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Percepção das mães no processo de hospitalização do 

filho prematuro em unidade de terapia intensiva neonatal

La percepción de las madres en el proceso de hospitalización del hijo prematuro en una unidad de terapia intensiva neonatal

 

*Enfermeira; Especialista em Saúde Pública com Ênfase em Saúde da Família

Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros

**Mestrado em Ciências da Saúde. Universidade Estadual de Montes Claros

***Enfermeira. Universidade Estadual de Montes Claros

****Fisioterapeuta; MD; Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto

da Universidade de São Paulo (FMRP- USP)

Wiviane da Costa Pimenta*

Alanna Paraíso**

Solange Andrade Silva Guerra Oliveira***

Roseane Durães Caldeira****

alannaenf1989@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: A prematuridade é uma situação difícil para toda a família, interferindo, especialmente em relação aos pais, no estabelecimento do apego e vínculo. Objetivo: Conhecer os sentimentos vivenciados pelas mães de prematuros hospitalizados em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Metodologia: Pesquisa de campo, com abordagem qualitativa, realizada mediante entrevista semi-estruturada. Participaram da pesquisa 08 mães cujos filhos prematuros estavam internados na UTI neonatal. A coleta de dados foi realizada até que houvesse a saturação dos discursos no Hospital Santa Casa de Misericórdia. Antes de iniciar a pesquisa realizou-se o pré-teste em mães não pertencentes à amostra. As falas foram gravadas, as quais posteriormente foram transcritas na íntegra, sendo as depoentes identificadas mediante nomes de flores. Para análise dos dados foram elaboradas categorias e optou-se por análise de conteúdo. Resultados: A prematuridade e a internação do filho desejado na UTI neonatal leva as mäes a manifestarem sentimentos e reaçöes diversificadas perante a situação como: tristeza, medo, alegria, desde a notícia da prematuridade até a melhora clínica do prematuro e sua possível alta. Em relação à equipe multiprofissional da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal verificamos que é bem acolhedora. Conclusão: As mães são inseridas em um novo mundo quando recebem a notícia da prematuridade de seus filhos tornando-se fragilizadas e cheias de dúvidas quanto à vida do mesmo, logo incumbindo aos profissionais que atuam na UTI neonatal ajudar essas mães a superarem essas dificuldades e voltando a estabelecerem o vínculo entre o binômio mãe-filho.

          Unitermos: Prematuro. Psicologia. Relação mãe-bebê.

 

Abstract

          Introduction: Pre-term is a difficult situation for the whole family, interfering, especially in relationship between parents, the establishment of attachment and bonding. Objective: To know the feelings experienced by mothers of premature infants hospitalized in a Neonatal Intensive Care Unit. Methodology: Field research with a qualitative approach, carried out through semi-structured interview. Participated in the study eight mothers whose children were hospitalized premature infants in Neonatal Intensive Care Unit. Data collection was carried out until there was saturation of the speeches at the Hospital Santa Casa de Misericordia. Before starting the study took place in the pre-test mothers in the sample. The talks were recorded, which were later transcribed verbatim, and the interviewees identified by names of flowers. For data analysis were developed categories and chose to content analysis. Results: Pre-term birth and hospitalization of the child required neonatal ICU leads mothers to express diverse feelings and reactions before the situation as sadness, fear, joy, since the news of prematurity to the clinical improvement of preterm infants and its possible high. Regarding the multidisciplinary team of Neonatal Intensive Care Unit found that is very welcoming. Conclusion: Mothers are inserted into a new world when they receive the news of prematurity of their children becoming fragile and full of doubts about the life of the same, just leaving it to the professionals working in the NICU to help these mothers overcome these difficulties and re-establish the link between the mother-child pair.

          Keywords: Premature. Psychology. Mother and baby.

