção ainda é o meio mais eficaz de tratar a osteoporose. Alcançar o pico de massa óssea pode prevenir ou adiar a doença.
Florindo et al (2000) refere-se a atividade física como sendo eficiente na prevenção de doenças crônico-degenerativas como, hipertensão arterial, obesidade, ansiedade e osteoporose.
Shephard (2003) apud Morais, Rosa & Rinaldi (2005), diz que em relação à prevenção da osteoporose, o treinamento força tem-se mostrado com maior eficiência do que atividades na posição sentada.
De acordo com a posição do colégio americano de medicina esportiva (1995), “A) a atividade física de transportar peso é essencial para o desenvolvimento normal e manutenção de um esqueleto saudável. As atividades que focalizam sobre o aumento da força muscular podem também ser benéficas, particularmente para os ossos que não suportam peso; B) a mulher sedentária pode incrementar a massa óssea progressivamente por se tornar mais ativa, mas o benefício primário do aumento da atividade pode evitar a redução posterior do osso que ocorre com a inatividade; C) o exercício não deve ser recomendado como substituto à terapia de reposição hormonal no período da menopausa; D) o programa ótimo para a mulher idosa deve incluir atividades que melhorem força, flexibilidade e coordenação que podem indiretamente, mas efetivamente, diminuir a incidência de fraturas osteoporóticas pela redução da probabilidade de quedas.”
Para Henderson et al, (1988) apud Silva e Costa (s/d) a atividade física pode contribuir de duas formas positivas na prevenção de fraturas devido a osteoporose:
Aumentando a força do osso, através da melhora da DMO;
Reduzindo o risco de quedas, através do fortalecimento dos músculos nos membros inferiores.
Para Hall (2000, p. 72) o osso cresce e se fortifica de acordo com as diferentes forças aplicadas a ele, elucidada pela lei de Wolff: “A lei de Wolff indica que a resistência dos ossos aumenta e diminui à medida que aumentam e diminui as forças funcionais que atuam sobre o osso.” (HALL, 2000, p. 72 ).
Alguns estudos mostram a melhoria da densidade mineral óssea, quando utilizado exercícios com carga.
Veja o quadro 2 abaixo:
Quadro 2. Estudos originais
Referência
Tipo de estudo e tipo de pessoas
Atividade praticada
Resultados
OURIQUES & FERNANDES, 1997
50 (cinqüenta) mulheres com idade média de 61 anos. Divididas em dois grupos: ativas (estudo) e sedentárias (controle), sendo 20 ativas e 30 sedentárias.
Flexibilidade, força e equilíbrio, sessões de 3 a 4 vezes semanais com duração de 60 minutos cada a 75% da FCM .
O grupo ativo apresentou uma maior DMO no colo do fêmur, na coluna e no triangulo de Wards, em relação ao grupo de sedentárias.
RODRIGUES & TRINDADES, 2007
2 (duas) mulheres com idade média 71 anos, portadoras de osteoporose
Exercícios de resistência 3 vezes por semana.
Uma das participantes treinou durante quatro meses e obteve melhora na DMO do fêmur e das vértebras lombares. A outra participante, durante dezesseis meses, obteve uma melhoria da DMO do fêmur e uma diminuição da DMO das vértebras lombares, isso devido aos resultados serem localizados.
BORBA-PINHEIRO e colaboradores, 2010
16 (dezesseis) mulheres portadoras de osteopenia e/ou osteoporose. Divididas em dois grupos, ativas (estudo) e sedentárias (controle), sendo 9 ativas e 7 sedentárias.
Treinamento resistido, sessões de 3 vezes por semana (alternados), com duração de 60 minutos cada, durante 12 meses.
O grupo ativo houve uma melhora significativa na DMO da lombar, do trocanter maior e do colo do fêmur, e o triangulo de Wards manteve-se estável. Já o grupo sedentário apresentou uma diminuição DMO nas mesmas variáveis, porém foram valores insignificantes.
SANTOS, MELO & MOSER, 2004
Questionário com 200 mulheres com idade média de 51 anos com coeficiente de variação de 11, 8% selecionadas aleatoriamente e a maioria apresentando DMO normal (52,5%), sendo essa 200 mulheres, praticantes ou não de atividades físicas na infância, na adolescência ou atualmente.
Exercícios que possam influenciar na massa óssea. Esses praticados na infância, na adolescência e atualmente.
Constatou-se que a perda de DMO nas não praticantes de AF foi significativamente maior do que nas que praticavam. Houve uma
Probabilidade de 96% de que as mulheres que não praticaram atividade física, durante a infância e a adolescência, tenham tido maior perda óssea na menopausa do que aquelas que praticaram.
PRUITT, L. A. e
colaboradores,
1992 apud OLIVEIRA (2011)
Mulheres com média de idade de 54 anos.
Exercícios de força, 3 vezes semanais ( 15 a 10 RM), durante 9 meses.
Aumento na DMO da lombar, e diminuição no grupo de controle.
RYAN, A. S. e
colaboradores,
1994 apud OLIVEIRA (2011)
Homens e mulheres com idades entre 20 a 74 anos
Treinamento resistido 3 vezes semanais com 12 a 15 RM, durante 24 semanas
Aumento na DMO do colo femoral, trocanter maior e triângulo de Wards, e DMO total e da perna.
KEMMLER, W. e colaboradores,
2002 apud OLIVEIRA (2011)
Mulheres com idade média entre 50 e 58
Treinamento de força 2 vezes semanais com 50 a 90% de 1 RM, incluído com exercícios de saltos nos intervalos.
Aumento na DMO lombar de 1,3% no grupo de treino e diminuição na DMO lombar e femoral no grupo controle.
De acordo com o Posicionamento Oficial da Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte e da Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia: Atividade Física e Saúde no Idoso (1999), além de proporcionar uma melhoria e uma diminuição na perda da DMO, a atividade física proporciona inúmeros benefícios para a saúde da pessoa idosa.
Melhoria da força e da massa muscular;
Aumento na flexibilidade articular;
Aumento do VO2 máximo;
Melhor controle da glicemia;
Redução do peso corporal;
Melhoria na pressão arterial;
Melhoria no equilíbrio;
Menor dependência para atividades do dia-a-dia;
Entre outros.
Alem de todos esses benefícios citados acima a atividade física também vem sendo recomendada, para outras doenças neurológicas, como esclerose múltipla e doença de Alzheimer.
4. Conclusão
O presente estudo buscou mostrar através de revisão de literatura os benefícios do treinamento de força enquanto prevenção da osteoporose. Vários estudos apontam o treinamento resistido como a melhor forma de melhorar a saúde óssea, além de nos proporcionar um fortalecimento dos músculos, consequentemente diminuindo o risco de quedas. Cabe-nos salientar que o melhor remédio para a doença ainda continua sendo a prevenção.
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