Algumas considerações sobre atividade física Algunas consideraciones sobre la actividad física
	Mestre em Educação Física (UNIMEP/SP) Escola Municipal Prof. Josué de Castro  (Prefeitura da Cidade do Rio de Janeiro – 4a CRE) (Brasil)	Rubem Machado Filho rubemfit@hotmail.com
	Resumo           A prática da atividade esportiva neste novo milênio incorpora-se definitivamente aos rigores científico e tecnológico. Para a organização mundial de saúde, a atividade física é necessária em todas as idades e deveria ser proporcionada a todas as crianças e adolescentes.           Unitermos: Atividade física. Saúde. Exercícios.   Abstract           The practice of sports activity in this new millennium is definitely embodies the rigors of science and technology. For the World Health Organization, physical activity is needed for all ages and should be provided to all children and adolescents.           Keywords: Physical activity. Health. Exercises.
	EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 175, Diciembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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    A atividade física pode ser entendida como qualquer movimento corporal, produzido pela musculatura esquelética, que resulta em gasto energético (CASPERSEN, POWELL E CHRISTENSON,1985).Tendo componentes e determinantes de ordem biopsicossocial, cultural e comportamental, podendo ser exemplificada por jogos, lutas, danças, esportes, exercícios físicos, atividades laborais e deslocamentos.

    Para a organização mundial de saúde, a atividade física é necessária em todas as idades e deveria ser proporcionada a todas as crianças e adolescentes. Além disso, sugere-se que os programas de exercícios físicos deveriam contemplar o aspecto lúdico, agradável, de forma que tais atividades se tornassem mais atraentes levando à formação desses hábitos para toda a vida (WHO/FIMS, 1995).

    Em pesquisa realizada por Milbradt et al (2009) é possível observar que a atividade física é uma área importante de investigação principalmente por possuir uma relação inversa com doenças degenerativas causadas pelo sedentarismo, objetivando verificar por meio de questionários procedimentos de como diagnosticar o nível de atividade física e o sedentarismo em crianças e adolescentes em idade escolar e sua predominância em relação aos gênero, eles constataram que o alto nível sócio econômico está associado com a prevalência de inatividade física. Além disso, há tendência ao sedentarismo naqueles que passam muitas horas do dia sentados, frente a televisão e com uso de vídeo game, tanto no período de aulas como de férias. Evidencia-se ainda que o sedentarismo possa acarretar obesidade ou sobrepeso, sendo mais prevalente nos indivíduos do gênero feminino.

    Pellegrinotti et al. (2008) relatam que a prática da atividade esportiva neste novo milênio, incorpora-se definitivamente aos rigores científico e tecnológico. Neste contexto, todas as práticas de atividades físicas e esportivas têm suas respostas fundamentadas nas pesquisas.

    A atividade física é fator protetor contra a obesidade e sobrepeso. Crianças mais ativas apresentam menor percentual de gordura corporal e menores valores de índice de massa corporal (IMC) (BARUKI et al. 2006). Crianças obesas, comparadas com crianças não obesas, são menos ativas e participam menos de atividades moderadas e/ou intensas, com predomínio das atividades de baixa intensidade (BARUKI et al. 2006). No entanto, se considerarmos que a chance de uma criança obesa ser pouco ativa é duas vezes maior do que a criança de peso normal reforça-se a hipótese de que a gordura corporal pode determinar o nível de atividade física em crianças obesas e dificultar o controle do excesso de gordura corporal. Ou seja, essas crianças são menos ativas porque são obesas e não simplesmente são obesas porque são menos ativas. Porém, vale ressaltar a importância da prática de atividade física, já que crianças que são ativas desde cedo têm maior probabilidade de permanecer ativas quando adultas (BARUKI et al. 2006).

    Jenovesi et al. (2004) relatam que indivíduos fisicamente ativos são mais saudáveis e tendem a experimentar menores taxas de mortalidade por doenças crônicas não transmissíveis. Uma criança obesa na infância tem maior chance de tornar-se um adulto obeso, podendo vir a desenvolver problemas cardiovasculares, hipertensão, dislipidemia e diabetes não-insulino dependente.

    A Educação Física Escolar, dentro dessa nova concepção voltada à promoção da saúde, assume um caráter totalmente educacional, procurando sensibilizar crianças e adolescentes sobre a importância e a necessidade da prática de atividade física, estruturada e planejada para um melhor estado de saúde, fazendo com que hábitos favoráveis à saúde sejam desenvolvidos durante esse tempo na escola, e prolongando para toda vida (MARANI, 2007).

Figura 1. Foto do Prof. Ms. Rubem Machado Filho (autor do artigo) estimulando suas alunas da E. M. Professor Josué de Castro à prática de atividades físicas

Referência bibliográficas

• BARUKI, S. B. S.; ROSADO, L. E. F. P. L.; ROSADO, G. P.; RIBEIRO, R. C. L. Associação entre estado nutricional e atividade física em escolares da Rede Municipal de Ensino em Corumbá – MS. Revista Brasileira de Medicina do Esporte, Vol. 12, Nº 2, p. 90-94, Mar/Abr, 2006.

• CASPERSEN, C. J.; POWELL, K. E.; CHRISTENSON, G. M. Physical activity, exercise and physical fitness. Public Health Reports, v. 100, n. 2, p. 126-131, 1985.

• JENOVESI, J. F.; BRACCO, M. M.; CALUGNATI, F. A. B.; TADDEI, J. A. A. C. Evolução no nível de atividade física de escolares observados pelo período de 1 ano. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, Brasília v. 12, n. 1, p. 19-24, jan./mar. 2004.

• MARANI, F. Indicadores Comportamentais Associados à Prática de Atividade Física e Saúde em Escolares do Ensino Médio. Revista Brasileira de Ciência e Movimento. 2007; 15(2): 39-46

• MILBRADT, S. N. et al. Influência da Atividade Física e sua Relação com o Sedentarismo em Crianças e Adolescentes em Idade Escolar. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, ano 14, n. 132, p. 1-8, maio. 2009. http://www.efdeportes.com/efd132/atividade-fisica-e-sua-relacao-com-o-sedentarismo.htm

• PELLEGRINOTTI, I. L. et al. Análise da Potência Anaeróbia de Jogadores de Futebol de Três Categorias, por meio do “Teste de Velocidade para Potência Anaeróbia” (Tvpa) Do Running Based Anaerobic Sprint Test (Rast). Arquivos em Movimento, Rio de Janeiro, v.4, n.2, julho/dezembro, 2008.

• WHO/FIMS. Committee on Physical Activity for Health. Exercise for health. Bolletin of the world health organization, v. 73, n. 2, p. 1-17, 1995.

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