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Perfil alimentar dos competidores de corrida de aventura

Perfil alimentario de los competidores de carreras de aventura

 

*Nutricionista, Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Santa Maria-RS

**Acadêmica do Curso de Nutrição pelo Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Santa Maria-RS

***Nutricionista (UNISC). Especialista em Saúde Coletiva (ASBRAN), Mestre em Saúde

Coletiva (ULBRA/RS), Professora Orientadora e Membro do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa

em Saúde (GIPES) do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Santa Maria-RS

****Nutricionista (UFSC), Especialista em Nutrição Clínica (ASBRAN), Especialista em Nutrição Parenteral

e Enteral (SBPNE). Mestre em Distúrbios da Comunicação Humana (UFSM). Professor do Curso

de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Santa Maria-RS

*****Nutricionista (UNIJUÍ), Especialista em Nutrição Clinica pelo Centro Universitário São Camilo

Mestre em Nutrição (UNICAMP). Doutora em Biologia Celular e Molecular (PUCRS). Professora

e Membro do Grupo Interdisciplinar de Pesquisa em Saúde (GIPES) do Curso de Nutrição

do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Santa Maria-RS

Viviane Gonçalves Silveira*

vivianesilveira29@gmail.com

Maritiele Naissinger da Silva**

maritielens@gmail.com

Karen Mello de Mattos***

Thiago Durand Mussoi****

Cristina Machado Bragança Moraes*****

karenmattos@unifra.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A alimentação na prática de esporte de ultra-resistência ou de longa duração, influência no rendimento do atleta, por meio da reposição dos metabólicos consumidos para a geração de energia e garante aporte suficiente de substratos. A pesquisa objetivou verificar o perfil alimentar de competidores de corrida de aventura; averiguar se as equipes participantes possuem para a competição aporte energético e macronutrientes conforme as recomendações nutricionais e analisar se o tipo de formação de equipe interfere no aporte energético e macronutrientes. Pesquisa de delineamento transversal ocorrida em março de 2010 em uma das etapas de corrida de aventura, realizada no município do Estrela/RS. A amostra foi consecutiva composta por competidores de ambos os sexos, com faixa etária entre 20 e 65 anos. Foram utilizados dois questionários encaminhados via e-mail, o questionário validado Como está sua alimentação e um questionário referente ao consumo hídrico e alimentar para competição. Foi aferido o peso, e a estatura obtida por meio de informação concedida pelo participante, para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC). Para análise estatística foi utilizado o programa SPSS, versão 15.0. Participaram da pesquisa, 37 indivíduos de ambos os sexos, sendo 70% do sexo masculino. A idade média foi de 29,14 ± 7,4 anos. A média de peso feminino foi de 55,23kg ± 4,840 e de altura de 1,64m ± 0,5980. Do sexo masculino, o peso médio foi de 74,57kg ± 9,001 e a altura 1,77m ± 0,8264. O carboidrato foi o macronutriente mais consumido na prova com média de 799,96 ± 436,47 calorias e valor energético total foi 1021 calorias. Sugere-se a inserção do nutricionista para adequar o consumo alimentar.

          Unitermos: Consumo de alimentos. Recomendações nutricionais. Alimentos para praticantes de atividade física.

 

Trabalho Final de Graduação do Curso de Nutrição do Centro Universitário Franciscano (UNIFRA). Santa Maria-RS.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 177, Febrero de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    O termo “Corridas de Aventura” surgiu no início dos anos 80 na Nova Zelândia. Este termo designa uma nova forma de competição, em que o homem utiliza obstáculos naturais (rios, montanhas, florestas e outros ambientes naturais) para a prática de atividades físicas, como: moutain bike, rafting, canoagem, trekking com orientação, técnicas verticais e natação (Paterson, 1999). O contato com a natureza e o sentimento de liberdade são características marcantes de busca para este esporte.

