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Verificação da estrutura administrativa da equipe feminina de 

futsal Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel na temporada 2006

Un estudio sobre la estructura administrativa del equipo femenino de futsal Unopar/Londrina/Gremio/Sercomtel en la temporada 2006

 

Licenciado em Educação Física e Pós Graduado em Administração

e Marketing Esportivo. Servidor do Ministério do Esporte

(Brasil)

Marcelo Resende Teixeira

marinresende@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Geralmente a observação do público em relação as modalidades esportivas se restringe ao momento em que atletas e comissão técnica já estão atuando em jogos ou competições, no entanto a grande maioria dos espectadores não têm acesso a complexidade do trabalho burocrático realizado pelas associações desportivas que antecede o momento de real exposição da equipe. O trabalho foi desenvolvido no intuito de apresentar a estrutura administrativa que a equipe feminina de futsal Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel teve a disposição no ano de 2006, procurando identificar de que forma o processo organizacional pode interferir diretamente nos resultados durante toda temporada de um clube, de forma a deixar através dos dados do projeto, subsídios para outras modaliades do desporto. As informações apresentadas foram obtidas através de análise de documentos cedidos pela comissão técnica da equipe, o que inclui dados do clube, e do projeto anual como: número de atletas e profissionais envolvidos de acordo com as categorias específicas, projeto social, parceiros e patrocinadores, benefícios a atletas, principais competições do calendário de 2006, estratégias e investimentos em marketing, além do retorno de mídia aos patrocinadores mensurada em valores. O clube trabalha com três categorias de base: infantil (sub-15), infanto-juvenil (sub-17) e juvenil (sub-20) e a categoria principal, sendo a última a detentora dos maiores investimentos. No total, são 52 pessoas envolvidas, entre profissionais e atletas, que atuam diretamente no projeto, sendo oito parceiros responsáveis pela estrutura financeira, física, técnica e logísitca, durante os períodos de treinamentos e competições. A pesquisa contribui também para constatar que o trabalho profissional realizado pela equipe Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel pode ser considerado como exemplo, já que utilizando da capacitação de profissionais e da execelente estruturação administrativa, otimizou as inúmeras conquistas ao longo da temporada estudada.

          Unitermos: Administração. Equipe. Patrocinadores. Marketing.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 179, Abril de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Entendemos ser natural que as pessoas tendem a observar uma equipe desportiva seja ela de qualquer modalidade somente no momento em que a mesma se apresenta na quadra de jogo durante as disputas de um confronto ou competição.

    Neste sentido, por trás de uma equipe de sucesso vários processos de cunho admistrativo antecedem a preparação necessária sempre na busca do bom desempenho de atletas e comissão técnica, ações que geralmente ficam ocultas, mas interferem no resultado final, já que se tratando de esporte de alto rendimento as cobranças são inevitáveis, em função dos diversos interesses que cercam a esfera esportiva, o que independe da modalidade.

    Na visão de Morales (1997), ao iniciarmos um emprendimento temos a necessidade de determinar como iremos organizá-lo sobre três aspectos: as linhas de comando, as de responsabilidade e as de comunicação.

    A autora ainda revela que a estrutura organizacional deve orientar cada pessoa de modo que ela se reconheça dentro da empresa, como parte itegrante e ativa, além disso deverá informar de forma precisa as responsabilidades, escalas hierárquicas e de modo que saibam e entendam suas funções.

    Entretanto destaca Graça e Kasznar (2002), o esporte brasileiro apresenta sérios problemas estruturais que necessitam ser enfrentados e resolvidos, tais como: a péssima estrutura organizacional que permeia quase todos os níveis do esporte brasileiro, com destaque para a falta de planejamento, a descontinuidade das ações, ausência de dados organizados e confiáveis; a ausência de uma política de esportes para a população em geral, que facilite o acesso á prática esportiva orientada e ás instalações esportivas; monocultura do futebol, que ainda impera no país; a deficiência na formação de profissionais técnicos das várias áreas envolvidas na atividade esportiva; e a falta de estrutura de apoio ao ex-atleta.

    Nesse sentido afirmamos que uma equipe não existe apenas no momento em que está em quadra, até que ponto uma boa estrutura administrativa poderá interferir em soluções imediatas para moldar determinada equipe e resultar no produto final que é aquela que temos a oportunidade de olhamos somente no momento onde já estão em competição. Será que as equipes de futsal feminino apresentam um estruturação adminstrativa concreta a ponto de serem apontadas como exemplos para as demais modalidades?

