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Proposta de ensino-treinamento do sistema
tático 0.5 (goleiro linha) no futsal

Propuesta de enseñanza-entrenamiento del sistema táctico 0.5 (arquero en línea) en futsal

 

NEPEC/UFC

(Brasil)

Prof. Ms. Otávio Nogueira Balzano

Prof. Alison Henry Martins da Silva

Edilson Medeiros de Oliveira

Danilo Rodrigues Cavalcanti Feitosa

otaviobalzano@yahoo.com.br

 

 

 

 

Resumo

          O futsal nos anos 2000 tem sofrido alterações nas suas regras, propiciando ao jogo mais dinamismo e complexidade, devido ao alto grau de imprevisibilidade e aleatoriedade do desporto. Os atletas dessa modalidade necessitam cada vez mais que seus processos cognitivos e suas tomadas de decisões sejam acertados durante a partida. O objetivo do artigo é sugerir uma proposta de ensino e treinamento do sistema 0.5 no futsal através de jogos táticos cognitivos. O estudo é do tipo descritivo de cunho exploratório e se caracteriza por ser uma revisão de literatura. Para desenvolvimento da proposta criou-se uma seqüência de doze jogos táticos cognitivos, distribuídos numa ordem gradativa em relação ao nível de dificuldade e de complexidade, seguindo a idéia central da metodologia dos jogos em série. Pretende-se através da aplicação dessa proposta de ensino e treinamento, aprimorar a inteligência tática, os processos cognitivos dos jogadores de futsal de alto rendimento e o aprendizado do sistema com goleiro linha. Esperamos através desta proposta de ensino e treinamento do sistema 0.5, contribuir com treinadores e estudiosos da área para evolução do treinamento do futsal.

          Unitermos: Futsal. Alto rendimento. Sistema 0.5. Cognição.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    Atualmente no esporte é consensual, tanto no meio acadêmico quanto no meio profissional, que o rendimento do atleta é produto da interação das capacidades físicas, técnicas, táticas, psicológicas, biotipológicas e sócio ambientais. (GRECO e MATIAS, 2010). A literatura descreve a importância da cognição, dentro do processo de ensino-aprendizagem-treinamento, para qualificar as respostas dos atletas perante as exigências dos Jogos Esportivos Coletivos. Consideram-se processos cognitivos: percepção, atenção, antecipação, memória, pensamento, inteligência, tomada de decisão, entre outros. Nas modalidades esportivas de alta estratégia como futsal e futebol, o componente cognitivo centra-se nos processos de seleção de resposta e assim, por meio da cognição, o atleta realiza a “leitura de jogo”. Os processos cognitivos são fundamentais na performance nos Jogos Esportivos Coletivos, devido à elevada imprevisibilidade, aleatoriedade e variabilidade que compõem o contexto ambiental destas modalidades desportivas. Nos Jogos Esportivos Coletivos o conhecimento utilizado pelos atletas é um conhecimento específico da modalidade, ou seja, o atleta deve possuir um conhecimento tático da modalidade esportiva. (GRECO e MATIAS, 2010). O conhecimento tático é o conhecimento em ação, que possibilita ao atleta tomar decisões táticas. Este conhecimento para modalidade deve se adaptar a cada mudança de regras. No Futsal, ao longo dos anos as regras sofreram grandes transformações mudando drasticamente a dinâmica do jogo. Dentre elas, a regra que possibilitou a utilização do goleiro linha foi uma das principais responsáveis pelo aumento desta dinâmica. Esta regra permite que o goleiro saia da sua área e atue como jogador de linha fazendo com que sua equipe tenha superioridade numérica na quadra, más em contrapartida deixa sua equipe sem um jogador para defender sua meta. Esta situação fez com que os treinadores criassem estratégias ofensivas e defensivas específicas para este momento do jogo. Em quase todos os jogos as equipes utilizam o goleiro linha e freqüentemente ocorre a marcação de gols neste momento, tanto da equipe que ataca em superioridade numérica, quanto da equipe que defende e contra ataca.

