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Capacidade funcional e bem-estar de idosos participantes
do programa de atividade física orientada cadastrados no
Centro de Saúde Celso Nogueira da Silva de Luiziana, PR

La capacidad funcional y el bienestar de las personas mayores que participan del programa de 

actividad física orientada registrados en el Centro de Salud Celso Nogueira da Silva de Luiziana, PR

 

*Graduado em Educação Física

Faculdade Integrado de Campo Mourão, PR

**Mestre em Educação Física, UEM, PR

Professora da Faculdade Integrado de Campo Mourão, PR

Rogério Machado da Silva*

Morgana Claudia da Silva**

morgana.silva@grupointegrado.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O presente estudo objetivou identificar a capacidade funcional e bem-estar de idosos participantes do programa de atividade física orientada, cadastrados no Centro de Saúde Celso Nogueira da Silva de Luiziana, PR. Utilizou-se como amostra 30 indivíduos, sendo 08 do gênero masculino e 22 do feminino pertencentes ao programa de atividade física orientada. Utilizou-se como instrumento a Bateria de testes de atividades da vida diária (AVD), proposto por Andreotti e Okuma (1999), Questionário de avaliação de auto percepção proposto por Andreotti e Okuma (1999) citado por Matsudo (2004) e a Escala de Auto Percepção de Bem-Estar, se destina a identificar as percepções que os idosos têm sobre seu bem estar, proposto por Matsudo (2004). É uma pesquisa descritiva de natureza quantitativa. Concluiu-se que, os indivíduos apresentaram níveis classificado como “bom” de sua capacidade de atividades da vida diária, e em relação à percepção atividades da vida diária a maioria dos indivíduos possui uma percepção considerada “boa”, e a percepção de bem-estar em relação a sua auto-estima, eles se encontram mais dispostos e com a auto-estima mais elevada após a participação em atividades físicas orientadas. Sendo assim, este estudo contribui para a consolidação da realização de atividade física orientada enquanto promotora da qualidade de vida, que pode vir a contribuir para a prevenção de doenças crônica degenerativa, as quais acometem boa parte da população idosa.

          Unitermos: Idoso. Capacidade funcional. Centro de saúde. Bem estar. Atividade física.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 176, Enero de 2013. http://www.efdeportes.com/

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Aproximação com a temática

    Atualmente, percebe-se que as pessoas cada vez vivem mais, porém, existem importantes diferenças entre os países que se encontram em desenvolvimento nessa curva de crescimento. Enquanto que, nos países em desenvolvimento o envelhecimento ocorreu associado às melhorias nas condições gerais de vida, nos países de segundo mundo, esse processo ocorre rapidamente, na qual não há espaço para que ocorra uma reorganização social adequada na área de saúde para atender às novas demandas emergentes. Isso tudo, resulta em um aumento descontrolado no contingente de idosos que, de acordo com o IBGE - Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística, atualmente no Brasil, existem aproximadamente 20 milhões de indivíduos com idade igual ou superior a 60 anos, representando em torno de 10% da população brasileira (BRASIL, 2010).

    O envelhecimento deve ser entendido como a redução das capacidades de sobrevivência, constituindo-se em um processo dinâmico e progressivo, no qual ocorrem modificações morfológicas, fisiológicas, bioquímicas e psicológicas segundo Carvalho e Papaleo Neto (2006), na qual trazem consigo uma decorrente diminuição das funções musculares, alterando a força, a resistência e flexibilidade, ocasionando uma progressiva perda da capacidade de adaptação do indivíduo ao meio ambiente (MATSUDO, 2004).

    Pereira e Tassa (2011), afirmam que esse declínio característico da idade acarreta problemas como: o corpo fica mais lento, a resistência corporal torne-se menor, isso ocorre também com a velocidade de reação, aparece a perda da memória, a diminuição da massa corporal, e dificuldades para caminhar, e até mesmo, algumas vezes dificuldade para desenvolver as atividades diárias.

    Em contrapartida a este quadro de perda de adaptabilidade, e consequente sedentarismo, surge à atividade física orientada, que por meio de uma prática regular, o idoso consegue diminuir as perdas ocasionadas pelo envelhecimento além de impedir a aquisição de doenças crônicas degenerativas decorrentes deste processo, que de acordo com Benedetti (2007, p. 106), as “atividades físicas corretamente prescritas e orientadas desempenham importante papel na prevenção, conservação e recuperação da capacidade funcional dos idosos”, repercutindo assim, positivamente em sua saúde, interferindo no bem estar e em uma melhor qualidade de vida do idoso.