    Na visão de Contursi (1991), um lamentável amadorismo na estrutura dirigente do esporte brasileiro, como é encontrado em diversas modalidades. Os dirigentes desportivos procuram, constantemente, alocar recursos com o objetivo de cumprir suas programações, ganhar votos para políticos, promover a venda de determinado atleta e, na maioria das vezes, a receita fica aquém do necessário, os clubes se organizam e se filiam as federações especializadas e deveriam responder pela manutenção de suas entidades maiores. Todavia, os clubes também carecem de recursos com reflexos diretos na federação.

    Seria necessário que os dirigentes se conscientizem da sua importância na maximização dos esforços em busca da alegria, emoção e competitividade, sem que, no entanto isto resulte na alteração dos padrões éticos e morais, o interessante que na Europa os clubes ganham verdadeiras fortunas com suas modernas administrações os dirigentes de lá trabalham unidos para fortalecerem seu mercado com o intuito que sendo forte há grandes vantagens em liderar este mercado em expansão, diferente do que acontece com os nossos que só pensam em seus interesses pessoais e não se importam em ser o primeiro de um mercado falido. “As armadilhas que prejudicam a evolução do esporte e a consciência necessária para seu desenvolvimento” (BUDOLLA 1999, p.195).

    Considerando a situação atual do segmento esportivo, podemos afirmar que o primeiro passo para resolver os problemas do esporte de alto rendimento é a organização dinâmica e atuante das instituições, fazer do esporte um produto rentável e produtivo. Como medidas administrativas e organizacionais de uma equipe de futsal podem interferir no produto final desta equipe, uma boa estrutura poderá ser um atrativo para investimentos e bons resultados.

    Como se trata de uma área pouco explorada está pesquisa será desenvolvida com a finalidade de despertar outros estudos neste assunto, já que propõe mergulhar no universo burocrático para dar subsídios às demais equipes e modalidades do país como um esporte semi-amador pode ser estruturado com bastante profissionalismo, contribuindo assim não só para dirigentes ligados ao futsal feminino brasileiro, mas também à outras modalidades esportivas , que terão como parâmetro o trabalho desenvolvido na equipe feminina de futsal Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel na temporada 2006.

    Nesta linha de raciocínio propomos demonstrar ao grande público a estrutura administrativa, ações de marketing da equipe feminina de futsal da Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel na temporada 2006, através de um levantamento de dados e apresentar informações que poderão servir como modelo a outras equipes, clubes e associações que tenham interesse no segmento e gênero, por meio de pesquisa bibliográfica já tornada pública em relação ao tema em tela.

2.     O esporte nacional

    Segundo Viana (1994), no Brasil, a administração de ramo desportivo ou de cada grupo de ramos far-se-á através das Confederações (entidades federais de administração do desporto), Federações (entidades estaduais de administração do desporto), Ligas Municipais (entidades municipais de administração do desporto) e Associações Desportivas (entidades de prática do desporto).

    Dentro deste contexto temos as associações desportivas, entidades básicas da organização nacional dos desportos, constituem os centros em que os desportos são ensinados e praticados. Em outras palavras, são os clubes onde se praticam o esporte e se disputam as competições, por exemplo, a equipe da Unopar.

    Estas associações segundo Ciconello, Larroude e Latorré (2003), podem ser com fins lucrativos que como o próprio nome já diz, trabalham para gerar recursos, sendo empresas possuindo recursos privados para fins privados e associações sem fins lucrativos.

    Há receio de tais organizações serem consideradas sociedades em virtude dessas atividades, o que lhes traria conseqüências graves: teriam descaracterizado seu formato associativo e perderiam, entre outros, o direito a seus benefícios fiscais (imunidades, isenções e incentivos), receio compartilhado tanto por pequenas organizações de base quanto grandes instituições privadas (do porte de hospitais e universidades). Sabe-se, entretanto, que a maioria das organizações sem fins lucrativos, especialmente no Brasil, recebem recursos públicos.

    Normalmente, uma agremiação desportiva (associação ou clube, ou entidade de prática do desporto) é composta dos seguintes poderes que são destacados por Viana (1994): a) Assembléia geral-órgão máximo da agremiação, integrada por todos os associados, no pleno exercício de seus direitos sociais; b) Conselhos deliberativos - órgão, consultivo, legislativo e ás vezes eleito da agremiação, eleito pela assembléia geral; c) Conselho fiscal - órgão de controle interno da agremiação, eleito pela assembléia geral ou do conselho deliberativo (conforme o que for disposto no estatuto); d) Diretória - órgão administrativo e executivo eleito ou referenciado pelo conselho deliberativo, a quem cabe gerir as atividades do clube, e representá-lo externamente.

