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Como organizar o treinamento? Revisão sobre as influências
que modelos de treinamento podem ter no conhecimento tático
de atletas de futsal e futebol

¿Cómo se organiza el entrenamiento? Una revisión sobre las influencias que pueden tener los

modelos de entrenamiento sobre el conocimiento táctico de los jugadores de futsal y fútbol

 

Coordenador Pedagógico - Programa Segundo Tempo

Centro Pedagógico, UFMG

(Brasil)

Gibson Moreira Praça*

Daniel Rabelo Abras

Cristovão de Oliveira Abreu

gibson_moreira@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          Neste artigo são revisados trabalhos acadêmicos que versam sobre metodologias de treino e a aquisição/aprimoramento de capacidades táticas. É apontado que os Jogos Esportivos Coletivos caracterizam-se pela contínua interação dos elementos constitutivos do rendimento esportivo em um contexto tático-situacional. A partir deste contexto tático-situacional, emerge a necessidade que processos de treinamento englobem processos cognitivos, auxiliando atletas durante a tomada de decisão, demandada sempre durante as partidas. Foi observado que métodos de ensino baseados em modelos tático-situacionais vem apresentando melhores influências na melhoria do conhecimento tático de atletas de futsal e futebol comparadas às metodologias tradicionais.

          Unitermos: Futebol. Futsal. Conhecimento tático. Modelo de treino.

 

Abstract

          This review article aimed the collection of studies that compared different training methods and acquisition/improvement of tactical skills. It is pointed out in literature that the Collective Sports Games are characterized by continuous interaction of the constituent elements of sport performance in a tactical situational context. From this tactical situational context, there emerges the need for training processes encompass cognitive processes, helping the athletes in decision making, the defendant at all times during matches. From the review undertaken, it was observed that teaching methods based on tactical-situational influences has shown best in improving the tactical knowledge of soccer and football athletes compared to traditional methods, notably the skill method. Such knowledge is critical for coaches, helping to train full of athletes.

          Keywords: Soccer. Indoor soccer. Tactical knowledge. Training model.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 175, Diciembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Dentro das atividades esportivas correntes na sociedade, os Jogos Esportivos Coletivos (JEC) tem atraído a atenção tanto da população quanto de estudiosos. Esta denominação engloba, segundo Garganta (1997), esportes tradicionais como Basquetebol, Handebol, Futebol, Futsal e Voleibol. Eles ocupam lugar destacado na cultura esportiva contemporânea, constituindo um campo específico de manifestação da ação motora (GARGANTA, 1998; GIACOMINI, 2007). Tais jogos caracterizam-se pela contínua interação dos elementos constitutivos do rendimento esportivo em um contexto tático-situacional (PEREZ MORALEZ e GRECO, 2007). Os JEC estabelecem uma agradável e fascinante combinação entre repetição e novas ações, possibilitando um resultado único, não repetível (GIACOMINI, 2007).

    Os JEC apresentam elementos comuns, que permitem classificar um esporte como pertencente a esta gama de atividades. É possível apontar neles um elemento (comumente a bola), um espaço delimitado, um objetivo (o gol, o ponto), regulamento definido, colegas de equipe, com os quais se devem traçar estratégias para alcançar os objetivos do jogo, adversários, público e situação (GRECO, 1998; SILVA e GRECO, 2009; SOUZA, 2002).

    Dentro das características acima apontadas é possível enquadrar tanto o futsal quanto o futebol como JEC. Ambas destacam-se como modalidades de oposição/cooperação onde companheiros de equipe lutam para alcançar seus objetivos ao mesmo tempo em que os adversários buscam impedir que estes objetivos sejam alcançados (SILVA e GRECO, 2009). Além disso, a essência do desempenho, tanto do futsal e no futebol como nos demais JEC é fundamentalmente tática, por ser imprescindível que os atletas empreguem uma permanente atitude técnico-estratégica (fortemente vinculada aos processos cognitivos relacionados à percepção, análise e tomada de decisão) (SILVA e GRECO, 2009).

