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Categorização e descrição técnica da marcha atlética

Clasificación y descripción técnica de la marcha atlética

Categorization and technical description of race walking

 

*Programa de Pós-Graduação Lato-Sensu da Universidade

Gama Filho, Cinesiologia, Biomecânica e Treinamento Físico

**Professor da Faculdade dos Guararapes, FG

Professor da Faculdade Boa Viagem; Treinador da Seleção Brasileira de Atletismo

***Professor da Universidade de Pernambuco, UPE

Professor Dissertante da Confederação Brasileira de Atletismo (CBAt)

e Federação Internacional de Atletismo (IAAF)

Cisiane Dutra Lopes*

Vanthauze Marques Freire Torres**

Warlindo Carneiro da Silva Filho***

cisidutra@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          A marcha atlética é uma modalidade que compõe o atletismo tendo regras e gestos técnicos específicos, podendo ser caracterizada segundo (3) três perspectivas: Tipo de movimento – técnico específico, Riqueza motriz – cíclica, Qualidades físicas – via energética aeróbica. Desta forma, o objetivo nesse estudo é categorizar e descrever tecnicamente a marcha atlética permitindo aos treinadores e professores terem mais clareza sobre a execução da técnica nesta prova. Sendo assim, podemos concluir que a prática da marcha atlética exige um alto grau de coordenação entre os membros superiores, inferiores e o tronco, permitindo que sua correta execução técnica promova um melhor desempenho entre os atletas.

          Unitermos: Atletismo. Marcha atlética. Categorização. Técnica.

 

Resumen

          La marcha atlética es un deporte que hace las reglas y el atletismo con determinados gestos técnicos y puede ser caracterizada de acuerdo a (3) tres perspectivas: Tipo de Movimiento - motivos específicos riqueza técnica: cualidades cíclicas, Físicas - a través de energía aeróbica. Así, el objetivo de este estudio es clasificar y describir técnicamente la marcha atlética que permite los entrenadores y los profesores tienen más claridad sobre la aplicación de la técnica en esta prueba. Por lo tanto, llegamos a la conclusión de que la práctica del equipo atlético requiere un alto grado de coordinación entre las extremidades superiores e inferiores y el tronco, lo que permite la ejecución técnica correcta promueve un mejor rendimiento entre los atletas.
          Palabras clave: Atletismo. Marcha atlética. Categorización. Técnica.

 

Abstract

          Race walking is a sport that makes up the rules and athletics with specific technical gestures and can be characterized according to (3) three perspectives: Movement type - specific technical Wealth motives - Cyclical, Physical qualities - via aerobic energy. Thus, the objective of this study is to categorize and describe technically race walking allowing coaches and teachers have more clarity on the implementation of the technique in this test. Thus, we conclude that the practice of athletic gear requires a high degree of coordination between the upper and lower limbs and trunk, allowing the correct technical execution promotes better performance among athletes.

          Keywords: Track and Field. Race walking. Categorization. Technique.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A partir de 1928 a marcha atlética passa a ter regras específicas para que seja possível controlar adequadamente as grandes manifestações internacionais, como Jogos Olímpicos e Campeonatos Mundiais, observando-se o conjunto das regras e separando com exatidão o que é marcha do que é a corrida. (BRAVO et al. 1990).

    Por ser uma modalidade de grande dificuldade técnica e de julgamento subjetivo devido às exigências do regulamento, a marcha atlética passa a ser uma disciplina pouco difundida e trabalhada pelos treinadores.

    Com isso, o estudo tem como objetivo categorizar e descrever tecnicamente a marcha atlética, permitindo aos treinadores e professores terem mais clareza sobre a execução da técnica, para que desta forma, seja possível realizar as correções necessárias durante o seu treinamento.

Grupos de provas no atletismo

    A prática do Atletismo é tão antiga quanto o próprio homem. Afinal, o ser humano já corria, saltava obstáculos e lançava objetos, muito tempo antes de fabricar suas primeiras ferramentas. Assim, por representar movimentos próprios do ser humano, o atletismo é chamado de esporte base. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO, 2012).

