efdeportes.com

Os efeitos de trinta dias de treinamento intervalado fartlek:
analizando as variaréis de VO2 máx., Relação Cintura
Quadril (RCQ) e índice de massa corporal (IMC)

Los efectos de treinta días de entrenamiento intervalado fartlek: analizando las 

variables de VO2 máx., relación cintura cadera (RCC) e índice de masa corporal (IMC)

 

*Licenciada em Educação Física pela URI (Universidade Regional integrada

do Alto Uruguai e das Missões), Campus de Santo Ângelo

**Acadêmica 3º semestre em Fisioterapia

pelo Instituto Cenecista de Ensino Superior (IESA), Santo Ângelo

Cláudia Elizandra Lemke*

Gabriela Rieger**

claudinhalemke@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A sociedade atual vem sendo marcada pelas descobertas cientificas e as novas tecnologias, o que vem alternando o comportamento das pessoas, tornando-as pouco ativas, ou sedentárias.A partir disso o objetivo deste estudo de caso é foi fundamentar através de pesquisa cientifica os efeitos do treinamento Fartlek realizado durante um mês em duas jovens adultas sedentárias, onde foram analisadas as variáveis de VO2máx e as medidas antropométricas como Índice de Massa Corporal (IMC) e a Relação Cintura Quadril (RCQ).

          Unitermos: Fartlek. Sedentarismo. Atividade física.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 178, Marzo de 2013. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    Atualmente o mundo está marcado por avanços tecnológicos, pelas mudanças cientificas, tornando os indivíduos mais dependentes das tecnologias, aos computadores, jogos eletrônicos, programas de televisão, entre outros.Em cerca de 100 anos houve uma queda brusca no nível de atividade física, o que trouxe conseqüências para o organismo como doenças hipocinéticas criadas pela grande inatividade física e pelo comportamento passivo durante o tempo livre. (WEINECK, 2003). Quando a população torna-se menos ativa, ou seja, pratica um nível menor de atividade física, os indivíduos começam a se tornar sedentários.

    Corrobando com isso, Leal et al. (2000) afirma que a sociedade tem alterado seu comportamento ao longo do tempo como conseqüência da evolução cientifica e tecnológica, passando para a pouca prática de atividade física. Segundo Pontes et al. (2008) no Brasil não há muitos estudos com informações sobre o padrão de atividade física da população.

    O sedentarismo que é definido por Mattos et al. (2006) como a falta ou diminuição da atividade física. Para melhor compreensão deste conceito, Weineck (2003) define atividade física como uma forma de movimentar-se no âmbito das atividades físicas diárias sem um objetivo específico ligado a prática esportiva. Matsudo (2002) cita como conseqüências do sedentarismo o aparecimento de doenças associados como diabetes, hipertensão e a obesidade.

    Salve (2007) a partir de análises do estudo de Achour (1996) aponta que a inatividade física é o fator de risco para hipertensão, obesidade, diabetes. A classificação do nível de atividade física de um individuo, pode ser dada de várias formas, neste estudo utilizou-se a o CDC (Center Diasse Control, 2002) encontrado no Guia do Programa Agita São Paulo (1998), onde :

    Muito ativo: seria a pessoa que pratica a atividade física com mais de trinta minutos vigorosamente durante 5 dias ou mais por semana;Ativo: aquele que pratica atividade física vigorosa em mais de três dias por semana ou qualquer atividade moderada por mais de cinco dias por semana com 30 minutos cada sessão;Irregularmente ativo: aquele que realiza atividades físicas, porém insuficientemente para ser classificado como ativo;Sedentário: aquele que não realiza nenhuma atividade física por pelo menos 10 minutos contínuos durante a semana.

    A atividade física se faz importante, pois além de prevenir doenças, segundo Salve (2007) ela traz também tanto benefícios psicológicos como biológicos, melhorando a capacidade cardiorrespiratória, diminuição da pressão arterial e aumento da expectativa de vida, além da melhora da auto- estima, e diminuição de ansiedade. Ela proporciona o bem estar, a prevenção de doenças cardiovasculares e as crônicas degenerativas, além de prevenir os riscos associados ao sedentarismo, como por exemplo, a obesidade, a pressão alta, a diabetes. (MOREIRA, 2001).

    Pontes et al. (2008) aponta a atividade física como o meio mais importante de prevenção e de alguns tratamentos sobre doenças, por isso manter um estilo de vida ativo reduz o risco de patologias e melhora a qualidade de vida. Baseado nisso Pires e Almeida (2008) apontaram que 150 minutos de exercícios por semana trazem benefícios para a saúde desde que sejam praticados com intensidade leve e moderada, e de 200 a 300 minutos semanal para redução do peso corporal.

