efdeportes.com

Estudo correlacional entre as medidas direta
e indireta do VO2max em policiais militares

Estudio correlacional entre las medidas directa e indirecta del VO2máx en policías militares

 

Universidade Estadual de Ponta Grossa

Ponta Grossa, PR

(Brasil)

Adalberto Ferreira Junior

adalbertojr07@hotmail.com

Paulo Eduardo Redkva

pauloredkva@hotmail.com

Edson Itaru Kaminagakura

eikaminagakura@gmail.com

 

 

 

 

Resumo

          O consumo de oxigênio (VO2) tem sido de grande valia na avaliação da aptidão aeróbia de diversos segmentos da sociedade. Com isso o objetivo do presente estudo foi comparar dois protocolos de avaliação da potência aeróbia máxima (VO2max) em militares da Polícia Militar do Paraná pertencentes a um destacamento denominado força verde. A amostra foi composta por 19 policiais militares do sexo masculino com idade de 35±4,9 anos, estatura igual a 1,67±0,36m e massa corporal de 77,0±9,5 kg. A mensuração do VO2max de forma direta foi realizada através da espirometria em um teste incremental em esteira rolante com velocidade inicial de 12 km/h, estágios de 03 minutos com incrementos de 01 km/h até a exaustão voluntária, sendo a inclinação da esteira mantida a 1% durante todo o teste. Para analise dos gases foi utilizado o analisador de gases Parvo Medics. Na predição do VO2max de forma indireta, foi utilizado o Teste de Cooper de 12 min (TC12min), onde o militar percorreu, em pista oficial de atletismo, a maior distância possível dentro do tempo máximo de 12 min. Para as possíveis diferenciações entre as situações estudadas foi utilizado o teste t Student e para as prováveis correlações o teste de correlação de Pearson, adotando nível de significância pré-fixado em p<0,05 para todos os casos. Os valores de VO2max obtidos no teste de medida direta não apresentaram diferenças significativas em relação à medida indireta (54,6±4,4 vs. 47,9±5,5 ml/kg/min, respectivamente). Quando correlacionados os índices de VO2max obtidos em ambos os testes, foi observado correlação significante (r=0,68;p=0,04) entre eles. Portanto, com base nos resultados apresentados, pode-se concluir que o VO2max verificado de forma indireta pode ser uma boa alternativa na determinação do VO2max em policiais militares.

          Unitermos: Capacidade aeróbia. Teste direto. Teste indireto.

 

Abstract

          Oxygen consumption (VO2) has been of great value in assessing the aerobic fitness of various segments of society. Thus the objective of this study was to compare two protocols for assessing maximal aerobic power (VO2max) on military Police of Parana belonging to a detachment called green power. The sample consisted of 19 military police men aged 35 ± 4.9 years, height equal to 1.67 ± 0.36 m and weight of 77.0 ± 9.5 kg. The measurement of VO2max directly by spirometry was performed in an incremental test on a treadmill with an initial velocity of 12 km/h, periods of 03 minutes in increments of 01 km/h until volitional exhaustion, and the inclination of the treadmill kept at 1% during the entire test. For analysis of gases was used Parvo Medics gas analyzer. For predicting VO2max indirectly, used the Cooper test of 12 min (TC12min), where the military has come in official running track, as far as possible within the maximum time of 12 min. For possible differences between the situations studied, we used the Student t test and the probable correlation of the Pearson correlation test, adopting a significance level pre-set at p <0.05 for all cases. The VO2max values ​​obtained in the direct measurement test showed no significant differences in relation to the indirect measurement (54.6 ± 4.4 vs. 47.9 ± 5.5 ml/kg/min, respectively). When VO2max correlated indices obtained in both tests, we observed a significant correlation (r = 0.68, p = 0.04) between them. Therefore, based on the results presented, we can conclude that the observed indirectly VO2max can be a good alternative in the determination of VO2max in the military police.

