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Treinamento resistido para homens acima de 60 anos

El entrenamiento resistido para hombres mayores de 60 años

 

*Autor

*Orientador

Faculdade de Educação Física de Barra Bonita

(Brasil)

Fabiano Valentim Luppi*

luppi2@hotmail.com

Prof. Me. Márcio Ribeiro de Sá**

marcio_de_sa@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Este estudo busca referencial teórico sobre a importância da manutenção e até mesmo o aumento do condicionamento físico em homens idosos, a fim de favorecer a redução dos efeitos deletérios do envelhecimento desse grupo etário. O treinamento visa melhorar a qualidade de vida e a independência para as atividades diárias, derrubando também o mito de que esse tipo de treinamento é inadequado e pouco eficiente para esses indivíduos, colaborando assim com a prática dos profissionais que lidam com este grupo.

          Unitermos: Homens idosos. Treinamento.

 

Abstract

          This study seeks theoretical references on the importance of the maintenance and even the increase of conditioning in elderly men in order to favor the reduction of the deleterious effects of this age group. The training aims to improve the quality of life and the independence for the daily activities taking down the myth that this kind of training is inadequate and less efficient for these individuals, thus collaborating to the practice of the professionals whom work with this group.

          Keyword: Elderly-men. Training.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 176, Enero de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Na musculação, o treinamento de força muscular vem ganhando adeptos no mundo globalizado de hoje, principalmente em idosos acima de 60 anos. A evolução tecnológica auxilia no desenvolvimento dos adeptos de exercícios físicos, contribuindo com melhoria na qualidade de vida dos idosos.

    A prática de um estilo de vida saudável e ativo pode reduzir o número de mortes causadas por doenças como: cardiopatia, câncer de cólon e diabetes, além das quedas o que é bem comum entre os idosos.

    O treinamento resistido é muito importante para o fortalecimento muscular em idosos, facilitando suas atividades diárias.

    A qualidade de vida é motivo de estudos em todas as áreas da saúde principalmente na educação física. Através da musculação, os educadores físicos buscam promover melhora na qualidade de vida de todas as faixas etárias. A terceira idade é o grande alvo dos estudos atualmente, pois abordam pontos interessantes sobre a musculação feita por idosos, fazendo com que o mesmo ganhe massa muscular perante o treinamento, com um resultado satisfatório.

Revisão bibliográfica

    A força e a resistência muscular têm, na musculação seu principal desenvolvimento. Esse fato devesse, principalmente, a proliferação das miofibrilas e ao aprimoramento das unidades motoras para contração simultânea. (SCHNEIDER e MILANI, 2002).

    Conforme Sharkey (1998) o treinamento com pesos em qualquer idade mantém ou melhora a força muscular.

    De acordo com Moritani e Devries (1980), com base de um programa de treinamento de alta intensidade em homens mais velhos, concluíram que a capacidade dos mais velhos de aumentar a força esta preservada, fato corroborado por Fiatore et al. (1990) num estudo com homens entre 87 e 96 anos.

    Outro estudo envolvendo idosos submeteu um grupo de idosos sadios, com idade entre 60 e 72 anos, um programa de treinamento de força durante 12 semanas. Verificou-se que a cada sessão de treinamento de forca muscular aumentar progressivamente em cerca de 5%, resposta semelhante a que se obtinha em adultos jovens. Além dos aumentos significativos de força, foi constatado aumento no volume muscular (hipertrofia). (KATCH e MCARDLE, 1996).

    Conforme Frontera et al. (1988) também constataram ganhos de força de até 200%, em uma repetição máxima (1RM), tanto em homens quanto em mulheres mais velhos (idades entre 60 e 72 anos), submetidos a treinamento de força em alta intensidade (três séries com oito repetições, 80% de (1RM), três dias por semana durante 12 semanas.

Metodologia

    Foi realizado durante o período de três meses, o treinamento com um sujeito de 64 anos, que freqüenta uma academia da cidade de Bocaina-SP.

    O procedimento utilizado para a coleta dos dados foi o protocolo de Pollock que propõe a aferição de três dobras cutâneas, a fim de obter as medidas prévias. O experimento foi realizado durante 90 dias, com sessões de três vezes semanais, aplicando treinamento de força e hipertrofia muscular.

    Após esse período, foram coletadas novas medidas referentes a dobras cutâneas e a repetição máxima foi testada através de equipamentos e aparelhos de musculação, sendo solicitado do participante flexionar e estender membros superiores e inferiores conforme os treinamentos. Além destas medidas, foram coletadas freqüência cardíaca em repouso, freqüência cardíaca máxima e pressão arterial.

Resultados e discussões

    Na tabela 1, são os dados coletados do aluno no início do treinamento utilizando o protocolo Pollock de três dobras.

Tabela 1. Medidas de circunferências obtidas antes e após o treinamento

    Houve um ganho considerável no membro inferior esquerdo em relação aos outros membros, pois o individuo faz exercícios desde a adolescência, por isso essa resposta foi aceita pelo músculo.

    A tabela 2 apresenta os valores iniciais e finais de peso e altura do aluno.

Tabela 2. Medidas iniciais e finais do aluno (composição corporal)

    Durante o treinamento o individuo ganhou 500 gramas de massa muscular.

