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A influência da dança no tratamento da depressão em idosos

La influencia del baile em el tratamiento de la depresión en personas mayores

 

*Profa. Dra. do Programa de pós-graduação stricto senso

em Letras e Ciências Humanas, UNIGRANRIO, Duque de Caxias

Coordenadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas

em Representações Sociais na/para Formação de Professores, LAGERES

**Professora de Educação Física, graduanda de Bacharelado

em Educação Física na Universidade do Grande Rio, UNIGRANRIO

***Graduando do curso de Licenciatura em Educação Física, UNIGRANRIO, Duque de Caxias

Membro do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Representações Sociais

na/para Formação de Professores – LAGERES. Aluno de Iniciação Científica

Prof. Dra. Cristina Novikoff*

c_novikoff@yahoo.com.br

Jaqueline Sampaio de Oliveira**

Felipe Triani***

felipetriani@hotmail.com

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          O aumento no número de idosos nas últimas décadas tem motivado o interesse pelo estudo do envelhecimento e dos fatores associados à qualidade de vida desta população, a terceira idade é um período de mudanças biopsicossociais e deve ser vista como um momento importante. Uma dessas mudanças é a depressão em idosos que pode ocasionar a perda da qualidade de vida, o surgimento de doenças graves e o isolamento social. Assim, a influência da dança no tratamento da depressão pode ser indicada para qualquer faixa etária (idoso), visto que ela contribui para a qualidade de vida do indivíduo, modificando comportamentos e atitudes, além de contribuir para a melhor qualidade de vida. O presente estudo tem como objetivo discutir o valor agregado da dança para o enfrentamento da depressão em idosos, analisando a literatura vigente em periódicos, com a finalidade de verificar a eficiência da dança para superar a depressão. A metodologia eleita foi a de revisão da literatura, analisando a efetividade da dança como complemento terapêutico no tratamento da depressão. Logo, conclui-se que através das relações interpessoais e do resgate da autoestima, a dança torna-se um elemento terapêutico complementar em idosos depressivos.

          Unitermos: Dança. Depressão. Idosos.

 

Resumen

          El aumento en el número de personas mayores en las últimas décadas ha estimulado el interés en el estudio del envejecimiento y los factores asociados con la calidad de vida en esta población. La tercera edad es un período de cambios biopsicosociales y debe ser visto como un momento importante. Uno de esos cambios es la depresión en los ancianos que pueden conducir a la pérdida de calidad de vida, la aparición de enfermedades graves y al aislamiento social. Por lo tanto, el baile como tratamiento de la depresión puede ser adecuado para cualquier grupo de edad (personas mayores), ya que contribuye a la calidad de vida de las personas, modificando comportamientos y actitudes, y contribuye a una mejor calidad de vida. El presente estudio tiene como objetivo discutir el valor agregado del baile para hacer frente a la depresión en las personas mayores, analizando la literatura actual en las revistas especializadas, con el fin de verificar la eficacia del baile para superar la depresión. La metodología elegida fue la revisión de la literatura, analizando la efectividad del baile como complemento terapéutico en el tratamiento de la depresión. Se concluye que a través de las relaciones interpersonales y la recuperación de la autoestima, el baile se convierte en un elemento terapéutico adicional en personas mayores depresivas.

          Unitermos: Baile. Depresión. Personas mayores.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    A depressão é um dos maiores problemas de saúde pública do mundo, devido a sua alta morbidade e mortalidade (STRAWBRIDGE et al., 2002). Pode ser caracterizado por um transtorno de humor que variam em relação a sua intensidade, frequência e duração na ocorrência dos sintomas (LEHTINEM; JOUKAMAA, 1993). Estes podem ser sentimentos de tristeza, crises de choro, angustia, sentimentos de culpa, ideação suicida, queixa de dores, perda de peso e entre outros fatores que influenciam para a baixo auto-estima.