    Em seu formato moderno, o programa olímpico do Atletismo apresenta provas de pista (corridas rasas, corridas com barreiras e corridas com obstáculos), de campo (saltos, arremesso / lançamentos), provas combinadas (decatlo e heptatlo), maratona e marcha atlética. Também faz parte do atletismo às corridas de rua, estrada, montanha e as provas de Cross country. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO, 2012).

    Segundo Carneiro (2001) no programa olímpico existe para o gênero masculino um número de 24 (vinte e quatro) provas atléticas e para o gênero feminino um número de 23 (vinte e três) provas atléticas.

    Estas provas são, por norma, agrupadas em blocos homogêneos, tendo em conta a utilização das alavancas do corpo e à forma como são encontrados os seus resultados. Apesar desta divisão e de pertencerem ao mesmo desporto/esporte, apresentam formas distintas de serem realizadas. (CARNEIRO, 2001, p.52).

    De acordo com Carneiro (2001) a composição dos grupos de provas no atletismo é bastante similar entre os estudiosos, Schmolinsk (1982), Jonath et al. (1983), Hegedüs (1991), Bravo et al. (1990), Ballesteros (1992), Sant (1993), onde relatam esta organização da seguinte forma:

Categorização da marcha atlética

    De acordo com Sant (1996) o atletismo é um esporte muito variado, no qual cada especialidade atlética possui características distintas, desta forma podemos caracterizar as provas de marcha atlética fundamentadas em 3 (três) perspectivas:

    Quanto ao Tipo de Movimento a marcha atlética pode ser caracterizada como técnico específico, pois seus movimentos foram modificados ao longo dos anos com o objetivo de potencializar seus resultados em busca dos recordes, desta forma houve uma evolução do movimento natural para o movimento natural adaptado e nos dias atuais para o movimento técnico específico. (SANT, 1996).

    Quanto a Riqueza Motriz os movimentos da marcha atlética podem ser classificados em cíclicos, pois a sua realização apresenta uma repetição constante do ciclo gestual. (CARNEIRO, 2001).

    Quanto as Qualidades Físicas elas sofrem influência conforme o tipo de estrutura muscular e do predomínio do tipo de metabolismo energético utilizado no rendimento das provas do atletismo. Nas provas de marcha atlética a via energética predominante é a aeróbia que é caracterizada pela realização de atividades de longa duração e baixa a média intensidade. (SANT, 1996).

Marcha atlética

    Sempre que se fala das características do atletismo e sua importância como desporto base, são lembradas as atividades primárias, correr, saltar ou lançar que todos nós realizamos desde pequenos. Este é o primeiro desporto universal que praticamos naturalmente desde pequeno sem tomar clara consciência disso. (CARNEIRO, 2001)

    Deve-se considerar que a complexa variedade de atividades que se integram nesse esporte não poderia faltar uma tão natural como a marcha, que há muito tempo tem se constituído um excelente meio de condicionamento físico, tanto quanto orgânico quanto muscular, servindo assim mesmo tanto ou mais que a corrida para gozar da natureza e desenvolver a vontade de esforço. (BRAVO et al. 1990; FRÓMETA et al. 2004).

    A marcha atlética é uma modalidade que compõe o atletismo e que tem regras e gestos técnicos específicos. (FRÓMETA et al. 2004) Tornou-se uma modalidade olímpica a partir de 1908 nos Jogos de Londres. De acordo com Bravo et al. (1990) muitos a ironizam considerando ridículos os movimentos dos quadris e dos ombros, específicos dessa modalidade.

