Análise comparativa dos métodos
de flexibilidade, Estudio comparativo de los métodos de flexibilidad, activo y pasivo, en mujeres mayores de 60 a 79 años |
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*Mestre em Biotecnologia em Saúde. Professor do Departamento de Educação Física da FAGAMMON **Mestrado em Pedagogia da Educação Física Professor do Departamento de Educação Física da FAGAMMON ***Graduado em Educação Física (Brasil) |
Alan Peloso Figueiredo* Arryson Magalhães Zenith** Leandro Macedo Brites*** Leonardo Tadeu Teixeira*** |
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Resumo Com o passar dos anos o idoso perde o diálogo harmonioso com o seu corpo e sofre modificações que alteram os aspectos biológicos, funcionais, psíquicos e sociais. Estas alterações podem causar certo declínio na capacidade funcional do idoso, limitando sua independência e conseqüentemente sua qualidade de vida. Esta pesquisa teve por finalidade demonstrar a possibilidade de avaliação da flexibilidade, componente de extrema importância para a saúde humana, em 16 pessoas de melhor idade, do sexo feminino dos municípios de Bom Sucesso e São João Del rei. A comparação entre as medias foram feitas através do teste t de Student, com nível de significância de 5%.Os resultados obtidos através do teste de sentar e alcançar do banco de Wells adaptado acusou uma diferença estatisticamente significativa (P=0,03) entre a primeira avaliação e a reavaliação no alongamento ativo, bem como, Percebe-se necessidade de novos estudos antes de afirmar a eficácia dos métodos ativo e passivo. Entretanto, esta pesquisa comprovou que ambos os grupos melhoraram seu desempenho de flexibilidade. Unitermos: Flexibilidade. Métodos. Mulheres idosas.
Abstract Over the years the elderly lose the harmonious dialogue with your body and undergoes changes which alter the biological aspects, functional, psychological and social. These changes may cause some decline in functional capacity of the elderly, limiting their independence and consequently their quality of life. This research is to demonstrate the possibility of assessing the flexibility, component of extreme importance to human health in 16 people with better age, sex female of the municipalities of Bom Sucesso and Sao Joao del Rei, through the sit and reach test of the bank of wells, upgraded, in order to meet the different biotypes exist and to evaluate the full range of flexibility. Realizes the need for new research before you say the effectiveness of the method assets and liabilities. However this research showed that both groups improved their performace for flexibility. Keywords: Flexibility. Method. Older women.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial e segundo Gonçalves, (2001), em 2025, 15% da população brasileira (34 milhões) estará acima de 60 anos, sendo que nesse período haverá um aumento médio de 6,5% de idosos ao ano e, ao mesmo tempo, uma redução nos números absolutos de jovens entre 0 e 14 anos. Esse mesmo autor relata que, com o envelhecimento da sociedade, o brasileiro vai conviver mais com idosos, permitindo às gerações que amadurecerem ter um paradigma do que é ser velho. Para combater a inércia à qual os idosos estão confinados, nada melhor do que o movimento. É uma forma de adiar o repouso absoluto.
Atualmente, autores estão fazendo estudo sobre o envelhecimento e suas degenerações, transmitindo à sociedade considerações importantíssimas sobre as perspectivas de vida na melhor idade. Dentre essas degenerações, a hipotrofia muscular deve ter uma atenção especial, pois ela proporciona varias limitações como: dificuldade em agachar, amarrar sapatos, enxugar-se, pentear-se e pouca flexibilidade articular. Essas limitações comprometem a qualidade de vida e a auto-estima. Verificar o grau de flexibilidade e mostrar o quanto o exercício físico é importante contra o encurtamento muscular é o objetivo do presente estudo.
Os estudos de Zauadski citado por Silva (2008) demonstram que a classe da “Melhor Idade” necessita de um maior incentivo à prática esportiva ou atividades físicas constantes. Sugere ainda que o treino de flexibilidade proporciona bem-estar, força muscular e acima de tudo, bom condicionamento físico.
