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Futebol de formação: Um abismo metodológico… O ‘treino da táctica’ e o ‘treino táctico’… o ‘ensinar’ e o ‘ajudar a aprender’ o jogo

El fútbol formativo: un abismo metodológico… El ‘entrenamiento de la táctica’ y 

el ‘entrenamiento táctico’… el ‘enseñar’ y el ‘ayudar a aprender’ el juego

 

Mestre em Ciências do Desporto

pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, Portugal

Treinador de futebol no Al Nasr Sc, Dubai

Raúl Oliveira

oliveiraul@gmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O treino de jovens jogadores deverá ser mais que uma simples cópia dos programas de treino aplicados a jogadores profissionais, os objectivos terão que ser obviamente diferenciados. Assim surge em muitos textos a questão: será a Periodização Táctica aplicável aos escalões de formação? Neste artigo não pretendemos dar esta resposta pois ela só poderá ser dada por cada treinador em função das suas ideias, valores e crenças. Parece, no entanto, importante clarificar alguns conceitos / ideias que poderão influênciar nesta resposta!

          Unitermos: Futebol. Periodização táctica. Treino táctico. Aprendizagem.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 176, Enero de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Nota introdutória

Raúl Oliveira    As concepções de futebol e de treino são tão variadas quanto o número de treinadores e jogadores que existem. Na minha opinião, nenhuma é certa ou errada, simplesmente, podem ser bem ou mal aplicadas ao contexto em que se inserem.

    Independentemente da liberdade individual para conceptualizar o jogo e o treino existem uma serie de mitos e preconceitos que persistem no futebol e que urge continuar a clarificar e analisar. As teorias nunca são definitivas servem apenas para explicar uma temática até que uma resposta melhor apareça, e é com este objectivo que me lanço neste pequeno texto de opinião.

    A imensidão de termos do “futebolês” cria alguma confusão e leva a que muitas perspectivas sejam imcompreendidas, mal interpretadas e, pior ainda, mal aplicadas. Por vezes, cria-se um verdadeiro “abismo metodológico” entre o que se pretende na formulação teórica e o que se faz efectivamente. Este não pretende ser um artigo repleto de termos técnicos e teorias complicadas, até porque no fundo o futebol é um jogo simples, e só sente necessidade de o complicar quem quer enconder as suas dúvidas, erros e incapacidades.

    Na caminhada até ao futebol profissional o jovem jogador passa por uma série de testes e dificuldades. Será importante que os clubes e os treinadores, em especial, não sejam mais uma pedra no caminho… O treinador será tanto melhor quanto mais ajudar o jovem na sua formação, mas até mais decisivo do que isso será, na verdade, não ser um obstáculo ao seu desenvolvimento. Formar é diferente de Formatar!

    Uma rápida pesquisa “online” permite-nos rapidamente encontrar uma grande quantidade de planos de formação, planos de desenvolvimento, etapas de aprendizagem, entre outros documentos que se referem ao futebol jovem e ao processo de formação de jogadores de alto nível.

    Assim sendo a questão fundamental é: como separar o “trigo do joio”? É certo que todo este processo encerra em si uma natural dimensão social e cultural. Existem por isso mesmo uma série de “escolas” de formação, a formação de futebolistas estará sempre associada às experiências de sucesso e fracasso de cada clube, país, etc…

    “As crianças de 10 anos são iguais em qualquer parte do mundo”, ouvi recentemente dizer acerca da aplicação de um novo programa de treino num clube… Permito-me a discordar totalmente desta afirmação uma vez que existem uma serie de condicionantes envolventes ao meio social e desportivo do jovem que fazem com que tudo seja diferente… A abstração destes factores envovolventes é impossivel de ser feita pois, simplesmente ninguem nasce a querer ser futebolista, este desejo é um processo que se desenvolve em osmose com a sociedade e com o interesse que lhe vai sendo despertado pelos que o rodeiam, ninguém sente falta de algo que não conhece….

    A necessidade de programas especificos adaptados a cada realidade é absolutamente fundamental, a cópia de modelos formativos de sucesso de “outros mundos” resulta normalmente em tentativas frustrantes que terminam, na sua maioria, em fracasso.

