Aspectos nutricionais em idosos e sua relação com os distúrbios cognitivos: análise crítica Aspectos nutricionales en personas mayores y su relación con los trastornos cognitivos: un análisis crítico |
|||
Nutricionista pós- graduada em Nutrição Humana Aplicada e Terapia Nutricional com aprimoramento multiprofissional em geriatria e gerontologia (Brasil) |
Flavia de Sanctis |
|
|
Resumo O presente estudo teve como finalidade discutir a atuação do nutricionista frente à população idosa. Devido à transição epidemiológica e consequente aumento do número de idosos surge à preocupação em oferecer bem estar biopsicossocial para esta população, onde com o envelhecimento progressivo aliado as doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) há a probabilidade de comprometimento cognitivo. O nutricionista é um dos profissionais da equipe multidisciplinar que colabora com a preservação da saúde dessa população uma vez que parte desta apresenta alimentação deficiente que pode influenciar no agravamento de distúrbios cognitivos. Unitermos: Nutrição. Idosos. Distúrbios cognitivos.
Abstract This study was intended to discuss the performance of the nutritionist front the elderly population. Because of the epidemiologic transition and consequent increase of the number of elderly people appears to concern to offer welfare biopsychosocial for this population, where with the progressive aging ally the chronic non-communicable diseases (DCNT) there is the likelihood of cognitive impairment. The nutritionist is one of the professionals of the multidisciplinary team that collaborates with the preservation of the health of this population as part of this is poor nutrition can influence the deterioration of cognitive disorders. Keywords: Nutrition. Elderly. Cognitive disorders.
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 178, Marzo de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
1 / 1
I. Introdução
Atualmente, observamos um fenômeno reconhecido pela Organização das Nações Unidas (ONU) como Era do Envelhecimento, onde o envelhecimento populacional observado nas nações desenvolvidas, no período de 1970 a 2000, foi de 54% e nos países em desenvolvimento atingiu 123%. Tal crescimento teve seu início na Europa e tem tomado a América Latina nos últimos anos, onde a expectativa de vida aumentou 25 anos em 50 anos, sem melhoras das condições socioeconômicas. 1,2
Tal transição demográfica acarreta à transição epidemiológica com o aumento do número de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT), principalmente as de caráter crônico degenerativo onde o fator de risco é a idade. 1
O declínio cognitivo é parte do processo normal do envelhecimento, afetando o desempenho do idoso em realizar suas atividades de vida diária (AVD’s). A síndrome demencial acarreta em importante comprometimento do idoso em se manter ativo e independente na sociedade.
A diferença entre o declínio cognitivo normal e aquele considerado fora dos padrões de normalidade tem sido um desafio para os profissionais que estudam essa fase da vida. O reconhecimento da importância clínica de diagnóstico de um comprometimento cognitivo que denuncia um quadro patológico fez surgir o conceito de “Comprometimento Cognitivo Leve” (CCL) amplamente utilizado. 3,4
São caracterizados com CCL indivíduos não demenciados que apresentam déficit cognitivo mensurável por algum meio e que não preencham os critérios diagnósticos para a demência e sua caracterização foi descrita no relatório de Key Simposium do International Working Group of Mild Cognitive Impairment realizado em Stolcomo em 2003. 5
É fato que a detecção precoce do CCL é de grande importância ao acompanhamento clínico do paciente uma vez que apresenta grande risco de progressão em direção a um quadro demencial. Quando seguidos longitudinalmente, os portadores de CCL apresentam um índice de progressão para demência de cerca 12- 15% ao ano e em 6 anos 80% deles estarão demenciados. 3
A fronteira entre o paciente CCL e o diagnóstico inicial da síndrome demencial está relacionada ao desempenho do idoso em realizar as AVD’s, uma vez que no CCL estas atividades encontram-se preservadas. 3, 6 A prevalência de patologias demenciais cresce com a idade e dobra a cada 5 anos de acréscimo de idade, atingindo de 30 a 40% dos indivíduos com mais de 90 anos. 7
Scazufca e colaboradores, pela escassez de estudos epidemiológicos nacionais, utilizaram dados de países desenvolvidos para mensurar o número de indivíduos com síndromes demências e estimam a prevalência uniforme de 6% de demência na população de 65 anos ou mais. 8
De acordo com os dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD), publicados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em 1999, observou-se o aumento de 1,8 milhões no número total de idosos. Sendo assim, a partir da estimativa de 6% e tomando como base o Censo de 2000, onde a expectativa para 2025 indica que a população de idosos poderá exceder aos 30 milhões de indivíduos, representando aproximadamente 13% da população total, destes 1,8 milhões serão possíveis portadores de demência. 9,10,11,12
Devido a este panorama, o objetivo desse estudo é discutir a atuação do nutricionista com o paciente idoso devido às inúmeras intercorrencias nutricionais relacionadas ao envelhecimento e sua correlação com a cognição.