    Ao praticar algum tipo de atividade física as pessoas em geral, mas especialmente os idosos, podem experimentar alterações positivas referente ao seu estado de ânimo, na auto-estima e na auto eficácia “obtendo recursos pessoais para enfrentar as situações estressantes e desafiadoras do cotidiano, fatores imprescindíveis para a manutenção de uma boa qualidade de vida” (MATSUDO, 2004, p. 89).

    Entendendo que no município de Luiziana - PR existe um número elevado de pessoas idosas, sendo que, muitas destas apresentam algum tipo de doença crônica, como por exemplo, hipertensão e diabetes, porém, a maioria não possui hábitos relativos á prática regular de qualquer atividade física, a qual é de suma importância durante a terceira idade, faixa etária, onde as pessoas se tornam mais acomodadas e acabam perdendo a essência da vida, ou seja, a saúde, e consequentemente, a qualidade de vida.

    A partir do exposto até então, esta pesquisa objetivou identificar a capacidade funcional e auto percepção de bem-estar dos idosos que participam de programas de atividade física orientada, cadastrados no Centro de Saúde Celso Nogueira da Silva de Luiziana – PR. Através desse contexto aponta-se que as contribuições desse estudo são voltadas para melhoria da qualidade de vida dos idosos, para as atividades da vida diária, proporcionando aos mesmos, os conhecimentos sobre os benefícios da prática de atividade física orientada para sua saúde física e mental.

Processo metodológico

    É uma pesquisa caracterizada como quantitativa de caráter descritivo. Utilizou-se como amostra 30 idosos de ambos os gêneros, cadastrados no Centro de Saúde Municipal do município de Luiziana – PR, que participam de programas de atividade física orientada.

    Foram selecionados idosos que se dispuseram em participar da pesquisa, sendo 08 do gênero masculino e 22 do gênero feminino. E foi utilizado para a coleta dos dados a Bateria de testes de atividades da vida diária (AVD), proposto por Andreotti e Okuma (1999, p.58), Questionário de avaliação de auto percepção proposto por Andreotti e Okuma (1999) citado por Matsudo (2004, p. 89) e a Escala de Auto Percepção de Bem-Estar, que se destina a identificar as percepções que os idosos têm sobre seu bem estar, proposto por Matsudo (2004, p. 96). Como procedimento para a coleta dos dados o trabalho foi encaminhando ao Comitê de Ética da IES. Em seguida foi realizado contato com a Secretaria de Saúde para solicitar a autorização para realização do trabalho junto ao Centro de Saúde do município de Luiziana – PR, após esta autorização, foi realizada uma reunião com os idosos, para saber quais estariam dispostos para participar da pesquisa. Disponibilizaram-se a participar da pesquisa 30 idosos, o pesquisador procurou cada idoso para assinatura do termo de livre consentimento esclarecido.

Análise e interpretação dos resultados

    Os idosos pertencentes a esta pesquisa foram classificados de acordo com a tabela de classificação do livro de Avaliação do Idoso: física e funcional de Sandra Matsudo (2004), que propõe uma hierarquia das funções físicas do idoso, em: Nível I – fisicamente capaz ou fisicamente dependente; Nível II – fisicamente frágil; Nível III – fisicamente independente; Nível IV – fisicamente apto/ativo; Nível V – atletas. Sendo assim, os idosos participantes da pesquisa, se encontram classificados no nível III – fisicamente independente.

Gráfico 01. Demonstrativo referente à idade dos participantes da pesquisa

    A medida de entendimento o gráfico acima representa a idade dos participantes, sendo que no grupo A de 60 a 69 anos corresponde a 57% dos idosos; no grupo B de 70 a 79 anos corresponde 40% dos idosos, e no Grupo C de 80 anos acima corresponde a 3% dos idosos.

Quadro 01. Demonstrativo referente ao teste de caminhar ou correr 800 metros

    O quadro acima representa o teste de caminhar ou correr 800 metros realizados pelos idosos. Todos idosos partícipes desta pesquisa realizaram a atividade caminhando.No grupo A 88,2% dos idosos realizaram a caminhada com facilidade e 11,8% realizaram com dificuldade, sendo que demandaram de um tempo médio de 09 minutos e 07 segundos. No grupo B 50,0% dos idosos realizaram com facilidade e 50,0% com dificuldade, sendo o tempo médio do grupo de 10 minutos e 51 segundos. E no grupo C 100% dos idosos realizaram com facilidade tendo um tempo médio de 10 minutos e 43 segundos.

