efdeportes.com

Horário do tratamento hemodialítico e qualidade 

de vida de pacientes com insuficiência renal crônica

Horario de tratamiento de hemodiálisis y calidad de vida de pacientes con insuficiencia renal crónica

 

*Enfermagem. Graduada em Enfermagem pela UNIPAC, Itabira (MG)

** Educação Física. Doutor em Ciências Biológicas

pela Universidade Federal de Ouro Preto (MG)

Professor do curso de Educação Física da UNIPAC - Itabira (MG)

Viviam Oliveira Borges*

Everton Rocha Soares**

evertonrsoares@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: O paciente renal crônico vivencia uma grande mudança no seu viver, convivendo com o tratamento doloroso e com diversas limitações em suas atividades da vida diária que influenciam negativamente a sua qualidade de vida (QV). Objetivo: O objetivo deste estudo foi verificar se há diferenças nas dimensões de QV de pacientes hemodialíticos, em função do horário do tratamento hemodialítico (manhã, tarde ou noite). Métodos: Para avaliação de diferentes escores de QV foi utilizado o instrumento genérico SF-36 (Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey) em 48 pacientes hemodialíticos (52,5 ± 14,1 anos) de ambos os sexos. Resultados: Não foram encontradas diferenças significativas para todas as dimensões de QV avaliadas pelo SF–36, quando comparadas com as respectivas dimensões entre os grupos MANHÃ, TARDE e NOITE. No entanto, ao avaliarmos os diferentes escores obtidos a partir das diferentes dimensões do SF-36 dentro do respectivo grupo, observamos que as dimensões de QV mais prejudicadas foram Aspectos sociais (grupos MANHÃ, TARDE e NOITE), seguida de Aspectos físicos (grupos TARDE e NOITE) e Estado geral de saúde (grupos MANHÃ, TARDE e NOITE) respectivamente. Conclusão: Concluímos que o horário do tratamento hemodialítico, não interfere significativamente nas diferentes dimensões de QV avaliadas pelo SF-36, dos pacientes hemodialíticos do presente estudo

          Unitermos: Hemodiálise. SF – 36. Horário do tratamento.

 

Abstract

          Introduction: Chronic renal patients experiencing a great change in your life, living with the painful treatment and with several limitations in their daily life activities that negatively affect their quality of life (QL). Objective: The objective of this study was to compare if there are any differences in the QL dimensions of hemodyalitic patients, depending on the schedule of hemodialysis treatment (morning, afternoon or evening). Methods: To evaluate different QL scores was used generic instrument SF-36 (Medical Outcomes Study 36 - Item Short-Form Health Survey) in 48 patients under hemodyalitic treatment (52.5 ± 14.1 years) of both sexes. Results: No significant differences were found for all QL dimensions assessed by the SF-36 when compared with their respective dimensions between the groups MORNING, AFTERNOON and NIGHT. However, when we evaluating the different scores obtained from the different dimensions of the SF-36 within its respective group, it was observed that the more impaired QL dimensions were social aspects (groups MORNING, AFTERNOON and NIGHT), followed by physical health aspects (groups AFTERNOON and NIGHT) and general health perceptions (groups MORNING, AFTERNOON and NIGHT) respectively. Conclusion: We conclude that the schedule of hemodialysis treatment does not interfere significantly in the different dimensions of QL assessed by the SF-36 on patients under hemodyalitic treatment of our study.

          Keywords: Hemodialysis. SF – 36. Schedule of treatment.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 178, Marzo de 2013. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    A insuficiência renal crônica (IRC) é uma doença que apresenta altas taxas de mortalidade, com a incidência e prevalência de pacientes aumentando progressivamente no Brasil (Sesso et al., 2008).

    Após a confirmação do diagnóstico da IRC, o paciente é submetido a um tratamento substitutivo que pode ser a diálise peritoneal ou a hemodiálise (HD) (Cattai et al., 2007). A partir daí o doente renal crônico vivencia uma grande mudança no seu viver, convive com o tratamento doloroso, com as limitações na alimentação e hidratação, na capacidade física e mental e na vida social, além de necessitar do suporte formal de atenção à saúde, da máquina de HD e do suporte informal para ter o cuidado necessário (Martins e Cesarino, 2005). Além disso, o pensamento na morte, o convívio com a perda de companheiros de HD e o medo constante de infecções podem comprometer dimensões psicológicas e emocionais da vida dos pacientes com IRC (Silva et al., 2002; Pimentel et al., 2006). Em conjunto, as mudanças físicas, funcionais, emocionais e mentais decorrentes do desenvolvimento da IRC e do tratamento hemodialítico, podem levar a uma importante redução na qualidade de vida (QV) dessas pessoas.

