Dimensões do conteúdo do esporte na Educação Física escolar Las dimensiones del contenido del deporte en la Educación Física escolar |
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*Autor. Licenciado em Educação Física pela Faculdade de Jaguariúna (FAJ, Jaguariúna, SP) **Co-autor. Licenciado em Educação Física pela Faculdade de Jaguariúna (FAJ, Jaguariúna, SP) ***Co-autor. Licenciado e Bacharel em Educação Física pela Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP, Campinas, SP). Mestre em Ciências da Motricidade pela Universidade Estadual Paulista (UNESP, Rio Claro, SP). Doutorando em Desenvolvimento Humano e Tecnologias pela Universidade Estadual Paulista (UNESP – Rio Claro, SP) |
Rude Carlos Berne* Bruno Zanardelli dos Santos** Rodrigo dos Santos Cirvidiu** André Luís Ruggiero Barroso*** (Brasil) |
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Resumo O objetivo deste estudo foi verificar com professores de Educação Física o conhecimento sobre as dimensões do conteúdo e como estas dimensões são desenvolvidas ao tratar do tema esporte nas aulas de Educação Física escolar no ensino fundamental e médio. Para a obtenção dos dados foi realizada uma pesquisa de campo, utilizando como instrumento o questionário aplicado a quinze professores. Os resultados da pesquisa apontaram que boa parte dos professores entrevistados apresenta certa dificuldade ao trabalhar com as dimensões do conteúdo, pois, apesar de demonstrar um conhecimento satisfatório em relação à dimensão procedimental, a maioria confunde ou demonstra não ter conhecimento específico ao tratar das dimensões conceituais e atitudinais. Unitermos: Dimensões do conteúdo. Educação Física Escolar. Esporte.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 178, Marzo de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Costuma-se ver a Educação Física como uma disciplina complementar na grade escolar, que não agrega valores produtivos na nossa sociedade. Esse estudo se propôs discutir a Educação Física de modo que amplie o conhecimento adquirido pelos alunos durante a vida escolar.
Os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs/BRASIL, 1997) apresentam as dimensões do conteúdo (conceitual, procedimental e atitudinal) como um referencial pedagógico significativo para o processo educacional. Entretanto, as dimensões conceitual e atitudinal demandam uma melhor elaboração, preparação e busca de informações. Desta forma, alguns profissionais de Educação Física, muitas vezes, optam pela possível “facilidade” de se trabalhar apenas a dimensão procedimental.
Neste estudo abordou-se o esporte como tema principal a ser trabalhado pelas dimensões do conteúdo, pois culturalmente este elemento da Cultura Corporal de Movimento é muito presente no cotidiano da Educação Física escolar. A intenção foi propiciar uma maior reflexão sobre a utilização das dimensões do conteúdo no esporte, pois é possível, além do ensino de gestos técnicos específicos, procurar formar cidadãos críticos, autônomos e reflexivos. Entende-se que, a dimensão conceitual e a atitudinal podem propiciar, juntamente com a procedimental, na qualidade do ensino.
Assim, o objetivo desse estudo foi verificar com professores de Educação Física o conhecimento sobre as dimensões do conteúdo e como estas dimensões são desenvolvidas ao tratar do tema esporte nas aulas de Educação Física escolar no ensino fundamental e médio.
Educação Física Escolar
A Educação Física escolar chega ao Brasil na metade do século XIX, porém a sua inclusão como disciplina regular ocorreu em 1920, seguindo os modelos utilizados na Europa, principalmente utilizando o modelo Francês (SOARES, 2001).
Conforme a autora, esses modelos tinham como características o caráter militarista, influenciado pela Educação Física francesa, bem como modelos de ensino também utilizados pelos franceses no ambiente escolar, procurando adequar à realidade cultural brasileira.
Nasce com o objetivo central a preocupação referente aos hábitos de higiene (Higienismo), que valorizava o desenvolvimento do físico e da moral, a partir do exercício (DARIDO e RANGEL, 2005). Para Soares et al. (1992) a sociedade entendia que manter bons hábitos de higiene, combinada à prática de exercícios, poderia gerar uma população mais saudável e com isso manteria a principal ferramenta de trabalho da população: o corpo.
Segundo Darido e Rangel (2005), com a influência da ditadura militar, passou-se a valorizar a metodologia tecnicista com o objetivo da formação de atletas, em conseqüência disso esportivizou-se as aulas de Educação Física, tendo como modalidade principal o futebol.