    Nos três grupos 27% dos idosos, tiveram dificuldade para realizar o teste, no qual Assis e Rabelo (2006) afirmam que, com o avanço da idade, existe um aumento progressivo da necessidade de assistência na realização de atividades da vida diária. Entretanto, é encontrado em idosos entre 75 e 79 anos (18,9 %) e idosos com mais de 85 anos (45,4%). Percebe-se que quanto mais velho, mais necessidade se tem de auxílio, porém a atividade física orientada e regular pode retardar este processo, que segundo Matsudo (2004), ao praticar algum tipo de atividade física os idosos podem experimentar alterações positivas nos estados de ânimos, na auto-estima e na auto eficácia.

Quadro 02. Demonstrativo referente ao teste de sentar e levantar-se da cadeira e locomover-se pala casa

    O quadro 2 é referente ao teste de sentar e levantar-se da cadeira e locomover-se pala casa, todos os idosos conseguiram realizar a tarefa. No grupo A 88,2% dos idosos conseguiram realizar a tarefa solicitada com facilidade e 11,8% realizaram com dificuldade, com tempo médio de 42 segundos e 20 centésimos. No grupo B 66,7% dos idosos realizaram a tarefa com facilidade e 33,3% com dificuldade, tendo como tempo médio do grupo para a realização do teste 41 segundos 13 centésimos. E, no grupo C 100% realizaram com facilidade com um tempo médio de 55 segundos e 05 centésimos.

    Apesar dos indivíduos da pesquisa realizarem programa de atividade física orientada, e exercícios que promovem o fortalecimento dos membros inferiores, na qual contribuem para promover uma melhora significativa na realização de seus afazeres diários, 20% dos idosos realizaram a tarefa com dificuldade, isto se explica, segundo Pedrinelli, Garcezleme e Nobre (2009), que as alterações fisiológicas que ocorrem no aparelho locomotor devido ao processo de envelhecimento, como a perda da massa muscular, a perda do equilíbrio corporal, onde acontece à diminuição da massa óssea e a osteoporose, causam limitações às atividades físicas diárias dos idosos, comprometendo sua qualidade de vida e o tornando mais frágil e dependente.

Quadro 03. Demonstrativo referente ao teste de subir degraus

    No de teste de subir degraus, todos os idosos da pesquisa realizaram a atividade. 86,5% dos idosos o fizeram com facilidade e 23,5% realizaram com dificuldade. A altura média para a realização da prova pelo grupo foi de 53,8 centímetros. No grupo B 58,4% realizaram o teste com facilidade e 41,6% com dificuldade. A altura média para a realização da prova pelo grupo foi de 50 centímetros. E no grupo C 100% realizaram com facilidade atingindo altura média de 45 centímetros.

    Analisando os resultados, percebe-se o declínio no que se refere à realização da atividade com dificuldade entre o grupo A e B, que para Pedrinelli, Garcez-leme e Nobre (2009), isso ocorre devido a diminuição na capacidade de promover torque articular rápido e necessário às atividades que se requerem a força moderada, como, elevar-se da cadeira, subir escadas e manter o equilíbrio ao evitar obstáculos. Isso, além de causar maior dependência do individuo pode facilitar as quedas, lesões, decorrente dela pode ter efeito devastador na independência do individuo em sua qualidade de vida.

Quadro 04. Demonstrativo referente ao teste de subir escadas

    No de teste de subir escadas todos os idosos conseguiram realizar a atividade. No grupo A 82,4% dos idosos fizeram o teste com facilidade, e 17,6% realizaram com dificuldade, tendo como tempo médio para a realização da prova 9 segundos 10 centésimos. No grupo B 50% realizaram com facilidade e 50% com dificuldade, com tempo médio para a realização da prova 10 segundos 08 centésimos. E no grupo C 100% realizaram com dificuldade tendo tempo médio de 12 segundos e 26 centésimos.

    O quadro representado apresenta uma diferença entre o grupo A para o grupo B em relação à realização da atividade com dificuldade. Saba (2006), diz que entre os aspectos visíveis do envelhecimento, a determinação do sistema locomotor é um dos mais incômodos e um dos que mais atrapalham a qualidade de vida do idoso. O esqueleto e a musculatura de homens e mulheres acima dos 55 anos de idade ficam vulneráveis a um conjunto de problemas crônicos e eventuais. O exercício físico regular pode atuar contra esses problemas de forma preventiva e curativa.