    Sempre se fala da marcha de acordo com Bravo et al. (1990), como uma modificação do andar por causa dos movimentos mais velozes e amplos dos quadris, pernas e braços, quando na realidade essa velocidade se assemelha mais a uma corrida de longa duração do que a de uma caminhada. Na mecânica do andar é permitido que se tenha uma flexão do joelho devido à comodidade e pouca intensidade das ações que se realizam, enquanto que marcha atlética o primeiro contato ao solo deve ser feito com a perna estendida para tentar evitar a perda de contato com solo. (BALLESTEROS, 1980; SCHMOLINSKY, 1982)

    Assim como na corrida ou na marcha, o que se pretende é uma projeção continua do corpo pela ação das pernas, e para que isso ocorra o fundamental é a impulsão sobre o terreno; essa impulsão é menos potente na macha por falta da ação do joelho que deve estar estendido durante a fase de apoio. (JUNCOSA, 1974; BALLESTEROS, 1980).

    A colaboração dos braços e ombros para equilibrar e compensar a ação das pernas e quadris faz com que todo o corpo intervenha com um movimento conjunto e similar aos dos felinos e répteis, originando um caminhar uniforme e fluido. A ação dos quadris permite manter a cabeça e o tronco sempre na mesma altura média, tanto na fase de apoio simples como na fase de apoio duplo, evitando que se elevem a cada passo para não originar um desgaste inútil de energias. (JONATH, 1983; SCHMOLINSKY, 1982).

    De acordo com Polischuk (2000) quando há uma continuação da prática da marcha, há um melhoramento técnico e uma maior velocidade e soltura de movimentos, permitindo segurar ritmos de alta velocidade com um menor risco de perda de contato com o solo.

Técnica da marcha atlética

    A marcha atlética é uma progressão de passos, executados de tal modo que o atleta mantenha um contato continuo com o solo, não podendo ocorrer (a olho nu) a perda de contato com o mesmo. A perna que avança deve estar estendida desde o momento do primeiro contato com o solo, até a posição ereta vertical. (CONFEDERAÇÃO BRASILEIRA DE ATLETISMO, 2012).

    A técnica é única para todos os atletas, pois por mecânica humana, os movimentos que geram as forças positivas da marcha têm que ser iguais, variando somente as formas peculiares que cada pessoa tem de realizar os gestos de acordo com sua morfologia e qualidades físicas e mentais, o que constitui o estilo de cada um. (BRAVO et al. 1990; UK ATHLETICS, 2002).

    De acordo com Juncosa (1974), Jonath (1983) e Ballesteros (1980) se olharmos ao nosso redor, nas ruas, daremos conta de quanto às pessoas ao andar, conservam uma atitude correta e executam esse exercício com certa soltura, a maioria das pessoas colocam os pés convergindo ou divergindo entre eles, as pernas separadas, o tronco inclinado e etc.

    Juncosa (1974) e Ballesteros (1980) ainda afirmam que: “essa maneira de passear não e somente a falta absoluta de prática de marcha, mas também ao relaxamento de todos os músculos, resultados da ausência de uma forma qualquer de atividade física.

Ação dos braços e ombros

    Os braços e ombros de acordo com Bravo et al. (1990) têm a função de equilibrar e coordenar as forças da inércia geradas pelas pernas e o quadril, contrabalanceando os movimentos de ambos são, no entanto, colaboradores das forças positivas mas não uma verdadeira força que pode projetar o corpo pra frente como fazem as pernas.

    Os braços realizam um movimento de torção no sentido contrário ao do quadril, para compensar o avance do mesmo, a posição do tronco é vertical e se inclina ligeiramente para frente seguindo a fase. (SANT, 1996)

    Segundo Schmolinsky (1982) os braços auxiliam com seus movimentos ritmados, mantendo o ritmo da passada. Quanto mais rápida for a marcha mais rápido será a ação dos braços, porém isso varia de individuo para individuo. Os ombros têm que contrariar o movimento do quadril exercendo assim um efeito benéfico no comprimento da passada.

    De acordo com Juncosa (1974) são os ombros que movem para trás assegurando o movimento compensador da ação das pernas, os braços se movem como conseqüência dos movimentos dos ombros, os braços são usados apenas para o ritmo e equilíbrio.

    Bravo et al. (1990) descreve que os braços devem estar flexionados a um ângulo de 90º graus e devem estar relaxados até os ombros, convergindo até o eixo longitudinal do corpo; as mãos devem ficar em igual postura, ou seja, com os dedos flexionados de uma maneira cômoda e os polegares retos.