2.1.     O futsal feminino no Brasil

    No segmento feminino, conforme ressalta Sanches e Borim (2006), em 1983 o Conselho Nacional de Desportos (CND), liberou a prática do futebol e futebol de salão para mulheres. A partir deste período os campeonatos começaram a surgir em vários estados, no entanto todos amadores e nenhum reconhecimento pela Confederação Brasileira de Futebol de Salão (CBFS).

    De acordo com Sanches e Borim (2006), desde 1992, já foram disputadas 14 (quatorze) edições da Taças Brasil de Clubes que a cada ano se fortalece mais, incluindo até categorias menores como sub-15 e sub-20. Outro campeonato importante acrescentado à categoria feminina a partir de 2002 foi o Campeonato Brasileiro de Seleções e por fim culminando no crescimento da modalidade em 2005 surge a 1º Liga Nacional com a participação de 10 equipes no ano de 2006, em sua segunda edição conta com a participação de 12 equipes de 6 estados.

    As autoras, ainda destacam cinco fatores da evolução do futsal feminino no país: aumento do número de equipes e competições, evolução técnica através do nítido aumento de escolinhas para iniciação, a iniciação mais prematura (12/13 anos, antes no início da década de 90 iniciavam no futsal com 18 anos) e o incentivo da família que começou a derrubar o preconceito em relação à prática do futsal para mulheres, técnicos melhores preparados e com formação acadêmica para o trabalho de iniciação e treinamento de rendimento.

2.2.     Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel: início e atualidade

    O Grêmio Literário e Recreativo Londrinense segundo o site do clube foi fundado em 1992, pelos Professores Nelson Zaninelli e Vanda Cristina Sanches e com total apoio do atual presidente do clube Éderson Camata, a equipe de Futsal Feminino do Grêmio Londrinense foi constituída visando a participação na primeira competição oficial da modalidade em nível estadual – a 1º Taça Paraná de Clubes Adulto.

    Com o nome de Grêmio Londrinense, a equipe permaneceu de 1992 a 2000. Em razão do crescimento da modalidade e consequentemente o número de competições, em 2001, vieram os patrocinadores e o Projeto de inclusão na Lei de Incentivo ao Esporte Amador, de iniciativa do município e Fundação de Esportes de Londrina, a equipe passou a se chamar Grêmio/Leite Líder/Fundação de Esportes, o que permaneceu para 2002.

    Em 2003, a Lei de Incentivo ao Esporte Amador mudou para o Fundo de Amparo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos, juntamente com a política de marketing e a equipe passou a se chamar Londrina/Grêmio. Já em 2004, a maior parceria da equipe viria a se firmar com o patrocínio da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, que aliou o nome da instituição à equipe, que por ordem de patrocinadores, passou a ser o Londrina/Unopar/Grêmio.

    Já em 2004, a maior parceria da equipe viria a se firmar com o patrocínio da UNOPAR – Universidade Norte do Paraná, que aliou o nome da instituição à equipe, que justamente com outros patrocinadores, formam hoje a Londrina//Unopar/Grêmio.

    O projeto deu certo e a parceria entre a equipe de Futsal Feminino e a UNOPAR foi renovada para o ano de 2005. A UNOPAR ultrapassou em valores o investimento do município, adquirindo a instituição, o direito de ter o nome em maior destaque na equipe, que juntamente com outros patrocinadores, forma hoje a Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel.

    Sendo que seus principais títulos são: campeã da Taça Brasil Sub-15 (04), campeã da Taça Brasil Sub-20 (05), campeã da Taça Brasil Sub-17 (06), campeã dos Jogos Abertos Brasileiros (05) , campeã das Olimpíadas Universitárias – JUB’s (06), eniacampeã da Taça Paraná de Clubes - Adulto (93 a 99; 01, 02, 04 e 05), bicampeã da Taça Paraná de Clubes – Sub-20 (04 e 06), bicampeã da Taça Paraná de Clubes – Sub-17 (05 e 06), campeã da Taça Paraná de Clubes Sub-15 (05), tetracampeã dos Jogos Abertos do Paraná (02,03, 04 e 05), campeã dos Jogos Universitários Paranaense (06), tricampeã dos Jogos da Juventude do Paraná (02, 05 e 06), bicampeã dos Jogos Colegiais do Paraná (05 e 06).