Quadro 05. Demonstrativo referente ao teste de levantar-se do solo

    No de teste de levantar-se do solo, todos os idosos conseguiram realizar a tarefa solicitada. Para o grupo A 64,8% dos idosos fizeram com facilidade e 35,2% realizaram com dificuldade. O tempo médio para a realização da prova pelo grupo foi de 26 segundos 20 centésimos. No grupo B 50% dos idosos realizaram com facilidade e 50% com dificuldade. O tempo médio para a realização da prova pelo grupo foi de 09 segundos 60 centésimos. E no grupo C 100% realizaram com dificuldade tendo um tempo médio de 14 segundos e 35 centésimos. Saba (2003) justifica o declínio de realização da atividade com dificuldade dos idosos do Grupo A para o Grupo B, afirmando que estudos com pessoas saudáveis acima de 60 anos indicam que os idosos perdem de 1% a 2% da sua força muscular por ano.

Quadro 06. Demonstrativo referente ao teste de habilidades manuais

    No de teste de habilidades manuais realizado pelos idosos, todos os idosos conseguiram realizar a tarefa solicitada. No grupo A 70,6% deles o fizeram com facilidade e 29,4% realizaram com dificuldade, tendo como tempo médio para a realização da prova 26 segundos 20 centésimos. No grupo B 25% realizaram com facilidade e 75% com dificuldade, tendo como tempo médio 25 segundos 16 centésimos para a realização da prova. E, no grupo C 100% realizaram com dificuldade tendo tempo médio de 39 segundos e 31 centésimos.

    O demonstrativo apresenta grande dificuldade na realização do teste por parte dos participantes do grupo B, no qual Assis e Rabelo (2006), explicam que o tecido conjuntivo torna-se mais rígido e as articulações menos móveis. A massa óssea diminui aproximadamente em 10% do seu pico até os 65 anos, e cerca de 20% em torno dos 80 anos.

Quadro 07. Demonstrativo referente ao teste de calçar meias

    No teste de calçar meias, pode-se apontar que todos os idosos realizaram as atividades proposta no teste. Os idosos do grupo A 66,5% deles fizeram com facilidade e 23,5% realizaram com dificuldade. O tempo médio para a realização da prova pelo grupo foi de 07 segundos 28 centésimos. No grupo B 33,4% realizaram com facilidade e 66,6% com dificuldade. O tempo médio para a realização da prova pelo grupo foi de 08 segundos 28 centésimos. E no grupo C 100% realizaram com facilidade tendo um tempo médio de 11 segundos e 08 centésimos. Os indivíduos que mostraram dificuldade em relação à realização do teste se encontram em uma faixa etária de maior idade, segundo Souza (2008), com o passar do tempo e com a vinda do envelhecimento as articulações sofrem alterações.

Escala de auto percepção do desempenho em atividades da vida diária

    A escala de auto percepção de desempenho em atividades da vida diária (AVD) tem por objetivo avaliar a percepção que os idosos possuem sobre sua capacidade funcional

Quadro 08. Demonstrativo referente ao nível de capacidade funcional dos idosos

    O quadro acima apresenta os resultados referentes ao nível da auto percepção de desempenho em atividades da vida diária dos idosos, na qual se verifica que o nível de percepção de desempenho em atividades da vida diária dos idosos encontra-se da seguinte maneira: no Grupo A 17,6% dos idosos estão classificados no nível de percepção de capacidade funcional Média, 47,2% dos idosos em nível de percepção de capacidade funcional “boa”, e 35,2% no nível de percepção de capacidade funcional “muito boa”. Em relação à avaliação da auto percepção do desempenho em atividades da vida diária, a média de pontos obtida pelo Grupo A foi 122,9 pontos (DP= 20,51) com valores médios que variaram de 87 a 148. Esses resultados classificam o grupo em uma percepção do desempenho em atividades da vida diária “Boa”. A média de idades do Grupo A encontra-se em 64,9 anos, apresentando um desvio padrão de 2,50 anos, com valores variando entre 61 a 69 anos. No grupo B 8,4% dos idosos se classificaram em nível de percepção de capacidade funcional “média”, 50% em nível de percepção de capacidade funcional “boa”, e 41,6% com nível de percepção de capacidade funcional “muito boa”. Em relação à avaliação da auto percepção do desempenho em atividades da vida diária, a média obtida pelo grupo foi 118,7 (DP= 21,93) os valores médios variaram de 80 a 155. Esses resultados classificam o grupo em uma percepção do desempenho em atividades da vida diária “boa”. A média de idades do grupo B é igual á 73,8 anos com um desvio padrão de 2,51 anos, com valores variando entre 70 a 79 anos. O Grupo C que é composto por um individua com 83 anos de idade atingiu um total de 134 pontos, classificando este individuo com uma auto percepção do desempenho em atividades da vida diária “muito boa”. Através dos dados obtidos pela presente pesquisa aponta-se que de maneira geral os idosos possuem uma classificação da auto percepção do desempenho em atividades da vida diária “boa e muito boa”. Conforme Assis e Rabelo (2006) o corpo humano foi feito para o movimento, não para o descanso. O sistema cardiovascular, o metabolismo, ossos, articulações e músculos estão fisicamente adaptados a realizar diretamente atividades em qualquer idade. Igualmente, a mesma autora, aborda que os benefícios que os exercícios podem promover em qualquer nível, se constroem progressivamente por uma prática contínua e sistemática.