2.     Cognição e pensamento tático

    Para Dorsch et al (2001) de acordo com Greco e Matias (2010) o conhecimento é determinado como um processo de compreender e raciocinar; um conhecer sólido de uma conjuntura, que se pode demonstrar e adequar à realidade, todo conhecimento baseia-se em se reconduzir o desconhecido a algo conhecido. Para Campos (1993) de acordo com Greco e Matias (2010) referem-se ao conhecimento como um corpo preparado de informações, envolvendo aspectos específicos e gerais de uma estabelecida realidade ou fenômeno, simbolizado nas estruturas da memória (de longo prazo e de curto prazo). Essas estruturas são capazes de facilitar relações entre as informações já existentes e aquelas que estão presentes no momento da ação. O conhecimento tático proporciona uma melhor propagação de percepção, principalmente na escolha e codificação dos sinais importantes, reconhecendo-os e reagindo de forma mais rápida e efetiva. O conhecimento tático é o conhecimento em ação, que possibilita ao atleta tomar decisões. (GRECO e MATIAS, 2010). Para Greco (2006) existem dois tipos de conhecimento tático nos esportes, conhecimento tático declarativo e tático processual.

    O conhecimento declarativo refere-se a “o que fazer” e, logo, é de fácil verbalização, consiste em uma informação antecipada para realizar algum movimento, ou seja, a melhor tomada de decisão e o motivo desta decisão. Enquanto o conhecimento processual refere-se a “como fazer”, consiste em um modo de produção, ou seja, informações para a realização de um conjunto de meios os quais não estão disponíveis para que tenha noção de si no ato praticado. O conhecimento tático declarativo e o tático processual interagem, pois a forma como o atleta vai executar uma ação no jogo está relacionada com a forma como ele compreende o cenário específico (PAULA, 2000; GRECO, 2007 apud GRECO e MATIAS, 2010, p. 257). A aprendizagem cognitiva é aquela em cujo processamento predomina os elementos de natureza intelectual, tais como a percepção, raciocínio, memória, tomada de decisão, entre outros. Neste sentido, Greco e Matias (2010), a cognição é pertinente dentro do processo de ensino-aprendizagem e treinamento para melhorar as soluções de problemas dos atletas diante das obrigações nos esportes coletivos. O autor cita como processos cognitivos: percepção, atenção, memória, antecipação, pensamento, inteligência e tomada de decisão. A capacidade cognitiva é um pré-requisito fundamental para o jogo, o que faz com que não possa esquecer-se de fazer interagir as diferentes componentes de treino. (GARGANTA e PINTO, 1995 apud PINTO, 2005). Por isso, atualmente os treinadores desejam ter atletas com uma alta capacidade cognitiva para compreender e interagir sobre as dimensões táticas e estratégicas do jogo. Os aspectos cognitivos estão diretamente ligados a acontecimentos no âmbito intelectual. Mutti (2003) cita alguns elementos que influem na tática, esses fatores são: adversário, condição técnica, condição física, aspectos psicológicos, situações de jogo, dimensões da quadra, regras e regulamento. Nos Jogos Esportivos Coletivos todas as ações são determinadas do ponto de vista tático (Greco, 2006). A capacidade tática do atleta é constituída pela interação dos processos cognitivos que desencadeiam tomadas de decisões, as quais objetivam a execução motora direcionada à obtenção da meta desejada (GRECO e BENDA, 1998). A tomada de decisão em Jogos Esportivos Coletivos depende de mecanismos cognitivos, que são operados serialmente ou em paralelo em conseqüência do nível de habilidade e/ou experiência de performance. Atletas peritos possuem um conhecimento que permite a focalização de estímulos relevantes, já que possuem conscientização da situação, assim são capazes de tomar decisões rapidamente ou antecipadamente (GRECO, 2006). A decisão sobre “o que fazer”, “como fazer” e “quando fazer” constitui-se como um parâmetro imprescindível para a análise da situação e possibilita ao atleta comporta-se de maneira inteligente durante uma partida (GRECO e BENDA, 1998). No jogo, quando o atleta se defronta com problemas, nos quais existem pressões e solicitações fisiológicas e funcionais, é solicitado em conjunto as funções psicológicas, entre elas os processos cognitivos (GRECO, 2006). Este processo cognitivo, decorrente de um sistema de múltiplas referências, é uma ação em esporte, “um processo intencional, dinâmico, dirigido a uma meta, direcionado e regulado psiquicamente dentro de um contexto esportivo” (SAMULSKI, 2009). Greco (1998) fala que pensamento tático caracteriza- se pela capacidade do esportista relacionar em uma situação de competição as alternativas e os planos de ação próprios e do adversário e utilizá-los em uma forma adequada para obter êxito. O pensamento tático está baseado nos conhecimentos táticos, nas capacidades táticas, na experiência como um produto de aprendizagem formal ou incidental, da capacidade de tomada de decisão individual (GRECO, 1998).