 

          Trabalho realizado no Programa de Pós-graduação em Saúde da Pública com Ênfase em Saúde da Família das Faculdades Integradas Pitágoras de Montes Claros.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 178, Marzo de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Durante a gestação mudanças físicas, emocionais e psicológicas se desencadeiam na futura mãe e diversos outros sentimentos como a insegurança, a alegria, a satisfação e a dúvida permeiam esse período. Quando ocorre um nascimento fora do período planejado e/ou esperado e esse bebê nasce prematuro, as idealizações antes sonhadas se transformam em angústias e incertezas na vida da família, considerando ser um bebê de risco, em razão da sua própria imaturidade anatômica e fisiológica (ALMEIDA; VIEIRA; SILVA, 2010).

    Conceitua-se prematuridade como todo recém-nascido vivo com menos de 37 semanas completas de gestação (< 259 dias) contadas a partir do primeiro dia do último período menstrual (RADES et al., 2004).

    Por causa das intercorrências relacionadas à gravidez e ao momento do parto, muitos recém-nascidos (RNs) são acometidos de distúrbios metabólicos e respiratórios, acompanhados de dificuldade em alimentar-se e em regular a temperatura corporal. Tais diagnósticos requerem internação imediata em unidades de tratamento e recuperação da saúde do neonato (ELEUTÉRIO et al., 2008, GOMES, 2004).

    Dessa forma a Unidade de Terapia Intensiva Neonatal (UTIN) surge como um ambiente onde utilizam técnicas e procedimentos sofisticados, que podem propiciar condições para a reversão dos distúrbios que colocam em risco a vida dos recém-nascidos (REICHERT e COSTA, 2007).

    Para Iungano (2009) a UTIN é um termo que carrega uma contradição, ao referir-se ao início da vida e ao risco de morte. Sobrevivência e desenvolvimento dependem do maquinário, de medicamentos e profissionais atuantes neste contexto e que se tornam o mundo do prematuro. Diferente do que acontece com bebês a termo, eles têm seus ciclos regulados por contingências diferentes de suas necessidades. Dificilmente dormem sem ser acordados, a alimentação segue horários determinados e há interferências e estímulos constantes. O cuidado necessário à sua sobrevivência e desenvolvimento exige recursos expressivos com profissionais, instalações, equipamentos e tecnologia (Cardoso et al., 2006).

    O fato de ter um bebê que não se aproxima das características idealizadas, além de gerar dúvidas acerca de sua sobrevivência é, várias vezes, associado a sentimentos de incapacidade, culpa e medo, o que poderá interferir no relacionamento com o filho recém chegado, mesmo que o processo não seja plenamente consciente para os pais, assim afetando diretamente a relação entre eles (GUIMARÃES & MONTICELLI, 2007).

    A hospitalização é vista como algo negativo, que desperta diversos sentimentos, desde alívio em certos casos, até ameaçador em outros. No decorrer da gestação as mães sonham com um nascimento perfeito, a amamentação, os cuidados com o recém-nascido e alta hospitalar levando o filho para casa. O nascimento prematuro provoca uma mudança em todos os planos familiares, fazendo com que haja uma realidade contraditória e esta situação pode dificultar a aproximação dos pais e filhos (FRAGA & PEDRO, 2004).

    Deste modo, o ambiente necessita de profissionais sensibilizados para o acolhimento amoroso do prematuro, as pessoas devem cultivar o envolvimento, flexibilidade e singularidade para olhar as situações, buscando uma relação harmônica onde o profissional e o prematuro possam juntos estimular e serem estimulados na busca do bem estar e, favorecendo a criação do vínculo pais-bebê, sabendo que este vínculo é fator protetor do desenvolvimento cerebral, previne distúrbios psiquiátricos, abandono e maus-tratos (ALENCAR & ROLIM, 2006).

    Deste modo, incentivar a participação das mães nos cuidados ao filho internado na UTIN é muito importante, pois serão esses contatos que garantirá a continuidade do vínculo que se inicia nos primeiros momentos após o parto (ANDRADE & CRUZ, 2008).

    A necessidade de mudar o tradicionalismo do cuidado centrado na doença para uma nova abordagem cujo, o núcleo é a família como centro do cuidado da enfermagem devido os impactos que a internação pode gerar na família, fazendo aflorar sentimentos como o medo, a ansiedade, a angústia, a sensação de impotência, entre outros (HAYAKAWA, 2010).