    Mesmo tratando-se de modalidades distintas, é possível pensar em similaridades entre Futebol e Futsal que permitam que ambos sejam tratados simultaneamente neste trabalho. O fato de serem jogados com os pés, o que lhes confere alta imprevisibilidade, torna-os atividades com alta dependência tanto dos processos de tomada de decisão, quanto de um refinamento técnico para o manejo da bola com os pés.

    Retornando à temática dos JEC, é notável a presença de acontecimentos cuja freqüência, ordem cronológica e complexidade não podem ser previstas antecipadamente, o que exige por parte dos jogadores uma constante atitude técnico-tática (FERREIRA JUNIOR e colaboradores, 2010). Os processos decisionais são dinâmicos dentro de um marco sócio-ambiental delimitado pelo contexto situacional específico (ecológico), único, dificilmente reproduzível, portanto, os comportamentos dos atletas caracterizam-se como eminentemente táticos (GRECO, 2006).

    O futsal não atende apenas ao aspecto técnico, mas também há elementos táticos associados à percepção, conhecimento do jogo e tomada de decisão nos quais a exigência de processos cognitivos é latente para a resolução dos problemas apresentados no jogo. No futebol, as capacidades táticas e os processos cognitivos subjacentes à tomada de decisão são considerados requisitos essenciais para a excelência do desempenho esportivo (COSTA e colaboradores 2009).

    Tendo em vista a importância dos aspectos cognitivos dentro dos JEC, é importante considerar que processos de ensino-aprendizagem-treinamento (EAT) contemplem situações nas quais a tomada de decisão dos atletas seja estimulada. Diante disso, em um universo antes predominantemente voltado para estudo de componentes físicos do desempenho, tanto no futsal quanto no futebol vem crescendo o número de incursões acadêmicas acerca dos componentes inerentes à capacidade tática (COSTA e colaboradores, 2007). O componente cognitivo permite que o atleta realize a leitura do jogo, fundamental nos JEC (MATIAS e GRECO, 2009; GRECO, 2006).

    As decisões sobre o que fazer, quando fazer e como fazer constituem parâmetros imprescindíveis para a compreensão do jogo, possibilitando ao praticante comportar-se de maneira inteligente durante uma partida (PEREZ MORALES e GRECO, 2007). Assim, quando um atleta realiza uma técnica específica da modalidade ele toma uma decisão tática escolhendo essa ação motora como a mais adequada para resolver a situação de jogo (SILVA e GRECO, 2007).

    No futebol [assim como no futsal] para que o atleta tenha um bom desempenho durante os jogos, é necessário que o mesmo tenha conhecimento sobre a modalidade que pratica (GIACOMINI e GRECO, 2008). Este conhecimento pode ser considerado e analisado com base em dois conteúdos cognitivos, denominados conhecimento declarativo e processual (PINHO e colaboradores 2010).

    Segundo Chi e Glaser (1980), o conhecimento tático declarativo se refere às estruturas de conhecimento que podem ser representadas por meio de uma rede de conceitos e suas relações. Sternberg (2000) citado por Lima e colaboradores (2011, entende conhecimento declarativo como sendo o reconhecimento e entendimento da informação real sobre os objetos, as idéias e os eventos no ambiente, como a localização dos jogadores na quadra, os objetivos e as submetas do jogo. Galego e colaboradores (2010) o definem como o saber o que fazer em determinadas situações no esporte.

    Já o conhecimento processual refere-se ao “como fazer”, pois é a capacidade do atleta de operacionalizar a ação, está intimamente ligado à ação em si (MATIAS e GRECO, 2009). Galego e colaboradores (2010) definem como o conhecimento sobre como agir e como realizar as ações. Ainda segundo estes autores, o conhecimento processual inclui a solução apropriada dentro do contexto de jogo, formalizada a partir da ação motora. Ele pode ser dividido em conhecimento convergente – relacionado à inteligência, podendo ser caracterizado pelos processos que possibilitam ao indivíduo a escolha, entre múltiplas alternativas, daquela que é considerada a mais adequada (STERNBERG, 2000) – e divergente - relacionado à criatividade, à produção de alternativas com, formulação de idéias, na busca de soluções em detrimento às diversas situações que ocorrem na partida (SILVA e GRECO 2009).