    Desta forma a melhor maneira de movimentação dos braços, é um balanço naturalmente executado quase até o meio do tórax. Deve-se evitar o encolher dos ombros, pois o mesmo provoca um deslocamento desfavorável do centro de gravidade e tende a fazer com que o atleta perca contato com o solo. (SCHMOLINSKY, 1982)

    Para Bravo et al. (1990) a ação dos braços devem ser pendular e realizada no plano triangular como mostra a Figura 1, o que resulta convergindo na frente e divergindo atrás, esta convergência é resultante e não deve ser buscada de propósito, pois isso provocará um balanceio lateral com dispersão das forças de inércia desse sentido. As mãos não devem passar a altura dos peitorais nem o eixo longitudinal do corpo.

Figura 1. A oscilação dos braços no plano triangular

    A figura 1 mostra como deve ser feito o movimento de oscilação dos braços e ombros, que não deve ser retilínea e sim fazer um movimento de convergência à frente e divergência atrás, criando dessa forma a figura imaginária do triângulo, por isso que se chama oscilação dos braços no plano triangular.

    De acordo com Schmolinsky (1982) o aconselhável é que para iniciantes que tem passadas curtas e irregulares, e que tendem a “saltar”, manterem os braços mais baixos e menos flexionados, visto que, com isso poderão contrariar tais deficiências.

Ação das pernas e quadril

    De acordo com Bravo et al. (1990) as pernas são o verdadeiro meio de locomoção e gerador das forças positivas, e seu trabalho pode ser analisado através de duas fases; uma fase de tração e outra de impulsão. A perna deve chegar ao solo estendida como mostra as figuras 2 e 3, o pé deve fazer um contato suave com a parte externa do calcanhar formando com a perna um ângulo aproximado de 90º graus.

Figura 2 e 3. Perna chegando em completa extensão ao solo e perna flexionada no momento de contato como o solo.

    O que se pode perceber na figuras 2 e 3 é que, quando a perna chega estendida ao solo a sua amplitude de passada é maior do que quando ela chega em flexão, outra observação que pode ser feita é que, o ângulo do pé com o solo também é maior com a perna em extensão, o que vai facilita o movimento de tração realizado pela perna ser maior.

    Segundo Sant (1996) a tração se inicia no instante do contato do calcanhar com o solo e termina quando o corpo está em vertical sobre o pé de apoio. E a impulsão se inicia no instante em que o centro de gravidade sobre - passa à vertical do pé de apoio, a mesma perna que realizou a tração começa a impulsionar com uma acentuada extensão do tornozelo até que a outra perna vá passando adiante.

    A ação completa do impulso unida ao movimento horizontal do quadril resulta em uma maior amplitude natural da passada, marcha em linha reta, pois na fase de duplo apoio os pés situam-se sobre uma linha imaginária reta traçada do calcanhar a ponta dos pés, distinguindo-se atletas marchadores que sobrepõem a metade da parte interna de cada pé sobre ela e outros que por maior flexibilidade ou ao melhor emprego do quadril conseguem colocar o centro da planta do pé sobre a linha, como mostra a Figura 3. (JONATH, 1983; BRAVO et al. 1990)

Figura 4. É indispensável que o atleta caminhe com os dois pés sobre uma única linha. A posição correta; B e C, posições defeituosas

    A figura 4 mostra a forma correta que o atleta deve executar durante a marcha, pois ao realizar a marcha em linha reta ele estará utilizando os movimentos (forças) que são gerados pelas pernas, quadris, braços e ombros; e ao marchar em linhas paralelas ele estará desviando essas forças.