    Independentemente da existência de condicionantes próprias é possivel generalizar algumas reflexões acerca da aplicação metodológica no processo de aprendizagem em futebol.

O treino da táctica vs. o treino táctico

    A táctica entendida como uma organização estrutural e dinâmica dos jogadores durante um jogo de futebol tem o seu treino, muitas vezes, associado a situações esteriotipadas de movimentos individuais, sectoriais e colectivos que resultam, em última instância, na construção de uma circulação táctica ou situação estratégica do jogo.

    Periodização Táctica é um conceito erradamente associado a treino de complexidade nociva para os jovens., castradora do seu desenvolvimento técnico e da sua liberdade criativa.

    A verdadeira essência desta metodologia relaciona-se com a simples capacidade de Pensar, sem pensamento não há real desafio e sem desafio a evolução está limitada.

    Treinar este tipo de táctica é, regularmente, considerado um erro para as etapas primárias do processo de formação dos jogadores. Apesar disto, a insistência no uso do futebol de 11 desde os escalões mais baixos leva aque isto aconteça com alguma frequência e seja encorajado pois tenta-se aproximar o jogo das crianças ao jogo dos adultos. Nestes casos é, quase impossivel, combater a cópia de modelos de organização esteriotipados pois o apelo por modelos de sucesso superiores é, quase sempre, demasiado atractivo para se resistir. Neste contexto a táctica é trabalhada como uma simples parte da construção de um sistema táctico, organização de jogo ou especialização posicional não havendo uma forte conexão com objectivos de formação / evolução do jogador.

    O Treino da Táctica acelera a obtenção de resultados e melhora a organização de jogo mas assim aplicado, principalmente nos escalões mais baixos, este é um substituto indesejado para os conteúdos essênciais do treino. É com base neste tipo de ideia que existe alguma resistência à introdução da Periodização Táctica nos escalões de base do futebol.

    As experiências anteriores levam muitos a associar esta metodologia a um treino exaustivo de tácticas complexas, a situações fixas e/ou condicionadas, a rigidez de movimentações, falta de creatividade e espontaneidade.

    São preocupações legítimas pois a observação de vários treinos de equipas de topo do futebol profissional levam a conceber o trabalho táctico como como um treino mais parado com tarefas pré-definidas e missões muito especificas e como a tentação da cópia deste modelos, é sempre apelativa para alguns, este fenómeno poderá ser limitador para a evolução do jogador.

    Dados estes factos urge clarificar algumas das dúvidas que a “táctica” causa em vários treinadores e formadores. O que é afinal um treino táctico de acordo com os principios base da Periodização Táctica?

    A redução dos exercícios ao dominío de uma única dimensão do jogo (qualquer que seja) ou a tentativa de somar aprendizagens desfasadas e desintegradas da realidade do jogo, não são príncipios reconheciveis da periodização táctica.

    Um bom treino táctico não deixa de ter objectivos e aprendizagens técnicas, físicas e psicológicas, muito pelo contrário, tenta integrá-las. Cada exercicio tem um impacto específico perfeitamente assimilavel pelo jovem que não deve ser visto como apenas um receptor de informação.

    Na verdade o tradicional “treino da táctica”, já exposto anteriormente, em muito pouco se assemelha com a ideia de um “treino táctico”. Este tipo de treino assenta essencialmente num pressuposto fundamental: A capacidade de pensar o jogo, de actuar sobre tomadas de decisão específicas da modalidade e, mais concretamente, do “nosso futebol”… Sem esta vertente na realidade podemos estar a treinar uma serie de habilidades ou skills mas não estamos a treinar futebol e sim uma qualquer outra coisa!

    A concepção de um treino orientado em função de objectivos tácticos traz motivação, creatividade, desafio e competitividade. Não serão estes ingredientes fundamentais no treino de jovens? Até porque treinar é muito mais que fazer exercicios, treinar é desafiar os seus limites e conhecimentos!

