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Conhecimento dos profissionais de enfermagem
sobre os sinais e sintomas de parada cardiorrespiratória

El conocimiento de los profesionales de enfermería sobre las señales y síntomas de paro cardiorrespiratorio

 

*Enfermeiro especialista em Enfermagem em Cardiologia e Docência do Ensino Superior

pela Faculdade de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho de Montes Claros

Especialista em Saúde Pública pelas FIP-Moc

**Enfermeiro graduado pelas Faculdades de Saúde

e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho de Montes Claros

***Enfermeira, Doutoranda em Ciências da Saúde pela Universidade Estadual de Montes Claros

Docente das Faculdades Unidas do Norte de Minas e da Universidade Estadual de Montes Claros

****Enfermeiro Especialista em Enfermagem em Cardiologia e Suporte Avançado de Vida

pela Faculdade de Saúde e Desenvolvimento Humano Santo Agostinho de Montes Claros

*****Enfermeira, com especialização (Lato Sensu) em formação

em Urgência e Emergência com Ênfase em Terapia Intensiva pelas FIP-Moc

******Enfermeira, com especialidade Enfermagem em UTI

pela Faculdade Luíza de Marillac- São Camilo do Rio de Janeiro

*******Enfermeira, Mestre em Ciências da Saúde

pela Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

Ricardo Soares de Oliveira*

José Selviano Oliveira**

Leila das Graças Siqueira***

Igor Monteiro Lima Martins****

Edna Maria de Souza Oliveira*****

Daniella Fagundes Souto******

Simone Guimarães Teixeira Souto*******

rickenfermeiromoc@yahoo.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Estudo teve por objetivo analisar o conhecimento dos profissionais da equipe de enfermagem sobre os sinais e sintomas da parada cardiorrespiratória (PCR) em pacientes assistidos em âmbito de terapia intensiva. Trata-se de uma revisão sistemática, em que foram consultadas as bases SCIELO, LILACS e BDENF no período de 2005 a 2010. Os resultados permite constatar que a maioria dos artigos analisados avaliava-se o conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre PCR relacionados a pratica de educação continuada em serviço através de pré e pós teste; Além disso, constatou-se que a produção e publicação relacionadas aos conhecimentos da equipe de enfermagem sobre PCR foi numericamente pequena para cinco anos de estudo, mas, verificou-se a importância de uma equipe capacitada para atuação na PCR para atuar de forma concisa e consciente da atividade a ser desenvolvida. Concluiu-se a necessidade de aumentar os estudos voltados ao conhecimento da equipe de enfermagem bem como o investimento em programas de capacitação e treinamentos rotineiros para esses profissionais.

          Unitermos: Parada cardiorrespiratória. Equipe de enfermagem. Unidade de terapia intensiva. Conhecimento. Assistência de enfermagem.

 

Abstract

          Study aimed at analyzing the knowledge of professional nursing staff about the signs and symptoms of cardiopulmonary arrest (CPR) in patients attended in intensive care context. It is a systematic review, in which the bases were consulted SCIELO, LILACS and BDENF the period 2005 to 2010. The results show that most of the articles analyzed by assessing the knowledge of nursing practice on CRP-related continuing education in service through pre and post test; In addition, it was found that the production and dissemination of knowledge related to nursing staff on CRP was numerically small for five years of study, but there was the importance of a capable team to work in the PCR to act in a concise and aware of the activity to be developed. The conclusion was the need for studies aimed at increasing the knowledge of the nursing staff as well as investment in training programs and training routine for these professionals.

          Keywords: Cardiopulmonary arrest. Nursing staff. Intensive care unit. Knowledge. Nursing assistance.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 175, Diciembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A parada cardiorrespiratória (PCR) é definida de acordo com Kouwhernhoven (1960) como ausência súbita de ventilação espontânea e pulso em grandes artérias, acompanhados de perda da consciência em um mesmo indivíduo ao mesmo tempo e que a reanimação cardiorrespiratória - RCR- consiste em um conjunto de medidas usadas com a finalidade de recuperar as funções cardiocirculatórias, respiratória e cerebral. Recorre-se a Évora (1995) para afirmar que seus princípios fundamentais que a reanimação cardiorrespiratória - RCR consistem no pronto restabelecimento da circulação por meio de compressões torácicas externas e a instauração de respiração artificial a fim de ventilar os pulmões e manter a oxigenação do cérebro e de outros órgãos vitais.