    Neste contexto, nosso objetivo foi compreender a percepção das mães diante da hospitalização do filho prematuro em uma Unidade de Terapia Intensiva Neonatal

Metodologia

    Trata-se de uma pesquisa de campo, utilizando a abordagem de pesquisa qualitativa, realizada mediante entrevista individual semi-estruturada, contendo 7 questões norteadoras, para obtenção dos dados relativos à pesquisa.

    O campo de estudo escolhido foi o Hospital Santa Casa de Misericórdia de Montes Claros. Foram entrevistadas 8 mães com filhos prematuros internados na UTIN. A participação no estudo teve como critérios de inclusão: mulheres maiores de 18 anos que tiveram filhos pré-termo, sendo este internado na UTI neonatal do hospital supracitado, e que dispuseram a participar da pesquisa. Antes de iniciar a pesquisa realizou-se o pré-teste com 01 mãe de filhos prematuros internados na UTIN não pertencentes à amostragem.

    A coleta de dados procedeu-se até que houvesse a saturação dos discursos. As depoentes foram identificadas mediante nomes de flores. Após a coleta das falas, obtidas mediante gravação e posteriormente transcritas na íntegra, realizou-se a análise de conteúdo a qual foi utilizada para reflexão da linguagem e do contexto das informações obtidas.

    As respostas foram analisadas e agrupadas em três categorias: Sentimentos das mães frente ao nascimento prematuro e a hospitalização; O Impacto da primeira visita na Unidade de Terapia Intensiva neonatal; Percepção das mães sobre o acolhimento da equipe, Anseios que permeiam as mães, quanto os cuidados prestados ao recém-nascido após a alta, Contato das mães nos cuidados prestados ao filho prematuro.

    A pesquisa foi aprovada pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Unimontes, sob o processo N° 1344.

Resultados e discussão

    Buscamos entender a percepção das mães quanto ao processo de hospitalização do filho prematuro na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal. Portanto, criamos cinco (05) categorias conforme descrito a seguir:

Sentimentos das mães frente ao nascimento prematuro e a hospitalização

    Para mãe o nascimento prematuro é permeado por emoções e sentimentos, entre os quais se destacam susto, fragilidade, sensibilidade excessiva e ansiedade, devido também às condições iniciais de fragilidade e instabilidade do bebê, cuja vida depende de instrumentos e procedimentos dolorosos e invasivos (CUNHA et al.,2011)

    Nota-se através das falas como é difícil para as mães encararem a realidade da separação do seu filho logo após o parto.

    “Na verdade na hora dá um susto, mas eu fiquei mais confortada, porque eu sabia que aqui era o que ele precisava” (Rosa).

    “Fiquei “meia” apavorada depois chorei ...depois fiquei tranqüila” (Azaléia).

    A separação entre mãe e filho ao nascer causa danos, uma vez que a relação de apego é abalada e comprometida. Enquanto a mãe fica insegura e ansiosa por não poder cuidar do seu filho, a criança sente falta da segurança e apego a ela transmitidos pela mãe durante a gravidez (ELEUTÉRIO et al., 2008).

    Nessas frases, além dos relatos verbais as mães possuíam um semblante de tristeza e um olhar vazio e sem direção quando relembrava o momento da separação, mas, logo percebiam que estar na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal era o melhor naquele momento.

    “Oh! Eu me senti muito triste quando fiquei sabendo que ela era prematura de 26 semanas, mas eu queria o melhor dela e sabendo que ele ia ficar na UTI era melhor para ela” (Orquídea).

    “Triste... muito triste em saber que ele tinha que ficar na UTI, mas eu já sabia da prematuridade, mas você espera que não aconteça com você” (Hortência).

    O nascimento de um filho antes do tempo e com complicações que levam a uma hospitalização se torna uma situação difícil e dolorosa para todos na família e principalmente para a mãe, que muitas vezes, sentem-se culpadas por esse acontecimento (FRAGA & PEDRO, 2004).