    Os métodos de ensino oportunizam a formação básica do aluno, cabendo ao professor aplicar o que melhor atende aos seus alunos no planejamento básico de suas aulas (PINHO e colaboradores, 2010)

    De acordo com Greco (1998) há dois princípios que norteiam a discussão sobre metodologia de treino, amparadas em teorias psicológicas fundamentalmente diferentes: o analítico-sintético e o global-funcional.

    Segundo este mesmo autor, os métodos de ensino amparados no princípio analítico-sintético caracterizam-se pelo processo de EAT realizado em partes, em etapas, com exercícios que apresentam uma divisão dos gestos, das técnicas, da ação motora em seus mínimos componentes. “O aluno conhece em primeiro lugar, os componentes técnicos do jogo através da repetição de exercícios de cada fundamento técnico”(p.41). À medida que tais gestos são dominados, outros mais complexos e dentro de novas seqüências são adicionados, até que se chegue ao modelo ideal de execução, ao gesto do campeão. É, particularmente, representado pelo método parcial e assume várias definições que apontam para um mesmo ponto: as habilidades são treinadas fora do contexto de jogo para que, depois, possam ser transferidas para as situações de jogo (MENDES e colaboradores. 2010).

    Já o princípio global-funcional expressa-se através da idéia de que o todo é mais do que a soma das partes. O ponto de partida é a equipe, que aprende a jogar através do deixar jogar (MENDES e colaboradores. 2010). Caracteriza-se pela intenção de adequar toda a complexidade do jogo esportivo (técnica, tática regras, conceitos) através da apresentação de uma sequencia de jogos recreativos acessíveis à faixa etária e capacidade técnica de cada aluno (GRECO, 1998). A partir desse princípio emerge o método de ensino conhecido como global, o que parte da totalidade do movimento e caracteriza-se pelo aprender jogando, ou seja: parte-se dos jogos pré-desportivos (jogos com algumas alterações nas suas regras) para o jogo formal (SILVA e DECHECHI, 2010).

    Outra corrente, desenvolvida nos últimos anos, versa sobre o método situacional de ensino. Tal método “se compõe de jogadas básicas extraídas das situações padrão do jogo” (GRECO, 1998b p. 51). As grandes vantagens deste método se baseiam na proximidade das ações e situações apresentadas com as situações reais do jogo.

    Diante do apresentado, este artigo destina-se a verificar qual tem sido a influência apontada na literatura de diferentes metodologias de treino nas capacidades táticas de atletas de futsal e futebol.

Revisão de literatura

    O primeiro trabalho relevante para esta revisão é o de Silva e Greco (2009). Nele, os autores buscaram verificar os métodos de ensino-aprendizagem-treinamento (E-A-T) empregados em três equipes de futsal participantes do Campeonato Metropolitano de Futsal de Belo Horizonte, e avaliar o nível de conhecimento tático processual (convergente e divergente) dos atletas de três equipes de futsal da categoria mirim (crianças entre 12-13 anos). Para a análise do modelo de treino adotado, os autores realizaram a filmagem de 18 sessões de treino e, na seqüência, classificaram cada uma segundo protocolo validado por SAAD (2002). Para a mensuração do conhecimento tático (declarativo e processual) dos atletas, foi aplicada a bateria de testes KORA, validada por Memmert (2002), para os parâmetros “oferecer-se e orientar-se” e “reconhecer espaços”.

    Segundo os autores, foram observados três métodos de treino durante o estudo. A equipe M1 desenvolveu um processo de ensino-aprendizagem-treinamento com ênfase no desenvolvimento da técnica empregando o método analítico. O treinador da equipe M2 desenvolveu um processo de ensino-aprendizagem-treinamento misto (analítico-situacional), com uma ligeira ênfase no desenvolvimento da capacidade tática. Já o treinador da equipe M3, aplicou um processo de ensino-aprendizagem-treinamento centrado na capacidade tática com utilização do método situacional.