3.     Sistema tático de ataque 0.5 (goleiro linha)

    Com a evolução do Futsal atual os jogadores necessitam cada vez mais de se tornarem polivalentes ou universais. Não fugindo deste pensamento o goleiro tornou-se também mais uma estratégia de ações ofensivas para a equipe, oferecendo um jogador a mais nas situações de ataque, fazendo com que haja sempre uma janela de passe aberta para outro de sua equipe. (SOARES et al, 2012). O sistema com o goleiro linha caracteriza por um jogador no centro da quadra, normalmente um goleiro e quatro jogadores posicionados em forma de quadrado, ou um dos atletas que está mais adiantado se posicionando na marca do pênalti, estes quatro jogadores posicionados na quadra de defesa do adversário. É importante ter no seu plantel um goleiro muito habilidoso com os pés ou um jogador que passe bem a bola e saiba jogar de goleiro. O jogador que ocupa a posição central neste sistema deve ser calmo, bom passador e bom finalizador. Quando duas equipes numa partida utilizam este sistema o jogo se torna muito burocrático e previsível. Para um maior dinamismo do sistema é importante que os jogadores que estão na frente se movimentem para criar espaços. É utilizado principalmente nos finais da partida. As equipes profissionais estão utilizando o goleiro linha em duas posições, no centro das jogadas ou em uma das alas, para que a bola não precise voltar para sua quadra de defesa. Segundo Mutti (2003) esse sistema surgiu com a modificação das regras do futsal, pois esta alteração permitiu que o goleiro pudesse atuar fora da sua área de meta, o que possibilitou que a equipe tivesse mais uma opção de posicionamento de ataque. Ainda de acordo com o mesmo autor esse sistema procura estabelecer superioridade numérica no ataque, assim facilitando a troca de passes entre a equipe para que possa criar as possibilidades de finalização à meta adversária. Para Saad e Costa (2005) e Voser (2001) é um sistema que deve ser utilizado somente por equipes de alto nível técnico e tático, é necessário um goleiro que tenha facilidade de trocar passes e que tenha um bom chute de média e longa distância, por isso tem-se colocado um goleiro linha na maioria das vezes. Ainda de acordo com os mesmos autores é um sistema que possui um posicionamento básico semelhante ao sistema 2.2, com a inclusão do goleiro o que permite a equipe atacar com cinco jogadores fazendo superioridade numérica no ataque, o goleiro pode ser utilizado tanto no centro como nas alas da quadra. Geralmente é utilizado quando a equipe está em desvantagem no placar ou quando precisa da vitória. A equipe deve ter muita paciência com a posse da bola, trocando passes de forma segura e com precisão, pois de acordo com Fonseca (2007) um erro de passe durante a utilização do goleiro linha pode gerar contra ataque para o adversário que quase sempre são convertidos em gols, pois a quadra defensiva está totalmente aberta.

Vantagens do Sistema Tático 0.5

  • Faz com que sua equipe tenha vantagem numérica de 5 contra 4.

  • Não acontece um grande desgaste físico.

  • Propicia que a equipe tenha um domínio do jogo e posse de bola.

  • A equipe consegue um grande índice de finalização.

  • É um bom sistema para equilibrar o jogo, pois fica muito tempo com a posse da bola.

  • O adversário encontra dificuldade para marcar.

  • Bom sistema para ser utilizado pelas crianças, principalmente nas cobranças das laterais.

Desvantagens do Sistema Tático 0.5

  • Quando a equipe não possui um goleiro com bom passe.

  • Perdendo a posse de bola o sistema defensivo fica totalmente desprotegido.

  • O sistema deixa o time muito estático e desguarnecido.

  • Existe um desgaste muito grande do goleiro.

  • Quando se esta sendo marcado sobre pressão fica muito difícil de utilizá-lo.

  • Se o chute ou o passe do goleiro não for bom, propicia grande vantagem para o adversário marcar o gol.

Exemplos de posicionamento do goleiro linha

Marcação do Goleiro Linha

    Segundo Fonseca (2007) a melhor opção defensiva para se marcar uma equipe utilizando goleiro linha é a marcação por zona, pois a marcação individual dificultaria muito os processos de defesa e a ocupação, dos espaços da quadra. Para Andrade (2010) existem dois tipos de marcações por zona para marcar goleiro, marcação losango e marcação quadrado. A marcação losango visa principalmente evitar a progressão do goleiro, normalmente quando ele apresenta boa qualidade de finalização de média e longa distancia e deverá fazer com que o adversário realize passes para espaços com menor ângulo de finalização, além disso, a defesa deverá estar postada de maneira que se consiga achar um tempo de bola para o avanço dos homens de frente, acelerando assim o passe do adversário e conseqüentemente diminuindo a qualidade do mesmo. A equipe poderá como forma de atrair o adversário para sua quadra, permitir que a bola seja passada no homem de fundo, permitindo que as coberturas se aproximem executando o “caixote”. O aspecto mais importante deste posicionamento é ter a consciência de que já se está em desvantagem e quanto mais o adversário estiver com a posse da bola, mais propensos estaremos a errar. A marcação deve ser agressiva para impedir a vantagem numérica.

