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A prática docente de Educação
Física na educação infantil: La práctica docente de Educación Física en la educación inicial: un informe sobre la experiencia supervisada II |
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Universidade Estadual do Rio Grande do Norte – UERN Campus Avançado Profa. Maria Elisa de Albuquerque Maia - CAMEAM Pau dos Ferros – RN |
Regina Sheelly da Silva Paiva (Brasil) |
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Resumo O presente artigo tem como objetivo relatar as experiências das práticas docentes, que foram realizadas durante o estágio supervisionado II na disciplina de Educação Física, na escola privada Universidade Colégio e Curso na cidade de Pau dos Ferros/RN. Não deixando de relatar que é durante o período de estágio que o discente terá a oportunidade de assimilar a teoria e a prática, aprender as peculiaridades e conhecer a realidade da profissão que escolheu. Tendo em vista, que a aprendizagem é muito mais eficaz quando é adquirido por meio de experiências, pois é um processo indispensável para um profissional que deseja estar bem preparado para enfrentar os desafios de uma carreira. O estágio, tem o intuito de proporcionar uma maior vivência dos jogos visando à formação e desenvolvimento integral do aluno através do lúdico como meio educacional. A problemática central do planejamento e norte com que os conteúdos iriam ser trabalhados, que foram diagnosticados por meio das observações foi a inclusão durante as aulas, fator que iria estabelecer uma contribuição de experiência na prática docente que seria executada. Unitermos: Práticas docente. Educação Física. Estágio. Jogos.
Resumen Palabras clave: Prácticas de enseñanza. Educación Física. Prácticas. Juegos.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 176, Enero de 2013. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
No decorrer do curso e da formação para tornarmos profissionais preparados para a ação docente, o Estágio Supervisionado II vem como um aliado para esse processo de aprendizagem que é indispensável a um profissional que deseja estar preparado para enfrentar os desafios de uma carreira, tendo assim possibilidade e oportunidade de assimilar a teoria e a prática da profissão, pois, o aprendizado se torna mais eficaz quando é adquirido por meia da experiência vivida.
“O estágio é o eixo central na formação de professores, pois é através dele que o profissional conhece os aspectos indispensáveis para a formação da construção da identidade e dos saberes do dia-a-dia”. (PIMENTA e LIMA, 2004).
Por esta razão, é de suma importância destacar que o Estágio Supervisionado II foi desenvolvido na Educação Infantil, na escola privada Universidade Colégio e Curso, no 1º ano do Ensino Fundamental I tendo como objetivo uma vivência na prática da ação docente no curso de Educação Física do CAMEAM/UERN. Para Guerra (1995) o Estágio Supervisionado consiste em teoria e prática tendo em vista uma busca constante da realidade para uma elaboração conjunta do programa de trabalho na formação do educador. Este “possibilita ao graduando desenvolver a postura de pesquisador, despertar a observação, ter uma boa reflexão crítica, facilidade de reorganizar as ações para poder reorientar a prática quando necessário” (KENSKI, 1994:11 citado por LOMBARDI, 2005).
Durante esta fase de estágio é possível perceber a grande importância da aprendizagem nessa fase de desenvolvimento infantil, é nela que a criança começa a desenvolver a sua formação e construção do conhecimento, propiciando sentido e significado no seu cotidiano por meio da cultura infantil ao qual está inserido, onde está perceptível através de jogos, brincadeiras, lutas, entre outros.
É importante destacar que a criança ao ingressar na escola, a mesma traz consigo um breve conhecimento da cultura corporal, pois esse conhecimento é fruto adquirido e repassado de geração para geração, a partir das vivências que irão sendo adquiridas no meio social em que as vivem. FREIRE (1989), como maior divulgador da abordagem construtivista, e está fortemente baseado em Piaget, diz que quando a criança chega à escola ela possui vários conhecimentos, inclusive o corporal. Ela sabe correr, arremessar, chutar, etc.
Contudo, é importante destacar que é muito comum encontrarmos nas escolas no nosso município de Pau dos Ferros, professores polivalentes lecionando a disciplina de Educação Física, tornando assim algo desvalorizado com relação à educação proposta quando estamos estudando e se aprofundando de conhecimentos para tal disciplina. Vale salientar que para MENEZES (1987: 120-121): “Hoje, é preciso dar-lhe uma formação diferenciada. É preciso privilegiar o licenciado numa formação que lhe é específica, que tenha a ver com a função que ele vai desempenhar”.
Assim, no direcionamento de desenvolver um trabalho docente competente nos Anos Inicias do Ensino Fundamental I, foi necessária uma busca constante por subsídios teóricos e práticos, que dessem sustentação para um bom aprendizado docente, contudo optou-se por uma elaboração de um plano de ação para ser aplicado na Escola Universidade Colégio e Curso, contemplando o 1º Ano do Ensino Fundamental I, da cidade de Pau dos Ferros a fim de proporcionar uma maior vivência dos jogos visando à formação e desenvolvimento integral do aluno através do lúdico como meio educacional.