II. Alterações fisiológicas do envelhecimento e sua relação com a cognição
O processo de envelhecimento acarreta em inúmeras alterações fisiológicas, principalmente do sistema digestivo como o decréscimo gustativo e olfativo, atrofia da mucosa gástrica, maior tempo de esvaziamento gástrico, menor produção de ácido clorídrico e fator intrínseco, colaborando para a menor absorção de vitaminas como a B12, ferro e cálcio, além de redução do tamanho do fígado e a menor função renal nos idosos. 13, 14, 15
A começar pela capacidade mastigatória, esta pode estar comprometida nos idoso devido à presença de cáries ou uso de próteses ou próteses mal conservadas, além da redução do fluxo salivar normal. Por essa alteração, o idoso prefere alimentos menos fibrosos e mais pastosos, sendo esta mudança na textura e composição da dieta do idoso é descrita como um processo de adaptação fisiológica, no entanto alguns estudos relatam maior prevalência de síndromes demências em indivíduos que consomem dietas ricas em colesterol e gorduras saturadas e pobres em fibras, vegetais e frutas. 14,16
Em estudo realizado por Machado17, foram observados 40 idosos e seu consumo médio de macronutrientes nos estágios leve e moderado da doença de Alzheimer e observou- se que na fase inicial o consumo foi de 1645Kcal, com 53,7% de carboidratos, 17,5% de proteínas e 28,8% de lipídeos, enquanto que no grupo da fase intermediária foi de 1482Kcal com 59,3% de carboidratos, 16,1% de proteínas e 24,6% de lipídeos.
As mudanças dos processos fisiológicos no sistema digestivo contribuem com os achados de Machado17 que observou com a progressão da síndrome demencial há o menor consumo calórico, e aumento no consumo de carboidratos, que se daria pela adaptação da consistência da dieta cada vez mais pastosa pelas modificações nos processos de mastigação e cognição provocando déficits nutricionais e agravando as patologias existentes como as DCNT.
Outra modificação importante é a atrofia da mucosa gástrica, normal ao envelhecimento ou causada por anemia perniciosa, esta acarreta em acloridria e redução de fator intrínseco que são essenciais à absorção da vitamina B12, folato e B6, correspondendo a cerca de 60% dos casos de deficiência de B12. A anemia perniciosa que é um processo autoimune caracterizado pela destruição da mucosa gástrica, muito freqüente em idosos e corresponde a 15-20% da dos casos de deficiência de B12. 18,19
Tal deficiência pode colaborar para o aumento da concentração de homocisteína (Hcy) sanguínea, pois o folato e a vitamina B12 são responsáveis pela conversão de homocisteína em cisteína e metionina, respectivamente. A Hcy é ativa em tecidos cerebrais e suas altas concentrações podem contribuir para o desenvolvimento de demência por mecanismos vasculares ou neurotóxicos, além de causar modificações da peroxidação lipídica com aumento de radicais livres, acarretando em prejuízo na resposta imune, particularmente na função dos linfócitos T. 20,14,21, 22
Vários autores vêem discutindo as alterações vasculares produzidas pela Hcy e sua relação com a doença cerebrovascular silenciosa, onde os infartos cerebrais silenciosos estão relacionados com o aumento de declínio cognitivo e demência. Estes apontam para uma relação positiva entre hiperhomocisteína (HHcy), alterações vasculares e comprometimento cognitivo. 23,24 Estudos epidemiológicos revelaram que a demência na doença de Alzheimer era associada à evidência de infartos cerebrais na autópsia e com base nas evidências de outros estudos observados, concluiu-se que 25% dos casos de demência podem ser atribuídos ao acidente vascular cerebral (AVC) e que os 75% restantes poderiam ser prevenidos reduzindo-se os níveis séricos de Hcy. 25
Em recente revisão realizada por Smith26, sobre o papel da Hcy como agente direto das alterações estruturais subjacentes aos quadros de comprometimento cognitivo, concluiu-se que a HHcy é um forte marcador prognóstico para a atrofia cerebral, declínio cognitivo e demência.
III. Atuação do nutricionista ao paciente idoso
A elevada prevalência de desvio nutricional no idoso ocorre por acometimento das alterações fisiológicas do envelhecimento, fatores socioeconômicos e familiares em que este idoso está envolvido.13
Segundo Hoborrin27, todos os nutrientes essenciais são necessários para o bom funcionamento do sistema nervoso. O ácido fólico e ácidos graxos essências veem sendo avaliados como potencialmente adequados para tratar transtornos psiquiátricos e ressalta que dietas são muitas vezes inadequadas e apresentam déficits de nutrientes por isso são pouco indicadas para esse tipo de grupo. Segundo o mesmo autor, a deficiência de ácido fólico e vitaminas (B12, riboflavina e piridoxina) que interagem com o ácido fólico na metilação e controle dos níveis de Hcy parecem desempenhar papel importante na depressão e demência.