    A tabela 3 apresenta os valores iniciais e finais de dobras cutâneas.

Tabela 3. Medidas iniciais e finais do aluno

    Como mostrou a tabela 1, o aluno obteve um ganho maior na coxa.

    A tabela 4 apresenta os resultados iniciais de percentual de gordura.

Tabela 4. Medidas iniciais e finais de gordura do aluno

    Apresentou uma perda de gordura e ganho de massa magra, como o aluno não tem nenhuma limitação funcional, não houve a manutenção da massa muscular.

    As tabelas a seguir, mostram os treinamentos de fortalecimento do aluno.

    A tabela 5 mostra como foi desenvolvido os três treinamentos durante o trabalho, com o número de séries, repetições, descanso, dias e carga dos exercícios.

    As tabelas 6, 7, e 8 apresentam as variáveis de treinamento do aluno no início e final do trabalho.

Tabela 5. Planilha de repetições dos treinamentos semanal do aluno

 

Tabela 6. Planilha de treinamento semanal do aluno

    Na primeira semana com o treino de fortalecimento, ocorreu o aumento da carga, o aluno não sentiu nenhum desconforto muscular e sequer dificuldade.

Tabela 7. Planilha de treinamento semanal do aluno

 

Tabela 8. Planilha de treinamento semanal do aluno

    As tabelas a seguir, mostram os treinamentos de força do aluno.

    A tabela 9 mostra como foi desenvolvido os três treinamentos durante o trabalho, com o número de séries, repetições, descanso, dias e carga dos exercícios.

    A tabela 10, 11 e 12 apresentam as variáveis de treinamento do aluno no início e final do trabalho.

Tabela 9. Planilha de repetições dos treinamentos semanal do aluno

 

Tabela 10. Planilha de treinamento semanal do aluno

    No treino de força o aluno se mostrou bem preparado e também aumentará a carga nesse tipo de treinamento.

Tabela 11. Planilha de treinamento semanal do aluno

 

Tabela 12. Planilha de treinamento semanal do aluno

    As tabelas a seguir, mostram os treinamentos de hipertrofia do aluno.

    A tabela 13 mostra como foi desenvolvido os três treinamentos durante o trabalho, com o número de séries, repetições, descanso, dias e carga dos exercícios.

    A tabela 14, 15 e 16 apresentam as variáveis de treinamento do aluno no início e final do trabalho.

Tabela 13. Planilha de repetições dos treinamentos semanal do aluno

 

Tabela 14. Planilha de treinamento semanal do aluno

    Percebe-se que a resistência nos membros inferiores foram maiores que nos membros superiores.

Tabela 15. Planilha de treinamento semanal do aluno

 

Tabela 16. Planilha de treinamento semanal do aluno

Considerações finais

    Com a finalização do estudo do treinamento resistido com homem acima de 60 anos, verificou-se:

  • aumento da massa muscular;

  • diminuição da freqüência cardíaca em repouso;

  • diminuição da freqüência cardíaca máxima;

  • considerável aumento da circunferência femoral;

    Em membros superiores houve pequeno crescimento muscular tomando em relação o crescimento de membros inferiores, devido ao treinamento intenso.

    A conclusão deste estudo apresentou-se de acordo e em função dos objetivos propostos pela pesquisa. A prática permanente de atividade física melhora as condições físicas e psicológicas do ser humano. Obteve o resultado esperado, pois a prática e a intensidade foram adequadas, respeitando as condições biológicas do aluno.

    Percebeu-se uma melhora na mobilidade articular e, principalmente, na questão emocional, mais interesse nas atividades diárias.

    Sugere-se que este tipo de treinamento resistido, seja realizado também entre as mulheres acima de 60 anos, observando mais variáveis, condição socioeconômico e emocional, tornando o exercício físico uma forma prazerosa em sua vida.

Referências bibliográficas

  • EVRIES, H. A. Fisiologia do exercício: Para educadores físicos e atletas. 3. ed. Dubuque: Empresa Brown Company, p.360-76, 1980.

  • FIATARONE, M. A. et al. Alta intensidade de treinamento em idosos. Efeitos nos músculos esqueléticos. Jornal da Associação Médica Americana, v. 263, p. 3029-34, 1990.

  • FRONTERA, W. R. et al. Condicionamento de força em homens idosos: hipertrofia músculo esquelético e aprimoramento funcional. Jornal de aplicação Fisiológica, v. 64, p. 1038-44, 1998.

  • MCARDLE, W. D.; KATCH, F. I.; KATCH, V. L. Fisiologia do exercício: energia, nutrição e desempenho humano. 5. ed. Rio de Janeiro: Guanabara, 2003.

  • MORITANI, T.; DEVRIES, H. A. Potencial hipertrófico em homens idosos. Jornal de Gerontologia, v. 35, p. 672-82, 1980.

  • SCHNEIDER, Rodrigo Eduardo; MILANI, Newton Sanches. Influência do treinamento de força na melhoria da qualidade de vida de idosos. R. Min. Educ. Fís., Viçosa, v. 10, n. 2, p. 37-48, 2002.

  • SHARKEY, B. J. Condicionamento físico e saúde. 4. ed. Porto Alegre: Artmed, 1998. p. 143-146 / 338-343.

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