O impacto da primeira visita na Unidade de Terapia Intensiva neonatal

    É chocante e estranho para mãe entrar pela primeira vez em uma UTI neonatal e ver seu bebê cercado de fios e aparelhos, pois é difícil aceitar a retornar para casa sem o filho, sem levá-lo junto, os sentimentos experimentados pela mãe são de angústia, dor, ansiedade e incertezas (OLIVEIRA, 2001).

    Essa categoria demonstra a necessidade de preparação das mães para esse momento, pois idealizam o nascimento de um bebê perfeito e logo se deparam com o bebê fora dos parâmetros idealizados em um ambiente estranho. Os relatos demonstram como é difícil essa primeira visita.

    “Levei um susto um susto mesmo, na hora você não sabe nem o que pensar” (Tulipa).

    “Assustada e confusa no primeiro momento você não quer acreditar!” (Orquídea).

    Quando as mães entram na unidade para visitar seu recém-nascido e se deparam com o prematuro sob luzes intensas, olhos ocluídos pelo protetor ocular expressam alguns comportamentos tais como a relutância em tocar o bebê, enquanto outras nem pedem informações sobre o tratamento ou o estado de saúde do filho, e algumas não conseguem reprimir o pranto e se expressam por lágrimas (CAMPOS et al., 2006).

    Segundo Andrade e Cruz (2008), encontrar seu filho cercado de aparelhos, equipamentos, monitores, entre outros dispositivos, diversas vezes contribui para que nos primeiros momentos não consigam se aproximar desse pequeno ser que tanto necessita do contato com eles, por medo, insegurança, temor e até mesmo negação.

    Foi observado que no decorrer das respostas os olhos das mães enchiam-se de lágrimas quando relembravam do impacto que foi se deparar com seu filho dentro da Unidade de Terapia Intensiva Neonatal, logo demonstrado nas seguintes falas as crises de choro que ocorreram durante a visita.

    “Entrei em crise de choro quando vi que realmente era minha filha. No primeiro momento entrei e fiquei só olhando” (Rosa).

    “Chorei muito, na hora que eu vi ele lá tão pequeninho” (Margarida).

    Ter um filho prematuro e ainda hospitalizado na UTIN é um impacto muito forte para as mães, assim Rabelo et al. (2007), defendem que deve existir durante o período de internação um preparo das mães, com o objetivo de diminuir os anseios que irão dificultar a adaptação dos pais com o prematuro.

Percepção das mães sobre o acolhimento da equipe

    O primeiro contato da mãe com seu filho hospitalizado na UTI neonatal é estabelecido na primeira visita, tratando-se de uma ocasião de significado especial para ambos, tornando-se o momento em que ocorre o reconhecimento mútuo através da voz, do toque, do olhar. Sendo assim, para evitar maiores dificuldades devem ser tomados diversos cuidados para o pronto estabelecimento do vínculo afetivo mãe-filho (CAMARGO et al; 2004).

    Os relatos abaixo demonstram a satisfação das mães com o acolhimento que obtiveram dentro da UTI neonatal:

    “Excelente, todos me trataram super bem” (Orquídea).

    “Muito acolhedora toda a equipe me acolheu de braços abertos!” (Rosa).

    Ainda de acordo com Camargo et al. (2004), procurar, acolher e compreender a mãe, principalmente no momento de sua primeira visita ao filho na UTI Neonatal é um passo fundamental no cuidado dos recém-nascidos e familiares.

    “Excelentes, todos são muito bons mesmo!” (Tulipa).

    Ao perceberem que seus filhos são cuidados com carinho e dedicação as mães sentem-se mais seguras (MITTAG e WALL, 2004).

    As repercussões desses nascimentos fazem sentir diretamente na família, que vivencia inúmeras dificuldades durante e após a hospitalização do bebê. A preocupação com a separação precoce e prolongada entre mãe-bebê e família, menor tempo de aleitamento materno nesse grupo, maior demanda de atenção especial e de alto custo, suscita também reflexões para equipe presente naquela UTIN (SILVA et al., 2009).