    Estas equipes de corrida de aventura recebem um mapa informando os pontos diferentes no qual eles têm que passar com a equipe completa. Para percorrer estes trajetos os participantes têm que ter conhecimento de manipular bússola, pois esta é utilizada nos trechos de bicicletas, botes, cavalos, cordas, caiaques ou corrida (Ribeiro, 2004). A organização do evento é que determina qual destes meios será utilizada na prova. Outras atividades já foram incluídas nas corridas como os patins in-line, pára-quedismo, vela, corrida em camelos e cavalgadas (Gomes; Isayama, 2009).

    Existem modalidades de Corrida de Aventura, sendo que, uma delas é a Expedition Races que tem um tempo de prova longo, em torno de 1 a 10 dias. Existe também a modalidade Sprint Races, em que o tempo de prova é de 3 a 24 horas. (Santos, 2006)

    A alimentação na prática de esporte de ultra-resistência ou de longa duração têm grande influência no rendimento do atleta. A dieta adequada é aquela capaz de repor os metabólicos consumidos para a geração de energia, assim como, garantir aporte suficiente de substratos para os processos de síntese envolvidos na manutenção da estrutura corporal (Bassit; Malverdi, 1998).

    Segundo Panza (2007), o consumo apropriado de carboidrato é fundamental para a otimização dos estoques iniciais de glicogênio muscular, a manutenção dos níveis de glicose sangüínea durante o exercício e a adequada reposição das reservas de glicogênio na fase de recuperação.

    Para carregar menos peso e menos volume, os primeiros itens a perderem espaço nas mochilas é a água e a comida. Eles não são teoricamente obrigatórios, mas observa-se terem uma importância decisiva na performance de cada atleta, pois a correta ingestão de líquidos, energia e seu fracionamento ao longo da prova são de suma importância para manter o rendimento dos atletas, o nível de atenção, a disposição para transpor obstáculos, como longas subidas, rios ou paredões de escaladas. Além de evitar câimbras, lesões musculares, picos de hipoglicemia, que podem causar graves acidentes e retirar toda a equipe da competição (Ribeiro, 2004).

    Tendo em vista a alta intensidade desta modalidade esportiva e as consequências graves que a alimentação inadequada ocasiona no rendimento do competidor, bem como, no sistema fisiológico, que visa contribuir para a melhora da qualidade do aporte nutricional destes competidores e, conseqüentemente, do seu rendimento. Assim, o objetivo desta pesquisa foi verificar o perfil alimentar de competidores de corrida de aventura; averiguar se as equipes participantes possuem para a competição aporte energético e macronutrientes conforme as recomendações nutricionais e analisar se o tipo de formação de equipe interfere no aporte energético e macronutrientes.

Materiais e métodos

    A pesquisa possuiu delineamento transversal descritiva com coleta de dados primários. Segundo Cervo; Bervian (2002), este tipo de pesquisa procura conhecer situações e relações que ocorrem na vida social, aspectos do comportamento humano, isoladamente ou em grupos, e comunidades mais complexas.

    A coleta de dados ocorreu em março de 2010 em uma das etapas de corrida de aventura, sendo esta realizada no município do Estrela/RS, sendo que o tempo máximo de duração da prova é de 10 horas. A amostra foi consecutiva composta por competidores de ambos os gêneros, com faixa etária entre 20 e 65 anos.

    Como critérios de inclusão foram todos os competidores de ambos os gêneros, com faixa etária entre 20 e 65 anos participantes da competição independente de sua categoria, sendo excluídos da pesquisa aqueles que não aceitaram assinar o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido.

    A coleta de dados ocorreu de duas formas distintas: encaminhamento de dois questionários via e-mail, sendo esses preenchidos pelos próprios competidores. No cabeçalho dos questionários, para a organização da coleta de dados, haviam os dados de identificação (nome da equipe e modalidade), o objetivo do mesmo, e o esclarecimento em relação ao seu adequado preenchimento.

    Utilizou-se o questionário: Como está sua alimentação. Este questionário é validado pelo Ministério da Saúde pela Coordenação Geral de Alimentação e Nutrição sendo composto por 18 questões que abordam o consumo alimentar do indivíduo, desde alimentos mais consumidos, número de refeições, ingestão hídrica e atividade física.