    Um passo longo e econômico é conseguido por meio de uma acentuada impulsão com a perna traseira, o impulso indispensável para um passo longo é obtido com o desenrolamento do pé, da planta aos dedos. Um instante antes de o pé perder contato com o solo deve-se dar o contato do calcanhar do outro pé com o solo. (SCHMOLINSKY, 1982)

    Segundo Ballesteros (1990) o quadril desenvolve uma função essencial na execução de uma boa técnica, já que de seus acertados movimentos depende a freqüência e amplitude da passada, o que permite levar uma marcha rápida, fluida e econômica, com a intervenção conjunta de toda a massa corporal.

    Uma boa flexibilidade da articulação coxofemoral é decisiva para a suavidade e regularidade do ritmo da marcha. A cada passada, quando a perna de trás avança, o quadril deve executar um movimento de desvio para o outro lado; além da torção do corpo que se verifica na corrida, há na marcha também um deslocamento horizontal dos eixos do quadril e dos ombros. (SCHMOLINSKY, 1982)

    Para Sant (1996) o quadril tem uma dupla função, a primeira seria fazer um movimento horizontal, acompanhado para diante da perna atrasada; e sua segunda função seria de cima-baixo, ao descer ao lado da perna que se impulsiona e ao se elevar ao lado da perna que se traciona, tudo isso forma um movimento rotatório das articulações do quadril como mostra a figura 5.

Figura 5. Movimento horizontal de subida e descida do quadril no ciclo completo de cada perna

    É importante determinar quando amplitude começa a ser excessiva prejudicando a freqüência, ou quando a freqüência está prejudicando a amplitude. Isso pode facilmente detectado ao observar o ritmo mantido pelo marchador, e também por dedução, considerando como uma boa longitude de passada não buscada de propósito, sem que seja resultante do impulso e movimento horizontal do quadril. (BRAVO et al. 1990)

Ação do tronco e da cabeça

    De acordo com Schmolinsky (1982) a parte superior do corpo deve manter-se ereta ou ligeiramente inclinada para frente, porém uma inclinação excessiva provoca corrida, enquanto que inclinação para trás denuncia que os músculos abdominais e dorsais não estão bem desenvolvidos e o atleta corre o risco de perder o necessário contato com o solo.

    O tronco é um elemento que não trabalha, mas que experimenta o deslocamento pelo efeito do trabalho que as pernas realizam, seguida do movimento sincronizado dos braços; por isso não deve ser fletido à frente e não deve fazer nenhuma tentativa de assumir um papel ativo nessa ação. (JUNCOSA, 1974)

    Para compensar o movimento horizontal realizado pelo quadril, a parte superior do tronco realiza igual movimento rotatório, mas em sentido oposto, acompanhando a ação dos braços e ombros. Igualmente para compensar o movimento vertical da pélvis a parte superior do tronco realiza em sentido contrário um movimento alternado de inclinação lateral, descendo o ombro correspondente ao quadril que se eleva e vice-versa. (BRAVO et al. 1990)

    A cabeça é uma parte relativamente pesada e por isso deixá-la inclinada em qualquer direção fora do eixo do corpo provoca fadiga, incliná-la para frente é como convidar ao corpo para fazer uma inclinação à frente também. A cabeça deve ficar comodamente sobre os ombros assim como o corpo deve ficar confortável sobre o quadril, não se deve fazer nenhuma tensão em seus músculos, nenhuma rotação, deve-se sempre olhar para frente. (JUNCOSA, 1974)

    Segundo Bravo et al. (1990) o tronco deve sentir-se como conduzido pelo quadril e em completa descontração muscular, com o fim de permitir os movimentos fluidos dos ombros e braços, assim como para economizar energia e facilitar a circulação sanguínea. Esses três movimentos do tronco são resultantes da coordenação natural que origina a mecânica do caminhar e para que eles se manifestem basta incrementar velocidade nesse caminhar.

Conclusão

    A prática da marcha atlética exige um alto grau de coordenação entre os membros superiores, inferiores e o tronco, necessitando desta forma, que os treinadores, professores e atletas tenham com bastante clareza o gesto técnico correto de execução dos movimentos, para que suas correções sejam eficientes e promovam uma melhor performance diante a complexidade desta prova que é considerada uma das mais difíceis do atletismo.

Referências

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