    Em ambas as marcações é preciso ter cuidado e muita atenção para que, se a bola entrar no fundo da quadra, ela não a cruze até a ala oposta, pois o adversário lá postado estará livre de marcação.

Marcação com o Goleiro na Ala

  • Melhor marcação a ser adotada é a do quadrado.

  • Quando a bola estiver em uma das alas, o bloco de marcação se movimenta todo para esse lado.

  • O marcador que estiver em oposição ao homem da bola (cobertura), deve adiantar-se um pouco ao bloco para que dificulte ou até elimine a linha de passe com a ala oposta.

  • Dessa forma estaremos novamente numa situação de 1x1, facilitando as ações defensivas.

4.     Programa de jogos cognitivos para sistema de ataque 0.5 no futsal

    Este programa é composto por 12 (doze) jogos táticos cognitivos, com o objetivo de ensinar e treinar o sistema de ataque e de marcação do goleiro linha. O programa segue a metodologia dos jogos em série, distribuindo os jogos do mais simples ao mais complexo. As referências para a descrição dos jogos foram baseadas em Balzano (2012), Andrade (2010), Ferretti (2010) e Oliveira (2011).

    Jogos:

1º Jogo do goleiro Pião

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; contra ataque; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; concentração; antecipação; cobertura; flutuação; atenção; marcação com desvantagem numérica; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição - Jogo de futsal, mas existe um jogador no círculo central da quadra (goleiro linha), que deve tocar na bola sempre que uma equipe estiver atacando, para valer a finalização. Nenhum jogador pode entrar no círculo central. O goleiro linha só pode dar no máximo três toques na bola. Sempre que a bola sair da quadra, a bola deve ser passada para o goleiro linha, para acontecer a finalização.

2º Jogo do goleiro neutro

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; contra ataque; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; concentração; antecipação; cobertura; flutuação; atenção; marcação com desvantagem numérica; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição – Jogo de futsal normal, mas a bola deve passar pelo goleiro neutro para finalizar a gol. O goleiro neutro joga para equipe que esta com posse de bola, estabelecendo o 6 contra 5. O goleiro neutro não pode finalizar a gol. Obs. delimitar o número de toques na bola do goleiro neutro.

3º Jogo todos são goleiros

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; contra ataque; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; concentração; antecipação; cobertura; flutuação; atenção; velocidade no setor defensivo; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas qualquer jogador pode ser goleiro isto é, podem segurar a bola com a mão dentro da sua área de meta. Mas também todos têm 4 segundos para jogar na quadra de defesa.

  • Variação: quando um dos jogadores receberem a bola na quadra de defesa, só pode passar a bola para seu companheiro, na quadra de ataque.

4º Jogo da trave no meio

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; contra ataque; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; finalização; concentração; antecipação; cobertura; atenção; velocidade no setor ofensivo; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição - Jogo de futsal, mas no meio da quadra é colocada uma trave com um goleiro neutro, que joga para os dois times. Cada time pode fazer gol nesta trave extra, pelo lado em que sua equipe esta atacando. Também é valido o gol na trave do fundo.

5º Jogo dos 4 goleiros

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; contra ataque; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; finalização; concentração; antecipação; cobertura; atenção; velocidade no setor ofensivo; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas com duas traves extras, estas situadas no meio da quadra, uma de costa para outra. Os pivôs jogam na meia quadra de ataque, os fixos na maia quadra de defesa e os alas podem correr por toda a quadra. Cada equipe tem dois goleiros. Vale gol na trave do fundo e na goleira do meio, no lado onde à equipe esta atacando. Os goleiros podem finalizar apenas na trave do fundo.

6º Jogo não pode marcar o goleiro na quadra de defesa

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; contra ataque; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; concentração; antecipação; cobertura; flutuação; atenção; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição - Jogo de futsal, mas o goleiro não pode ser marcado na meia quadra de defesa, quando estiver com a bola. Neste setor o goleiro pode ficar o tempo que quiser com a bola.

