Revisão sistemática sobre
capacidade cardiorrespiratória em Revisión sistemática sobre la capacidad cardiorrespiratoria en deportistas de diferentes modalidades en estudios a partir de 2007 |
|||
Acadêmica do 5º semestre do curso de Educação Física da Universidade da Região da Campanha Campus, Bagé, RS (Brasil) |
Daiane Costa Leal |
|
|
Resumo A resistência cardiorrespiratória é a capacidade que o corpo possui de suportar um exercício prolongado. O objetivo do estudo e fazer uma revisão sobre a capacidade cardiorrespiratória em atletas de diferentes modalidades. Foram pesquisados artigos a partir de 2007 e os resultados mostraram que após um treinamento não só especificamente aeróbico os atletas obtiveram uma melhora na capacidade cardiorrespiratória. Unitermos: Capacidade cardiorrespiratória. VO2.
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 175, Diciembre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
1 / 1
Introdução
A resistência cardiorrespiratória é a capacidade que o corpo possui de suportar um exercício prolongado.
O VO2 máx é a maior taxa de consumo de O2 que o corpo consegue absorver e levar para os tecidos através do sistema cardiovascular e usar na produção de energia.
Para Neto (2001) em Silva et al (2009), o consumo máximo de oxigênio e o limiar anaeróbico são os principais indicadores de aptidão funcional cardiorrespiratória.
A capacidade cardiorrespiratória é uma variável importante em atletas nas diferentes modalidades nas quais se mostram aqui estudadas o futsal, futebol, vôlei e o atletismo.
Segundo Matta et al. (2008) em Silva et al (2009), o futebol é uma modalidade esportiva em que há interação entre diversas fontes energéticas, mesmo que a predominância seja aeróbica, o futebol pode ser caracterizado por esforços intermitentes. O vôlei também é um exercício intermitente de alta intensidade, e o aumento da participação aeróbia no gasto de energia total preserva os estoques de glicogênio e creatina fosfato, diminuindo produção de ácido lático (TOMLIN & WENGER, 2001 em SIMÕES et al. 2009).
Objetivo
O objetivo do estudo foi fazer uma revisão sistemática sobre capacidade cardiorrespiratória de atletas em diferentes modalidades em artigos do ano de 2007 em diante.
Metodologia
Foram pesquisados vários artigos a partir do ano de 2007 sobre capacidade cardiorrespiratória nos sites de busca acadêmica com intuito de escolher cinco artigos para revisão.
Houve em então a separação dos artigos por população estudada. Foram escolhidos assim cinco artigos sobre capacidade cardiorrespiratória em atletas de diferentes modalidades.
Resultado
Foram aplicados diferentes testes. Para os atletas de atletismo foi aplicado o teste de ergoespirometria (JACOBS et al. 2012)
Para que houvesse um resultado mais preciso foi utilizado ergômetro que se aproximasse do gesto esportivo no caso a esteira.
Para as atletas de vôlei também aplicado o teste de ergoespirometria na esteira para avaliar a capacidade cardiorrespiratória (SIMÕES et al. 2009).
As atletas do futsal realizaram o teste de fácil aplicabilidade Shuttle Run Test de 20 minutos (PACHECO et al. 2009).
Nos atletas de futebol foi realizado teste através da ergoespirometria em rampa na esteira e também um dos testes mais empregados para avaliar a capacidade cardiorrespiratória o teste de Cooper (1978), que consiste em percorrer a maior distância possível em 12 minutos (SILVA et al. 2009; OLIVEIRA et al. 2011).
No geral foram avaliados atletas com idade entre 15 e 27 anos entre homens e mulheres.
Na tabela 1 se fizermos uma comparação dos estudos com relação ao VO2máx. em períodos diferentes antes e depois dos treinamentos veremos que na maioria houve aumento do VO2máx.
Tabela 1. Comparação do VO2 em três estudos
No estudo sobre atletas do atletismo o estudo foi realizado com velocistas, meio-fundistas e fundistas.
Os resultados mostraram que os atletas que treinam a parte aeróbica obtiveram valores mais elevados de VO2 comparados com os atletas de velocidade/explosão.
Tabela 2. Comparação do VO2 entre atletas do atletismo.
Importante ressaltar que nas atletas de vôlei não houve treinamento aeróbico especifico entre o diagnóstico e o prognóstico e mesmo assim houve melhora na capacidade aeróbica das atletas e uma redução da frequência cardíaca. Os benefícios encontrados devem ter ocorrido devido à associação dos treinamentos de força muscular e treinamento técnico e tático, pois estudos anteriores que apresentaram só o treinamento de força mostraram pouca ou nenhuma melhora na capacidade aeróbica (SOUZA et al. 2008; HOFF et. al. 1999; BISHOP et al.1999 em SIMÕES et al. 2009).