Considerando a HHcy, deficiência de acido fólico e vitamina B12 como causas tratáveis, o seu manejo clínico vem recebendo importante atenção por parte dos pesquisadores e deveriam ser uma preocupação dos profissionais que atuam com a população idosa, uma vez que avaliações nutricionais registram déficits de 10-30% para cianocobalamina e > 40% de ácido fólico na população acima de 60 anos.28
O diagnóstico de deficiência de vitamina B12 pode ser feito a partir de seus valores séricos, bem como os níveis de homocisteína e ácido metilmalônico, dois componentes da via metabólica da cobalamina.3
Segundo Obeid e Wolfgan29, em estudo de 5 anos realizado com a coorte do estudo HOPE-2, mostrou que a suplementação diária de ácido fólico, vitamina B12 e piridoxina reduziu em 25% o risco de AVC, no entanto, o efeito benéfico dessa suplementação ocorreu após 3 anos de uso, chamando atenção para a suplementação em longo prazo. O estudo ressalta ainda os prejuízos da HHcy ao sistema nervoso e ao risco de AVC.
Neste contexto, faz-se cada vez mais importante a associação dos marcadores bioquímicos para demência com o controle de patologias, como a hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes mellitus (DM) e dislipidemia (DLP), na proteção de sistema nervoso por causarem lesões nos pequenos vasos com isquemia da substância branca periventricular e infartos locunares, doenças crônicas comuns na população idosa que comprometem seu estado nutricional. 30,31
A Nutritional Screening Initiative – NSI 32 é uma das melhores opções para avaliação subjetiva do estado nutricional do idoso, pois pode ser respondido pelo cuidador, não exigindo a cognição do paciente. O estado nutricional adequado aumenta a expectativa de vida, por isso a importância de avaliação nutricional para verificar riscos nutricionais e estabelecer intervenção.
IV. Considerações finais
Em função do conhecimento acumulado com estudos sobre as alterações fisiológicas do processo do envelhecimento, o comprometimento cognitivo que afeta a qualidade de vida dos idosos e os achados nas pesquisas populacionais é importante que a equipe de saúde trabalhe em conjunto com paciente e familiar, seja em programas de educação em saúde preventivos ou paliativos para a redução das complicações nutricionais e funcionais causadas pela instalação e progressão de uma síndrome demencial definida.
Como observamos, muito é estudado sobre o controle dos níveis normais ou suplementação de vitaminas do complexo B, particularmente sobre o folato e B12, como fatores de proteção cardiovascular e na redução da oxidação da Hcy que leva a danos neurológicos. Devendo-se avaliar esses marcadores rotineiramente no atendimento clínico do idoso.
Correções nutricionais são necessárias a esse grupo populacional uma vez que são de baixo custo e atuam de forma preventiva para doenças degenerativas que acometem os idosos.
Referências
Nasri, Fabio. O envelhecimento populacional no Brasil. Demografia e epidemiologia do envelhecimento. Einstein. 2008;6(Supl 1):S4-S6.
Siqueira, Renata Lopes de, Botelho, Maria Izabel Vieira, Coelho, France Maria Gontijo. A velhice: algumas considerações teóricas e conceituais. Ciênc. saúde coletiva [serial on the Internet]. 2002; 7(4):899-906.
Petersen RC. Mild cognitive impairment as a diagnostic entity. J Inter Med 2004; 256 (3):183-194.
Petersen RC; Doody R; Kurz A; Mohs R; et al. Current concepts in mild cognitive impairment. Arch Neurol 2001; 58(12):1985-1992.
Wilblad B; Palmer K; Kivipelto M; Jelic V; Fratiglione L; Wahlund O; et al. Mild cognitive impairment- beyond controversies towards a consensus: report of the International Working Group on Mild Cognitive Impairment. J Inter Med 2004;256(3): 240-246.
Leon MJ; DeSanti S; Zinkowski R; Metha PD; Pratico D; Segal S; et al. MRI and CSF studies in the early diagnostico f Alzheimer’s disease. J Inter Med 2004; 256(3):205-223.
Jorm AF; Korten AE; Henderson AS. The prevalence of dementia: a quantitative integration of the literature. Acta Psychiatr Scand 1987;76(5):465-479.
Scazufca M; Cerqueira AT; Menezes PR; M Princec; Vallada HP; Miyazaki MCOS; et al. Investigações epidemiológicas sobre demência nos países em desenvolvimento. Ver Saude Publica 2002;36(6):773-778.
Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Diretoria de Pesquisas. Censos Demográficos. IBGE. Brasília; 2001. Disponível em http://www.ibge.gov.br. Acessado em 15 de outubro de 2010.