Diante desse quadro de esportivização nas escolas, acabou gerando a exclusão neste ambiente de ensino, modificando-se de uma relação instrutor-recruta para treinador-atleta, segregando alunos por gênero e habilidade, diminuindo as possibilidades de se trabalhar a Educação Física na escola (SOARES et al., 1992).
Com o fim da ditadura militar o método tecnicista começa a ser questionado dentro do ambiente escolar, no qual diversos autores começaram a sugerir novas metodologias de ensino, rompendo com o modelo vigente até então. De acordo com Darido e Rangel (2005) cria-se uma crise de identidade, pois houve grandes críticas de como era trabalhado o esporte na escola, devido à ausência de políticas públicas que poderiam incentivar e valorizar outras formas de se trabalhar a Educação Física no ambiente escolar.
Conforme as autoras, devido à falta de organização estrutural, relacionado aos conteúdos a serem aplicados pelos Educadores Físicos, inicia-se o processo da relação professor-aluno, entretanto se faz necessário fugir do caráter militarista, como conseqüência tem-se a metodologia Recreacionista, tornando o professor um mero marcador de tempo, aparecendo assim o termo “rola bola”, acarretando na desvalorização do profissional da área.
De acordo com Soares et al. (1992), frente à necessidade de se romper com esses paradigmas estruturais da área, inicia-se um movimento que visa nortear com novos parâmetros a Educação Física Escolar: Esporte Para Todos (EPT), caracterizando como uma alternativa a ser trabalhada, contrapondo-se ao esporte de rendimento.
Essa concepção de Esporte Para Todos se impregna de uma antropologia, que coloca a autonomia do ser humano no centro. Não é o esporte que faz o homem, mas o homem que faz o esporte, ele determina o que, como, onde, quando, por quanto tempo, com quem, sob que regras, com que objetivos, sob que condições o pratica (SOARES et al., 1992, p. 56).
Necessitando ocorrer uma mudança de como se abordar a Educação Física, aconteceram diversos encontros e eventos entre intelectuais e acadêmicos, para refletir sobre o papel deste componente curricular, durante o período de redemocratização (DARIDO e RANGEL, 2005).
Nos dias atuais existem outras concepções para aplicabilidade da Educação Física, propondo desvincular do modelo anterior, entre elas:
Fenomenológica, psicomotricidade, baseada nos jogos cooperativos, cultural, desenvolvimentistas, interacionista-construtivista, crítico superadora, sistêmica, crítico-emancipatória, saúde renovada, baseada nos parâmetros curriculares nacionais (BRASIL, 1998, p. 6).
Em Relação aos PCNs (Brasil, 1998), é possível entender que visam à inclusão, autonomia e interação entre os alunos, aliada ao conhecimento corporal, tendo como finalidade a busca pela cidadania plena, utilizando a Educação Física como meio e não um fim.
Relacionado ao tema do estudo, o esporte como conteúdo da Educação Física Escolar, passa por uma série de equívocos ou mal entendidos entre estudiosos da área, como menciona Bracht (2000/2001). As contradições vão desde a confusão de ser crítico a aplicabilidade desse tema e não ser rotulado como contrário a ele, ou trabalhá-lo procurando a reflexão sobre o mesmo, sem perder o seu caráter prático, assim gerando um novo sentido a essa execução.
Segundo Bracht (2000/2001), o esporte é talvez a maior vertente da Educação Física, por se tratar de um grande produto, logo devemos explorá-lo, vivenciá-lo e refletir sobre o mesmo, porém dando uma nova ênfase no projeto pedagógico.
O esporte na Educação Física escolar ocupa um lugar de destaque para o desenvolvimento na exploração da cultura corporal do movimento, pois se trata de um grande artefato da sociedade, propiciando, quando tratado pedagogicamente, a participação plena dos alunos em vivenciar todas as possibilidades que a Educação Física escolar pode oferecer ao aluno, além de permitir o exercício da cidadania, já que é um assunto pertinente no nosso cotidiano (BRASIL, 1998).
Dimensões do conteúdo e a Educação Física Escolar
No Brasil buscou-se uma nova forma de organização da estrutura de ensino a ser trabalhada nas escolas. Levando-se em consideração a eficácia do modelo utilizado na Espanha, O Ministério da Educação incorporou esse referencial pedagógico à realidade brasileira por meio da criação dos PCNs (BRASIL, 1997).