    O segundo questionário utilizado foi elaborado pela própria pesquisadora e referiu-se ao consumo hídrico e alimentar para competição, onde um responsável pela equipe preencheu os alimentos e líquidos que seriam consumidos durante a prova colocando o tipo de alimento/líqüido, quantidade e número de competidores, ressalta-se que os não foi observado no final da prova, se os alimentos relatados no questionário foram consumidos. Onde o consumo foi avaliado com a quantidade total dividida por número de competidores de cada equipe.

    Em relação aos dados antropométricos, estes foram avaliados individualmente e pessoalmente com os competidores sendo os dados obtidos armazenados em uma planilha elaborada pela pesquisadora. Esta planilha possuiu variáveis referentes à identificação da equipe, modalidade, iniciais do nome, idade, gênero, idade, peso em quilogramas e estatura em metros. Para uma melhor organização dos dados, cada equipe possuiu uma planilha única.

    Para a coleta dos dados antropométricos foram utilizados os seguintes equipamentos: balança antropométrica devidamente testada e calibrada, com capacidade de 150 kg e precisão de 100 g (Araújo, 2009).

    Devido ao local inapropriado para verificação da altura, a mesma foi obtida por meio de informação concedida pelo próprio participante.

    A partir do peso e da estatura, obteve-se o Índice de Massa Corporal (IMC) utilizando-se a equação: IMC = P / A². A classificação foi realizada de acordo com a Organização Mundial da Saúde para adultos (1997), referido por Kamimura (2005).

    Para análise estatística foi elaborado um banco de dados no Excel Versão 2003 onde os dados sofreram tratamento estatístico descritivo simples (média, desvio-padrão e freqüência). O software utilizado foi SPSS, versão 15.0.

    A presente pesquisa foi primeiramente aceita pelo organizador das competições que assinou um termo de aceite e pelo Comitê de Ética e Pesquisa do Centro Universitário Franciscano – UNIFRA sob registro número 323.2009.2. Os participantes assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido contendo informações relevantes do trabalho e esclarecendo que a participação será de livre e espontânea vontade, certificando o anonimato.

Resultados e discussão

    Participaram da pesquisa, 37 indivíduos de ambos os sexos, sendo que 70% eram do sexo masculino e 30% do sexo feminino. A média de idade foi de 29,14 ± 7,4 anos. A média de peso feminino encontrado foi de 55,23kg ± 4,840 e de altura de 1,64m ± 0,5980. Do sexo masculino, o peso médio foi de 74,57kg ± 9,001 e a altura 1,77m ± 0,8264.

    Em relação ao perfil antropométrico por meio do Índice de Massa Corporal (IMC) a média geral foi de 22,98 kg/m² ± 2,89. Ao ser efetuado a análise do IMC em relação aos sexos, de acordo com a tabela 1, a média do IMC dos homens foi 23,84 kg/m² ± 2,8472.

Tabela 1. Perfil antropométrico dos corredores de aventura por sexo. Santa Maria/RS, 2010

Para adultos considera-se como peso saudável, o peso relativo, avaliado pelo índice

 de massa corporal (IMC= peso em kg/altura2 em m) de até 24,9. (WHO, 1998)

    Ao ser analisado o perfil alimentar dos competidores por meio do questionário: Como esta sua alimentação que determina a qualidade da alimentação, a maioria realiza as três principais refeições (café da manhã, almoço e janta). Os lanches intermediários como lanche da manhã, lanche da tarde e ceia, não são efetuados pela maioria dos participantes conforme mostra a tabela 2.

Tabela 2. Frequência de refeições diárias efetuadas pelos corredores de aventura. Santa Maria/RS, (Freq. %), 2010

    Dentre as modalidades esportivas que necessitam de uma maior atenção em relação ao consumo alimentar de seus praticantes, destaca-se a corrida de aventura (Muradás; Mattos, 2009).