Para o desenvolvimento desse trabalho foi utilizado como metodologia o método qualitativo/descritivo e como corrente teórica a abordagem Construtivista de João Batista Freire. Segundo NEIRA, (2006), relata que como concepção de aprendizagem, o construtivismo é uma corrente teórica que compreende os aspectos necessários para o trabalho com os conteúdos atitudinais, procedimentais e conceituais mobilizados pelas atividades.
2. Referencial teórico
O trabalho que será descrito ocorreu durante as aulas do 1º ano do Ensino Fundamental I na escola Universidade Colégio e Curso da cidade de Pau dos Ferros/RN. O mesmo consistiu em várias etapas como, escolha da instituição para estágio, observação e a execução das atividades em sala de aula, que serão descritas sucintamente neste trabalho. A primeira etapa consistia na escolha da instituição onde seriam feitas as observações e as intervenções através das ações que iria desenvolver durante a fase de estágio. Nessa fase seria necessário o contato direto com a equipe pedagógica da escola, tendo uma base teórica já pré-estabelecida para que norteasse as observações que seriam desenvolvidas na etapa seguinte. Depois das observações feitas, das quais mim proporcionaram uma aproximação maior com a realidade escolar, um reconhecimento do contexto ao qual estariam inseridos as aulas de Educação Física, o conhecimento do ambiente estrutural da escola e as possíveis dificuldades a serem trabalhadas durante o Estágio Supervisionado II.
Tendo em mãos todos esses dados adquiridos, foram elaborados os planejamentos para as possíveis intervenções de acordo com a realidade escolar, procurando trabalhar com base em uma problemática para que houvesse um bom resultado com relação aos objetivos que seriam desenvolvidos.
A escola acima citada é uma instituição particular que atende uma população de classe média, com ensino de Maternal até o 9º ano do Ensino Fundamental II. As aulas foram desenvolvidas na turma do 1º ano, uma turma mista que contava com o número de 18 crianças sendo que uma era portadora de necessidades especiais, nas quais as aulas seriam ministradas com o objetivo de se obter a inclusão durante esse processo, que segundo Gallahue (2008), a criança portadora de necessidades especiais físicas, mentais ou emocionais devem receber a oportunidade de participar do programa de Educação Física, a menos que suas necessidades só possam ser atendidas através de um programa especialmente projetado, como prescrito por seu Programa de Educação Individualizada (IEP). Sendo assim, a aluna participaria das atividades de forma assídua para melhor interação com a turma, a fim de proporcionar um ambiente de convivência mútua, além de procurar despertar no aluno a cooperação com os demais.
Seguindo a linha de pensamento de Freire (1997), com relação ao papel pedagógico, a Educação Física deve atuar como qualquer outra disciplina da escola e não desintegrada dela. As habilidades motoras precisam ser desenvolvidas, sem dúvidas, mas deve estar claro quais serão as conseqüências disso do ponto de vista cognitivo, social e afetivo. Foi perceptível durante o desenvolvimento das aulas no estágio, que há uma falta desse conhecimento, pois a escola nas séries iniciais não apresenta um horário certo para a prática de atividades física, apenas os alunos eram levados para o parque para que pudessem vivenciar algumas atividades de recreação lá.
Para Freire (1997) a escola, entre outras instituições, cumpre o papel de formar crianças para exercerem funções na sociedade. Uma sociedade que queira ser livre não deveria conceber uma Educação que restrinja a liberdade das pessoas, ou seja, a escola deve oferecer a criança diversas experiências de aprendizagem através dos conteúdos que serão ministrados.
Para tanto, deve ser levado em consideração à importância das aulas de Educação Física por proporcionar o desenvolvimento integral do aluno através do corpo e mente. Possibilitando a construção de um ser autônomo e criativo, capaz de integrar na sociedade como um ser social e afetivo.
Ainda na fase de observação foi possível detectar que a maior dificuldade encontrada e que seria a problemática da inclusão nas aulas de Educação Física, na qual a criança com necessidade especial teria que participar ativamente das atividades desenvolvidas durante a fase de estágio. A referida aluna é portadora de paralisia cerebral apresentando quadriparesia que é o comprometimento de todos os quatros membros, necessitando do auxílio de uma cadeira de roda para se locomover, mas nada que pudesse ficar sem participar das atividades, em todas a mesma participou com muito prazer e com ajuda dos colegas.
Segundo Rizzo & Lavey (2000), crianças não podem ser excluídas de um programa de Educação Física por causa de uma deficiência, seja temporária ou permanente, leve ou aguda, singular ou múltipla. Sempre que possível, elas devem ser incluídas na aula regular de Educação Física.
O conteúdo escolhido para ser desenvolvido durante a intervenção foi os jogos tradicionais, cooperativos, de socialização e motores, que segundo o pensamento de Freire (1997) diz que não é que a Educação Física e o jogo sejam a única solução para os problemas pedagógicos, mas diante das características da criança na primeira infância, não há por que não valorizá-los. Sendo assim, se o contexto for significativo para a criança, o jogo, como qualquer outro recurso pedagógico, tem conseqüências importantes em seu desenvolvimento.
