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Introdução

    A imagem corporal (IC) é um dos fatores que mais preocupam as mulheres, principalmente após os 30 anos de idade e por isso a procura em academias melhorar um processo confiável para a solução. Fatores sócios culturais como a mídias, amigos, família fazem as mulheres sofrerem influencias significativas em toda vida, principalmente nesta fase em que ela se encontra madura.

    Múltiplos são os conceitos de imagem corporal, contudo na generalidade esta é entendida como a imagem que temos na nossa mente em relação ao tamanho, forma e aparência de nosso corpo.¹

    A imagem corporal “ideal” pode ser construída de várias formas, com várias “técnicas”, nomeadamente, através da prática de atividade física.²

    Num todas as academias vem tendo um destaque na sociedade, bastante procuradas por mulheres, como meio de melhora da saúde, como forma de atingir “corpo ideal”.

    Algumas mulheres na faixa etária dos 30 anos têm seu primeiro filho, e acabam tendo uma preocupação a mais com sua imagem corporal pós-parto, e isso faz com que elas acabem buscando formas de voltar ao seu corpo ideal, e melhorar a sua imagem corporal que ela tem como perfeita. Estudos dizem também que o IC muda de acordo com o foco de atenção, que esta voltada para o bebê, e por esses motivos pode haver carência de consciência corporal.

    A necessidade em mulheres de uma atualização corpórea, enfatizando após os 30 anos, transforma o corpo em objeto de desejo. A imagem corporal é o resultado da vida social, que esta intimamente ligada à beleza num processo de construção e reconstrução.³

Atualmente, a imagem corporal é concebida como um constructo multidimensional referente às experiências subjetivas, perceptivas e atitudinais que o individuo tem sobre o seu corpo, particularmente acerca de sua aparência física.⁴

    Na verdade a imagem corporal é uma entidade multifacetada que abrange as dimensões física, psicológica e social.⁵

    O estudo justifica-se em uma comparação de satisfação corporal de mulheres que praticam e que não praticam atividade física, para assim, analisarmos o que pode ser mudado para a melhora de sua autoestima.

Referencial teórico

    A aparência física é muito importante para o desenvolvimento humano. As mulheres entre 30 a 40 anos entram na fase de sua vida em que o corpo se torna uma de suas preocupações e sua imagem corporal é um importante aspecto para a procura de atividade físicas em academias, principalmente como forma de controle do peso.⁴

    A imagem corporal é uma das experiências básicas da vida de qualquer pessoa. Ainda reconhece a importância das relações sociais, culturais, psicológicas e fisiológicas na formação da imagem corporal.³

    Atualmente, a imagem corporal é concebida como um constructo multidimensional referente às experiências subjetivas, perceptivas e atitudinais que o individuo tem sobre o seu corpo, particularmente acerca de sua aparência física.⁴

    Para as mulheres ter uma imagem corporal é importante, pois é um componente do complexo mecanismo da identidade pessoal.

    O modelo de beleza imposto pela sociedade atual corresponde a um corpo magro, sem, contudo considerar aspectos relacionados com a saúde e as diferentes constituições físicas da população.⁶

    A insatisfação com o próprio corpo, ou melhor, com a imagem que se tem dele, talvez seja um dos motivos principais que levem as pessoas a iniciar um programa de atividade física.⁷

    A imagem corporal no que se entende é mais voltada para características femininas, que começam desde a adolescência quando esta desenvolvendo o corpo até a fase mais madura da mulher que começa as preocupações com o corpo, na faixa etária entre 30 a 40 anos, nas quais começam dificuldade em controlar o peso, alimentação, sentem a imagem retorcida e começam a procurar a pratica de atividade físicas.

    A imagem corporal (IC) é conceituada como a maneira pela qual nosso corpo aparece para nós mesmos, uma representação mental do corpo englobando todas as formas pelas quais a pessoa a experiência.⁸

    Nas mulheres principalmente, a imagem do corpo é um dos aspectos mais importantes, que mostra se ela esta ou não satisfeita com a sua aparência. Na sociedade atual, há uma supervalorização da imagem.