    A partir da perspectiva multidimensional da QV (Mazo, 2003), instrumentos como o SF-36 (Medical Outcomes Study 36 – Item Short-Form Health Survey) têm sido utilizados para avaliar diferentes aspectos da QV. O SF-36 é um instrumento genérico, que teve sua utilidade demonstrada na literatura internacional (Ware e Sherbourne, 1992; Mchorney et al., 1993) e é composto por 36 itens que avaliam oito dimensões: 1) Capacidade funcional (desempenho das atividades diárias, como capacidade de cuidar de si, vestir-se, tomar banho e subir escadas); 2) Aspectos físicos (impacto da saúde física no desempenho das atividades diárias e ou profissionais); 3) Dor (nível de dor e o impacto no desempenho das atividades diárias e ou profissionais); 4) Estado geral de saúde (percepção subjetiva do estado geral de saúde); 5) Vitalidade (percepção subjetiva do estado de saúde); 6) Aspectos sociais (reflexo da condição de saúde física nas atividades sociais); 7) Aspectos emocionais (reflexo das condições emocionais no desempenho das atividades diárias e ou profissionais) e 8) Saúde mental (escala de humor e bem-estar).

    No Brasil, Ciconelli et al. (1999) realizaram a validação e adaptação cultural do SF-36, aplicando esse questionário em pacientes da Unifesp com artrite reumatoide. Posteriormente, outros estudos utilizaram o SF-36 para avaliar o impacto negativo sobre diferentes dimensões de QV em pacientes com IRC (Neto et al., 2000; Terada e Hyde, 2002; Castro et al., 2003; Cattai et al., 2007). De forma geral, esses estudos observaram uma significativa redução em diversas dimensões de QV dos pacientes renais crônico em tratamento hemodialítico.

    No entanto, ao observarmos o delineamento metodológico de diferentes estudos que aplicaram o SF-36 em pacientes com IRC, pode-se observar que grande parte deles, coletaram seus dados durante a sessão de HD (Cesarino e Casagrande, 1998; Martins e Cesarino, 2005; Santos, 2005; Cattai et al., 2007; Kusumoto et al., 2008; Lanza et al., 2008) e poucos, os coletaram em um momento diferente da sessão de HD ou, não informaram o horário de aplicação do questionário (Castro et al., 2003; Anes e Ferreira, 2009).

    Cattai et al. (2007) afirmam que é possível deduzir que o comprometimento na QV dos pacientes submetidos ao tratamento hemodialítico, ocorre em razão da constância semanal de HD e de sua duração. No entanto, em nossa revisão de literatura não encontramos estudos que tivessem avaliado se diferentes horários de tratamento hemodialítico podem exercer diferentes influências sobre a QV de pacientes com IRC. Nossa hipótese é de que diferentes horários de tratamento de HD possam afetar diferentemente as mudanças no estilo de vida pessoal e familiar do paciente com IRC, impactando em um menor ou maior esforço pessoal e familiar para se reorganizar a essa nova realidade, o que pode refletir sobretudo na QV dos pacientes.

    Diante dessas considerações, o objetivo desse estudo foi verificar se há diferenças nos escores das dimensões de QV, avaliados pelo SF-36, em função do horário do tratamento hemodialítico (manhã, tarde ou noite) em pacientes da cidade de Itabira-MG.

Materiais e métodos

Amostra

    O presente estudo foi realizado no setor de HD do Hospital Nossa Senhora das Dores, na cidade de Itabira-MG. A população desse estudo foi composta por 48 pacientes, de ambos os gêneros (52,5 ± 14,1 anos) e que se encontravam em tratamento hemodialítico, três sessões por semana (as segundas, quartas e sextas-feiras ou as terças, quintas-feiras e sábados) quatro horas por sessão, em um único turno do dia, sendo: pela manhã (7:30 às 11:30 h, n= 15), tarde (12:30 às 16:30 h, n= 15) ou noite (17:30 às 21:30 h, n= 18). Após autorização formal da direção do hospital, os pacientes foram informados dos objetivos e procedimentos da pesquisa e assinaram um termo de consentimento livre e esclarecido conforme a resolução 196-96 do Conselho Nacional de Saúde (CNS) (Brasil, 1996). Os nomes de todos os pacientes foram mantidos em sigilo.