Foram desenvolvidos durante as aulas os jogos acima citados para que no momento das atividades os permitissem conhecer as capacidades, limites e potencialidades não só individual, mas do grupo por inteiro, fato muito importante para desenvolvimento social da criança, já que todas participavam ativamente e com interação entre os mesmos. Esses jogos de socialização e cooperação podem ser representados por Tonioli (2009) que fala dos jogos como meio de socialização de crianças, pois acredita que as melhores atividades para a promoção de trabalhos em grupo na primeira infância, não são os que estimulam a competição, mas sim a cooperação.
É de suma importância destacar que a proposta utilizada tinha como maior finalidade a formação e o desenvolvimento integral do aluno através de atividades lúdicas que proporcionasse prazer e desenvolvesse no aluno a sua criatividade.
Para Haetinger (2005) o jogo é a atividade mais importante para a educação de qualidade. Pois o lúdico é essencial para uma melhor formação da criança, haja vista que elas fortalecem o relacionamento social e as vivências no ambiente escolar.
Durante as aulas ministradas foi possível observar que as crianças participavam assiduamente, pois algumas atividades já eram de conhecimento dos mesmos o que facilitava no desenvolvimento, e se tratando das novas, as mesmas tinham muita curiosidade para que se desenvolvesse logo, tendo o interesse e envolvimento total da turma . Segundo Freire (1997) o conhecimento do mundo da criança nesse período depende das relações que ela vai estabelecendo com os outros e com as coisas. Sendo assim, é importante para o desenvolvimento da criança que ela além das suas experiências já preestabelecidas elas possam está aberta para novas aprendizagens, já que estão em uma fase de adquirir novos conhecimentos para a construção do seu eu como ser social.
Um fator muito importante durante o estágio foi à escolha da melhor metodologia a ser aplicada, para que fosse possível obter um bom desempenho durante o estágio, outro fator importante foi o desenvolvimento de um trabalho coletivo entre estagiário e professor, onde houve uma constante troca de conhecimentos afim de um resultado de qualidade, como também o entrosamento de estagiário e alunos no qual facilitou para que pudesse chegar ao fim e ter os objetivos alcançados.
3. Conclusão
Ao final deste trabalho, tenho como intenção principal apresentar, que as situações ocorridas durante as aulas e seu planejamento andam juntos, uma norteia a outra para que no final ocorra de forma positiva o resultado dos objetivos desejados. Que com relação ao meu estágio pude perceber que houve um empenho primordial durante o decorrer do mesmo, afim de quando chegasse no final pudesse perceber o quanto foi prazeroso participar ativamente da ação docente, já que estamos nos preparando para tornarmos profissionais qualificados na área de Educação Física Escolar.
É de suma importância salientar, o quanto é importante à presença de um Educador Física na Educação Infantil, proporcionando as crianças um desenvolvimento qualificado, quando se tratando da cultura corporal, onde será englobando à construção de um ser criativo e social perante a sociedade em que está inserido, através de atividades lúdicas o que tornará mais diversificado esse trabalho.
Para Freire (1997) o mais importante e fundamental é que a criança não seja privada da Educação Física a que tem direito.
Vale salientar, que por traz de algumas dificuldades surgidas o mais importante, é que pude perceber o quanto foi prazeroso a minha presença durante a fase de estágio, no qual, professor e alunos mim transmitiam quando da minha presença em sala de aula, além de através do processo contínuo na qual mim inseri detectei que foi possível presenciar maior possibilidade de inclusão e cooperação entre os demais ali, na qual fiz minha intervenção.
Freire (2007) mostra que ensinar não é transferir conhecimento, mas criar as possibilidades para a sua produção ou a sua construção, e nas condições de verdadeira aprendizagem os educandos vão se transformando em reais sujeitos da construção e da reconstrução do saber ensinado, ao lado do educador, igualmente sujeito do processo.
Referências
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BONELA, L. A, PAULA, A. H, SOUZA, J. C. A. A Importância do Estágio Supervisionado na Formação do Profissional de Educação Física: uma visão docente e discente. Movimentum - Revista Digital de Educação Física - Ipatinga: Unileste - MG - V.2 - N.2 - Ago. dez. 2007.
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DE LA TAILLE, Y. DANTAS, H. OLIVEIRA, M. K. Piaget, Vygotsky, Wallon: teorias psicogenéticas em discussão. São Paulo: Summus, 1992.
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GALLAHUE, David L., Educação Física desenvolvimentista para todas as crianças. 4.ed. – São Paulo: Phorte, 2008.
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GALVÃO, Zenaide. Relato de experiência: A construção do jogo na escola. Motriz – volume 2. Número 2. Dezembro/1996.
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ITO, Thomas Guido. Socialização nas aulas de Educação Física: um relato de experiência do planejamento docente. Natal: UFRN/PAIDEIA/MEC,2006, v. 2, p. 7 – 29.
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NEIRA, Marcia Garcia. Educação Física: desenvolvendo competências. 2.ed. – São Paulo: Phorte, 2006.
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NETO, Samuel de Souza. A formação profissional como campo de estudo. 1999, FE – USP.
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