Contato das mães nos cuidados prestados ao filho prematuro

    É de suma importância o estímulo do contato mãe-bebê para o crescimento e o desenvolvimento da criança saudável, em pleno equilíbrio de suas dimensões psicológicas, social e espiritual. O contato pode ser desenvolvido através da realização dos cuidados básicos maternos à criança, como alimentação, banho, e outros. Dessa forma, cuidar do bebê prematuro significa mais que uma execução de tarefas aprendidas, representa um exercício de conhecimento e reconhecimento de seu filho, aceitação e ligação afetiva (ARAÚJO e RODRIGUES, 2009).

    Através destes autores podemos perceber a importância da presença das mães na UTI neonatal e da sua proximidade com seu recém-nascido durante o período de hospitalização. Então, inserir as mães nos cuidados irá promover um vínculo maior entre o binômio mãe/filho. Mas o que identificamos através das falas que as mães não estão presentes nos cuidados prestados ao filho durante a internação.

    “Não, nunca ajudei cuidar dele” (Dália).

    “Não só olhei ele pela portinha” (Margarida).

    “Não, ela é muito pequenininha ...não sei...” (Tulipa).

    Incentivar a participação dos pais nos cuidados com o filho durante a internação é de suma importância para estabelecer e fortificar o vínculo entre eles, logo também contribui para os cuidados pós-alta hospitalar executado pelos próprios pais no domicílio (SOUZA et al.,2008).

Anseios que permeiam as mães, quanto os cuidados prestados ao recém-nascido após a alta

    A expectativa é ter o novo membro na casa, aparentemente livre de riscos, buscando vivenciar um momento que foi adiado em função das circunstâncias de nascimento do bebê (SOUZA et al., 2008).

    Assim que ocorre a interrupção da gravidez e é concebido um filho prematuro começam a surgir na mãe diversos sentimentos e ainda passam a enxergar a possibilidade de morte de seu bebê. Quando prematuro começa a melhorar seu estado clínico e as mães começam a enxergar o fim da hospitalização e a chegada do bebê em casa, passam a despertar sentimentos de felicidade, podendo ser evidenciado através dos relatos das mães.

    “Há feliz de ter ele lá ao meu lado e tranquilo” (Margarida).

    “Eu fico feliz e também sabe quero ter muito cuidado para cuidar dela...” (Tulipa).

    A alta é o momento mais esperado e o mais temido pelos pais de prematuros. Levar o filho para casa torna-se um novo obstáculo a ser vencido, não importa a experiência que tenha tido com o manuseio do prematuro, sempre será um período problemático, encontram-se angustiados e muito assustados, pois agora são eles que serão responsáveis pela segurança do prematuro e não mais a equipe da UTIN (GAIVA & FERRIANE, 2001).

    “Ótima porque ela vai ficar comigo, UTI dá impressão que tá muito grave” (Tulipa).

    “Senti responsável e da um pouco de ansiedade” (Hortência).

    “Eu fiquei preocupada porque nunca cuidei e feliz ao mesmo tempo” (Rosa).

    Uma mãe demonstrou insegurança e medo. E conforme afirma Gaiva e Ferriani (2001), devido às características de fragilidade muitas mães declararam medo de estar cuidando do filho.

Conclusões

    Conclui-se com este estudo que as mães ao verem seus filhos sendo tirados dos seus braços após o parto sem poder acariciá-los e dar boas vindas é algo difícil de ser compreendido nos primeiros momentos, mas conforme os relatos logo se confortam e compreendem que a hospitalização é o melhor para o prematuro.

    A primeira visita à Unidade de Terapia Intensiva neonatal é um momento doloroso marcado pela desilusão de não encontrar o filho idealizado, nos relatos as mães demonstraram com nitidez a emoção e o significado daquele momento. Percebemos ainda que o acolhimento da equipe foi satisfatório para a maioria das mães, sabendo que é de suma importância que a equipe preste um acolhimento efetivo quando a mesma chegar na Unidade, pois é um ambiente novo e desconhecido.

    Contudo, é essencial a equipe prestar um acolhimento amoroso para as mães que chegam à unidade, mas além desse acolhimento é importante estimular a mãe a restabelecer e/ou resgatar o vínculo com seu filho.

Referências

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