    Atualmente a prática da corrida vem sendo procurada dentro de programas de atividades físicas voltadas tanto para a saúde como para condicionamento e preparação física, por ser uma atividade que não necessita de gastos maiores. (CALDASSO, 2001).

    O treinamento de intervalados teria surgido para corridas preparatórias de longa distancia na década de 20, onde na década seguinte ele foi estruturado pelo treinador alemão Gerschler. (PIRES e ALMEIDA, 2008). Gueths e Flor (2004) ainda corroboram que o treinamento Fartlek teria surgido para corredores fundistas e meio fundistas, pois proporciona resistência aeróbica, ele é aplicado com jogos de velocidade em corridas, onde se alterna a intensidade do treino.

    O método intervalado é o mais adequado para iniciantes, pois é de natureza progressiva e não inclui tão rapidamente dispêndio de energia causando resistência ao treinamento por parte dos indivíduos. (SABIA, 2003). Caldasso (2001) recomenda o atleta ou praticante do treinamento intercale ritmos intensos com dias de ritmos moderados, treinamentos longos e curtos, portanto o segredo seria o interpuser corridas com rapidez por períodos curtos de recuperação em ritmos lentos.

    Baseando-se nisto, e em discussões realizadas em sala de aula por uma turma de 4º semestre de Educação Física- Bacharelado de uma Universidade do município de Santo Ângelo este estudo se propôs a mencionar e avaliar os efeitos de um mês de treinamento Fartlek em duas individuas sedentárias, além de também objetivar através do treinamento a melhora do VO2 máx., da Relação Cintura Quadril (RCQ) e do Índice de Massa Corporal (IMC).

Materiais e métodos

Sujeitos

    Participaram do estudo duas jovens, sendo que a primeira com idade de 20 anos, sedentária, com altura de 1,60m e massa de 75 kg. A segunda participante do estudo tem 21 anos, sedentária, com altura de 1,63 m e massa de 73 kg.

Procedimentos

    Cada voluntária foi submetida ao mesmo um mês de treinamento (trinta dias), denominado Fartlek, onde o seguiu-se o seguinte plano de treinamento: seis vezes por semana, com dia de intervalo na semana para descanso.Foram realizados pré- testes e pós-testes, onde se verificou o VO2máx através do Teste de Cooper (12 minutos), realizaram-se as medidas de circunferência de cintura e de quadril para a obtenção do RCQ (Relação Cintura Quadril), além da medida de altura e do peso de cada participante do estudo.

VO2 máx.

    O VO2 máx. reflete a maior quantidade de oxigênio que uma pessoa é capaz de utilizar em um esforço físico. (MONTEIRO, 2004). Para análise do VO2 máx. dos participantes do estudo foi utilizado o Teste de Cooper. Esse que é realizado em pistas de atletismo de 400 m marcados, onde objetiva-se correr à maior distancia possível durante 12 minutos. (ROCHA, 1999). A amostra do estudo no pré teste realizado apresentou o consumo < 23,6 onde ambas as individuas foram classificadas com o consumo de oxigênio muito fraco segundo a tabela de Cooper.

Relação Cintura Quadril (RCQ)

    A relação cintura quadril (RCQ) é definida pelo cálculo que divide a zona de menor perímetro (cintura) pela de maior perímetro (quadril). (TUMA, 2008). É o indicador mais utilizado na aferição da distribuição centralizada do tecido adiposo em avaliações coletivas e individuais, o conhecimento desses dados é útil na detecção do risco de desenvolvimento de doenças. (FERREIRA et al., 2006).No pré teste uma das voluntárias com idade de 20 anos apresentou o RCQ de 0,80 classificado como Risco Alto, já a segunda individua com idade de 21 anos apresentou 0,75 classificado como risco moderado pela tabela de ABCA apud Ferreira et al. (2006).

Índice de Massa Corporal (IMC)

    O Índice de Massa Corporal (IMC) é calculado através da divisão do peso (Kg) pela altura ao quadrado (m²) (TUMA, 2008). Os participantes do estudo foram pesados e estatuados segundo protocolos apresentados pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e classificados de acordo com as diretrizes da mesma, utilizando-se o IMC > 25 kg/ m² para definição de sobrepeso e > 30 kg/ m² para definição de obesidade. Barata (1997) define o IMC como importantes pois além de ter uma correlação com a morbilidade geral e relacionada com as patologias, ele não é um método rígido correlacionando-se bem com a qualidade de massa gorda.

    A primeira individua participante apresentava 1,60 de altura e 75 kg antes dos treinamentos, onde verificou-se seu IMC como 29 , sendo Pré-Obeso com risco aumentado segundo a OMS. A segunda participante do estudo apresentava IMC de 2, também se enquadrando no Pré-Obeso e com risco aumentado.