    Esses sintomas são mais acentuados em deprimidos idoso, do que em deprimidos jovens e contribuem para o declínio cognitivo (YAFFE, 1999) e do condicionamento cardiorrespiratório (HOLLENBERG et al., 2007) nessa faixa etária.

    A depressão em idosos pode ocasionar a perda da qualidade de vida, o surgimento de doenças graves e o isolamento social.

    Diante disso, o tratamento da depressão no idoso constitui-se um desafio que envolve intervenção especializada e associação de diferentes estratégias de tratamento (STELLA et al., 2002).

    Especificamente para depressão, os dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) têm mostrado crescente prevalência nos estudos realizados ao longo dos anos, e estima-se que cerca de 5% da população mundial sofra de depressão, e o diagnóstico é duas vezes maior em mulheres que em homens (LEHTINEM; JOUKAMAA, 1993).

    A dança enquanto atividade física e comunicação não verbal vêm ao encontro das necessidades do homem contemporâneo (muitas vezes, depressivo) com a finalidade de propiciar a melhoria de sua consciência corporal com correspondência no desenvolvimento de sua autoimagem, autoconceito e, consequentemente, sua autoestima, além de ter sua reconhecida importância sob a ótica da promoção de saúde enquanto manutenção da autonomia física para melhor qualidade de vida (NANNI, 2003). Presume- se então, que a dança possa servir de auxilio no tratamento da depressão em idosos.

    Nesse contexto, o presente estudo tem como objetivo revisar a literatura através de artigos, analisando a efetividade da dança como complemento terapêutico no tratamento da depressão. Para tal, discute a melhoria da autoestima, recuperar o bem estar físico e mental este estudo procura discutir a influência da dança no tratamento da depressão em idosos.

Dança

    Dança é uma forma de expressão, é uma forma de atividade física, que tem como principais características o ritmo, a coordenação psicomotora, a noção espacial, a movimentação específica dos pés, envolvendo todo o corpo e resultando em algo extremamente contagiante (CLARO, 1995).

    A dança tem como objetivo trabalhar com um mecanismo harmonizador, respeitando as emoções, os estados fisiológicos, desenvolvendo habilidades de movimentos, exercendo possibilidades de autoconhecimento.

    Possibilita os seguintes benefícios: prevenção e combate de situações estressantes estimula a oxigenação do cérebro, melhora no funcionamento das glândulas, reforço dos músculos e proteção das articulações, conhecimento do seu corpo, melhora da capacidade motora, melhora do desempenho cognitivo, melhora da memória, concentração e atenção, proporciona cooperação e colaboração, contato social, criatividade, melhora da autoestima e autoimagem e estimula o resgate cultural (GARAUDY, 1980).

    A dança é uma atividade lúdica, uma manifestação artística e forma de comunicação que se faz através do próprio corpo humano, praticada em grupo, que ajuda a expressar as emoções, estimula a memorização e a coordenação, além de ser um bom exercício físico.

    Entretanto, a dança nada mais é do que uma atividade que permite uma visão completa do ser humano, pois promove a manifestação de emoções, sentimentos e desejos pessoais, juntamente com estímulos motores (LOPES et al., 2000)

Idosos

    O aumento no número de idosos nas últimas décadas tem motivado o interesse pelo estudo do envelhecimento e dos fatores associados à qualidade de vida desta população.

    Com o crescimento progressivo do número de idosos, o Brasil deve passar, no período de 1960 a 2025, da décima sexta para a sexta posição mundial em relação a esse contingente populacional. Trata-se de resultado da queda das taxas de fecundidade e mortalidade e do consequente aumento da expectativa de vida (BRASIL et al., 2002).

    O envelhecimento populacional é um fenômeno mundial. No Brasil, houve um aumento de 8,8% para 11,1% de idosos, entre os anos de 1998 e 2008. Atualmente, estima-se que existam no país 21 milhões de sujeitos com 60 anos e mais (IBGE, 2009). Com a maior concentração de idosos na população observou-se aumento na incidência de doenças crônico-degenerativas, que podem ser acompanhadas por sequelas, que limitam o desempenho funcional e geram dependência (VERAS, 2004).