2.3.     Principais competições na temporada 2006

    O Calendário Oficial da Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel abrangeu no ano de 2006 competições em diversas categorias promovidas pelas principais entidades que promovem eventos na modalidade: Confederação Brasileira de Futebol de Salão, Federação Paranaense de Futebol de Salão, Paraná Esporte e Confederação Brasileira de Desportos Universitários, através do Comitê Olímpico Brasileiro. No total foram 13 participações em competições oficiais, nas categorias sub-15, sub-17, sub-20 e adulto, entre fases eliminatórias e finais, que proporciou a Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel a conquista de 10 títulos dos 13 disputados, que podem ser analisados de forma completa no quadro abaixo:

Tabela 1. Calendário de Competições e Resultados da Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel na Temporada 2006

    Embora todas as competições tenha o seu grau de importância dentro do contexto do futsal feminino do estado do Paraná e do Brasil, a principal competição que a Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel vem disputando é a Liga Futsal Feminina, realizada em duas edições, em 2005 e 2006 com a participação de vários clubes do país.

    A competição é idealizada e promovida pela Confederação Brasileira de Futsal (CBFS) é disputada de acordo com regulamento da entidade e chegou em um momento de crescimento da categoria em todo o Brasil, pois clubes, universidades, federações, empresas e desportistas já investiam na formação de equipes de primeira linha para a disputa de campeonatos nacionais.

    De acordo com site da CBFS, a edição 2006 contou com a participação de 12 clubes de seis Estados (Rio Grande do Sul, Goiás, São Paulo, Santa Catarina, Paraná e Ceará). O investimento no futsal feminino é a tendência de todas as Federações Internacionais que a partir de agora lutam para a modalidade fazer parte do programa olímpico e para que isto ocorra o fortalecimento da categoria é primordial.

Tabela 2. Distribuição dos grupos da Liga Feminina Futsal temporada 2006

    A CBFS é responsável pela organização, logística e marketing do evento para participar o clube precisa ser filiado a uma Federação Estadual. Depois, há três alternativas: comprar uma franquia; ser indicado por uma empresa que possua franquia (beneficiários) ou ser convidado pela Liga Futsal, para se obter a franquia é necessário enviar a proposta para a Liga Futsal Feminina, que analisará e decidirá, em assembléia que envolve todos os franqueados, se aceita a participação atualmente,essa franquia está avaliada em R$ 40.000,00.

    Durante o período de realização da competição entre os meses de setembro e dezembro de 2006, a Confederação Brasileira de Futebol de Salão destinou dos valores das franquias o montante de R$ 203.800,00 para cobrir despesas com transporte, hospedagem, alimentação e taxa de arbitragem, além da premiação de R$ 10 mil reais à campeã e R$ 5 mil reais à vice-campeã.

    Para participação da equipe em uma temporada completa e apresentação de resultados expressivos, é certo que os clubes necessitam de recursos das mais variadas fontes, que também poderão ser obtidos através da elaboração, planejamento e execução de estratégias de marketing, que se tornaram imprescindíveis na busca de grandes investidores.

3.     Metodologia

    Para o levantamento de dados, será utilizada a técnica de documentação indireta através da pesquisa documental ou fontes primárias, que restringe a coleta de dados a documentos escritos ou não; e a pesquisa bibliográfica ou de fontes secundárias, que abrange toda bibliografia já tornada pública em relação ao tema estudado (MARCONI e LAKATOS, 2002 p.62 e 71).

    A realização do estudo e coleta de informações foi possível através da análise de toda documentação cedida pela comissão técnica do clube, contendo os dados necessários sobre a logística e a estrutura funcional e administrativa da equipe, tais como: número de atletas e integrantes da comissão técnica, todas as categorias e suas respectivas competições na temporada, detalhes sobre patrocinadores e parceiros que investem no projeto do clube, bem como os principais custos com atletas, transporte para viagens e competições.

4.     Resultados

4.1.     Dados do clube

    De acordo com o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica, o Grêmio Futsal Femminino, está cadastrado desde 08/07/2002 sob o n° 05.352.575/0001-97, sendo que o clube utiliza mesmo nome para dados empresariais como fantasia.