Flexibilidade foi definida por Holland citado por Dantas e Soares (2001) como a qualidade física responsável pela “... amplitude de movimento disponível em uma articulação ou conjunto de articulações”. Essa variável é um importante componente da capacidade física e relaciona-se com a execução de tarefas específicas do dia-a-dia. A idade, o sedentarismo e doenças como diabetes e hipertensão arterial da maior parte dos idosos, diminuem a capacidade de flexionar as articulações e costumam impossibilitar muitas atividades físicas, devido ao risco de futuros problemas.
Segundo Achou Júnior citado por Guadagnine e Olivoto (2004) “avaliar a flexibilidade usando o teste de sentar e alcançar é importante porque avalia duas importantes regiões corporais (coluna lombar e isquiotibiais)” Analisando esses estudos, podemos notificar a real situação da “atrofia” muscular e sugerir a manutenção da flexibilidade através de exercícios que provoquem uma regressão nesse encurtamento.
Por tanto, na Melhor Idade, selecionar atividades físicas de acordo com a capacidade individual proporciona segurança e prazer para desenvolver as atividades da vida diárias, tornando a vida mais ativa.
Metodologia
Utilizou-se para a realização dessa pesquisa, uma abordagem analítica – crítica, de natureza qualitativa e quantitativa, com pessoas que fazem parte do grupo da Melhor Idade dos municípios de Bom Sucesso e São João Del Rei, baseado na metodologia do banco de Wells, para realizar o teste “sentar e alcançar” de flexibilidade, onde as seqüências das referência são as seguintes;
Excelente |
22 cm ao mais |
Bom |
Entre 19 e 21 cm |
Médio |
Entre 14 e 18 cm |
Regular |
Entre 12 e 13 cm |
Fraco |
11 cm ou menos |
Fonte: Guadagnine e Olivoto (2004)
Amostra
Envolvimento de 2 grupos de 8 idosos com idade entre 60 e 79 anos, do sexo feminino, que não praticam atividades físicas regularmente.
Procedimento
Após breve explicação e demonstração feita pelo avaliador sobre o teste de sentar e alcançar, o mesmo foi aplicado e os indivíduos da pesquisa foram avaliados, sentadas no colchonete, da marca Caloi, com os pés apoiados, pernas estendidas, as mãos sobrepostas deslizando sobre a caixa, sem a ajuda do treinador, até alcançar a distância máxima conseguida, em três tentativas, sendo anotada a maior. (FREITAS JR & BARBANTI citado por GUADAGNINE e OLIVOTO, 2004)
Treinamento com exercícios de alongamentos, com o grupo de Bom Sucesso para método ativo e o de São João Del rei com o método passivo, de acordo com as possibilidades de cada membro.
Dados estatísticos
A comparação entre as medias foram feitas através do teste t de Student, com nível de significância de 5%, através do Excel 2003.
Avaliação
Análise do desempenho, através de gráficos, com dados dos testes dos idosos coletados antes e depois de trinta dias de treinamento.
Resultados
Houve uma diferença estatisticamente significativa (P=0,03) entre a primeira avaliação e a reavaliação no alongamento ativo, conforme Figura 1.
Bom Sucesso (ativo) |
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Teste 1 |
Teste 2 |
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4 |
8 |
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13 |
17 |
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13 |
15 |
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21 |
22 |
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25 |
24 |
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3 |
5 |
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11 |
11 |
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14 |
15 |
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Médias |
13 |
14,625 |
Teste T |
0,035425 |
Figura 1. Quadros e gráfico do teste de flexibilidade. Grupo ativo
Não houve diferença estatisticamente significativa (P=0,097) entre a primeira avaliação e a reavaliação no alongamento passivo, conforme Figura 2.