Instrumentos

    Para avaliação das características demográficas e socioeconômicas foi utilizado o Critério de Classificação Econômica Brasil (CCEB) (2009). A classificação do CCEB (2009) baseia-se na acumulação de bens materiais e escolaridade, dividindo a população nas classes sociais A1, A2, B1, B2, C1, C2, D e E, sendo que a classe A, representa o maior nível socioeconômico (melhor qualificação habitacional e padrão de consumo) e a classe E, representa o menor nível socioeconômico.

    Para a avaliação da QV utilizou-se o instrumento genérico SF-36, composto por 36 itens, agrupados em oito dimensões, sendo elas: Capacidade funcional, Aspectos físicos, Dor, Estado geral de saúde, Vitalidade, Aspectos sociais, Aspectos emocionais e Saúde mental, conforme tradução de Ciconelli et al. (1999).

Procedimentos

    Os questionários de classificação socioeconômica do CCEB (2009) e o SF-36 foram aplicados na forma de entrevista (duração média de 30 minutos) durante as sessões de tratamento de HD. As características antropométricas, clínicas e exames laboratoriais foram obtidos a partir dos prontuários dos pacientes. Como parâmetros antropométricos foram coletados os dados de estatura e massa corporal; como parâmetros laboratoriais foram coletados os níveis sanguíneos de hemoglobina (Hb) (g/ dl) e o índice de eficiência de HD (Kt/ V).

    Após a aplicação dos questionários e da coleta de dados, os pacientes foram divididos em três grupos em função do período do dia (manhã, tarde ou noite) em que eram submetidos ao tratamento hemodialítico, sendo desta forma, denominados grupo MANHÃ, TARDE ou NOITE, respectivamente.

Análises estatísticas

    Os dados foram apresentados em média ± desvio padrão (DP). Para análise da normalidade dos dados foi utilizado o teste de normalidade de Kolmogorov-Smirnov. Para avaliação de possíveis diferenças nas dimensões de QV entre os diferentes turnos de realização da HD foi utilizado o teste ANOVA one-way seguido de Newman-Keuls ou Dunns quando necessário. O critério para significância estatística foi de p<0.05. As análises foram realizadas pelo software Graphpad Prism (version 5.00).

Resultados

    As tabelas 1 e 2 demonstram as características sociodemográficas, antropométricas e clínicas dos pacientes do presente estudo. Podemos observar que a maioria dos pacientes foi composta por indivíduos homens, de cor não branca (Tabela 1) e, que além da IRC, apresentavam pelo menos mais uma comorbidade associada, prevalecendo principalmente à hipertensão arterial (HA) e o diabetes mellitus (DM), respectivamente (Tabela 2).

Tabela 1. Características sociodemográficas de pacientes hemodialíticos de diferentes turnos da cidade de Itabira-MG

    Além disso, não foram encontradas diferenças significativas para a idade, classificação do CCEB (Tabela 1) e os dados antropométricos (massa corporal, estatura e IMC) entre os três grupos de HD (MANHÃ, TARDE e NOITE) (Tabela 2). No entanto, nossos dados mostraram que o tempo em tratamento hemodialítico dos pacientes do grupo NOITE foi menor do que o tempo em tratamento hemodialítico do grupo TARDE. No entanto, não foram encontradas diferenças em relação ao tempo em tratamento hemodialítico do grupo TARDE e o tempo em tratamento hemodialítico do grupo MANHÃ (Tabela 2). Por outro lado, ao compararmos os dados do Kt/ V dos diferentes grupos, observamos que os valores de Kt/ V dos grupos MANHÃ e NOITE foram menores que os valores de Kt/ V do grupo TARDE (Tabela 2).

Tabela 2. Características antropométricas e clínicas de pacientes hemodialíticos de diferentes turnos da cidade de Itabira-MG

    Posteriormente, ao analisarmos os diferentes escores obtidos a partir das diferentes dimensões de QV do questionário SF-36, observamos que não foram encontradas diferenças significativas para todas as dimensões de QV avaliadas pelo SF–36, quando comparadas com as respectivas dimensões entre os grupos MANHÃ, TARDE e NOITE (Tabela 3).