    A atividade econômica principal se caracteriza clubes sociais, esportivos e similares e apresenta como natureza jurídica outras formasde associações, situado a Rua Izaías Nunes da Silva, 70 – Bloco A1 – Apto 41, CEP: 86065-405, Jardim Bandeirantes, no município de Londrina, estado do Paraná.

4.2.     Rendimento esportivo: atletas, comissão técnica e programação

    No ano de 2006, a equipe Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel apresentou no seguimento rendimento esportivo um quadro de 52 pessoas, sendo 45 atletas e 07 membros da comissão técnica, profissionais atuantes nas categorias de base e principal:

Tabela 3. Distribuição de Atletas de acordo com as Categorias: Sub-15, Sub-17, Sub-20 e Adulto e Programação de Treinamentos

Fonte: Comissão Técnica da Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel

4.3.     Categorias de Base

    A comissão técnica responsável pelas categorias de base é única para as 3 categorias, sendo os mesmos profissionais responsáveis por 33 atletas distribuídas nas equipes: sub-15, sub-17 e sub-20, conforme programação de treinamentos, os profissionais são capacitados na área da Educação Física e área de abrangência de acordo com a necessidade das equipes, conforme abaixo:

  • 01 (uma) treinadora, Graduada em Educação Física e Especialista em Treinamento Desportivo pela Universidade Estadual de Londrina;

  • 01 (uma) Preparadora Físico, Graduada em Educação Física e Especialista em Treinamento Desportivo pela Universidade Estadual de Londrina;

  • 01 (uma) Fisioterapeuta Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre em Biodinâmica do Movimento Humano pela Escola de Educação Físca da Universidade de São Paulo;

  • 01 (uma) Supervisora, Graduada em Educação Física e Especialista em Treinamento Desportivo pela Universidade Estadual de Londrina, responsável pelo setor administrativo.

4.4.     Categoria Adulto

    Também conhecida como categoria principal, trabalha com atletas de 16 anos completos até um máximo de 35, sendo que na temporada de 2006, no elenco 50% das atletas possuem residência fixa no município de Londrina.

    A comissão técnica responsável pela categoria adulto ou principal é formada basicamente por 05 profissionais capacitados da área da Educação Física e área de abrangência, sendo responsáveis por 12 atletas da categoria conforme a seguir:

  • 01 (uma) treinadora, Graduada em Educação Física e Especialista em Treinamento Desportivo pela Universidade Estadual de Londrina;

  • 01 (um) Preparador Físico e Treinador de Goleiras Graduado em Educação Física pela Universidade Estadual de Londrina e Especialista em Futsal pela Universidade Norte do Paraná;

  • 01 (uma) Fisioterapeuta Graduada em Fisioterapia pela Universidade Estadual de Londrina e Mestre em Biodinâmica do Movimento Humano pela Escola de Educação Físca da Universidade de São Paulo;

  • 01 (uma) Supervisora, Graduada em Educação Física e Especialista em Treinamento Desportivo pela Universidade Estadual de Londrina, responsável pelo setor administrativo;

  • 01 (um) Atendente, Acadêmico do Curso de Educação Física da Universidade Norte do Paraná.

4.5.     Patrocinadores e parcerias

    A equipe de futsal feminino Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel trabalhou durante a temporada 2006 com importantes parceiros e patrocinadores, os quais foram imprescindíveis para a estruturação das equipes de base e rendimento profisional:

  • Prefeitura Municipal de Londrina/Fundação de Esportes de Londrina: viabilização do Recurso Financeiro através do Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos para: Manutenção da equipe na ajuda de custo para atletas e comissão técnica e condição de participação nas competições do calendário 2006;

  • Unopar – Universidade Norte Do Paraná; estruturação das equipes através da disponibilização de quadra para treinamentos; assistência de: Fisioterapia; Odontologia; Nutrição e Marketing; piscinas para treinamento; acadêmicos (estagiários) para implantação dos Projetos de Extensão e Pesquisa; transporte: ônibus e micro-ônibus para as competições estaduais e nacionais do calendário; Bolsas de Estudo Integral de diversos cursos para atletas e estrutura para realização de jogos oficiais no Ginásio de Esportes da Instituição;

  • Grêmio Futsal Feminino; associação criada em 2002, responsável pela administração dos recursos financeiros do Projeto Futsal Feminino provenientes do Fundo Especial de Incentivo a Projetos Esportivos, que tem como presidente a Profª Vanda Cristina Sanches;