          Keywords: Aerobic capacity test. Direct test. Indirect test.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    O consumo máximo de oxigênio (VO2max) é considerado um índice de potência aeróbia máxima e é altamente associado a esportes de endurance, sendo também utilizado para o monitoramento do treinamento(1;2,3).

    O VO2max pode ser definido como o maior volume de oxigênio que o indivíduo consegue captar, respirando ar atmosférico, transportar aos tecidos pelo sistema cardiovascular e utilizar em nível celular na unidade de tempo. Durante o exercício ele é alcançado quando se atingem níveis máximos de débito cardíaco e de extração periférica de oxigênio e não é ultrapassado mesmo com incremento na carga de trabalho muscular(4).

    O treinamento específico sobre o sistema aeróbio tem como principal função aumentar a resistência cardiovascular do indivíduo, que tem grande relevância na preparação física de atletas. Portanto o desenvolvimento da capacidade aeróbia é um dos fatores determinantes da performance desses atletas em diversas modalidades (5).

    Quanto à mensuração do VO2max, existem dois métodos que apresentam vantagens e desvantagens: o direto e o indireto (6). Para mensurar diretamente o VO2max normalmente aplicam-se um teste ergoespirométrico(7,8) com cargas crescentes, seja em protocolo escalonado(9) ou em rampa(10), a fim de obter as frações expiradas de oxigênio e dióxido de carbono e ainda a ventilação pulmonar durante o esforço e no momento de exaustão (11,12,13). Esses parâmetros nos mostram um resultado muito confiável(14), no entanto, tem elevado custo financeiro, pois são necessários equipamentos sofisticados, mão-de-obra especializada para aplicação dos testes, maior quantidade de tempo com cada avaliado e ainda exige maior motivação, pois geralmente é realizada em laboratórios(15).

    No que diz respeito à medida indireta do VO2max, podem ser utilizados testes de campo, nos quais o cálculo desse índice é obtido através de equações baseadas em tempo ou distância pré estabelecidos. Nesse caso, podem ser avaliados vários indivíduos ao mesmo tempo e o custo financeiro se torna baixo e em alguns casos são aproximados das situações de especificidade da modalidade praticada(16).

    Sabe-se que a precisão dos testes indiretos, muitas vezes é questionada, tendo em vista que muitas dessas equações são específicas para grupos pré determinados(17,18).

    Neste sentido, o objetivo do presente estudo foi correlacionar os testes de medida direta e indireta do VO2max em policiais militares pertencentes a um destacamento denominado força verde do estado do Paraná.

Metodologia

    Participaram deste estudo 19 policiais militares do sexo masculino, pertencentes ao destacamento da Força Verde da polícia militar do Paraná da cidade de Ponta Grossa – Paraná. Os participantes apresentavam como características: 35 ± 4,9 anos, estatura de 1,67 ± 0,36m e massa corporal de 77,0 ± 9,5 kg.

    Todos os indivíduos preencheram e assinaram o termo de consentimento livre e esclarecido (TCLE), tendo sido contemplados todos os procedimentos éticos para pesquisa em seres vivos, de acordo com a Resolução 196/96, Conselho Nacional de Saúde.

    Os testes laboratoriais foram realizados no Laboratório de Atividade Física e Saúde (LAFISE) da Universidade Estadual de Ponta Grossa por um período de 02 semanas. Os testes de campo foram realizados em pista oficial de atletismo da mesma universidade.

    Para a determinação da massa corporal e estatura dos policias militares, foi utilizada uma balança (Welmy, modelo R-110, 2006) com graduação de 100g e um estadiômetro na própria balança com precisão de 0,1 cm, respectivamente.