Depressão

    O termo "depressão" - do latim: de (baixar) e premere (pressionar), isto é, deprimere que, literalmente significa "pressão baixa" – é relativamente recente, tendo sido introduzido no debate sobre a melancolia em contextos médicos somente no século XVIII, passando a ser mais utilizado pelos psicopatologistas no século XIX (RODRIGUES, 2000).

    Atualmente, a depressão é uma condição médica comum, crônica e recorrente. A depressão é considerada como um transtorno afetivo que altera a área psíquica global do indivíduo, mudando sua maneira desvalorizar a vida, comprometendo assim sua área física, mental e social (BARZOTTO et al., 2002).

    Em geral, os indivíduos depressivos referem, sobretudo, a perda da capacidade de experimentar prazer nas atividades e a redução do interesse pelo ambiente, para com tudo e com todos; além de apresentarem sentimentos de culpa, de pessimismo, medo e inutilidade (NETO et al., 1995).

    A depressão atinge os diversos campos do ser humano: emocional, psicológico, cognitivo, social, motor e neurovegetativo, porém, alguns fatores podem desencadeá-la. São eles: fatores genéticos, biológicos e, o uso de medicamentos e abuso de substâncias. A depressão consiste em enfermidade mental frequente no idoso, associado a elevado grau de sofrimento psíquico (STELLA et al., 2002).

    Dentre os diversos transtornos mentais e afetivos que afetam idosos, a depressão merece especial atenção, pois uma vez que apresenta frequência elevada e consequências negativas costuma manifestar-se por meio de queixas físicas frequentes e associadas a doenças clínicas gerais, sobretudo aquelas que imprimem sofrimento prolongado, levando a dependência física e à perda da autonomia.

Metodologia

    Foi realizada uma busca de artigos nas bases Scielo e Lilacs dos trabalhos de 1983 até 2010. A busca foi realizada através dos termos: depressão, idosos, dança e exercício físico. O objetivo foi de utilizar a dança como tratamento para pessoas com depressão somente para diagnóstico inicial, analisaram outros distúrbios psicológicos, assim como os benefícios da atividade física, mas não diretamente relacionados com depressão, analisaram a relação de outros fatores com depressão.

Resultados

    Foram encontrados cinco na base Lilacs e quatorze na base Scielo. Dez artigos tem como objetivo utilizar a dança como intervenção terapêutica na depressão em idosos; cinco artigos não apresentam intervenções, porém apresentam a atividade física para o tratamento da depressão; quatro artigos denominam a dança como atividade física aeróbia com música.

    Os estudos que atenderam ao objetivo apresentaram uma relação entre a dança e os níveis de depressão em idosos.

    A tabela 1 apresenta relações diretamente da dança, como complemento terapêutico no tratamento da depressão.

Tabela 1. Relações da dança, como complemento terapêutico no tratamento da depressão

Autor

Idade

Intervenções

Resultados

 

Haboush

(2006)

Idade média de 69 anos ou mais

 

Aulas Individuais de Dança de salão. Duração de 45 minutos frequência: 1 vez por semana.

Não houve diferença significativa entre os grupos, e não houve diferença significativa na redução dos sintomas depressivos.

 

Angel

(1984)

Maiores de 65 anos

 

Clubes de Dança

 

A dança é uma das atividades potencialmente capazes de expandir os contatos sociais e as relações interpessoais em idosos

Todaro

(2001)

Maiores de 65 anos

 

Programa de Dança para idosos durante 4 meses.

Percebe- se que a Dança proporciona benefícios físicos, psicológicos e sócias, sendo indicada para a população idosa.

Silva e Mazo

(2004)

Idosos acima de 65 anos

GETI - Grupo de Estudos 3ª Idade da UDESC. Projeto de dança para a 3ª Idade, 1 vez na semana, duração de 50 minutos.

A Dança trabalha o bem estar físico e mental do idoso, além da melhoria das relações sociais.