    Silva e Padilha (2001) afirmam que a PCR em si não representa um indicador de má qualidade da assistência, mas o nível de gravidade em que o paciente encontra-se, uma vez presente, a chance de sobrevivência depende, em grande parte, da aplicação imediata, adequada e segura das manobras de reanimação que precisam ser instituídas prontamente com a finalidade de restaurar as funções vitais e conseqüentemente evitar lesão cerebral irreversível. Sendo que, independente do local de atuação, o enfermeiro e sua equipe deve estar preparado para atender uma situação de PCR.

    O desejo de abordar esta temática para estudo surgiu a porta da experiência de um dos pesquisadores em um estágio como técnico em enfermagem, onde pode observar em diversos setores pacientes com o quadro PCR, o que chamou a atenção do mesmo para as urgências e emergências e, ainda observou que a equipe de enfermagem se inteirava com os pacientes, mas não atentava aos sinais e sintomas, sendo que, estes são fundamentais à um serviço de qualidade e principalmente porque aumenta a probabilidade de sucesso do procedimento, surgindo assim o seguinte problema de pesquisa: Qual o nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem associados a parada cardiorrespiratória de acordo com as publicações disponíveis no período de 2005 a 2010 nas bases de dados da LILACS, SCIELO e BDENF?

    Estudar as publicações disponíveis referentes ao nível de conhecimento da equipe de enfermagem em PCR é de fundamental importância, pois, o enfermeiro e sua equipe são de fundamental importância para reverter o quadro clínico, uma vez que a enfermagem fica em constante contato com o paciente. (ZANINE, 2006).

    Recorre-se também aos estudos de Cummins (1991) para descrever que durante os últimos 50 anos, com a introdução das manobras de RCR, tem sido aprimorados e desenvolvidos princípios rigorosos padronizados de atendimento à parada cardiorrespiratória e emergências cardiovasculares por meio de inúmeras pesquisas realizadas por grandes centros entre os quais estão a Associação Americana de Cardiologia (American Heart Association – AHA), o Colégio Americano de Cirurgiões (American College of Surgeons), a Sociedade Americana de Anestesiologistas (American Society of Anesthesiologists), o Conselho Europeu de Ressuscitação (European Resuscitation Council); Entretanto, é a Aliança Internacional dos Comitês de Ressuscitação (ILCOR), que reúne os principais comitês mundiais de ressuscitação, pois, possui um grupo tarefa denominada Utstein que não mede esforços no desenvolvimento de documentos importantes para a elaboração de estratégias de ação perante uma PCR. Em 1996, foi constituído oficialmente o Conselho Latino-Americano de Ressuscitação (CLAR), que é um órgão integrado ao ILCOR. Em 1998, esse órgão uniu esforços aos da Fundação Interamericana de Cardiologia (FIC) na área de emergências cardiovasculares e da RCR. Nos dias atuais o CLAR constitui o Comitê Científico da FIC que participa ativamente desde 1999 no processo de elaboração das diretrizes internacionais de ressuscitação e o aprimoramento de programas de treinamento. A ILCOR promove a cada cinco anos conferências para revisar as diretrizes que norteiam o atendimento em reanimação cardiopulomonar (PALHARES, 2008).

    Fundamenta-se Council (2010) para afirmar que no dia 18 de outubro de 2010 a American Heart Association (AHA) publicou as novas diretrizes recomendando que os três passos da ressuscitação cardiopulmonar (RCP) sejam reordenados. O novo primeiro passo da RCP é aplicar compressões torácicas em vez de abrir primeiro as vias aéreas e aplicar as insuflações. As novas diretrizes se aplicam a adultos, crianças e bebês, mas excluem os neonatos. O formato anterior usava o A-B-C para designar Vias aéreas, Insuflações e Compressões. A nova forma usa C-A-B, para designar compressões, vias aéreas e insuflações. Considerando o contexto acima e as necessidades de atualizações na área de atendimento ao paciente vitima de PCR, recorre-se aos estudos de Bellan et al. (2010) onde demonstraram que a capacitação dos enfermeiros e sua equipe é extremamente relevante no restabelecimento hemodinâmico do paciente, pois, evidenciou-se em seus estudos que a equipe melhora o seu nível de acertos após a capacitação, onde descrevem que na análise de detecção da PCR percentuais de acerto próximos de 50% no pré teste com aumento de acertos consideráveis no pós teste, além disso, demonstra que a equipe apresenta maior nível de conhecimento na avaliação da inconsciência, ausência de respiração e de pulsos nas grandes artérias após o treinamento, o que reforça a elaboração de estratégias com enfoque adicional em capacitação e treinamentos, relacionada tanto aos sinais e sintomas quanto às manobras cardíacas.

