Análise dos efeitos do
treinamento de força em Análisis de los efectos del entrenamiento de la fuerza en una mujer mayor portadora de osteoporosis Analysis of the effects of strength training in an elderly woman with osteoporosis |
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*Graduado em Educação Física pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais Docente do Centro Universitário Claretiano de Batatais ***Graduado em Fisioterapia pelo Centro Universitário Claretiano de Batatais Docente do Centro Universitário FAFIBE, Bebedouro SP *****Graduado em Fisioterapia e Odontologia Docente do Centro Universitário Claretiano de Batatais Docente da Universidade de Ribeirão Preto, UNAERP (Brasil) |
Evandro Marianetti Fioco* Eurípedes Barsanulfo Gonçalves Gomide* Ft. Gabriel Pádua da Silva** Ft. Bruno Ferreira** Prof. Ms. Edson Donizetti Verri*** |
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Resumo O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, provocando alterações fisiológicas no indivíduo, que vão progressivamente deteriorando o organismo e diminuindo a eficiência para a realização das atividades físicas diárias. Dentre as várias alterações, ocorre uma diminuição da capacidade do músculo-esquelético em sustentar o peso e a força exercida na maioria das atividades desenvolvidas por esta população etária. Além disso, há uma diminuição da densidade mineral óssea, dentre outros fatores, provocando o aparecimento da osteoporose. A osteoporose caracteriza-se como doença crônica degenerativa óssea de evolução silenciosa proporcionando possíveis fraturas dos ossos acometidos, pois compromete a integridade diminuindo assim sua resistência. Com essa alteração fisiológica, é necessário o desenvolvimento de tratamento que visa reduzir as conseqüências trazidas pela osteoporose. A prática de atividade física regular melhora o estado de saúde física e psíquica nestes pacientes com osteoporose. Dentre diversos tipos de treinamento físico, o treinamento de força é efetivo para diminuir ou até mesmo cessar a progressão da osteoporose. Por isso, o presente estudo buscou revelar os aspectos positivos do treinamento de força em uma mulher portadora de osteoporose, estabelecendo relações positivas, para auxiliar no tratamento e melhoria na qualidade de vida da mesma, tais como melhoria do equilíbrio e da força. Para estabelecer tal relação foram feitas avaliações físicas (composição corporal, IMC e antropometria) e densitometria óssea pré e pós-período de treinamento de 24 semanas. Este treinamento consistia em 8 exercícios para membro inferior e 7 exercícios para membro inferior. A aluna também era estimulada a praticar 30 minutos de atividade aeróbia realizada em esteira. Concluiu-se que o treinamento de força e a prática regular de caminhada na esteira, tem uma resposta positiva em relação a melhoria de vida e coadjuvante no tratamento de osteoporose. Apesar de não ocorrer aumentos significantes da densidade mineral óssea, o treinamento que envolve grande força muscular promovem estímulos positivo na DMO e na força, diminuindo fatores de risco relacionados com tal patologia como quedas seguidas de fraturas em mulheres idosas. Unitermos: Osteoporose. Treinamento de força. Parâmetros antropométricos.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O envelhecimento é um processo dinâmico e progressivo, provocando alterações fisiológicas no indivíduo, que vão gradativamente deteriorando o organismo e diminuindo a eficiência para a realização das atividades físicas diárias. Dentre as várias alterações, ocorre uma diminuição da capacidade do músculo-esquelético em sustentar o peso e a força exercida na maioria das atividades desenvolvidas por esta população etária. Além disso, há uma diminuição da densidade mineral óssea, dentre outros fatores, provocando o aparecimento da osteoporose. A osteoporose caracteriza-se como doença crônica degenerativa óssea de evolução silenciosa proporcionando possíveis fraturas dos ossos acometidos, pois compromete a integridade diminuindo assim sua resistência. Com essa alteração fisiológica, é necessário o desenvolvimento de tratamento que visa reduzir as conseqüências trazidas pela osteoporose. A prática de atividade física regular melhora o estado de saúde física e psíquica nestes pacientes com osteoporose.
Estudos mostram que a atividade física é um importante fator na manutenção da massa óssea. A força mecânica proporcionada pelo exercício físico regular estimula a atividade osteoblástica (atividade da célula responsável pela formação da matriz óssea e de mineralização óssea). Para os exercícios maximizarem ganhos na densidade mineral óssea, é necessário que possuam determinadas características, como a união entre a tensão muscular e a ação da gravidade, sendo o treinamento resistido uma ótima sugestão para ser um importante coadjuvante no tratamento da osteoporose. Portanto, o objetivo deste estudo foi investigar o efeito do treinamento resistido na densidade mineral óssea em uma mulher no estágio de vida após a menopausa.