Determinação do VO2max pelo método direto

    O VO2max foi determinado a partir de um teste incremental máximo em esteira rolante motorizada (Imbramed Millennium, modelo ATL, Porto Alegre,RS) iniciando com velocidade 12 km h-1, que foi aumentada em 1 km.h-1 após cada estágio de 3 minutos, até a exaustão voluntária do participante. A inclinação da esteira se manteve em 1%, pois seria esta a inclinação que representa mais precisamente o custo energético da corrida em ambientes abertos(19). Os atletas foram estimulados verbalmente para prosseguirem até o momento que realmente não conseguissem mais sustentar o esforço que estavam realizando. Deu-se por exaustão voluntária, o momento em que o atleta segurou as barras laterais da esteira e retirou seus pés de cima do tapete rolante.

    No decorrer do teste, os gases expirados foram avaliados pelo analisador de gases Parvo Medics (TrueOne® 2400 Metabolic Measurement System – USA)(20) sendo calibrado manualmente com amostra de gases conhecidas a cada quatro avaliações, conforme especificações do fabricante.

    O analisador de gases foi ajustado para permitir uma coleta de gás a cada respiração, com os resultados posteriormente armazenados em software específico (TrueOne® 2400 Metabolic Measurement System- USA). Durante o teste incremental a freqüência cardíaca foi monitorada através do frequencímetro (Marca Polar, Modelo T-31).

    Os critérios considerados para o cálculo do VO2max foram pelo menos dois, dos citados a seguir:

  • Estabelecimento de platô da curva de consumo de oxigênio em relação à carga;

  • Razão das trocas gasosas ≥ 1,0;

  • Exaustão física do indivíduo.

    Para melhor compreensão dos dados, a Figura 1 mostra como exemplo, uma das curvas médias de consumo de oxigênio (VO2) apresentado por um dos 19 policiais militares avaliados.

Figura 1. Exemplo do consumo de O2 (VO2) durante o teste incremental de um dos atletas avaliados

Determinação do VO2max pelo método indireto

    Para determinação indireta do VO2max foi utilizado o teste de campo de 12min(21), onde os policiais correram/andaram a maior distancia possível no tempo pré estabelecido. Os policiais militares foram divididos em 04 grupos e o tempo obtido foi registrado com cronômetro manual. Através dos tempos individualmente registrados foram calculados o VO2max para cada participante, com a seguinte fórmula:

VO2max = (m - 504,9) / 44,73

onde:

m= distância percorrida no tempo de 12 minutos.

Tratamento estatístico

    Para o tratamento estatístico foi utilizado inicialmente o teste de normalidade de Shapiro-Wilk em todas as variáveis, e a partir desse momento, utilizado uma análise estatística paramétrica. Para verificar se existiu correlação entre os testes de medida direta e indireta para determinar o VO2max nos corredores militares, foi utilizado o coeficiente de correlação de Pearson. Para verificar se houve diferença significativa entre os índices de VO2max utilizou-se o test t de Student, foi adotado como nível de significância p<0,05 para todos os casos estudados. Para as análises estatísticas foi utilizado o programa Statística7.0 (Statsoft, Tulsa, EUA). Os resultados estão apresentados com média ± desvio padrão (MD±DP).

Resultados

    Os grupo de policiais estudados obtiveram o VO2max de 54,6 ml.kg.min-1 (± 4,4) em valores relativos à massa corporal no teste realizado em laboratório, enquanto que o valor predito pelo TC12min foi de 47,9 ml.kg.min-1 (± 5,5). Encontrou-se correlação significativa (p=0,04) entre os valores de VO2max determinados de forma direta e indireta, e não verificou-se diferença entre os dois parâmetros (Figura 2 e Tabela 1).

Figura 2. Valores médio e desvio padrão do VO2max determinado de maneira direta e indireta

*Correlação significativa entre o teste de VO2max direto e indireto em corredores.(p<0,05; r=0,68).

 

Tabela 1. Indices de VO2max: teste direto e indireto (TC12min)

*Correlação significativa entre o teste de VO2max direto e indireto em corredores. (p<0,05; r=0,68)

Discussões

    O principal achado deste estudo foi revelar a ausência de diferença e ainda a presença de correlação significativa entre o teste direto para determinação do VO2max com o TC12min em policiais militares do destacamento Força Verde da polícia militar do Paraná.