    Mullinix (2003) ao avaliar o consumo alimentar de jogadores de futebol submetidos a regimes de treinamento intenso, observaram um fracionamento de quatro a seis refeições/dia. Fato este não encontrado entre os competidores analisados, que apesar de efetuarem uma atividade de alta intensidade que exige treinamento contínuo, os mesmos efetuam um consumo alimentar inadequado.

    Este fato reflete-se em relação à qualidade nutricional, que esteve inadequada conforme a tabela 3, onde o consumo de legumes ficou em menos de três porções ao dia, assim como o consumo de leguminosas inferior a cinco vezes por semana e de leite em duas porções ao dia.

Tabela 3. Consumo alimentar dos corredores de aventura. Santa Maria/RS, (Freq. %), 2010

    A qualidade na alimentação é primordial para a saúde de todos os indivíduos, em especial para aqueles adeptos a atividades esportivas, principalmente aquelas consideradas intensas, como a corrida de aventura. Esta modalidade exige de seu competidor um bom preparo físico atrelado ao consumo alimentar correto destes competidores (Muradás; Mattos, 2009).

    A alimentação pode delimitar o desempenho do desportista. Para um planejamento alimentar adequado, diversos fatores devem ser considerados, dentre eles a adequação energética da dieta, a distribuição dos macronutrientes e o fornecimento de quantidades adequadas de vitaminas e minerais (Cabral, 2006). O gasto diário de energia durante os treinos dependerá da intensidade e duração dos exercícios, bem como da quantidade de músculos em atividade. Pelo menos, de 60 a 70% das calorias presentes nas dietas dos atletas devem ser obtidas a partir de carboidratos, o que corresponde a aproximadamente 500-600 g de carboidratos para uma dieta com 2800-3600 kcal/dia. O restante das calorias deve ser obtido por meio de gorduras (20-30%) e proteínas (10-15%) (Souza, 2005)

    O consumo inadequado de leguminosas corrobora com o estudo efetuado por Pimentel (2008) com trinta praticantes de esporte de aventura onde todos obtiveram seu pior desempenho, em relação à nutrição devido ao pouco consumo de verduras e frutas. Segundo o autor este consumo alimentar inadequado pode ser justificado em virtude de que estes indivíduos não dependem do corpo para sustentar-se profissionalmente.

    A média de calorias durante a prova foi de 1021 Kcal sendo o consumo mínimo de 213,5 Kcal e máximo de 3859,5 Kcal. Em relação aos macronutrientes, o carboidrato foi consumido em média de 802,11 kcal, proteína de 54,26 kcal e lipídios em 162 kcal/prova. O consumo alimentar durante a prova foi semelhante em relação aos sexos, onde o consumo médio de calorias entre o sexo feminino foi de 974,58 Kcal e masculino de 1058,27 Kcal de acordo com a tabela 4.

Tabela 4. Consumo alimentar durante a competição por corredores de aventura. Santa Maria/RS, 2010

    O gasto energético de uma prova de ultra-resistência pode variar de 5.000 a 18.000 calorias por dia. Para uma prova de ultra-resistência com duração de em torno de cinco horas, o consumo energético pode variar entre 750 calorias e 2700 calorias. É amplamente aceito que o consumo de carboidratos antes e durante de exercícios prolongados irá retardar o aparecimento da fadiga, poupando glicogênio hepático e muscular e fornecendo glicose diretamente para os músculos em atividade (Ferreira, Ribeiro, Soares, 2001).

    As necessidades nutricionais, em termos calóricos, estão entre 1,5 a 1,7 vezes a energia produzida, o que, em geral, corresponde a um consumo que se situa entre 37 a 41 kcal/ kg de peso/dia. Dependendo dos objetivos, a taxa calórica pode apresentar variações mais amplas, com o teor calórico da dieta situando-se entre 30 e 50 kcal/kg/dia (Sociedade Brasileira de Medicina do Esporte, 2009). os carboidratos consumidos durante o exercício de resistência com mais de uma hora de duração garantem a provisão de suficientes quantidades de energia durante os últimos estágios do exercício (Berning, 2002).