7º Jogo da quadra em 3 setores na horizontal - no setor do meio só joga o goleiro

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; contra ataque; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; concentração; finalização de média distância; antecipação; cobertura; flutuação; atenção; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas a quadra é dividida em três setores na horizontal, sendo que no setor central quando o goleiro receber a bola ninguém pode marcá-lo. Neste setor o goleiro tem apenas quatro segundos para jogar

8º Jogo 3x2 e 3x2 em meia quadra 2 travinhas

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; contra ataque; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; concentração; antecipação; cobertura; flutuação; atenção; velocidade nas ações; finalização; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição – Dois jogos simultâneos de futsal em cada meia quadra. Em cada jogo a formação das equipes é de três contra dois, com goleiro para equipe com dois jogadores de linha. A equipe com três jogadores de linha defende três travinhas pequenas, cada uma com um metro de comprimento. A equipe com dois jogadores de linha defende a trave normal.

9º Jogo das três travinhas no meio

  • Objetivo – Sistema 0.5, marcação com desvantagem numérica, concentração defensiva, antecipação, cobertura, atenção, iniciação a marcação e ataque do goleiro linha, posse de bola, troca de passes, tomada de decisão, finalização de curta distância e de 2º pau.

  • Descrição – Dois jogos de futsal simultâneos em cada meia quadra. Uma equipe é composta por cinco jogadores e a outra com quatro jogadores. A equipe de cinco jogadores defende três travinhas com largura de 2 metros que estão situadas no meio da quadra. O goleiro desta equipe não pode usar as mãos. A equipe de quatro jogadores defende a trave normal e seu goleiro pode utilizar as mãos.

10º Jogo da meia quadra

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; contra ataque; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; concentração; antecipação; cobertura; flutuação; atenção; finalização de média distância; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição – Dois jogos simultâneos de futsal em cada meia quadra. Em cada jogo a formação das equipes é de três contra três, com dois goleiros e duas traves. A bola deve passar pelo goleiro para valer a finalização.

11º Jogo obrigado passar para o goleiro 3x para finalizar

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; contra ataque; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; concentração; antecipação; cobertura; flutuação; atenção; marcação com desvantagem numérica; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição – Jogo de futsal normal, mas a bola deve passar pelo goleiro, no mínimo três vezes na quadra de taque, para uma equipe finalizar a gol. O número de passes para o goleiro na quadra de defesa é livre.

12º Jogo ataque contra defesa com goleiro linha (5’)

  • Objetivo – Sistema 0.5; marcação de goleiro linha; marcação de retorno; tomada de decisão do goleiro; concentração; velocidade nas ações de ataque; percepção do momento do jogo; contra ataque; finalização de longa distância; posse de bola; cobertura; atenção; concentração; armação de jogadas com goleiro linha e tomada de decisão.

  • Descrição – Jogo de futsal, mas durante cinco minutos uma equipe ataca a outra com goleiro linha. Obs. Após cinco minutos inverte a situações das equipes.

6.     Considerações finais

    Em síntese, pode-se considerar que a resolução de problemas nos Jogos Esportivos Coletivos envolvem diferentes processos cognitivos, como percepção, atenção, antecipação, memória, pensamento, inteligência, todos relacionados entre si e apoiados em estruturas de conhecimento declarativo e processual. A utilização do conhecimento, em situações de jogo, permitirá ao atleta a execução de operações cognitivas que resultará em uma concomitante resposta via execução de um ato técnico/tático. O sucesso da ação do jogador depende da capacidade de se adaptar aos diversos contextos e momentos do jogo para a construção e obtenção do gol e/ou para evitar que o adversário conquiste o mesmo. Para isto, é necessário tomar decisões que abranjam a determinação da posição dos colegas e dos adversários, o reconhecimento da trajetória da bola para se posicionar e dominá-la, o deslocamento para proteger e preencher um espaço, tudo de acordo com as regras e com o comportamento tático e técnico específico do futsal. A utilização do Goleiro/Linha é uma tomada de decisão importante no futsal, principalmente quando uma equipe esta em desvantagem no placar. Esta estratégia é utilizada nos últimos minutos da partida A eficácia e a eficiência do Goleiro/Linha vão depender da aplicação de situações-problema em se utilizar o Goleiro/Linha nos treinamentos das equipes. Desta forma, é importante treinar como defender-se de uma equipe que faz uso desta estratégia e trabalhar como atacar neste sistema. Ou seja, a utilização do Goleiro/Linha deve fazer parte da planificação e periodização do treinamento tático de uma equipe de futsal de alto nível.

Referências

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