    A aptidão cardiorrespiratória apresentada pela amostra permaneceu dentro do esperado para esta população de policiais militares. Tratando-se dos valores de VO2max encontrados em nosso estudo, verificamos que os índices apresentados foram superiores dos relatados em estudo com policiais militares do estado da Paraíba (VO2max = 43,04 ± 5,23 ml.kg.min-1) com idades de 31,0 ± 6,3 anos(22)

    Não podemos deixar de considerar a importância dos testes obtidos em laboratório, pois, um teste bem conduzido de forma correta e com o controle das variáveis envolvidas fornecerá resultados muito confiáveis. Nesse caso, as cargas devem administradas gradualmente com exatidão, a fim de alcançar o consumo máximo de oxigênio(23). Porém, nem sempre contamos com todos os recursos oferecidos nos ambientes laboratoriais, existindo então uma necessidade em se desenvolver e estudar mais os testes indiretos aplicados em atletas.

    Com isso a viabilidade dos testes de campo na determinação do VO2max foi defendida por Lima et al (2005)(6) ao identificarem forte correlação (r=0,72) entre o VO2max obtido através do teste de 3200m com o determinado em laboratório, não encontrando diferença significativa para as variáveis estudadas. Nessa mesma linha de raciocínio Bangsbo e Lindquist (1992) (24) ao utilizar o mesmo teste de 3200m em jogadores de futsal, não identificaram diferença significativa e ainda encontraram forte correlação (r=0,72) entre o VO2max determinado no campo com o determinado em laboratório.

    Grant et al.(25), quando compararam os resultados de VO2max obtidos pelo teste de Cooper, shuttle run de multiestágios progressivos e pelo teste submáximo em bicicleta como medida direta, em homens saudáveis, verificaram que os índices apresentados pelo teste de Cooper foi mais plausível ao comparado com os outros testes. Em nosso estudo o TC12min foi escolhido como método indireto, pois a realização do teste em pista se revelou mais fiel, talvez pelo fato da especificidade da corrida ou ainda pelo que pode ser atribuído à motivação dos indivíduos com o local onde foram executados os TC12min, além do mais, os policiais militares não tiveram dificuldades em realizar o desempenho preconizado por Cooper (21).

Conclusões

    De acordo com os resultados do presente trabalho, concluímos que os testes de medida indireta do VO2max apresentam correlação significativa com os testes de medida direta. Desse modo, podemos dizer que a utilização do teste do TC12min apresenta-se como uma boa opção para a determinação da capacidade aeróbia desses atletas. Além disso, a medida indireta é de fácil utilização e tem baixo custo em relação à direta, o que proporciona a coleta dados práticos que consideram a individualidade dos policiais militares.

Referências

  1. Brandon LJ. Physiological factors associated with middle distance running performance. Sports Med 1995; 19:268-77.

  2. Midgley AW, McNaughton LR, Wilkinson M. Is there an Optimal Training Intensity for Enhancing the Maximal Oxygen Uptake of Distance Runners? Sports Med 2006; 36 (2): 117-132.

  3. Denis C, Dozmois D, Lacour JR. Endurance training, VO2max and OBLA: a longitudinal study of two different groups. Int J Sports Med 1984;5:167-73.

  4. Taylor HL, Buskirk E, Henschel A. Maximal oxygen intake as an objective measure of cardiorespiratory performance. J Appl Physiol 1955;8:73-80

  5. Ohkuwa T, Miyamura M. Peak blood lactate after 400m sprinting in sprinters and long-distance runners. Jpn J Physiol 1984. 34: 552-6.

  6. Lima AMJ, Gomes Silva DV, Souza AOS. Correlação entre medidas direta e indireta do VO2max em atletas de futsal. Rev Bras Med Esporte, 2005; 11(3).