SJDR (passivo) |
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Teste 1 |
Teste 2 |
5 |
11 |
24 |
21 |
10 |
17 |
9 |
10 |
28 |
28 |
26 |
30 |
21 |
28 |
18 |
17 |
Médias 17,625 20,25 |
Teste T 0,097888 |
Figura 2. Quadros e gráfico do teste de flexibilidade. Grupo passivo
Os testes realizados nos municípios de Bom Sucesso e São João Del Rei, avaliaram dezesseis pessoas do sexo feminino, com idades variando entre 60 e 79 anos. A classificação da flexibilidade, medida no banco de Wells, depois de um mês de treinamentos, apresentou o método passivo uma melhora das médias de 14,89% em relação ao método ativo (12,5%), conforme demonstrado mediante as figuras acima:
As estatísticas apresentadas acima, referem-se a pessoas que não praticavam atividades físicas com um índice médio de flexibilidade. No entanto, treinadas duas vezes por semana, durante um mês, melhoraram seu desempenho, demonstrando que apesar da perda natural de força muscular com o envelhecimento as atividades físicas podem melhorar a flexibilidade, componente de extrema importância para vida e independente.
Discussão
De uma forma geral, o processo de envelhecimento envolve uma perda progressiva das aptidões funcionais do organismo (ALVES et al. citado por FarinattI e LOPES, 2004), sendo que, do ponto de vista fisiológico, algumas degenerações comuns a esse processo envolvem diminuição de força e resistência muscular, amplitude articular, perda de massa corporal magra, redução da flexibilidade (LEITE, citado por FarinattI e LOPES, 2004).
Além disso, a teoria de WEINEK citado por Guadagnine e Olivoto (2004), esclarece que um treinamento causa adaptações energéticas metabólicas que em contraposição as seqüências de movimento aprendido, são anuladas novamente, através de falta de movimento.
Os testes de “sentar e alcançar” realizados nos municípios de Bom Sucesso e São João Del Rei com idosos do grupo da Melhor Idade que não praticavam atividades físicas comprovaram que embora o método passivo em termos percentuais seja mais eficiente para ganho de flexibilidade. A pesquisa teve como limitações os seus resultados devido primeiro, a valores próximos das porcentagens e segundo, ao pequeno número de participantes.
Conclusão
Sugere-se que mais pesquisas sejam executadas antes de se afirmar que um ou outro método seja mais eficaz. Mas, o dado mais importante da pesquisa, é que ambos os grupos tiveram uma melhora na que tange a flexibilidade. Mesmo que alguns integrantes tenham regredido no teste a maioria obteve melhoras. Sabendo-se que a flexibilidade na melhor idade é componente da qualidade de vida, acredita-se que ambos os métodos obtiveram sucesso.
Referências bibliográficas
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FARINATTI, P.T.V.; LOPES.L.N.C. Amplitude e cadência do passo e componentes da aptidão muscular em idosos: um estudo correlacional multivariado. Revista Brasileira de Medicina do Esporte. São Paulo, Set-Out. 2004, v.10, n.5, p.389-394.
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Guadagnine, P.; Olivoto, R. Comparativo de flexibilidade em idosos praticantes e não praticantes de atividades físicas. EFDeportes.com, Revista Digital, Buenos Aires. Ano.10, n.69, 2004. http://www.efdeportes.com/efd69/flexib.htm
Pickles, B. et al. Fisioterapia na 3ª idade. São Paulo, 1ª reimpressão. Editora, Santos, 2002.
Rivera, F.J.U.; Artmann, E. Planejamento e gestão em saúde: flexibilidade metodológica e agir comunicativo. Ciência da saúde coletiva. Rio de Janeiro, v.4, n.2, 1999.
Silva.R.G. Analise da flexibilidade em idosas praticantes de caminhada do município de montes claros – MG. Revista Consciência Extensão. Belo Horizonte, v.1, n.1.
Zimermann, M. Exercícios físicos para pessoas maiores de cinqüenta anos as perspectivas do trabalho coletivo e individualizado: um estudo de caso. Revista Catarinense de Educação Física. Santa Catarina, nº 4, Dezembro 2007.
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