Materiais e métodos
Para estabelecer tal relação foram feitas avaliações físicas (composição corporal, IMC e antropometria) e densitometria óssea pré e pós-período de treinamento de aproximadamente 24 semanas. A avaliação física foi realizada antes e após o treinamento de força e o protocolo utilizado foi o de Faulkner para determinar a porcentagem de gordura. Foram medidas as dobras cutâneas tricipital, subescapular, supra-ilíaca e abdominal (MORROW, et al., 2003). O peso foi mensurado em uma balança de precisão da marca Welmy. A densitometria foi realizada pelo Instituto de Diagnóstico por Imagem da Santa Casa de Misericórdia de Ribeirão Preto. O IMC foi calculado pela razão entre peso (kg) e altura ao quadrado (kg/m2) (MARINS, 2003). O treinamento de força tinha um volume de cinco vezes por semana com uma duração de aproximadamente 50 minutos e era composto por de 8 exercícios para membros superiores (Peitoral, supino vertical, dorsal, remada máquina, elevação lateral, rosca tríceps, rosca bíceps conjugada e rotação externa) e 7 para inferiores (Cadeira extensora, cadeira flexora, adução, abdução, leg press sentado, leg press inclinado e gêmeos sentado). Além do treinamento de força, a aluna era estimulada a fazer pelo menos 30 minutos de esteira em intensidade moderada para melhorar o sistema cardiorrespiratório.
Resultados
A idosa apresentou na avaliação, 1,575 metros de altura, 57,5 kg de peso corporal, 23,18 kg/m² de IMC e 20 % de gordura corporal. Após oito meses de treinamento, ela exibiu 1,577 metros de altura 56,6 kg de peso corporal, 22,7 kg/m² de IMC e 18,4% de gordura corporal. Na densitometria foram obtidos os seguintes valores: fêmur direito 0,610 g/cm² de massa óssea e 26% em relação a indivíduos saudáveis na coluna lombar 0,743 g/cm² de massa óssea 14% em relação a indivíduos saudáveis após oito meses fêmur direito 0,614 g/cm² de massa óssea 26% em relação a indivíduos saudáveis e coluna lombar 0,732 g/cm² de massa óssea.
Discussão
Segundo Fleck, Kraemer et al. (2006) o treinamento de força de alta intensidade tem efeitos significativos sobre a saúde óssea, com aumentos reportados na densidade do fêmur e na coluna lombar após um ano de treinamento, além de melhorar o equilíbrio, o nível total de atividade física diária e a massa muscular.
Simão et al. (2006) sugerem que a perda da massa óssea promovida pela menopausa pode ser atenuada e até revertida, com um treinamento de força. Esse beneficio ocorre pelo fato da musculação ser uma atividade física que tem como princípio o aumento progressivo de cargas, sendo mais efetivo que atividades cuja base do treinamento é somente o número de repetições do exercício.
O American College Sports Medicine (2002) reforça a importância do treinamento de força e ressalta que sua pratica regular desenvolve e mantém as estruturas muscular e óssea sua recomendação é que seja feito pelo menos 8 a 10 tipos de exercícios de 8 a 10 repetições com uma intensidade de 60 a 80% de uma repetição máxima (1RM) pelo menos 3 vezes por semana.
Em nosso estudo podemos constatar que apesar de não ocorrer aumentos significantes na DMO, no IMC e no percentual de gordura corporal, o treinamento resistido mostrou ser capaz de promover estímulos para aumentar a formação óssea. Sugere-se que estudos futuros comparem o treinamento resistido num período superior a um ano, pois pode fornecer melhores informações sobre as adaptações ao exercício ao longo prazo.
Conclusão
Pode-se concluir que o treinamento de força e a prática regular de caminhada na esteira, tem uma resposta positiva em relação a melhoria de vida e coadjuvante no tratamento de osteoporose. O treinamento que envolvem grande força muscular promovem estímulos positivo na DMO e na força, diminuindo fatores de risco relacionados com tal patologia como quedas seguidas de fraturas em mulheres idosas.
Referência bibliográfica
AMERICAN COLLEGE SPORTS MEDICINE, Exercise and physical activity for older adults. Stand position. Medicine & Science in Sports and Exercises, 30(6):992-1008, 2002.
BALSAMO, Sandor. Treinamento de Força: para osteoporose, fibromialgia, diabetes tipo 2, artrite reumatóide e envelhecimento. São Paulo: Phorte 2005.
FLECK, S., Kraemer, W. Fundamentos do Treinamento de Força Muscular. 3 ed. Porto Alegre: Artmed, 2006.
MAIOR, Alex Souto. Fisiologia dos Exercícios Resistidos. São Paulo: Phorte, 2008.
MARINS, J. C. B.; GIANNICHI, R. S. Avaliação e Prescrição de Atividade Física: Guia Prático. Rio de Janeiro: Shape, 2003.
MORROW, J. R. et al. Medida e Avaliação do Desempenho Humano. 2 ed. Porto Alegre: ARTMED, 2003.
SIMÃO, Roberto. Fisiologia e prescrição de exercícios para grupos especiais. 2 ed. São Paulo: Phorte, 2006.
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