    Nesse contexto estabeleceu-se como objetivo deste estudo identificar o nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem associados a parada cardiorrespiratória publicados na base de dados da LILACS, SCIELO e BDENF no período de 2005 a 2010, em relação ao tipo de produção e o ano de publicação, os diferentes periódicos que publicaram os artigos científicos, bem como seus objetivos.

Metodologia

    Trata-se de uma revisão bibliográfica que reuniu publicações sobre o nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem associados à parada cardiorrespiratória publicados nas bases de dados LILACS, SCIELO e Base de dados de enfermagem (BDENF).

    Para iniciar a busca das referências, utilizou-se os seguintes descritores em Ciências da Saúde: “Parada Cardiorrespiratória”, “Equipe de Enfermagem”, “Unidade de Terapia Intensiva”, “Conhecimento”, “Assistência de Enfermagem”. Sendo que, para a seleção dos artigos, estabeleceu-se como critérios de inclusão: publicações no idioma português; com textos disponíveis na íntegra e online com acesso livre, no período de 2005 a 2010.

    As buscas foram realizadas durante o mês de maio de 2011, nas bases de dados LILACS, SCIELO e BDENF que foram, primeiramente, catalogadas e analisadas segundo os tipos de estudo e análise do conteúdo descrito.

    Após a seleção, os trabalhos foram lidos, extraindo as principais informações e opiniões dos autores sobre o tema.

Resultados e discussões

    Nesta revisão de literatura sobre o nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem associados a parada cardiorrespiratória publicados na base de dados da LILACS, SCIELO e BDENF no período de 2005 a 2010, foram analisadas 15 referências, sendo que a distribuição quanto ao tipo de produção está apresentada na Tabela 1.

    Da base de dados SCIELO forma encontrados quarenta e um (41), porém, somente (5) cinco deles estavam disponíveis na íntegra, mediante a leitura foram excluídos trinta e seis (36) por não estarem de acordo com o assunto a ser discutido ou na forma de resumos. Já na BDENF foram encontradas trinta (31) publicações que interessavam, mas somente dois (2) foram usados na revisão. Na base de dados da LILACS, foram encontrados trezentos e vinte e um (321) trabalhos disponíveis, mas, apenas oito (08), dentre os dez (10) encontrados que foram usados na revisão e dois deles coincidiam com os encontrados na BDENF e SCIELO anteriormente. Sendo assim, apenas quinze (15) referências na forma completas obtidas junto as bases de dados propostas neste estudo.

Tabela 1. Distribuição do total das referencias sobre o Nível de Conhecimento da Equipe de Enfermagem Associado à 

Parada Cardiorrespiratória, segundo o tipo de produção, na base de dados LILACS, BDENF E SCIELO, de 2005 a 2010

    Os artigos no formato completo encontravam-se disponíveis na base LILACS e SCIELO, conforme apresenta a Tabela 1. Já em relação aos artigos da base BDENF, é importante ressaltar que, somente 02 referências foram encontradas abordando o tema proposto neste contexto, o que demonstra o pouco interesse pelo tema e a pouca colaboração por parte dos profissionais dessa classe.

Tabela 2. Distribuição dos tipos de periódicos sobre Conhecimento da Equipe de Enfermagem Associado à Parada 

Cardiorrespiratória, segundo o tipo de produção, na base de dados LILACS, BDENF e SCIELO, de 2005 a 2010

    Diante dos resultados deste estudo conforme mostra a Tabela 2, com exceção do ano de 2007, Sendo que o ano de 2009 foi o que apresentou o maior número de artigos publicados na integra com um total de cinco (5) ao ano, esse dado demonstra que o presente tema é ainda pouco abordado, discutido e publicado pelos profissionais da enfermagem ou da área da saúde. Afirmando a importância da necessidade em aprofundar e realizar estudos como o de Bertoglio (2008), em que descreve que geralmente são os profissionais de enfermagem os primeiros que respondem a PCR e iniciam as manobras de suporte básico de vida enquanto aguardam a equipe de suporte avançado chegar, daí a necessidade de abordar o nível de conhecimento dos mesmos.

