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Competências dos professores de Educação Física de 

Santo Ângelo: uma autopercepção dos profissionais

Competencias de profesores de Educación Física de Santo Angelo: una autopercepción de los profesionales

Powers of Physical Education teachers of Santo Angelo: a self professionals

 

*Graduada em Educação Física

Licenciatura; Santo Ângelo, RS

**Mestre em Educação Física

Santo Ângelo, RA

Cláudia Elizandra Lemke*

Carlos Augusto Fogliarini Lemos**

claudinhalemke@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo tem como objetivo identificar as competências específicas dos professores de Educação Física que atuam no município de Santo Ângelo, RS. Caracterizou-se como uma pesquisa descritiva exploratória com abordagem quantitativa, tendo como amostra 19 profissionais, escolhidos de forma não probabilística, com média de idade de 42,11 ± 9,84 anos, a maioria mulheres (63,2%), casadas (63,2%) e que atuam exclusivamente em escolas estaduais (68,5%). Para obtenção dos dados da pesquisa utilizou-se a Escala de Autopercepção das Competências Profissionais Específicas do Profissional de Educação Física (FEITOSA, 2002), constituída de 36 itens agregados por três dimensões.

          Unitermos: Competência. Competência profissional. Profissional de Educação Física.

 

Resumen

          Este estudio tiene como objetivo identificar las habilidades específicas de los profesores de educación física que trabajan en la ciudad de San Angelo, RS. Caracterizado como un enfoque exploratorio descriptivo cuantitativo con una muestra de tamaño 19 profesionales, seleccionados de manera no probabilística, con una edad media de 42,11 ± 9,84 años, la mayoría de las mujeres (63,2%), casados ​​(63 2%) y exclusivamente en las escuelas públicas (68,5%). Para obtener los datos de la encuesta se utilizó la Escala de Autopercepción específica de Especialización Profesional Específicas de Educación Física (Feitosa, 2002), que consta de 36 artículos agrupados en tres dimensiones.

          Palabras clave: Competencia. Competencia profesional. Profesional Educación Física.

 

Abstract

          This study aims to identify the specific skills of physical education teachers who work in the city of San Angelo, RS. Characterized as a descriptive exploratory quantitative approach with a sample size 19 professionals, chosen in a non-probabilistic, with a mean age of 42.11 ± 9.84 years, most women (63.2%), married (63 2%) and exclusively working in state schools (68.5%). To obtain the survey data we used the Self Perception Scale Specific Professional Skills Professional Physical Education (FEITOSA, 2002), consisting of 36 items grouped by three dimensions.

          Keywords: Competence. Professional Competence. Professional Physical Education.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 18, Nº 179, Abril de 2013. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    Atualmente a da Educação Física é uma área marginalizada, onde a disciplina muitas vezes é desconsiderada do projeto político pedagógico das escolas e o professor conseqüentemente é tratado com descaso, onde a área é vista somente como um momento de lazer e de práticas esportivas. (PERES, 2001). Resignificar a disciplina na escola é necessário, porém é difícil, pois a Educação Física foi constituída por experiências positivas em relação ao contexto esportivo, em relação á prática, ao fazer, e muitos são os professores em atuação formados por esta concepção, o que segundo Molina, Molina Neto e Lopes (2011) evidencia um preconceito em relação ao lado pedagógico da área como componente curricular da escola.

    O professor para comprovar sua docência, segundo Perrenoud (2001), necessita compreender diferente saberes, saber como aplicá-los e estar sempre em busca de atualização para ser conhecido, e reconhecer o mundo, enfim necessita ser competente em sua função. Para Nascimento (2002) o professor competente dentro da área da Educação Física seria o profissional que englobasse os conhecimentos cognitivos de sua área, que podem ser citados como exemplos: conhecimento motor, de esporte, além de possuir um conhecimento pedagógico para sua ação e consciência em suas atitudes em frente ao aluno.

    Portanto um professor competente de Educação Física, seria aquele que Nascimento (2002) a partir de estudos de Santaella, classificou como um profissional que englobasse as seguintes dimensões: conhecimento (conceitual, procedimental, contextual), habilidades (planejamento, comunicação, avaliação, incentivação, intervenção, autorreflexão) e atitudes (iniciativa, criatividade, atualização e aprimoramento pessoal, flexibilidade e liderança).

    Partindo dessa perspectiva, o presente estudo tem a preocupação de responder ao seguinte questionamento: Quais são as competências específicas que os professores de Educação Física que atuam no município de Santo Ângelo-RS autopercebem que possuem?