  • Academia Performance Training: disponibilização da Academia para aplicação de avaliações e treinamentos das equipes de base e principal;

  • Fisioclínica Londrina: disponibilização do espaço físico e profissionais da clínica para realização do acompanhamento e tratamento de lesões das equipes de base e principal;

  • Íon Positivo Sport Wear; fornecedora de Material Esportivo para treinamentos, passeio e competição as categorias de base e principal entre atletas e comissão técnica;

  • Grêmio Literário e Recreativo Londrinense; disponibilização da estrutura do clube para treinamentos das categorias de base e alojamentos para as competições estaduais;

  • Sercomtel Telecomunicações S.A; viabilização de Recurso Financeiro para melhoria nas condições de participação da equipe em todas as competições do calendário/2006, bem como na manutenção e estadia de atletas no município.

4.6.     Custos gerais: casa da atleta; viagens; competições

    Sabemos que o elenco da Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel na temporada 2006, foi composto por um total de 45 atletas, distribuídas nas categorias adulto,sub-20, sub-17 e sub-15. Desse total, 36 atlestas residiam no município de Londrina e região metropolitana, já as demais vieram de várias regiões do Paraná e do Brasil, exclusivamente para compor a equipe: Sarandi/PR (2); Recife/PE (1); Fortaleza/CE (1); Campo Mourão/PR (1); Maringá (1) e Toledo/PR (3).

    Para cumprimento do calendário anual de competições (ano 2006), a Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel realizou um total de 18 viajens, sendo 10 em nível estadual e 08 em nível nacional. Nas viagens dentro do estado, o transporte da equipe foi realizado através de veículo próprio (micro-ônibus) cedidos pela Unopar – Universidade Norte do Paraná, que assiste todas as categorias conforme estipulado no Termo de Convênio entr o Grêmio Futsal Feminino e a instituição.

    Em âmbito nacional, por se tratar de deslocamentos maiores, as viagens são também subsidiadas pelo mesmo patrocinados, porém através de contratação de serviços especializados no setor de turismo, de forma a proporcionar a atlestas e comissão técnica maior comodidade.

    Das 13 competições que a equipe disputou no ano de 2006, a exceção em termos de viagens, foi a primeira fase da Liga Futsal Feminina, em que a CFBS, através do seu regulamento, disponibilizou passagens aéreas as equipes que fizessem parte do Grupo B, composto por 2 equipes do estado do Ceará (Nacional Gás/Unifor e Sumov/JAL) e 02 equipes do estado do Paraná, (Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel e Cesumar/Maringá/Seleto).

    Durante as competições, as despesas com hospedagem e alimentação de atletas e comissão técnica são subsidiadas pela Fundação de Esportes, através da verba anual do FEIPE – Fundo de Incentivo a Projetos Esportivos do município de Londrina/PR.

4.7.     Estratégias de marketing e divulgação

    As estratégias de marketing e divulgação da equipe são regulamentadas pela resolução 01/2004/CAFEL – Conselho Administrativo da Fundação de Esporte de Londrina que de acordo com suas diretrizes regulamenta o nome e a utilização do marketing dos projetos esportivos, sendo seus recursos originados do FEIPE previsto no artigo 8° da lei municipal 8.985/02.

    O nome da equipe é determinado pela ordem de investimentos dos patrocinadores sendo o maior patrocinador a UNOPAR, seguido do município de Londrina e a Sercomtel, o nome Grêmio obedece o regulamento da CBFS que estabelece um nome de filiação que deve estar inserido nome fantasia do clube.

    As marcas dos patrocinadores são vinculadas através da imprensa escrita, falada e televisiva, uniforme de treinamento e competição, bolsas, banners, folders e cartazes procurando não só abranger períodos de treinamento como também nomomento de competição durante toda temporada.

    Todo material divulgado na imprensa de uma maneira geral é catalogado por uma empresa contratada, sendo este serviço conhecido por clipping reunindo assim todas as informações necessárias para a elaboração do relatório final de retorno de mídia aos patrocinadores.

    Para Minadeo (2006), sempre que falamos em retorno de imagem, pensamos na probabilidade de o patrocinador, sua marca ou seu produto/serviço tornarem-se parte integrante da experiência, da identificação e das emoções vividas pelo telespectador. Essa associação que fazemos com a imagem do atleta, clube e do esporte à marca forma um elemento decisivo na estratégia de valorização, divulgação e rejuvenescimento do que estamos querendo vender (marca/produto/serviço).