De acordo com os autores, a inserção das dimensões do conteúdo nas propostas curriculares apóia na tentativa de romper com o modelo tradicionalista, que prioriza a repetição e memorização, assim, buscando outra implicação pedagógica baseada na exploração das capacidades do aluno.
Para facilitar o entendimento das dimensões do conteúdo, conforme Zabala (1998), as mesmas podem ser representadas pelas seguintes questões: dimensão conceitual (o que se deve saber?), dimensão procedimental (o que se deve saber fazer?) e dimensão atitudinal (como se deve ser?).
Conforme Coll et al. (2002) trazer a aplicação das dimensões do conteúdo poderá oferecer melhores maneiras para a aprendizagem, pois “os conteúdos designam o conjunto de conhecimentos ou formas culturais cuja assimilação e apropriação pelos alunos e alunas é considerada essencial para o seu desenvolvimento e socialização” (COLL et al., 2000, p. 12).
Segundo o autor, os fatores essenciais aos conteúdos estão quantificados em três, definidos por: conteúdos como um meio para desenvolvimento das capacidades e não um fim; concepção baseada na aprendizagem significativa, construção de significados e sentido àquilo que aprendem; relação com a natureza e os tipos de conteúdos incluídos nas propostas curriculares.
Ao utilizar as dimensões do conteúdo, será propiciado ao aluno conhecer as transformações de determinado tema a ser abordado pelo profissional de Educação Física, sendo esta a dimensão conceitual; e possibilitando também explorar os valores morais e éticos do cotidiano dentro do ambiente escolar, consolidado como dimensão atitudinal. Desta forma, poderá ir além da simples execução e repetição de gestos técnicos (dimensão procedimental). Como salienta Coll et al. (2000), esse processo ocorre devido à necessidade da valorização da reflexão sobre o conhecimento adquirido, dando um novo significado à aprendizagem.
De acordo com Darido e Rangel (2005) mostra-se determinante promover uma reflexão de que valores subjacentes devam ser incluídos juntamente com os temas que compõem a Educação Física, ofertando ao educando relacionar o que é trabalhado durante as aulas com o seu cotidiano, desde as exigências sociais, no lazer e no aspecto da cidadania.
Ao analisar o estudo realizado por Barroso e Darido (2010), observam-se alguns aspectos interessantes em relação à execução das dimensões do conteúdo durante as atividades, tais como: o envolvimento, a concentração, a aceitação e a participação de todos.
Para Darido e Rangel (2005), ao elaborar atividades voltadas para as dimensões do conteúdo, nota-se ser inevitável ocorrer inter-relação entre as mesmas, podendo haver predominância de uma destas, relacionada ao objetivo a ser trabalhado em cada aula. Porém, as autoras identificam como necessária a aplicação das três dimensões, para que possa ser possível uma melhor formação do aluno, além de criar novas possibilidades de ensino.
Assim como mencionam Barroso e Darido (2009) “[...] não há intenção de realizar uma divisão das dimensões dos conteúdos durante a prática docente, elas devem se manifestar de forma inter-relacionada, embora possa ocorrer ênfase em determinados momentos” (p. 286).
Entende-se que, ao trabalhar as dimensões do conteúdo nas aulas de Educação Física, possivelmente pode-se obter uma maior diversificação de possibilidades de ensino, além de estimular o aluno a desenvolver potencialidades, como: reflexão, criatividade, autonomia, entre outras.
Método
Para desenvolvimento desse trabalho, conforme Marconi e Lakatos (2001), realizou-se uma pesquisa de campo. Na coleta de dados utilizou-se como instrumento de pesquisa o questionário (GIL, 2002). As perguntas elaboradas referiram-se ao tempo de formação, experiência profissional no âmbito escolar, conhecimento sobre as dimensões do conteúdo e a aplicação destas ao trabalhar o tema esporte.
A pesquisa foi realizada com quinze profissionais da Educação Física em instituições públicas (municipal/estadual) dos municípios de Paulínia, Jaguariúna e Mogi Mirim, que atuam desde os anos iniciais do Ensino Fundamental ao Ensino Médio, procurando verificar o entendimento das dimensões do conteúdo no tratamento do tema esporte. Para tanto, houve a necessidade de numerar cada participante, para manter controle e sigilo das informações. Ressalta-se que este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade de Jaguariúna (Jaguariúna, SP) – Parecer Nº 026/2012.