    Por outro lado, ao avaliarmos se os escores obtidos a partir das diferentes dimensões de QV do SF-36 poderiam apresentar alguma diferença em relação aos demais escores dentro do mesmo grupo (MANHÃ, TARDE ou NOITE), observamos que os escores das dimensões Dor, Vitalidade, Aspectos emocionais e Saúde mental foram maiores do que o escore Aspectos sociais em seu respectivo grupo (MANHÃ, ou TARDE, ou NOITE) (Tabela 3). Entretanto, não foram observadas diferenças entre os escores Aspectos físicos, Estado geral de saúde e Aspectos sociais nos respectivos grupos do presente estudo (MANHÃ, TARDE, ou NOITE) (Tabela 3). Além disso, não foram encontradas diferenças entre as dimensões Capacidade funcional, Dor, Vitalidade, Aspectos emocionais e Saúde mental nos respectivos grupos MANHÃ, ou TARDE, ou NOITE (Tabela 3).

    No grupo TARDE, observamos que a dimensão Aspectos emocionais foi maior que a dimensão Aspectos Físicos. No entanto, no grupo TARDE, diferentemente ao observado nos grupos MANHÃ e NOITE, não foram observadas diferenças entre as dimensões Aspectos sociais e Capacidade funcional (Tabela 3).

    No grupo NOITE, observamos que os escores das dimensões Capacidade funcional, Dor, Vitalidade, Aspectos emocionais e Saúde mental foram maiores do que o escore Aspectos físicos (Tabela 3).

    Em resumo esses dados mostram que as dimensões que apresentaram os menores escores de QV nos três grupos foram Aspectos sociais (MANHÃ, TARDE e NOITE), seguida de Aspectos físicos (TARDE e NOITE) e Estado geral de saúde (MANHÃ, TARDE e NOITE) (Tabela 3).

Tabela 3. Escores das dimensões de QV do questionário SF-36 de pacientes hemodialíticos de diferentes turnos da cidade de Itabira-MG

Discussão

    O presente estudo teve por objetivo comparar se há diferenças nas dimensões da QV avaliadas pelo SF-36, em função do horário do tratamento hemodialítico (manhã, tarde ou noite), em pacientes da cidade de Itabira-MG. Como esperado, observamos que o perfil sociodemográfico dos pacientes hemodialíticos do nosso estudo, de forma geral, corrobora com o perfil sociodemográfico descrito pela literatura para pessoas com IRC. Uma vez que a maioria dos indivíduos é do gênero masculino (Cattai et al., 2007; Lanza et al., 2008; Ribeiro et al., 2008); de cor não branca (Bastos et al., 2004; Gordan, 2006; Cattai et al., 2007); pertencentes às classes socioeconomicamente mais baixas (2006); e tendo a HA e DM como as principais comorbidades associadas a IRC (2008).

    A avaliação objetiva das dimensões da QV do paciente com IRC pode trazer elementos para subsidiar programas multidisciplinares e suas tomadas de decisão, focados nas características específicas de cada grupo. A partir dessa premissa, ao avaliarmos se haveria diferenças significativas nas diferentes dimensões de QV avaliadas pelo SF-36 entre os grupos MANHÃ, TARDE e NOITE. De forma geral, observamos que o grupo TARDE, apresentou melhores escores de QV para todas as dimensões do SF-36. No entanto, essas diferenças não foram estatisticamente diferentes em relação às respectivas dimensões do SF-36 nos grupos MANHÃ e NOITE. Entretanto, apesar de não termos encontrado uma diferença significativa entre os grupos, não se pode desconsiderar uma “tendência” de melhores escores de QV para o grupo TARDE, uma vez que, perceber-se com uma melhor QV, mesmo que minimamente, pode representar algo significativo para quem está doente. No entanto, não sabemos explicar esses dados, uma vez que não encontramos estudos que tivessem informado o horário em que os pacientes eram submetidos o tratamento de HD. Mais estudos precisam ser realizados, para tentar compreender essa “tendência”.

    Em nosso estudo, ao avaliarmos os diferentes escores de QV em seu respectivo grupo (MANHÃ, TARDE ou NOITE), observamos de forma geral, que as dimensões que apresentaram os menores escores de QV foram Aspectos sociais, seguida de Aspectos físicos e Estado geral de saúde, quando comparadas com as demais dimensões do SF-36 em seu respectivo grupo.