 

 

 

Fux (1983)

Idosos

Dançaterapia

A terapia através da dança aparece como uma possibilidade terapêutica que utiliza o movimento como um processo que promove a integração emocional e física do indivíduo.

 

Flores (2002)

Não apresenta Idade

Dança

A dança desenvolve a coordenação motora, agilidade, ritmo e percepção espacial, desperta e aprimora a musicalidade corporal de forma inteligente e natural, permitindo uma melhora na autoestima e a ruptura de diversos bloqueios psicológicos, possibilita convívio e aumento do rol de relações sociais, torna-se uma opção de lazer e promovo inclusive melhora de doenças e outros problemas.

Fux (1988)

Qualquer idade

Dançaterapia

A dançaterapia é um método que fornece estímulos, despertando áreas adormecidas, possibi­litando autoconhecimento físico, fazendo com que os alunos criem consciência de ultrapassar seus pró­prios limites.

 

 

Rozenthal, Laks e Engelhardt

(2004)

Dançaterapia

O uso de terapias voltadas para a resolução de problemas se mostra eficaz na redução dos sintomas depressivos e na melhora do desempenho nas ativi­dades de vida diária, podendo ser uma alternativa terapêutica importante para a população que per­manece sintomática.

 

 

Mello (2000)

Dança adaptadas Interfaces da arte e saúde

A dança proporciona o autoconhecimento pelo toque, porque além de aumentar a percepção corporal, relaxa a musculatura, favorecendo o de­senvolvimento físico, motor, neurológico e intelectu­al. Melhora também a autoimagem, através do estí­mulo das percepções, sensações sinestésicas e visuais, que orientam o tempo e o espaço.

 

Tabela 2. Relações das atividades físicas no geral (sendo incluída a dança) com ligações direta no tratamento da depressão

Autor

Idade

Intervenções

Resultados

 

 

Puggard (1994)

 

 

Pessoas mais velhas

 

Atividades como dança, a natação e ginástica para 25 idosos durante 5 meses.

Os resultados mostraram que os três tipos de programa propiciaram ganhos, não havendo diferenças significativas entre os tipos de atividades praticadas.

Miranda e Godeli (2003)

 

Idosos

Atividade Física aeróbia utilizando música.

A música pode leva-los a afastarem as sensações desagradáveis produzidas pelo exercício prolongado e repetitivo.

 

Dias (2001)

 

Idosos

Programa de Educação Física gerontológica com aulas baseadas em atividades corporais como dança, alongamento, caminhada, passeios e jogos. Durante 2 anos.

Depois de 2 anos, 60 idosos que frequentaram o programa 100% melhoraram sua socialização; 100% melhoraram sua flexibilidade; 90% melhoraram o equilíbrio; 90% diminuíram as dosagens de medicamentos para hipertensão arterial e 100% melhoraram suas Atividades da vida diária. Concluiu-se que houve uma sensível melhora na Qualidade de vida desses idosos.

 

Miranda, Godeli e Okuma (1996)

 

Idosos acima de 65 anos

Investigar as alterações dos Estados de ânimo em idosos, em função de atividade física aeróbia com música.

Indicaram que a atividade física influenciou os níveis de raiva, depressão, vigor e tensão. Com relação à tensão, contrariando os estudos que indicam a atividade física como favorecendo a diminuição do seu nível, somente os sujeitos do grupo controle relaram níveis menores dessa variável após o exercício.

 

Feller (1988)

 

Idosos

Não apresenta formas de intervenções.

O benefício pode ocorrer ao favorecer o desenvolvimento de capacidades físicas como força e resistência, ou contribuindo para uma atitude mental positiva e da distração do desconforto que acompanha.

 

Silveira (2001),

Stella (2002), Kuritza (2003)

 

Idosos

Não apresenta formas de intervenções.

O tratamento da depressão em idosos envolve intervenção especializada e associação de diferentes estratégias de tratamento, dentre as quais atividade física.