Resultados e discussão
Entre os quinze professores entrevistados, oito foram do gênero feminino e sete do gênero masculino, sendo que, em termos de graduação, 66,6% apresentaram mais de 16 anos de formação, 20% entre 6 a 10 anos e 13,4% entre 11 a 15 anos. Quando se verificou o tempo de atuação, houve uma variação com base no tempo de formação e atuação no âmbito escolar, no qual 53,4% atuam há mais de 16 anos, 20% entre 11 a 15 anos, 26,6% entre 1 a 10 anos. Dentre os entrevistados, nove profissionais realizaram pós graduação, sendo que cinco educadores possuem algum tipo de especialização na área escolar.
Ao serem questionados sobre a aplicação do tema esporte nas aulas, somente um professor não aborda este conteúdo nas aulas de Educação Física escolar, contrariando o que é citado pelos PCNs em Brasil (1997), Brasil (1998) e Brasil (2006), nos quais é defendida a importância de tratar o conteúdo esporte, dos anos iniciais do Ensino Fundamental ao Ensino Médio. Em relação ao conhecimento sobre as dimensões do conteúdo, apenas um participante respondeu não ter conhecimento sobre o assunto. Sendo assim, a partir dessas respostas, foi finalizada a participação desses dois professores na pesquisa, restando treze educadores para a continuação do trabalho.
Ao serem questionados sobre a aplicação das dimensões do conteúdo ao tratar o esporte, os treze participantes afirmaram que abordam, porém 38,4% entendem o real objetivo das dimensões do conteúdo, como se pode observar neste posicionamento: “Conceitual: história e evolução do esporte; Procedimental: execução das atividades; Atitudinal: respeito às regras e aos colegas” (Professor 7).
Como Darido e Rangel (2005) mencionam, ao trabalhar a dimensão conceitual, é necessário conhecer as transformações, mudanças e gestos corretos de execução ao abordar determinado esporte. As autoras sugerem na dimensão procedimental a vivência dos movimentos básicos em situações de brincadeiras e jogos. Como entendem ainda que, para uma possível formação do aluno, é interessante abordar a dimensão atitudinal, pois valoriza a relação entre adversários, colegas e regras durante as atividades.
Ao aprofundar o conhecimento de cada dimensão do conteúdo, inicialmente pela dimensão conceitual, percebeu-se que, seis professores entendem esta dimensão, conforme o posicionamento abaixo:
Faz-se necessário que o aluno compreenda um pouco da origem, evolução e “funcionamento” no esporte abordado (o que o distingue dos demais, regras básicas). Como um exemplo, apresentar um vídeo com o histórico, também, propor “recorte e colagem” com os movimentos “básicos” – fundamentos (Professor 1).
Quatro professores entendem parcialmente, porém confundem com a dimensão procedimental ao aplicá-la, como o participante 13: “voleibol – especificar os fundamentos básicos relacionados ao voleibol (toque, manchete, saque, cortada) através de brincadeiras e movimentos específicos”. Outros três demonstraram certa ausência de conhecimento sobre o assunto, no que diz respeito à elaboração de uma atividade teórica ou prática sobre o tema proposto.
Em relação à dimensão procedimental, nove professores tem conhecimento sobre a mesma, como relata o professor 1: “Com o esporte ‘compreendido’, abordamos, por exemplo, um fundamento como principal objetivo. Passe do handebol – jogo ‘time zoneado’, onde a sala é dividida em duas equipes e as mesmas, subdivididas e organizadas em zonas”; três professores entendem parcialmente, porém se confundem de como aplicar, como salientou o participante 12: “através de pesquisas e dúvida, levantadas pelos alunos que como seria ou como faz e para que fazer”; e apenas um professor aparentemente desconhece o tema abordado.
Na dimensão atitudinal, oito participantes tem um conhecimento parcial, porém não relataram alguma atividade com ênfase nesta dimensão, dois profissionais não entendem, outros dois professores além de não entenderem, ainda se confundem com a dimensão procedimental, conforme o exemplo: “o jogo em si, pois através do mesmo é possível se observar como estão se organizando para dividir as equipes, como e quando utilizar os fundamentos aprendidos durante o jogo” (Professor 12). Somente um entrevistado demonstrou conhecimento apropriado desta dimensão.