    Diversos estudos avaliaram a QV de pacientes hemodialíticos através de instrumentos genéricos como o SF-36. De forma geral, os estudos mostram um prejuízo em todas as dimensões de QV avaliadas. Entretanto, Barbosa et al. (2007) e Mortari et al. (2010) observaram um maior prejuízo nas dimensões de QV, Aspectos físicos e Estado geral de saúde; Romão et al. (2006) encontraram menores escores nas dimensões Estado geral de saúde, Vitalidade e Saúde mental; Pereira et al. (2003) observaram menores escores para as dimensões Estado geral de saúde e Vitalidade; Grincenkov et al. (2011) observaram um maior prejuízo nas dimensões Aspectos físicos e Saúde mental; já Cattai et al. (2007) encontraram que os menores escores das dimensões da QV foram os Aspectos físicos e emocionais.

    Acreditamos que a heterogeneidade entre os resultados dos diferentes estudos, à cerca das dimensões de QV mais ou menos prejudicadas pela IRC e seu tratamento, é decorrente das características (idade, gênero, parâmetros clínicos, nível socioeconômico, etc.) de cada grupo em seu respectivo estudo. O que de fato, poderá fornecer informações específicas à equipe de saúde, para a tomada de decisão, acompanhamento e intervenção no tratamento, de acordo com o perfil de cada grupo, minimizando assim, o impacto da doença e melhorando a QV dos pacientes.

Conclusões

    Diante de nossas observações, podemos concluir que o horário do tratamento hemodialítico dos pacientes de nosso estudo, não interfere significativamente nos escores de QV avaliados pelo SF-36. No entanto, a avaliação dos diferentes escores de QV dentro de cada grupo, mostrou que as dimensões mais prejudicadas foram Aspectos sociais (grupos MANHÃ, TARDE e NOITE), seguida de Aspectos físicos (grupos TARDE e NOITE) e Estado geral de saúde (grupos MANHÃ, TARDE e NOITE) respectivamente.

Referências

  • Anes, E. J. e Ferreira, P. L. Qualidade de vida em diálise. Rev Port Saúde Pública, v.8, p.67-82. 2009.

  • Barbosa, L. M. M., Andrade Júnior, M. P. e Bastos, K. A. Preditores de Qualidade de Vida em Pacientes com Doença Renal Crônica em Hemodiálise. J Bras Nefrol, v.29, n.4, p.222-229. 2007.

  • Bastos, M. G., Carmo, W. B., Abrita, R. R. et al. Doença Renal Crônica: Problemas e Soluções. J Bras Nefrol, v.26, n.4, p.202-215. 2004.

  • Bortolotto, L. A. Hipertensão arterial e insuficiência renal crônica. Rev Bras Hipertens, v.15, n.3, p.152-155. 2008.

  • Brasil. Ministério da Saúde. Conselho Nacional de Saúde. Resolução nº 196, de 10 de Outubro de 1996. Brasília: Ministério da Saúde 1996.

  • Castro, M., Caiuby, A. V. S., Draibe, S. A. et al. Qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônica em hemodiálise avaliada através do instrumento genérico SF-36. Rev Assoc Med Bras, v.49, n.3, p.245-9. 2003.

  • Cattai, G. B. P., Rocha, F. A., Junior, N. N. et al. Qualidade de vida em pacientes com insuficiência renal crônica – SF-36. Cienc Cuid Saude, v.6 (Suplem. 2), p.460-467. 2007.

  • Cceb. Critério de Classificação Econômica Brasil (2009). http://www.abep.org/novo/Content.aspx?SectionID=84 (acesso 2011 ago 10).

  • Cesarino, C. B. e Casagrande, L. D. R. Paciente com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico: Atividade educativa do enfermeiro. Rev. latino-am. enfermagem, v.6, n.4, p.31-40. 1998.

  • Ciconelli, R. M., Ferraz, M. B., Santos, W. et al. Tradução para a língua portuguesa e validação do questionário genérico de avaliação de qualidade de vida SF-36 (Brasil SF-36). Rev Bras Reumatol, v.39, n.3, p.143-150. 1999.

  • Gerhardt, T. E. Itinerários terapêuticos em situações de pobreza: diversidade e pluralidade. Cad. Saúde Pública, v.22, n.11, p.2449-2463. 2006.

  • Gordan, P. A. Grupos de Risco para Doença Renal Crônica. J Bras Nefrol, v.28, n.3 - Supl. 2. 2006.