Tabela 3. Distribuição de tipos de publicações sobre Conhecimento da Equipe de Enfermagem 

Associado à Parada Cardiorrespiratória, na base de dados LILACS, BDENF E SCIELO, de 2005 a 2010

    Considerando-se apenas os artigos publicados na integra segundo o tipo de periódico, pode-se constatar que dentre os 15 artigos encontrados neste levantamento que os mesmos foram publicados em 8 periódicos diferentes. Sendo que os periódicos com maior número de publicações sobre o tema foi a Revista Gaúcha de Enfermagem, com 4 publicações, Revista Brasileira de Terapia Intensiva, com 3 publicações e Arquivo Brasileiro de Cardiologia com 03 publicações, conforme demonstra a Tabela 3. E, cabe ressaltar que dentre os períodos publicados nesta base abordaram e destacaram resultados que avaliam o conhecimento da equipe de enfermagem no que se refere a identificação de uma PCR e ou a necessidade de formação continua do enfermeiro sua equipe no que refere-se aos resultado do profissional da enfermagem com o contato com o cliente com PCR.

Tabela 4. Distribuição das referências sobre Conhecimento da Equipe de Enfermagem Associado à 

Parada Cardiorrespiratória, segundo o objetivo da pesquisa, na base de dados LILACS, de 1982 a 2010

    Na Tabela 4 acima descrita estão apresentados os objetivos dos artigos disponíveis na integra que foram mais freqüentemente definidos nas publicações dos artigos/periódicos do total de 15 estudos ligados ao nível de Conhecimento da Equipe de Enfermagem Associado à PCR,

    Recorre-se as publicações dos estudos de Bellan et al. (2010) para descrever que a capacitação dos enfermeiros que foi foco do seu estudo é relevante no restabelecimento hemodinâmico do paciente, pois, evidenciou-se uma prevalência de acertos após a capacitação. Sendo que na análise de detecção da PCR os percentuais de acerto foram próximos de 50% no pré teste com aumento de acertos consideráveis no pós teste. O referido estudo constatou que depois do treinamento os enfermeiros pesquisados passaram a demonstrar conhecimento na avaliação da inconsciência, ausência de respiração e de pulsos nas grandes artérias. Entretanto, a ausência de consciência foi a alternativa menos assinalada pelos sujeitos da pesquisa confirmando ainda mais esta constatação, as Diretrizes-2005, definem que a inconsciência (não-responsividade) associada à ausência de movimentos e de respiração ou "gasping" determinam o diagnóstico de PCR e estabelecem o início das manobras de ressuscitação. Sendo assim os estudos de Bellan et al. (2010) permite concluir que existe uma relação entre capacitação dos profissionais de saúde e o consequente aumento do aprendizado desses profissionais, o que reforça a elaboração de estratégias com enfoque adicional em capacitação e treinamentos, relacionada tanto aos sinais e sintomas quanto às manobras cardíacas.

    Corroborando com os resultados do estudo anteriormente citado, Zanine et al. (2006), no que se refere a identificação de uma PCR, em seu estudo diz que 61,5% dos participantes deixaram de citar a inconsciência. Sendo que eram 26 os sujeitos da pesquisa, subdividindo em 7 enfermeiros, 3 técnicos e 16 auxiliares de enfermagem, deste, somente três enfermeiros relataram corretamente sendo assim o mesmo constata que para manter a equipe preparada foi no intuito de atuar em uma PCR deve-se realizar treinamentos e simulações periódicos.

    Os estudos de Almeida et al. (2011) ressaltam que a formação continua do enfermeiro é necessária para o conhecimento da equipe, pois, sabe que quanto menos freqüente os treinamentos menor a retenção do conhecimento/habilidades.

    Estudos de Lima et al. (2009) descrevem que o tenha sido, em última análise, melhorar o atendimento ao paciente em PCR. Foi observado no pré-teste que 60,4% dos participantes sabiam identificar corretamente os sinais clínicos de uma PCR, dado este discrepante do estudo relatado por Zanine et al. (2006), onde revelou que a maioria dos profissionais não reconhecia a importância de buscar a causa da PCR como uma forma não apenas de restaurar a circulação espontânea, como também de evitar novos eventos. Esses dados apontam para a falta de integração da equipe de saúde em conhecer a história clínica do paciente, seus diagnósticos já estabelecidos e a terapêutica que está sendo empregada.

    Outro estudo relevante refere-se ao estudo de Birnbaum e Cols. (1994), avaliaram o conhecimento de médicos e enfermeiros em Suporte Avançado de Vida (SAV) onde verificaram que 33% dos enfermeiros e 22% dos médicos não conseguiram identificar fibrilação ventricular - FV. Já, estudos de Granitoff (2003), avaliando 68 enfermeiras que atuavam principalmente em áreas críticas de hospitais privados, tendo a maioria completado o curso ACLS (Advanced Cardiac Life Support) há mais de 18 meses, observaram que a maioria delas (91,2%) nunca, ou quase nunca, realizou o procedimento da desfibrilação, mantendo apenas RCP básica até a chegada de médico.