  7. Barros Neto TL, Tebexreni AS, Tambeiro VL. Aplicações práticas da ergoespirometria no atleta. Rev Soc Cardiol Estado de São Paulo 2001;11:695-705.

  8. Serra S. Considerações sobre ergoespirometria. Arq Bras Cardiol 1997;68:301-4.

  9. Behm DG, Sale DG. Velocity specificity of resistance training. Sports Med 1993;15:374-88.

  10. Myers J, Buchanan N, Walsh D, Kraemer M, McAuley P, Hamilton WM, et al. Comparison of the ramp versus standard exercise protocols. J Am Coll Cardiol 1991;17:1334-42.

  11. Hill DW, Poole DC, Smith JC. The relationship between power and the time to achieve VO2max. Med Sci Sports Exerc 2002;34:709-14.

  12. Nevill AM, Brown D, Godfrey R, Johnson PJ, Romer L, Stewart AD, et al. Modeling maximum oxygen uptake of elite endurance athletes. Med Sci Sports Exerc 2003;35:488-94.

  13. Harling SA, Tong RJ, Mickleborough TD. The oxygen uptake response running to exhaustion at peak treadmill speed. Med Sci Sports Exerc 2003;35:663-8.

  14. Silva PRS, Romano A, Yazbek Jr P, Cordeiro JR, Battistella LR. Ergoespirometria computadorizada ou calorimetria indireta: um método não invasivo de crescente valorização na avaliação cardiorrespiratória ao exercício. Rev Bras Med Esporte 1998;4:147-58.

  15. Diaz FJ, Montano JG, Melchor MT, Guerrero JH, Tovar JA. Validation and reliability of the 1,000 meter aerobic test. Rev Invest Clin 2000;52:44-51.

  16. Duarte MFS, Duarte CR. Validade do teste de aeróbio de corrida de vai e vem de 20 metros. Revista Brasileira de Ciência e Movimento 2001;9:07-14.

  17. Weltman J, Seip R, Levine S, Snead D, Kaiser D, Rogol A. Prediction of lactate threshold and fixed blood lactate concentrations from 3200-m time trial running performance in untrained females. Int J Sports Med 1989;10:207-11.

  18. Basset DR, Howley ET. Limiting factors for maximum oxygen uptake and determinants of endurance performance. Med Sci Sports Exerc 2000;32:70-84.

  19. Jones AM, Doust JH(1996). A 1% treadmill grade most accurately reflects the energetic cost of outdoor running. Journal Sport Science, Vol. 14, p 321-7.

  20. Basset DR, Howley ET, Thompson D, King GA., Strath SJ, McLaughlin JE, Parr BB. Validity of inspiratory and expitatory methods of meansuring gás exchang with a computerized systen. J Appl Physiol 2001; 91: 218 – 224.

  21. Cooper KH. A means of assessing maximal oxygen uptake. Journal of the American Medical Association 1968; 8(3):135-8.

  22. Araújo Junior AT, Medeiros RJD, Oliveira LS, Ferreira LA, Sousa MSC. Comparação do consumo máximo de oxigênio (VO2máx) de militares que trabalham em Rádio Patrulha e Guarda de Presídio. Fit Perf J. 2009 mar-abr;8(2):90-5.

  23. Rosch D, Hodgson R, Peterson TL, Graf-Baumann T, Junge A, Chomiak J, Dvorak J. Assessment and evaluation of football performance. Am J Sports Med 2000; 28:29-39.

  24. Bangsbo J, Lindquist F, Comparison of various exercise tests with endurance performance during soccer in professional players. International Journal Sports Medicine 1992; 13:125-32.

  25. Grant S, Cobertt K, Amjad AM, Wilson J, Aitchison T. A comparison of methods of predicting maximum oxygen uptake. Journal Sports Medicine 1995; 29:147-52.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 174 | Buenos Aires, Noviembre de 2012
© 1997-2012 Derechos reservados