    A equipe M1, com processo de ensino-aprendizagem-treinamento apoiado no método analítico, não apresentou melhoras significativas nos parâmetros OO divergente (p = 0,66) e RE divergente (p = 0,299), mas apresentou melhoras nos parâmetros OO convergente (p = 0,001) e RE convergente (p = 0,030). Já a equipe M2 com processo de ensino-aprendizagem-treinamento apoiado no método misto, apresentou melhoras em todos os parâmetros, OO (p = 0,010 divergente; p = 0,031 convergente) e RE (p = 0,045 divergente; p = 0,037 convergente). Por fim, a equipe M3, com processo de ensino-aprendizagem-treinamento apoiado no método situacional, também apresentou melhoras em todos os parâmetros (OO p = 0,012 divergente; p = 0,036 convergente; e RE p = 0,028 divergente; p = 0,04 convergente).

    A partir deste estudo, concluiu-se que o grupo que utilizou o método analítico apresentou melhoras em relação à inteligência de jogo, mas não em relação à criatividade tática. Já os grupos que utilizaram os métodos misto e situacional apresentaram melhoras significativas tanto para o desenvolvimento da criatividade tática como da inteligência de jogo. Concluindo, os resultados indicam que as metodologias ativas, baseadas no desenvolvimento tático parecem ser mais interessantes para a construção do conhecimento tático-técnico e da criatividade ao mesmo tempo em que, podem evitar um desgastante processo de ensino da técnica e uma especialização precoce.

    Outro trabalho importante a ser considerado foi realizado por Corrêa, Silva e Paroli (2004). Nele, os autores buscaram conhecer os efeitos de diferentes métodos de ensino na aprendizagem do futebol de salão. A amostra foi composta por 113 alunos do ensino fundamental da rede pública de ensino com média de idade de 12,6 anos.

    Os autores dividiram os voluntários em 4 grupos, assim denominados: Partes (PT), Situação (ST), Tática (TT), e Todo (TD), e todos grupos realizaram três momentos distintos durante o experimento: pré-teste (1 aula), aprendizagem (10 aulas) e pós-teste (1 aula).

    A avaliação no pré e no pós-teste se deu por meio do Game Performance Assessment Instrument (GPAI). Esse instrumento é capaz de avaliar os seguintes componentes do desempenho no futsal: tomadas de decisão, execução de habilidades e apoio ou suporte.

    Com relação ao objetivo do estudo, a comparação dos grupos após a intervenção permitiu verificar que, independentemente do gênero, não houve diferença significativa em nenhuma das variáveis analisadas. Esse resultado, a princípio, indica que os métodos das partes, do todo, situacional e tático tiveram efeitos semelhantes na aprendizagem do futebol de salão.

    Quando analisado apenas o grupo masculino, verificou-se que não houve diferenças significativas entre o pré e o pós-teste. Mas quando comparam-se os resultados obtidos com indivíduos do sexo feminino, nota-se melhora no envolvimento no jogo para o grupo que praticou sob o método das partes e melhora em todas as variáveis (envolvimento no jogo, índice de tomada de decisões, índice de habilidade, índice de suporte e desempenho global) para o grupo que praticou sob o método do todo.

    Já o trabalho de Perfeito (2009) objetivou discutir a sistematização, aplicação e a avaliação de uma metodologia de treinamento com foco no desenvolvimento das ações táticas do futebol e futsal. Tal proposta de treinamento foi fundamentada na articulação de três métodos de ensino-aprendizagem-treinamento: 1) método de ensino centrado nos Jogos Condicionados, 2) método Situacional, 3) método Formativo-conceitual.