    A capacidade de associar dimensões do jogo em exercicios simples que promovam não só a aprendizagem parcial de “partes do jogo” mas sim que o façam de uma forma integrada não desfasada da natureza fundamental do jogo é uma competência essêncial que separa os treinadores melhores dos treinadores menos preparados. Isto claro se ele pretender utilizar o treino táctico como uma ferramenta de formação de jogadores de futebol.

    Se acreditamos que o futebol é um jogo em que a correcta tomada de decisão é tanto, ou até mais, decisiva que o simples domínio de gestos técnicos, capacidades e skills motores então quando será que devemos introduzir esta vertente na planificação do treino?

    Um bom treino táctico nem precisa de estar, obrigatoriamente, conectado a um sitema tactico, a uma combinação táctica complexa ou a um modelo de jogo (nomeadamente nos escalões mais baixos). O fundamental é respeitar um príncipio de jogo, uma referência que sirva para noertear as acções individuais e/ou colectivas dos jogadores, no fundo colocar os jogadores numa situação em que tenham que fazer escolhas/opções respeitando a essência do futebol que pretendemos “criar e desenvolver” em conjunto com os nossos jogadores.

    Reconheço que nem todos os treinadores estão devidamente preparados para um tipo de treino com a complexidade inerente ao controlo de várias dimensões do jogo. Por vezes a sepração das dimensões facilita o trabalho do treinador, no entanto, estes exercicios são claramente menos estimulantes para o jogador. Mas afinal quem disse que ser BOM TREINADOR era tarefa fácil?

    Factores como alternância da atenção a diferentes estimulos e o desenvolvimento da capacidade de antecipação constituem-se como aspectos fundamentais para a correcta tomada de decisão, o que pressupõe que actividades com estas exigências comportamentais sejam obrigatórias no processo de ensino-aprendizagem e treino.

    Admitindo o uso de exercicios descontextualizados e com formas separadas, estes devem ser numa percentagem reduzida do tempo total de treino e sempre como um complemento para introduzir ou reforçar conteúdos. O núcleo central do treino tem que desenvolver o intelecto colocando-o a funcionar…

    Atendendo ao facto da componente táctica do treino estar intimamente conectada com a compreensão e interpretação do jogo será importante dar seguimento ao exposto anteriormente fazendo uma reflexão acerca dos processos de ensino-aprendizagem do jogo.

O ensinar vs. o ajudar a aprender

    Neste aspecto específico é importante perceber que uma das funções primárias do treinador de futebol será promover a autonomia e auto-regulação de jogadores e equipas. A busca de soluções não pode estar dependente das indicações permanentes do treinador pois no futebol actual a velocidade de decisão e execução faz toda a diferença, nomeadamente, se pretendemos chegar a um alto nivel desportivo.

    Uma equipa capaz de autonomamente se adaptar às condicionantes, capaz de reagir a adversidades do jogo e, acima de tudo, capacidade de potenciar jogadores “pensantes”, creativos e inovadores terão sempre que ser objectivos do processo de treino. De facto, este é um processo complexo e nem sempre com os resultados esperados mas como poderemos nós, treinadores, influênciar (positiva ou negativamente) este processo?

    Há uma frequente confusão entre o ensino do jogo de futebol e o ensino de técnicas individuais ou skills motores, não que estas não sejam absolutamente determinantes, no entanto, o jogo de futebol vai muito além do simples dominio da técnica. O “ensinar” mostra-se muitas vezes como uma obsessão por parte de vários treinadores, até pela falta de capacidade de quem dirige para perceber a diferença entre uma estratégia didáctica bem ou mal aplicada, como uma forma de “mostrar serviço” ou retirar proveitos desportivos ou sociais.

    Nada impossibilita que uma boa transmissão de conhecimentos e experiências não resulte em casos de sucesso, no entanto, tenho quase sempre uma enorme dificuldade em aceitar quem alguém me aborde e diga “isto é assim que se faz”… Mais uma vez estamos (tal como referi logo no inicio deste texto) a neglicenciar a individualidade e a capacidade de cada jovem jogador e a tentar formata-lo de acordo com a nossa experiência e conhecimento (ou falta dele)!