Treinamentos

    Na primeira semana foram realizadas acelerações por tempo, apresentando um minuto acelerado e cinco minutos de trotes, variando de 8 a 12 repetições no dia, sendo que os terrenos utilizados foram grama, pista de atletismo. Na segunda semana com 2 minutos acelerados de corrida e cinco minutos de trotes com 8 a 12 repetições por dia onde os treinos foram realizados na rua, sobre calçadas e asfalto. Na terceira semana manteve-se o mesmo treinamento da segunda semana, porém como o terreno variando de ruas asfaltadas e pista de atletismo de cascalho. Onde na quarta e última semana aconteceu o treinamento com 3 minutos de aceleração com 6 minutos de trotes, de 4 a 6 repetições no dia. Finalizavam-se as sessões com alongamentos.

    A intensidade do trabalho alterna-se entre vários estímulos fortes, com duração entre um e dez minutos, as alternâncias entre velocidades altas, médias e baixas permitem grandes volumes de trabalho, não somente pelos efeitos fisiológicos, mas pela motivação proporcionada pela variedade do treinamento. (CALDASSO, 2001).

Resultados e discussões

    Após os trinta dias de treinamento Fartlek mudanças foram apresentadas nos resultados dos pós-testes em relação á todas as variáveis: VO2máx, RCQ e IMC. Em relação à RCQ ocorreu que a primeira individua do estudo, que anteriormente apresentava 0,80 sendo um Risco considerado alto para a faixa etária obteve no pós teste 0,75 passando para o Risco considerado moderado, tendo uma melhora de 7%. A outra participante do estudo inicialmente era classificada como possuindo um risco moderado (0,75) e após o pós teste continuou se enquadrando no risco moderado (0,74).

    O IMC que inicialmente se apresentou como pré obeso em risco aumentado para ambas as individuas, após os pré testes resultou em Sobre Peso e Risco médio, o que ocasionou uma melhora de 20% neste índice.

    Em relação ao VO2 máx. anteriormente classificado como Muito Fraco (< 23, 6) passou para o consumo entre 23, 7 e 28,9 sendo classificado como Fraco, havendo uma melhora de 22%.

    Essa melhora segundo Monteiro (2004) é explicada porque exercícios que englobam grandes massas musculares como as corridas e trotes realizados em nossos treinamentos Fartlek, quando realizados por um longo período melhoram a capacidade de consumir oxigênio, pois criam condições para que o sangue bombeado a um grupo muscular aprimore as diferenças artério-venosas.

    Ao longo dos treinamentos também foi verificada a Freqüência Cardíaca (FC) em repouso e a FC ao termino dos treinamentos,onde inicialmente, ou seja, no primeiro dia de treinamento uma das individuas apresentou a FC em repouso de 80 bpm e no pós treinamento a FC de 196. E após os treinamentos essa individua apresentou a FC de repouso em 51 bpm e a pós-treino de 196. Já a segunda individua apresentou inicialmente a FC em repouso de 70 bpm e de pós treino de 156, após o período de treinamento, no último dia dos trinta dias de treinamento apresentou a FC de repouso de 60 bpm e de pós treino de 146. Trabalhos que proporcionam grandes alterações na FC também são efetivos na melhora do VO2 máx. (MONTEIRO, 2004).

    A melhora do VO2máx, para Green et al, apud Caputo e Denadai (2004) também é explicada pelo sedentarismo dos indivíduos da pesquisa, pois a performance aeróbica em indivíduos sedentários apresenta melhoras significativas quando trabalhados exercícios de intensidades submáximos.

Conclusão

    Podemos neste estudo confirmar que através do treinamento de Fartlek, exercícios aeróbicos, que há diminuição da massa corporal do individuo quando avaliada através do IMC, onde do pré e pós teste ocasionou uma melhora de 20%, também foi possível constatar que aconteceu contribuição e melhora de 22% em relação ao VO2máx incial do pré teste e 7% no RCQ.Este estudo assim contribuiu significativamente na redução de peso corporal, além da quebra do trabalho aeróbico continuo podendo assim ser utilizado ocasionando maiores estímulos durante o treinamento. O estudo comprovou a atividade aeróbica como auxiliadora na perda de peso, além do auxilio na melhora do VO2 máx. Sendo que, apesar destas considerações, há fatores limitadores como o tamanho da amostra e não haver material de pesquisa suficiente encontrado sobre o treinamento Fartlek, sugere-se maiores pesquisas sobre o assunto. No entanto, temos a certeza, que alguns aspectos foram preenchidos e respondidos pelo estudo.