    Foram ministradas 26 aulas ao longo do treinamento, dividido em dois módulos: ações táticas individuais e de grupo. O Conhecimento Tático Declarativo (CTD), Tomada de Decisão (TD) e a análise qualitativa do desenvolvimento das ações táticas dos jogadores foram definidas como variáveis dependentes. Participaram deste estudo 12 jogadores de uma escola especializada em futebol e futsal. Para avaliar o CTD dos jogadores foi utilizado o Teste de Conhecimentos sobre as Ações Táticas no Futebol, elaborado por Rezende (2003). Enquanto para avaliar a TD foi utilizado o GPAI (Game Performance Assessment Instrument) com escala de avaliação adaptada para este estudo.

    Ao avaliar o efeito do programa de treinamento sobre a TD, sugere-se que este pode ter contribuído para um pequeno aprendizado dos jogadores nas ações de ataque com bola, visto que o percentual de jogadas classificadas como insuficientes e pobres diminuiu, migrando para o nível satisfatório da escala. Quanto ao efeito do programa de treinamento sobre o Conhecimento Tático Declarativo, verificou-se que o alto valor apresentado pelos jogadores demonstrou que, mesmo antes do início do programa de treinamento, já tinham domínio dos conhecimentos exigidos pelo teste aplicado. Considerando as conclusões apresentadas, apesar do programa de treinamento ter sido de curta duração quando considerada a diversidade de conteúdos, pode-se afirmar que o programa de treinamento com foco no desenvolvimento das ações táticas do futebol e futsal contribuiu para um pequeno aprendizado dos jogadores nas ações de ataque com bola.

    Andrade (2010) buscou observar o processo de ensino-aprendizagem-treinamento (E-A-T) técnico-tático no futebol e identificar sua influencia no nível de conhecimento tático processual (CTP). A amostra da pesquisa foi constituída por 16 atletas do sexo masculino, integrantes de uma equipe de futebol da categoria Sub- 11. Para a classificação das 12 sessões de treinamentos filmadas e utilizadas no estudo, utilizou-se o protocolo desenvolvido por Stefanello (1999). Para a avaliação do conhecimento tático processual o autor utilizou o KORA (MEMMERT, 2002), no parâmetro “oferecer-se e orientar-se” convergente e divergente.

    Após a análise das sessões de treinamento, verificou-se o emprego predominante de uma metodologia mista, baseada na aplicação dos métodos analítico e global, claramente embasada na pedagogia tradicional. Em relação ao nível de CTP dos futebolistas, não foram confirmadas melhorias em nenhum dos parâmetros táticos avaliados.

    Os resultados sugerem que a aplicação de metodologias voltadas para o desenvolvimento da técnica (método analítico), assim como o simples deixar jogar através da reprodução do jogo formal dos adultos (método global), não são suficientes para favorecer o desenvolvimento da tática. O autor ainda sugere, especificamente para essa faixa etária, utilização de metodologias baseadas nas novas correntes pedagógicas, com o uso das estruturas funcionais e de jogos para o desenvolvimento da inteligência tática, desde que devidamente dimensionados em relação ao numero de participantes e terreno do jogo.

Conclusões

    De acordo com os estudos apresentados, pode-se concluir que metodologias dinâmicas, baseadas em modelos tático-situacionais, vêm apresentando melhores resultados na melhoria das capacidades táticas quando comparadas às metodologias tradicionais, notavelmente a analítica.

    As justificativas para tal resultado giram em torno do fato de o método situacional permitir “ao jogador maior flexibilidade e criatividade na hora de decidir” (MATTA e GRECO, 1996). Como tanto o futebol quanto o futsal são modalidades que exigem dos praticantes uma constante atitude tática, processos cognitivos relacionados à tomada de decisão fazem-se fundamentais para um bom desempenho. Assim, a formação de um jogador inteligente é um diferencial no processo de ensino-aprendizagem-treinamento que não deve ser negligenciada.

    Para o profissional de educação física, especificamente os que trabalham com futebol e futsal pelo grande número de indivíduos que tais modalidades tem como praticantes pela representatividade que possuem no Brasil, investigações sobre a metodologia de treino fazem-se necessárias, auxiliando na formulação dos treinos e contribuindo substancialmente para a formação íntegra dos atletas com os quais lidamos.

Referências

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