    Posso estar tremendamente errado mas será que verdadeiramente algum treinador “ensina” um jovem talento a fazer um passe ou um remate… e estou neste caso especifíco a referir-me a jovens que demonstram desde logo terem um potencial futebolistico superior aos restantes. Se assim é, porque será que os clubes investem cada vez mais na descoberta de talentos, cada vez mais jovens e mais precoces? Os clubes procuram aqueles que já são capazes de executar estes gestos, muitos deles por auto-aprendizagem, observação, tentativa-erro, reflexão e finalmente adaptação às suas capacidades e potencialidades.

    Não quero colocar em causa a importância do trabalho do treinador, pois estaria a colocar em causa a minha própria posição, este é absolutamente fundamental no desenvolvimento do jogador. Este papel é tanto mais relevante quanto mais baixo é o escalão do jogador, pois a mesagem do treinador é nestes casos mais aceite e mais seguida pelos jovens, algo que se vai perdendo com o passar dos anos, pela maturação e pela personalidade construída de cada um. Assim nestas etapas o fundamental é não criar vicíos, não especializar erradamente, não criar obstáculos para o futuro… Por alguma razão todos reclamam o “futebol de rua” como essêncial e algo que infelizmente faz cada vez mais falta.

    A cada vez mais abundante quantidade e variedade de informação a que os jovens têm acesso leva a que estes não aceitem o que lhes é dito pela simples autoridade de quem o diz. A resposta terá que ser dada pela práctica, pela experimentação de factores de sucesso associada à coerência de príncipios, atitudes e feedbacks do treinador.

    Dar respostas ajuda no rendimento imediato mas dar pistas influêncía na busca de soluções a médio e longo prazo. As respostas são muito mais duradouras quando são vivênciadas e obtidas pelo próprio. Dar um peixe matará a fome por um dia mas ensinar a pescar matará a fome para a vida, mesmo que custe um pouco mais… No fundo, uma DESCOBERTA GUIADA!

    Genericamente os métodos indiretos de ensino-aprendizagem pela descoberta assentam na ideia de que se aprende melhor quando o aluno está ativo durante o processo de ensino. Este descobre factos, relações e novos conceitos a partir da sua experiência e conhecimento prévio. A descoberta encoraja os jogadores a colocar questões, formular hipóteses e realizar experiências. Os proponentes desta metodologia de ensino acreditam que os alunos terão mais facilidade em recordar aprendizagens realizadas desta forma do que através de modelos de ensino directo, é de realçar, no entanto, que a adopção deste método de ensino obriga à participação activa do jogador no próprio processo de aprendizagem. Assim sendo o treinador deve:

  • Adequar o volume de conteúdos às capacidades dos jogadores;

  • Estruturar os conteúdos de modo a facilitar a sua interiorização;

  • Trabalhar os conteúdos em espiral, ou seja, devem ser trabalhados periodicamente com cada vez mais profundidade, para que os alunos modifiquem continuamente as representações mentais que vão construindo.

    É importante ter a noção de que a aprendizagem por descoberta pura não funciona, cria o caos e a anarquia, a aprendizagem é feita pela descoberta mas uma descoberta guiada sendo este o melhor método de promoção de aprendizagens em ambientes construtivistas. O desafio de ensinar por descoberta guiada é saber quanto e que tipo de orientação dar e disponibilizar e ainda saber qual ou quais os resultados desejados. A orientação por parte do treinador é necessária para manter o foco da atenção nas competências a adquirir. Na aprendizagem pela descoberta guiada ganham importância a orientação, a estrutura e os objetivos a atingir.

    Construir e dirigir exercicios que permitam tomadas de decisão diferenciadas, evitar o facilitismo tornando os exercicios em “desafios” para os jogadores, responder a perguntas com mais perguntas, parar o treino e colocar o jogador a analisar e avaliar as suas opões no momento, exigir sempre mais mas ser compreensivo com a falha, dar pistas para solução de problemas e criar condicionantes indutoras nos exercicios são algumas das estratégias que podemos e devemos utilizar!