Referências

  • ALMEIDA, P.A.; PIRES, C.M.R. A importância do treinamento intervalado em programas de redução de peso e melhoria da composição corporal. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v. n.119, 2008. http://www.efdeportes.com/efd119/treinamento-intervalado-em-programas-de-reducao-de-peso.htm

  • BARATA, T. Excesso de peso, obesidade e atividade física. In: Barata et al. Actividade Física e Medicina Moderna. n. 23,p. 266-286, 1997.

  • CALDASSO, M. C. N; Treinamento de base para corredores de longas distancia e melhora da capacidade aeróbia. Porto Alegre: UFRGS, Monografia de Especialização, 2001.

  • CAPUTO, F. , DENADAI, B.S. Resposta do VO2 e tempo de exaustão durante a corrida realizada na velocidade associada ao VO2 máx: aplicações para o treinamento aeróbio de alta intensidade. Revista Brasileira de Ciências de Esporte. Campinas. v.26, n.1, p.19-31, 2004.

  • FERREIRA, M. G. et al. Acurácia da circunferência da cintura e da relação cintura/quadril como preditores de dispilidemias em estudo transversal de doadores de sangue de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. Caderno de Saúde Pública. v. 22, n. 2, p.307-314, 2006.

  • GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO, SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE. Programa Agita São Paulo. Manual de Orientação. São Paulo:Governo do Estado de São Paulo, 1998.

  • GRAAF-ROELFSEMA, E.; KEIZER, H. A.;BREDA E. V. et al. Hormonal responses to acute exercise, training and overtraining: A review with emphasis on the horse. Vet. Q., v.29, p.82- 101, 2007.

  • GUETHS, M.; FLOR, D. P.; Os principais métodos de praticar exercícios aeróbicos. Revista Virtual EF Artigos. v.1, n.17, 2004.

  • LEAL, João Mendes et al . A composição corporal, o VO2 máx. e o estilo de vida de jovens estudantes do ensino superior. Motri., Santa Maria da Feira, v. 4, n. 4, dez. 2008.

  • MATSUDO, S. M. et al. Nível de atividade física da população do Estado de São Paulo: análise de acordo com o gênero, idade nível socioeconômico,distribuição geográfica e de conhecimento. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. v.10, n.10, p. 41-50, 2002.

  • MATTOS, A. D. et al. Atividade Física na sociedade tecnológica. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, v.10, n.94, 2006. http://www.efdeportes.com/efd94/tecno.htm

  • McARDLE, W. D., KATCH, F. I., KATCH, V. L. Fisiologia do exercício energia, nutrição e desempenho. 4. ed. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2003.

  • MONTEIRO, W. D. Personal training. Manual de avaliação e prescrição de condicionamento físico. Rio de Janeiro. Ed. Sprint, 2004.

  • MOREIRA, C.A. Atividade física na Maturidade: avaliação e prescrição de exercícios. Rio de Janeiro; Ed Shape, 2001.

  • PEREIRA, E. F. B., BORGES, A. C. Influencia da corrida como exercício aeróbio na melhora do condicionamento cardiorrespiratório. Goiânia, v. 33, n. 7/8, p. 573-588, 2006.

  •  POGERE, E. F. Ginástica Aeróbica e saúde. Francisco Beltrão. Ed. Jornal de Beltrão, 1998.

  • PONTES, L. M. et al. Padrão de atividade física e influencia do sedentarismo na ocorrência de dislipidemias em adultos. Fitness Performance Jornal. v.7, n.4, p. 245-250, 2008.

  • ROCHA, P. B. C. P. Medidas e Avaliações em Ciência do Esporte. Rio de Janeiro. Editora Sprint,1999.

  • SABIA, R. V. Efeito da atividade física associada à orientação alimentar em adolescentes obesos: comparação entre o exercício aeróbio e anaeróbio. São Paulo.Dissertação (Mestrado) – USP- Escola de Enfermagem de Ribeirão Preto, 2003.

  • SALVE, M. G. C. A prática do exercício físico: estudo comparativo entre os alunos de graduação de uma universidade da cidade de Campinas. Revista o mundo da saúde.São Paulo. v. 31, n.4, p. 478-484, 2007.

  • SORG, L.. Como pouco, beba pouco, compre pouco, trabalhe pouco, gaste pouco e viva muito. Revista Época. Edição 704. 14 nov. de 2011-12-03.

  • TUMA, M. A. F. Identificação de fatores de risco para síndrome metabólica em funcionários da indústria. Revista Corpo e Movimento. Catanduva. v.1, n.1, p. 53-58, 2008.

  • WEINECK, J. Atividade Física e esporte para quê? Barueri. Ed. Manole; 2003.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 178 | Buenos Aires, Marzo de 2013
© 1997-2013 Derechos reservados