    A procura pela pratica da atividade física muitas vezes está relacionada à insatisfação corporal.7 As mulheres dos 30 a 40 anos que se vêem sem a imagem corporal ideal, procuram academias não tendo a saúde como fator principal, mas sim a estética do corpo e a saúde acaba vindo como a conseqüência de boa forma e um corpo perfeito.

Procedimentos metodológicos

    Esta pesquisa é indutiva partindo de um particular para um todo. Ela é de caráter comparativo, pois pretende mostrar o antes e o depois das mulheres avaliadas. Esta pretende mostrar como a atividade física melhora satisfação pessoal com o seu corpo e sua imagem.

    Foi realizada uma mostra de 24 mulheres, na faixa etária entre 30 a 40 anos, divididas em dois grupos (12 mulheres que praticam atividade física e 12 mulheres que não praticam atividade física), sendo que das 12 que praticam atividade física 6 fazem academia e 6 realizam outro tipo de atividade física).

    As mulheres pesquisadas foram localizadas em clubes e academias, e para a coleta de dados foram postos alguns critérios a serem seguidos:

• Aceitar a participar da pesquisa assinando o termo de consentimento.

• Estar na idade estipulado (30 a 40 anos).

    Na realização dessa pesquisa aplicou-se a Escala de Figuras de Stunkard, Sorenson e Schlusinger (1983) adaptada e validada por Scagliusi et al (2006). A escala mostra uma imagem de 9 figuras femininas que vai do muito magra, representada pelo numero 1, ate muito obesa, representada pelo numero 9. As mulheres pesquisadas, mostraram nas imagens a que representasse sua imagem corpóreo atual (PIC-Real) e uma que representasse uma imagem satisfatória, ideal para ela (PIC-Ideal). E um questionário socio-demográfico para obtenção dos dados e posterior comparação de satisfação corporal, sendo assim elaboramos uma porcentagem de acordo com as respostas obtidas.

    O método para avaliar o nível de satisfação é feito com Pic-Real – Pic-Ideal, sendo que ao final do teste se notar-se uma satisfação igual a 0, a mulher esta satisfeita com sua imagem corporal, e outro resultado diferente de 0, tendo o resultado como positivo, estará acima do peso, e negativo, abaixo do peso.

Figura 1. Instrumento de análise da silhueta proposto por Stunkard, Sorenson e Schlusinger (1983) adaptada e validada por Scagliusi et. al. (2006)

    As mulheres não praticantes de atividade física e praticantes de atividade física terão acompanhamento na pesquisa e cada uma recebera uma copia do termo de consentimento e do questionário sócio demográfico.

Resultados e discussões

    Os gráficos abaixo analisarão varias situações sobre a imagem corporal em mulheres, todas pesquisadas de acordo com a idade do tema citado no artigo. Os resultados obtidos foram avaliados com coletas de dados a partir de questionários respondidos pelos participantes da pesquisa.

Gráfico 1. Satisfação em grau da Imagem Corporal

    O gráfico acima analisa de 0 a 3 o grau de diferença que existe em pessoas que praticam e não praticam atividades, mostrando que de 0 a 3 somente houve mais mudanças em pessoas que não praticam atividade física. Foram analisadas as 24 pessoas neste gráfico para a comparação.

    Analisando o grau 0, mostra que o nível de satisfação corporal está bom, não havendo mudanças. Já o grau 1, mostra uma diferença de pessoas que estão um pouco infelizes com sua imagem, havendo uma distorção de sua imagem atual com a que ela gostaria de ter.

    Ao chegarmos ao grau 2, obtemos uma distorção de 2 vezes, mostrando que essas pessoas não estão muito satisfeitas com sua imagem corporal. Podemos ver também que nesta etapa de diferença de mais de 1 grau, somente pessoas que não praticam atividade física entram na relação.

    Por fim, ao olharmos para o grau 3, iremos obter a informação de que somente 1 pessoa está totalmente insatisfeita com sua imagem corporal, com uma diferença de 3 graus.

Gráfico 2. Total de pessoas pesquisadas

    O gráfico 2, analisa as 24 pessoas pesquisadas, mostrando em um percentual que 41,60% das pessoas estão felizes com sua imagem corporal, e 58,40% estão infelizes, então isso mostra que a maioria das pessoas pesquisadas não estão felizes com a sua imagem corporal.