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Pesquisa Nacional por amostra de domicílios (PNAD). Rio de Janeiro; 1999. Disponível em http://www.ibge.gov.br. Acessado em 15 de outubro de 2010.
Pinto, Regina Bueno Ribas, Bastos, Laudelino Cordeiro. Abordagem das pesquisas em epidemiologia aplicada à gerontologia no Brasil: revisão da literatura em periódicos, entre 1995 e 2005. Rev. bras. epidemiol. 2007;10(3):361-369.
Wong, Laura L. Rodrigues; Carvalho, JA. O rápido processo de envelhecimento populacional do Brasil: sérios desafios para as políticas públicas. Rev. bras. estud. popul. São Paulo. 2006; 23(1):5-26.
NOGUÉS, R. Factores que afectan la ingesta de nutrientes en el anciano y que condicionan su correcta nutrición. Nutrición Clínica. 1995;15(2):39-44.
Campos, Maria Tereza Fialho; Monteiro, Josefina Bressan Rezende; Ornelas, Ana Paula Rodrigues de Castro. Fatores que afetam o consumo alimentar e a nutrição do idoso. Rev. Nutr., Campinas. 2000; 13(3):157-165.
RUSSEL, R.M. Changes in gastrintestinal function attributed to aging. American Journal of Clinical Nutrition. Bethesda. 1992; 55(Suppl. 6):1203S-1207S.
Carvalho, B, Frank, Andrea Abdala. Nutrição na maturidade, desafios nutricionais no paciente demenciado. Disponível em: http://www.nestle-nutricaodomiciliar.com.br/downloads/doen%C3%A7a%20alzheimer-c.pdf. Acessado em 14 de outubro de 2010.
Machado, Jaqueline S.; Frank, Andrea Abdala; Soares, Eliane Abreu de. Fatores dietéticos relacionados à doença de Alzheimer. Rev Bras Nutr Clin. 2006;21(3):252-257.
Andrés E, Loukili NH, Noel E, et al. Vitamin B12 (cobalamin) deficiency in elderly patients. CMAJ. 2004;171:251-9.
Toh BH, van Driel IR, Gleeson PA. Pernicious anemia. Engl J Med. 1997;337:1441-8.
Machado JCB. Doença de Alzheimer. In: Freitas EV de, PY L, Neri AL, Cançado FAX, Gorzoni ORZONI ML, Rocha SM da. Tratado de Geriatria e Gerontologia.Guanabara Koogan. 1ª ed. Rio de Janeiro. 2002;133- 147.
Malafaia, Guilherme. As conseqüências das deficiências nutricionais, associadas à imunossenescência, na saúde do idoso. Arquivos Brasileiros de Ciências da Saúde. 2008; 33(3):168-76.
Ramalho, Andrea. Vitamina C, E e b-caroteno na Saúde do Idoso. Doutora em Ciências – ENSP/FIOCRUZ, Rio de Janeiro, RJ, Brasil. Disponível em: http://www.nutraceutica.com.br/saudenamaturidade/Centro/antioxidantes.pdf. Acessado em 04 de novembro de 2010.
Luchsinger JA; Tang MX; Shea S; Miller J; Green R; Mayeux R. Palsma Homocysteine levels and risk of Alzheimer disease. Neurology 2004; 62(11):1972-1976.
Vermer SE; Prins ND; Hofman A; Koudstaal PJ; Breteler MM. Silent infarcts and the risk of dementia and cognitive decline. N England J Med 2003; 348:1215-1222.
Morris MS. Folate, homocysteine and neurological function. Nutr Clin Care2002; 5(3):124-132.
Smith AD; Kim YD; Refsum H. Is folic acid good for everyone? Am J Clin Nutr 2008; 87(3):517-533.
Horrobin DF. Food, micronutrients and psichiatry. Int Psichogeriatr 2004; 14(4):331-334.
Meetens L; Solano L. Vitamin B12, folic acid and mental function in the elderly. Invest Clin 2005; 46(1):53-63.
Obeid R; Wolfgan H. Homocysteine and cholesterol: guilt by association? Stroke 2009; 40(7):e516.
Roman, G.C. - Defining Dementia: Clinical Criteria for the Dignosis of Vascular Dementia. Acta Neurol Scand. 2002; 106(Suppl. 178):6-9.
Gallucci, Neto José; Tamelini, Melissa Garcia; Forlenza, Orestes Vicente. Diagnóstico diferencial das demências. Rev. psiquiatr. clín. 2005; 32(3):119-130.
American Academy of family physicians: The american dietetic association; national council on the aging inc. Incorporating nutrition screening and interventions into medical practice. In: A monograph for physicians. The nutrition screening initiative, 1994.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista
Digital · Año 17 · N° 178 | Buenos Aires,
Marzo de 2013 |