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As práticas diante do assédio moral

Las prácticas frente al acoso moral

 

Graduanda em Psicologia pela Faculdade de Saúde Ibituruna

(Brasil)

Karen Hanna Fagundes Coutinho

karenhannacoutinho@hotmail.com

 

 

 

 

Resumo

          Esta pesquisa tem por objetivo identificar quais são as atitudes tomadas pelas organizações diante do assédio moral, quais os fatores que agravam a saúde mental dos trabalhadores e o que fazem com que os líderes tratem de forma agressiva e violenta os seus subordinados. A partir destes resultados, conclui-se que o assédio moral vem crescendo e atingindo uma grande parcela da população.

          Unitermos: Assédio moral. Psicologia organizacional. Práticas.

 

Abstract

          This research aims to identify what are the actions taken by organizations in the face of bullying, what factors aggravate the mental health of workers and what they do with that leaders treat aggressively violent and his subordinates. From these results, we conclude that bullying is growing and reaching a large portion of the population.

          Keywords: Bullying. Organizational psychology. Practices.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 176, Enero de 2013. http://www.efdeportes.com/

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    O assédio moral caracteriza-se por situações humilhantes e constrangedoras submetidas durante a jornada de trabalho. Entretanto há vários tipos de assédio moral, os mais comuns são o vertical que parte de alguém que possui autoridade e o horizontal que é praticado pelos colegas de trabalho. As vítimas mais frequentes de assédio moral são as mulheres, pessoas acima de 40 anos, pessoas adoecidas e pessoas sem estudo. Como diz Hirigoyen (2000) “as empresas são complacentes em relação aos abusos de certos indivíduos desde que isso possa gerar lucros e não dê motivos a um excesso de revolta”. Por isso estas vítimas ficam vulneráveis e são alvos fáceis. O assédio moral no trabalho causa consequências nocivas à saúde mental das pessoas, desestabilizando-as.

    Para maior compreensão do assunto e entendimento das práticas corporativas diante do assédio moral foi realizada uma entrevista com psicólogos, gestores e advogados. Com o conhecimento dos profissionais e com as dados bibliográficos foram analisados os materiais coletados e elaborada uma conclusão. Foi constatado que o assédio moral é um processo de humilhação e manipulação psicológica. São práticas ilícitas para obter vantagem e conseguir algo que se deseja. Quando perguntado sobre quais práticas adotar diante do assédio moral, um dos gestores entrevistado sugere que o assediado aja no momento da primeira agressão, mas se o problema persistir é a hora de envolver outras pessoas, dar visibilidade e romper com o silêncio, diferentemente de outro gestor que acredita ser mais viável informar ao superior imediato, mas ressalta que caso seja ele o agressor, deve-se ter testemunhas e ai sim informar ao diretor da empresa. Juridicamente, de acordo com o advogado entrevistado, o assediado deve procurar a Delegacia Regional do Trabalho, lavrar um boletim de ocorrência e constituir provas através de testemunhas acerca do assédio sofrido. Os traumas provenientes do assédio moral são inúmeros. O psicólogo entrevistado relata que em casos extremos o assediado pode ter síndrome do pânico e sofrer de crises depressivas.

    À empresa cabe o papel de punir o assediante. Conforme relatado pelo advogado, a empresa deverá arcar com o pagamento de indenização ao assediado por danos morais além das verbas rescisórias. Já o gestor acredita que cabe ao assediante, e não a empresa, reparar o dano patrimonial e moral do assediado. O assediante poderá também, de acordo com o gestor e o advogado, ser demitido por justa causa da empresa onde trabalha.

Conclusão

    Concluiu-se que devido à globalização e os avanços tecnológicos, acontecem mudanças rápidas no mercado e por isso as organizações precisam estar preparadas para atender as demandas exigidas pelo mercado. Cada vez mais os colaboradores das organizações sofrem pressões por resultados, seja por seu superior imediato ou mesmo pelos colegas de trabalho, para que possam alcançar as metas estabelecidas pelas organizações. Mas em contra partida as organizações vem desempenhando uma valorização pelo componente humano. Chiavenato (2002, pág. 117) faz um comentário oportuno a este respeito: “uma tendência nas organizações para a valorização do componente humano, ou seja, os trabalhadores passam a ser parceiros de negócios, reconhecidos como uma das maiores vantagens competitivas para o melhor desempenho delas”. Diante destas informações fica claro que organizações e colaboradores unidos e com ferramentas adequadas combaterá mais facilmente o assédio moral.

Referências

  • CHIAVENATO, I. (2002). Recursos Humanos. Edição compacta. São Paulo: Atlas.

  • HIRIGOYEN, Marie-France. Assédio moral: a violência perversa no cotidiano. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 2000. 223 p.

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