Gráfico 3. Satisfação da Imagem Corporal

    O gráfico 3, demonstra que, das pessoas que praticam academia ou outra atividade física, 58,30% estão satisfeitas com sua imagem corporal, e 41,70% não chegaram ainda em sua imagem corporal desejada.

    Vemos que as pessoas que não praticam atividade física, apenas 25% estão satisfeitas com sua imagem corporal e 75% não chegaram ao seu ideal. Isso constata que quem pratica atividade física está mais satisfeita com sua imagem corporal em relação a quem não pratica.

Gráfico 4. Satisfação da Imagem Corporal praticantes de musculação ou outras atividades físicas

    Na amostra de gráfico 4, foram somente analisadas pessoas que frequentam academia, praticantes de musculação e pessoas que realizam outros tipos de atividades físicas.

    Foi verificado que 83,30% das pessoas que praticam academia estão satisfeitas com sua imagem corporal e apenas 16,70% não estão satisfeitas com sua imagem, e ao analisarem-se pessoas que praticam outros tipos de atividades físicas, 66,70% estão com sua imagem corporal de acordo com sua satisfação e 33,30% ainda não estão satisfeitas com a imagem corporal. Isso vem a demonstrar que quem pratica academia tem a imagem corporal mais próxima do seu ideal.

Conclusões

    Ao final da pesquisa, pode-se analisar que atividade física é muito importante para mulheres e pessoas no geral. A musculação é um grande aliado principalmente nesta faixa de idade entre 30 a 40 anos. Podemos notar que o percentual de satisfação com quem prática atividade física e quem não pratica é considerável, mostrando a importância da prática nos dias atuais.

    Foi verificado também pelo questionário sócio-demográfico que mulheres que fazem academia, além de satisfação corporal, buscam também saúde, bem estar, sendo esses dois uns dos principais fatores anotados, mostrando que a academia além de fazer bem a saúde, pode também nos fazer bem em outros aspectos.

    Mulheres que não praticam atividade física, ao analisar o questionário sócio-demográfico, nota-se que a maioria não está feliz com a sua imagem corporal, pretendendo melhorar, porem, há fatores que atrapalham isso, como filhos, trabalho, falta de tempo e condição financeira, sendo esses os fatores mais anotados.

    A busca pelo corpo ideal vem crescendo a cada dia mais, principalmente em mulheres, e a faixa de idade entre 30 a 40 anos, é um dos fatores que vem preocupando este grupo, pois é uma fase de decisões e mudanças no corpo de uma mulher.

Referências bibliográficas

1. McPherson, K.E. e Turnbull, J. D. (2005). Body Image Satisfaction in Scottish Men and Its Implications for Promoting Healthy Behaviors.

2. Pereira, A. L. (2004). Para uma visão fenomenológica do corpo contemporâneo – contributo a partir do alpinismo e das ginásticas de academia. Dissertação de Doutoramento em Ciências do Desporto. Porto: FCDEF-UP.

3. Schilder, P. A imagem do corpo: as energias construtivas da psique. 3ªed. São Paulo: Martins Fontes, 1999.

4. Cash, T. F. e Pruzinsky, T. (1990). Body Images: development, deviance, and change. Ney York, The Guilford Press.

5. Becker, B. (1999). O corpo e sua implicação na área emocional. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Nº 13. http://www.efdeportes.com/efd13/benno.htm

6. Oliveira, FP; Bosi, MLM; Vigário, PS; Vieira, RS. Comportamento Alimentar e Imagem Corporal Em Atletas. Rev Bras Med Esporte. V.9, N.6. Nov/Dez, 2003.

7. Damasceno, V.O., Lima, J.R.P, Vianna, J.M., Vianna, V.R.A. & Novaes, J.S. (2005). Tipo físico ideal e satisfação com a imagem corporal de praticantes de caminhada. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, 11(3), 181-18.

8. Tavares, M.C.G.C. (2003). Imagem Corporal: Conceito e Desenvolvimento. 1 ed. São Paulo: Manole.

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 176 | Buenos Aires, Enero de 2013 © 1997-2013 Derechos reservados