No futsal as atletas também obtiveram uma melhora da capacidade cardiorrespiratória do período preparatório para o competitivo com uma ressalva de que as atletas que ocupam a posição de ala, onde existe um maior deslocamento dentro de quadra e um uso maior da parte aeróbica obtiveram o maior aumento do VO2.
No atletismo os resultados não foram diferentes em comparação aos atletas que tem um treinamento aeróbico maior que são os meio-fundistas e os fundistas o VO2 e o tempo máximo de esforço foi muito maior em relação aos atletas de velocidade.
No estudo que utilizou o teste de Cooper (1982) os resultados foram positivos com 22,72% dos atletas estudados na 5ª categoria de despenho – “Excelente” e somente 9,09 na 3ª categoria – “Média”.
Somente um dos estudos mostrou resultados negativos. O estudo foi realizado com 12 atletas do futebol com teste e re-teste de ergoespirometria em rampa na esteira (SILVA RFP et. al. 2009). A diferença de tempo entre os testes foi de três meses. Entre um teste e outro houve aumento da frequência cardíaca, uma diminuição do percentual de VO2 do limiar anaeróbico e também uma queda pouco significativa do VO2 Relativo no Limiar Anaeróbico.
Há várias hipóteses para que não tenha havido melhoras como o tempo entre um teste e outro, aspectos psicológicos como ansiedade e estresse e condições físicas indesejáveis no dia do re-teste.
Fatores genéticos poderiam estar influenciando para o avanço fisiológico dos atletas, ou até mesmo o treinamento não estaria adequado e nem sendo eficaz para o desenvolvimento dos mesmos. (BOUHARD, et. al. 1992 em Silva et al 2009)
Conclusão
Revisando os presentes artigos foi possível concluir que a capacidade cardiorrespiratória é de fundamental importância para os atletas até mesmo naqueles que possuem esforço intermitente durante suas partidas.
Com uma única exceção, todos os estudos alcançaram seus objetivos e mostraram que realizando algum tipo de treinamento e não somente o treinamento especificamente aeróbio tem-se uma melhora da capacidade cardiorrespiratória. Também verificou-se que atletas que utilizam mais a parte aeróbica dentro de seu esporte ou na posição exercida dentro de uma equipe possuem melhores resultados do VO2 máx.
Referências bibliográficas
JACOBS MV, REUTER EB, POHL HH, CORBELLINI VA, RECKZIEGEL MB, Respostas Cardiorrespiratória e Metabólicas de Atletas de Diferentes Modalidades d Equipe de Atletismo da Unisc. Fiep Bulletin – Vol 82 – special edition article I, 2012.
LEIVAS, FÁBIO BITENCOURT – Fisiologia do Exercício Parte 1 – Metabolismo, cardiovascular e cardiorrespiratório.
OLIVEIRA EC, SAMPAIO AFS, SILVA TP, PEDROSA ML, SILVA ME. Análise da Aptidão Física de Futebolistas das Categorias Juvenil e Júnior. Fiep Bulletin – Vol 81 – special edition – article I, 2011.
PACHECO TRC, GOMES AC, BALVEDI MCW, BUSTO RM, SANCHEZ VC, JUNIOR AA. Capacidade cardiorrespiratória e índice de massa corpórea numa periodização do time de futsal feminino adulto da Universidade Norte do Paraná – Londrina. Fit Perf J. 2009 nov-dez;8(6):441-5.
SILVA RFP, LIGÓRIO AAF, NAUD L, SILVA WT, ARAÚJO RA, PRADA FJA. Estudo do VO2 Relativo no Limiar Anaeróbico em Atletas de Futebol da Universidade Católica de Brasília. Educação Física em Revista, Vol. 3, nº2, 2009.
SIMÕES RA, SALLES GSLM, GANELLI PRG, LEITE GS, DIAS R, CAVAGLIERI CR, PELLEGRINOTTI IL, BORIN JP, VERLENGIA R, ALVES SCC, CESAR MC. Efeitos do Treinamento Neuromuscular na Aptidão Cardiorrespiratória e Composição Corporal de Atletas de Voleibol do Sexo Feminino. Rev. Bras. Med. Esporte – vol 15, nº 4 – jul/ago, 2009.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista
Digital · Año 17 · N° 175 | Buenos Aires,
Diciembre de 2012 |