  • Grincenkov, F. R. S., Fernandes, N., Chaoubah, A. et al. Fatores associados à qualidade de vida de pacientes incidentes em diálise peritoneal no Brasil (BRAZPD). J Bras Nefrol, v.33, n.31, p.38-44. 2011.

  • Kusumoto, L., Marques, S., Haas, V. J. et al. Adultos e idosos em hemodiálise: avaliação da qualidade de vida relacionada à saúde. Acta Paul Enferm, v.21, n.especial, p.152-159. 2008.

  • Lanza, A. H. B., Chaves, A. P. A., Garcia, R. C. P. et al. Perfil biopsicossocial de pacientes renais crônicos em tratamento hemodialítico. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde, v.33, n.3, p.141-145. 2008.

  • Martins, M. R. I. e Cesarino, C. B. Qualidade de vida de pessoas com doença renal crônica em tratamento hemodialítico. Rev Latino-am Enfermagem, v.13, n.5, set-out, p.670-676. 2005.

  • Mazo, G. Z. Atividade física e qualidade de vida de mulheres idosas. (Tese). Faculdade de Ciências do Desporto e de Educação Física, Universidade do Porto, Porto, Portugal, 2003.

  • Mchorney, C. A., Ware, J. E., Jr. e Raczek, A. E. The MOS 36-Item Short-Form Health Survey (SF-36): II. Psychometric and clinical tests of validity in measuring physical and mental health constructs. Med Care, v.31, n.3, Mar, p.247-63. 1993.

  • Mortari, D. M., Menta, M., Scapini, K. B. et al. Qualidade de vida de indivíduos com doença renal crônica terminal submetidos à hemodiálise. Scientia Medica (Porto Alegre), v.20, n.2, p.15-160. 2010.

  • Neto, J. F., Ferraz, M. B., Cendoroglo, M. et al. Quality of life at the initiation of maintenance dialysis treatment--a comparison between the SF-36 and the KDQ questionnaire. Qual Life Res, v.9, n.1, Feb, p.101-107. 2000.

  • Pereira, L. C., Chang, J., Fadil-Romão, M. A. et al. Qualidade de vida relacionada à saúde em paciente transplantado renal. J Bras Nefrol, v.25, n.1, p.10-16. 2003.

  • Pimentel, G. G. A., Cattai, G. B. P., Rocha, F. A. et al. Educação física para pacientes renais crônicos. Lecturas: Educación Física y Deportes: Revista Digital. Buenos Aires, 101, 2006. http://www.efdeportes.com/efd101/renais.htm

  • Ribeiro, R. C. H. M., Oliveira, G. A. S. A. O., Ribeiro, D. F. et al. Caracterização e etiologia da insuficiência renal crônica em unidade de nefrologia do interior do Estado de São Paulo. Acta Paul Enferm, v.21, n.especial, p.207-211. 2008.

  • Romão, M. A. F., Romão Junior, J. E., Belasco, A. G. S. et al. Qualidade de vida de pacientes com insuficiência renal crônica terminal em hemodiálise de alta eficiência. Rev Gaúcha Enferm, v.27, n.4, p.593-598. 2006.

  • Santos, P. R. Correlação Entre Marcadores Laboratoriais e Nível de Qualidade de Vida em Renais Crônicos Hemodialisados. J Bras Nefrol, v.27, n.2, p.70-75. 2005.

  • Sesso, R., Lopes, A. A., Thomé, F. S. et al. Relatório do censo brasileiro de diálise. J Bras Nefrol, v.30, n.4, p.233-8. 2008.

  • Silva, D. M. G. V., Vieira, R. M., Koschnik, Z. et al. Qualidade de vida de pessoas com insuficiência renal crônica em tratamento hemodialítico. Rev. Bras. Enferm., Brasília, v.55, n.5, set-out, p.562-567. 2002.

  • Terada, I. e Hyde, C. The SF-36: an instrument for measuring quality of life in ESRD patients. Edtna Erca J, v.28, n.2, Apr-Jun, p.73-6, 83. 2002.

  • Ware, J. E., Jr. e Sherbourne, C. D. The MOS 36-item short-form health survey (SF-36). I. Conceptual framework and item selection. Med Care, v.30, n.6, Jun, p.473-83. 1992.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 178 | Buenos Aires, Marzo de 2013
© 1997-2013 Derechos reservados