Escala de auto percepção de bem estar PAAF-GREPEFI

    A escala de Auto Percepção de bem-estar, se destina a identificar as percepções que os idosos têm sobre seu bem-estar e a partir desses resultados, pode-se identificar como os idosos têm se sentido num determinado período de tempo, seja antes de iniciar um programa de atividade física, seja durante ou após a sua participação nele.

    Escala de auto percepção: ela apresenta 29 itens, e cada item é avaliado segundo uma escala de 03 pontos, a saber: a) Não sinto isto (02 pontos); b) Sinto isto de vez em quando (01 ponto); c) Sinto isto sempre (0 ponto). Resultado: o escore total é obtido somando-se os pontos dos 29 itens e pode variar de 0 a 58. Quanto mais elevado o escore mais positiva é a percepção de bem estar do idoso.

Gráfico 02. Escala de auto percepção de bem estar

    No gráfico 02, o objetivo foi apresentar qual é a real percepção de bem estar que os idosos possuem em relação à sua prática de atividade física orientada, que é desenvolvida 03 (três) vezes por semana, durante 01 (uma) hora. Considerando que o resultado do número 58 equivale a 100%, ou seja, o idoso que totalizar 58 pontos estará no pico máximo de bem estar, ou quanto mais elevado for o resultado, melhor é sua condição de bem estar. Pode-se observar no gráfico, que todos os idosos atingiram um percentual de Bem-estar acima de 50% levando em consideração que o escore final é 58. Sendo assim, podemos dizer que em relação a sua auto-estima, esses idosos se encontram mais dispostos e com sua auto-estima mais elevada, na qual podemos inferir que o programa de atividade física orientada pode ter contribuído para a melhora da auto-estima dos idosos. Benedetti (2003, p.73) expõe que a “participação em grupos de atividade física orientada traz sentimentos positivos em relação ao próprio corpo, níveis mais altos de auto-estima e “competições saudáveis” geradas dentro do grupo”.

Conclusão

    Pode-se inferir que em relação à Bateria de Testes de Atividades da Vida Diária os idosos participes dessa pesquisa mostraram-se suscetíveis ao sucesso na realização das atividades, conseguindo executá-las de forma independente, aparecendo poucos idosos que realizaram a atividade apresentando um pouco de dificuldade. Dessa maneia, é possível apontar que os idosos participantes do programa de atividade física orientada de Luiziana-PR encontram-se capacitados para a realização das atividades diárias, sendo os resultados alcançados por eles dentro dos padrões de sociedade brasileira; ou seja, apresentam decréscimo em relação à idade apresentada.

    Quanto à análise referente ao questionário de avaliação de Auto Percepção das Atividades da Vida Diária, verificou-se que os idosos possuem classificação da auto percepção do desempenho em atividades da vida diária classificada como “boa” e “muito boa”.

    Na Escala de Auto Percepção de Bem Estar identificou-se que todos os idosos atingiram pontuação acima de 50, levando em consideração que o escore final é 58 pontos. Sendo assim, pode-se dizer que eles se encontram com níveis elevados em relação ao seu bem estar, na qual, isso pode proporcionar uma melhora na autoestima pessoal.

    Pode-se concluir que por meio do presente estudo os idosos participantes do programa de atividade física orientada confirmam a hipótese inicial, onde se constatou que o programa pode proporcionar mudanças em relação ao bem estar e auto-estima, bem como a manutenção da realização de atividades diárias de forma independente, no qual o presente estudo deverá ser apresentado para a Secretaria de Saúde do município, a fim de apontar a importância da manutenção do projeto no município.

Referências

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