Tabela 4. Retorno de mídia aos patrocinadores em valores da Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel em 2006

Fonte: Assessoria de Imprensa da Unopar/Londrina/Grêmio/ASercomtel

5.     Considerações finais

    Como apresentado ao longo dos tópicos fica claro que nenhum projeto esportivo sobrevive sem um trabalho sério e profissional a longo prazo, pois uma equipe de qualquer modalidade do desporto não nasce instantaneamente, sendo de fundamental importância seua aspectos administrativos para se tornar sólida e reconhecida por seus resultados.

    Etapas como planejamento, organização, direção e ontrole das atividades devém estar presentes em todo momento do projeto para se evitar erros e reduzir ao máximo os custos de tal empreitadas, adquirindo assim relativa credibilidade para possíveis investidores e se tornando altamente atrativo e lucrativo para investimentos em todos os gêneros do mercado.

    O trabalho ainda confirmou que o fruto de uma administração profissional, com projetos junto a comunidade, categorias de base estruturadas e apoio educacional e patológico as atletas da equipe, supera até estruturas consideradas exemplos, fazendo uma relação a outros aspectos, um trabalho deste nível certamente poderá contribuir para que o futsal feminino conquiste cada vez mais espaço no gosto popular e de investidores até porque os números em relação ao retorno de mídia (ainda que local) são bastantes significativos, todavia cabe mencionar que a principal limitação do estudo se refere a não divulgação dos valores arrecadados pelos patrociníos por parte da equipe gestora do clube.

    Não obstante, ressaltamos ainda que toda esta estruturação da equipe Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel rendeu vários títulos, desde sua fundação, em todas as categorias da modalidade, culminnado com a conquista da principal competição disputada na temporada de 2006 a Liga Futsal Feminina.

    Por fim fica de exemplo para as demais áreas do desporto de rendimento, ou apenas trabalhos nas categorias de base, ou ainda escolinhas de iniciação esportiva o trabalho realizado pela equipe da Unopar/Londrina/Grêmio/Sercomtel que além de impulsionar o crescimento da modalidade, contribui de forma significativa no desenvolvimento de pessoas capazes de conquistarem seus espaços independentemente do sucesso individual no esporte.

Referências

  • BORIM, Jayne Maria; SANCHES, Vanda Cristina. História e evolução do futsal feminino no Brasil e Paraná. 2006. Disponível em: http://www.futsalfeminino.unopar.br. Acesso em: 30 out. 2006.

  • BUDOLLA, Marcello da Silva. Gol! A emoção aliada aos negócios - O processo da construção de através do futebol. Curitiba: s.n. 1999.236p.

  • CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE FUTEBOL DE SALÃO. Regulamento Certames Nacionais. 2006. Disponível em: htpp://www.cbfs.com.br. Acesso em: 05 fev. 2007.

  • CONTURSI, Ernani Belavilaque. Marketing esportivo. Rio de Janeiro: Sprint, 1991.

  • CICONELLO, Alexandre; LARROUDÉ, Elisa Rodrigues Alves; LATORRE, José Fernando. Novo código civil brasileiro: O que muda para as associações e fundações. 2003. Disponível em: htpp: //www.abong.org.br. Acesso em: 12 mar. 2007.

  • GRAÇA, Filho Ary; KASZNAR, Istvan Karoly. O esporte como indústria: Solução para criação de riqueza e emprego. Rio de Janeiro: Confederação Brasileira de Voleibol, 2002.

  • INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRAFIA E ESTASTÍSTICA. Banco de Dados. 2004. Disponível em: htpp://www.ibge.gov.br. Acesso em: 01 abr. 2007.

  • LAKATOS, Eva Maria; MARCONI, Eva Maria de Andrade. Técnicas de pesquisa: planejamento e execução de pesquisas, amostragens e técnicas de pesquisa, elaboração, análise e interpretação de dados. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2002.

  • LIGA FUTSAL. Regulamento e organização. 2006. Disponível 27em: htpp://www.ligafutsal.com.br. Acesso em: 01 nov. 2006.

  • MINADEO, Roberto. Marketing esportivo - aspectos diversos. 2006. Disponível em: http://www.mktesportivo.com.br. Acesso em: 26 out.2006.

  • VIANA, Eduardo. Poder no esporte. Rio de Janeiro: Sprint, 1994.

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