    Gonçalves et al. (2010), avalia o desenvolvimento de uma proposta virtual sobre atendimento a RCP em recém nascidos, visando a capacitação dos graduandos em enfermagem, na qual o acesso ao ambiente virtual é realizado através de login e senha individualizados. Os módulos do ensino se referiam as seguintes temáticas: Módulo 1 - Fundamentos de anatomia e fisiologia cardíacas do recém-nascido; Módulo 2 - Fatores de risco para ocorrência da PCR no recém-nascido; Módulo 3 - Planejamento da assistência de enfermagem; Módulo 4 - Medicações empregadas na PCR no recém-nascido; e Módulo 5 - Atendimento da PCR no recém-nascido. A construção de um curso à distância num ambiente virtual de aprendizagem, organizando, planejando e propondo atividades, abre novas possibilidades de crescimento profissional. Segundo afirmação de Almeida et al. (2003) participar de um curso a distância significa mergulhar em um mundo onde a comunicação se dá essencialmente pela leitura da escrita do outro, pela expressão do próprio pensamento por meio da escrita.

    Sá et al. (2009) buscaram discutir em seu artigo os fatores facilitadores e dificultadores para atuação do profissional de enfermagem frente a RCP. Nos fatores dificultadores evidenciou a situação de precariedade das condições de trabalho verificando-se insuficiência qualitativa e quantitativa de materiais e equipamento e carência de profissionais treinados para atuarem em PCR. Como fatores facilitadores no atendimento em PCR cita o conhecimento técnico das equipes, as mudanças estruturais na enfermaria e a aquisição de novas camas e divisórias e a presença de profissionais com capacitação adequada e a experiência profissional.

Considerações finais

    Como limitação do estudo, ressalta-se o fato dos resumos, que foram selecionados previamente, não conterem as informações sobre as abordagens metodológicas e objetivas dos artigos.

    Por fim, os resultados deste estudo demonstram que as publicações sobre o nível de conhecimento dos profissionais de enfermagem associados a PCR publicados na base de dados da LILACS - Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde, SCIELO - Scientific Electronic Library Online e BDENF - Base de dados de enfermagem no período de 2005 a 2010 são poucas pesquisadas. Com isso, fica esboçado que há pouco interesse em relação ao assunto abordado, sendo que a PCR exige do profissional de saúde extrema concentração, agilidade e domínio das técnicas na tentativa de reduzir as complicações tardias desta moléstia.

    Estudos de revisão podem caracterizar o caminho percorrido para o conhecimento atual e direcionar novas pesquisas. Nesse estudo verificou-se a necessidade de intensificar cada vez mais as publicações referentes à PCR entre outros, com o objetivo de prevenir que o paciente fique com seqüelas por causa da displicência ou despreparo do profissional, para que possa também diminuir a morbidade/mortalidade cardiovascular. Espera-se que este estudo de revisão, apesar das limitações, sirva de incentivo para novas pesquisas sobre a importância do conhecimento dos profissionais de enfermagem sobre esta temática.

Referências

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  • BELLAN, M.C.; ARAÚJO, I.I.M.; ARAÚJO, S. Capacitação teórica do enfermeiro para o atendimento da parada cardiorrespiratória. Rev. Bras. Enferm, v.63, n.6, p.1019-27, 2010.

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  • LIMA, S.G. et al. Educação permanente em SBV e SAVC: impacto no conhecimento dos profissionais de enfermagem. Arq. Bras. Cardiol., v.93, n.6, 2009.

  • PALHARES, V.C. Avaliação e capacitação da equipe de enfermagem para o atendimento da parada cardiorrespiratória em uma unidade de terapia intensiva de um pronto socorro [dissertação]. Mestrado profissional Botucatu: São Paulo; 2008. Disponível em: http://www.pg.fmb.unesp.br/projetos/17032008133.pdf. Acesso em: 02 de maio de 2011.

  • SÁ, C.M.S. Atuação dos trabalhadores de enfermagem em ressuscitação cardiopulmonar: repercussões psicofísicas na saúde do trabalhador [dissertação]. Universidade do Estado de Rio de Janeiro: Rio de Janeiro; 2009. Disponível em: http://www.bdtd.uerj.br/tde_busca/arquivo.php?codArquivo=1608. Acesso em: 24 de junho de 2012.

  • SILVA, S.C.; PADILHA, K.G. Parada cardiorrespiratória na unidade de terapia intensiva: considerações teóricas sobre os fatores relacionados às ocorrências iatrogênicas. Rev. Esc. Enferm. USP, v.25, n.4, p.360-5, 2001.

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