    Assim como o aporte energético total, o consumo de macronutrientes também ficou inadequado. O limite de tempo da prova da presente pesquisa foi de 10 horas, estipulando uma média de 45g, a ingestão adequada desses competidores seria de 450g, transformando em calorias 1800 calorias. Entretanto, foi verificado que mulheres consumiram menos carboidrato durante a prova do que os homens, 799,96 calorias + 436,47 enquanto homens 821,85 calorias + 223,72.

    Os alimentos mais consumidos verificados na presente pesquisa foram barras de cereais e carboidrato em gel, esses alimentos são ricos em carboidratos mesmo com a preferência deste nutriente ainda não atingiu as recomendações. Contudo, ambos os sexos ficaram a baixo da recomendação de 30-60g de carboidrato/hora de acordo com Goforth e colaboradores (2003) citado por Carvalho; Mara (2010).

    Os lipídios participam de diversos processos celulares de especial importância para atletas, como o fornecimento de energia para os músculos em exercício, a síntese de hormônios esteróides e a modulação da resposta inflamatória. As recomendações de lipídeos para atletas são de 20%-25% da ingestão energética diária. (Panza, 2007). Durante a prova o consumo de lipídeos é pequeno representa 142,53 ± 105,566 em mulheres, e 170,75 ± 82,1297 em homens.

    O reparo e crescimento muscular e a relativa contribuição no metabolismo energético são exemplos que confirmam a relevância do adequado consumo protéico para indivíduos envolvidos em treinamento físico. As recomendações da ingestão diária de proteínas para atletas consistem em 1,2-1,7g/kg de peso corporal ou 12%-15% do consumo energético total (Panza, 2007).

    Ao ser verificado o consumo de energia e macronutrientes relacionando-o com o tipo de formação de equipe de competidores, verificou-se de acordo com a tabela 5, que as equipes com formação de dupla, o consumo de calorias com 342 ± 213,5 calorias/prova, quando comparados com quartetos 355,25 ± 366,5 calorias/prova.

Tabela 5. Comparativo do consumo de energia e macronutrientes individual por 

tipo de formação de equipe de corredores de aventura. Santa Maria/RS, 2010

    Desta forma, o tipo de formação de equipe não influencia nos alimentos consumidos durante a prova. Apesar do aporte energético das equipes constituídas por quarteto um pouco superior ao das equipes categorizadas como dupla, ambos permanecem com o aporte energético inadequado para este tipo de competição; que conforme Ferreira e colaboradores (2001) para uma prova de ultra-resistência com duração de em torno de cinco horas, o consumo energético pode variar entre 750 calorias e 2700 calorias.

    Assim como os carboidratos, o consumo total de proteínas durante a competição de 5,28% das calorias em proteína, o que pode comprometer com reparo muscular. Este fato do consumo de alimentos ser insuficiente para a competição pode-se justificar conforme Ribeiro (2004) pelo fato de que alimentos e água não são itens obrigatórios para a realização da competição.

    Desta forma, devido ao espaço restrito existente nas mochilas, os competidores preferem utilizar este espaço carregando itens que são considerados obrigatórios como, por exemplo, mosquetão e outros itens para realização de rapel que são equipamentos amplos e densos, ou equipamentos de primeiros-socorros.

Considerações finais

    O consumo alimentar inadequado durante a realização de competições averiguado na presente pesquisa mostra a necessidade da realização de mais pesquisas, com um número maior de competidores, para que possa ser traçado o perfil nutricional dos mesmos.

    Pelo fato de que a corrida de aventura consiste em um esporte em ascensão no País, a realização de pesquisas que visem esta temática poderá sensibilizar tanto desportistas quanto organizadores da importância da nutrição para o adequado rendimento, fazendo com que os alimentos sejam um dos itens considerados obrigatórios no regulamento das corridas de aventura para que as equipes possam efetuar sua participação.

Referências

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 177 | Buenos Aires, Febrero de 2013
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