Por meio dos resultados obtidos e analisados, percebe-se que há certa defasagem quanto ao conhecimento teórico e prático em relação à utilização das dimensões de conteúdo trabalhadas no ambiente escolar.
Concorda-se com Barroso e Darido (2010) quando apontam que o propósito de incluir a dimensão conceitual e atitudinal nas aulas de Educação Física é de oferecer aos alunos uma formação ampla. Pois, desta maneira, os mesmos não se restringirão a aprender movimentos e gestos específicos de determinadas modalidades esportivas, contempladas pela dimensão procedimental, mas terão a oportunidade de obterem um conhecimento mais abrangente, ao entrarem em contato com conceitos, fatos, princípios, normas, valores e atitudes no trato do conteúdo esporte.
Considerações finais
Nesse estudo procurou-se verificar se o tema esporte é trabalhado utilizando-se das dimensões do conteúdo pelos profissionais de Educação Física no ambiente escolar. Entende-se que, ao abordar as dimensões do conteúdo, pode-se estimular uma possível formação de um aluno reflexivo, autônomo, crítico e criativo, além de proporcionar uma melhor estruturação didática para o educador durante a sua prática pedagógica.
Ao questionar sobre o real objetivo das dimensões do conteúdo, os resultados demonstraram que os professores, em sua maioria, não compreendem a importância dessa ferramenta, como também a sua forma de aplicação para busca de uma possível melhora na formação do aluno.
Ao fragmentar as dimensões do conteúdo, observou-se que, na dimensão conceitual, os entrevistados relataram certa dificuldade ao exemplificar uma atividade, na qual estejam inseridos os requisitos básicos para o emprego da mesma. Em relação à dimensão procedimental, os participantes mencionaram um melhor conhecimento ao elaborar as atividades condizentes, pois grande parte dos educadores demonstrou compreensão e aparentou possuir certo domínio sobre a mesma. No entanto, observou-se que a maior dificuldade entre os professores está na dimensão atitudinal, pois a maioria dos entrevistados entende parcialmente, e em alguns casos se confundem com a dimensão procedimental, mostrando a deficiência ao tratar dos aspectos referentes a essa dimensão.
Ressalta-se que, os resultados apresentados neste estudo foram específicos do grupo de professores participantes, mostrando-se ser interessante dar prosseguimento a esta temática de pesquisa, contando com o envolvimento de um número maior de profissionais da área.
Referências bibliográficas
BARROSO, A. L. R.; DARIDO, S. C. A pedagogia do esporte e as dimensões do conteúdo. Revista da Educação Física/UEM, Maringá v.20, n 2, p. 281 – 289, 2 trim. 2009.
______. Voleibol escolar: uma proposta de ensino nas dimensões conceitual, procedimental e atitudinal do conteúdo. Revista Brasileira de Educação Física Esporte, São Paulo, v.24, n.2, p.179 – 94, abr./jun. 2010.
BRACHT, V. A. Esporte na escola e esporte de rendimento. Revista Movimento, Porto Alegre, v. 4, n. 12, p. 14-29, 2000/2001.
BRASIL. SEF. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC / SEF, 1997.
______. SEF. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física. Brasília: MEC / SEF, 1998.
______. Ministério da Educação. Orientações curriculares para o ensino médio. Secretaria de Educação Básica. Brasília: MEC/SEB, 2006.
COLL, C. et al. Os conteúdos na reforma: ensino e aprendizagem de conceitos, procedimentos e atitudes. Porto Alegre: Artmed, 2000.
DARIDO, S. C.; RANGEL, I. C. A. (Coord.). Educação Física na escola. Rio de Janeiro: Guanabara Koogan, 2005.
GIL, A. C. Como elaborar projetos de pesquisa. São Paulo: Atlas, 2002.
MARCONI, M. A.; LAKATOS, E. M. Metodologia do trabalho científico. São Paulo: Atlas, 2001.
SOARES, C. L. Educação Física: raízes européias e Brasil. 2ª ed. Campinas: Autores Associados, 2001.
SOARES, C. L. et. al. Metodologia do ensino da Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992.
ZABALA, A. A prática educativa: como ensinar. Porto Alegre: Artmed, 1998.
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