2.     Metodologia

    A pesquisa caracterizou-se por um estudo descritivo exploratório com abordagem quantitativa, que segundo Thomas e Nelson (2002), faz-se o uso de questionários para coletar informações de uma população específica. A amostra foi composta por 19 profissionais Licenciados em Educação Física, voluntários, escolhidos de forma não probabilística, que atuam na Educação Básica no Ensino Público no município de Santo Ângelo – RS.

3.     Resultados e discussões

    O estudo contou com 19 docentes professores de Educação Física, com média de idade de 42,11±9,84anos, a maioria dos docentes é mulheres (63,2%), não casadas (63,2%), atuam exclusivamente em escolas estaduais (68,5 %) e 21% dos professores entrevistados dividem-se a docência em escolas estaduais e municipais. A presença de muitas mulheres na docência se deve a opção por carreiras desconsideras tradicionalmente pelos homens, ressaltando-se ainda a presença maior nas áreas de artes, letras, ciências humanas e sociais, ciências biológicas e da saúde (VALLE, 2003).

    Ao analisar a autopercepção dos professores de Educação Física sobre as suas competências (conhecimentos, habilidades e atitudes) constatou-se que a maioria dos docentes, de modo geral, considera-se um profissional com domínio muito suficiente (53,7%). Lembrando que o professor competente é aquele que além de possuir as características de conhecimentos, habilidades e atitudes é também, quem se autoavalia constantemente (BATISTA, MATOS e GRAÇA, 2011).

    Os resultados corroboram com a investigação de Vieira, Vieira e Fernandes (2006) que realizaram pesquisa semelhante, mas com universitários que atuam no estágio curricular supervisionado da Universidade Estadual de Maringá - PR. Conclui-se que 62% dos acadêmicos julgaram ter competência profissional para atuar na área de Educação Física.

    Para Batista, Maros e Graça (2011) a forma como o professor interpreta suas competências é significativo em seu comportamento, pois a imagem que ele cria de si mesmo influencia a forma como ele se adapta as exigências. Para Rampineli (2006) ao se autoavaliar o professor cria interesses e aptidões para melhorar o seu próprio desempenho. O resultado das percepções dos indivíduos sobre suas competências o faz este compreender-se melhor em diversas situações e dá destaque aos seus pontos de realização pessoal (EGERLAND, NASCIMENTO e BOTH, 2010).

    Os autores Batista, Maros e Graça (2011) complementam que apesar da autopercepção da competência não corresponder à efetiva competência do profissional, a autopercepção positiva é um fator que traz motivação para o profissional, expectativa, e que aumenta o grau de empenho do professor.

    E embora apresentaram-se um alto percentual de professores com a percepção de dominar as competências especificas do professor de Educação Física (conceitual, procedimental, habilidades e atitudes), há de se considerar que 9,9% dos docentes apresentaram-se com domínio muito pequeno ou muito superficial, o que pode ser um fator de preocupação pelo fato dos professores ao autoperceberem uma competência profissional incorporam elementos emocionais que acabam condicionando a expressão da competência. (BATISTA et al., 2011).

    Considerando o sexo dos professores constatou-se de maneira geral que os homens perceberam-se mais competentes (73,4%) do que as mulheres e também demonstraram menos insuficientes. Em estudo realizado por Vieira et al. (2006) sobre a autopercepção de competências em acadêmicos da UEM, também evidenciou maior autopercepção nas competências por parte dos alunos de sexo masculino. Para Samulski (2002) uma justificativa para o gênero masculino se perceber melhor do que o feminino poderia ser de que os homens demonstram maior autoconfiança em suas capacidades em relação às mulheres.

4.     Considerações finais

    A partir desse estudo verificou-se que a maioria dos professores de Educação Física que atuam em escolas públicas no município de Santo Ângelo é do sexo feminino, casadas, pós-graduadas e com tempo de carreira superior a 10 anos de magistério. Onde ficou caracterizada uma população experiente de professores.

    De acordo com objetivos propostos conclui-se que a maioria dos professores percebe-se competentes em relação aos conhecimentos, habilidades e atitudes do professor de Educação Física, sendo que os homens percebe-se com maior domínio que as mulheres. Destaca-se pouco domínio nas habilidades de planejamento, de avaliação e nas atitudes por parte delas e por parte deles nos conhecimentos conceituais, procedimentais e nas habilidades de gestão.

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