    Acredito que o jogador de mais alto nivel é aquele que consegue em situação de jogo, no meio das 3 opções que toda a gente identifica, escolher a opção número 4 e fazer com que ela resulte melhor que todas as outras…. Será que o jovem irá desenvolver esta capacidade se tiver o treinador constantemente e tentar “ensinar-lhe” a fazer “isto aqui” e “aquilo ali”…

    Criar o ambiente potenciador (exercicio especifico), dar instruções e objectivos, reforçar os principios de jogo inerentes ao exercicio, abrir um espaço para tentativa-erro, ir dando algumas ideias que possam ajudar na resolução dos problemas levantados, promover a discussão entre os jogadores acerca de estratégias para superar dificuldades, dar hipoteses (opções) de jogo se necessário e apenas em último caso, na eventualidade de nada resultar, dar as nossas soluções para resolução de um determinado problema/situação de jogo.

    A questão que se coloca agora é mas se os jogadores devem decidir por si, onde está o poder do treinador? Parece-me claro que é importante que o jogador (fundamentalmente com bola) possa decidir em função do seu proprio enetendimento do jogo mas isto não invalida que o treinador o possa “moldar” e subconscientemente o induza a tomar um certo tipo de opções. Por que motivo os exercicios devem ser realizados em função de principios de jogo e devem ter uma iminente compreensão e contexto táctico?

    Se é verdade que o contexto social influêncía a construção do Homem, também é verdade que o contexto treino influêncía a construção do Jogador. No fundo é colocar o jogador na direcção certa, dar as idicações certas mas deixar que seja ele a descobir o caminho que mais lhe agrada e benefícia, o treinador tem a obrigação de não o deixar passar para o lado errado da estrada!

    O importante é haver um correcto doseamento entre o que é liberdade de escolha (dentro dos principios de jogo definidos) e o que é a resolução esteriotipada de situações de jogo que tambem são fundamentais para um modelo de jogo pois reduzem o tempo de tomada de decisão e aumentam a “velocidade do jogo”. O que não deve acontecer é existir uma única solução para cada situação, e se ela não está disponivel, que faço eu agora?!

    A necessidade é a maior das motivações para a aprendizagem, o treinador tem que ser astuto e inteligênte o suficiente para que os seus jogadores busquem soluções para novos problemas num ambiente lúdico e motivador. QUERER É (o primeiro passo para) PODER!

Conclusões

    Este texto é uma simples reflexão pessoal, baseada na minha vivência e experiências de treino, serve apenas para tentar mostrar que o treino táctico é muito mais profundo que a construção de “jogadas ensaiadas” e disposiçao estrutural de jogadores no terreno de jogo. O treino táctico relaciona-se com a análise, reflexão e compreensão do jogo de futebol, tem a ver com uma linguagem comum a jogadores e treinadores que possibilita a coordenação de todos na busca de um mesmo objectivo com a integração do individual dentro de um colectivo.

    Assim visto o jogo, esta análise tem que obrigatoriamente saltar para a aprendizagem do mesmo. Sim, aprendizagem, e não ensino, pois o foco deve estar sempre no jogador e na sua actuação enquanto elemento fundamental do futebol.

    A relação treinador-jogador não se pode basear num processo de transmissão-recepção mas, sim, num processo de experimentação-assimilação. Cabe ao treinador preparar o “terreno”, criar as condições óptimas de experimentação e orientar o jogador no sentido de ele vivenciar os problemas, as dúvidas e consequentemente encontrar as respostas desejadas. O treinador tem o papel fundamental de “ajudar a aprender”, tirar dúvidas, colocar questões, reforçar estimulos, no fundo indicar o caminho certo… a longa e dificil caminhada até ao destino o treinador não pode fazer, essa só mesmo o jogador pode, mas quem lá chega vai, com certeza, bem preparado…

    Muito mais haveria a dizer mas como de teorias milagrosas está o mundo repleto o importante é a coerência no trabalho diário até porque no futebol não existem erdades ou mentiras, apenas bons ou maus resultados… de louco a génio é um passo!!!

Bibliografia

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 176 | Buenos Aires, Enero de 2013
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