 

Borges (2001), Rauchbach (2001)

 

Idosos

 

Não Apresenta formas de intervenções

A prática regular de atividade física também pode auxiliar na redução dos escores indicativos da depressão, promove a manutenção de um estado de equilíbrio psicossocial mais estável frente às ameaças do meio externo.

 

Silveira (2001)

 

Idosos

 

Não apresenta formas de intervenções

Não existe um consenso entre pesquisadores, quanto ao tipo de atividade física que traz maiores benefícios aos idosos no tratamento da depressão.

 

Bertazzo (1996)

 

Idosos

 

Não apresenta formas de intervenções

 

Afirma que os bloqueios de origem psíquica (semelhantes aos que ocorrem durante o processo de envelhecimento e em graus mais elevados nos transtornos depressivos) são represados em regiões corporais e precisam ser redirecionados e absorvidos na globalidade do corpo, através do movimento.

Discussão

    Na tabela 1 pode observar que a dança para os idosos apresenta uma imagem de que como a vida pode ser mais alegre, livre e harmoniosa.

    A dança utiliza o que se pode chamar de linguagens sonora, visual e tátil. E como, ao dançar essas matérias pode-se dizer que esse tipo de atividade física é também uma atividade de expressão. Podendo dizer que movimenta-se o corpo e expressa se a alma.

    Angel (1994) enfatiza a importância de se participar nas aulas de dança, pois pode expandir os contatos sociais e as relações interpessoais em pessoas da meia idade até aposentados.

    De acordo com a tabela 1 pode observar a importância da dança como um complemento terapêutico em depressão em idosos.

    Fux (1983) apresenta a dançaterapia como uma possibilidade terapêutica que utiliza o movimento como um processo que promove a integração emocional e física do indivíduo.

    Contrariando Fux (1983), Haboush (2006) apresentou uma pesquisa realizada com idosos de 69 anos ou mais, nas aulas de dança de salão, realizada uma vez na semana com a duração de quarenta e cinco minutos. Onde não houve diferença significativa entre os idosos praticantes da aula de dança e a redução dos sintomas depressivos.

    Baseando na tabela 1 percebe que a dança em idosos trabalha o bem estar físico e mental, desenvolvendo a coordenação motora, agilidade, ritmo e percepção espacial, melhorando assim sua autoimagem.

    Na tabela 2, foram apresentadas atividades físicas no geral, especificando algumas vezes a dança como uma atividade física aeróbia, com ligação direta com o tratamento da depressão.

    Alguns autores discutem a relação das atividades físicas com musica e a depressão, enquanto outros autores, não apresentam formas de intervenções, porém relatam os benefícios da atividade física no tratamento de depressão em idosos.

    Miranda e Godeli (2003), dizem que a atividade Física aeróbica com música pode levar os idosos a se afastarem de sensações desagradáveis produzidas pelos exercícios prolongado e repetitivo.

    Puggard (1994), verificou o condicionamento físico em pessoas mais velhas, comparando os efeitos de atividades como a dança, natação e ginastica desenvolvida em 5 meses e os resultados mostrara, que os 3 tipos de programas, proporcionaram ganhos.

    Miranda, Godeli e Okuma (1996) Indicaram que a atividade física, influenciou os níveis de raiva, depressão, vigor e tensão. Com relação à tensão, contrariando os estudos que indicam a atividade física como favorecendo a diminuição do seu nível, somente os sujeitos do grupo controle relaram níveis menores dessa variável após o exercício.

    Enquanto Silveira (2001) afirma que não existe um consenso entre pesquisadores, quanto ao tipo de atividade física que traz maiores benefícios aos idosos no tratamento da depressão.

Conclusão

    A análise dos textos, aqui tratados, nos permite observar que o aumento no número de idosos nas últimas décadas tem motivado o interesse pelo estudo do envelhecimento e dos fatores associados à qualidade de vida desta população. Pois nessa faixa etária muitos idosos apresentam diversos tipos de doenças, por exemplo, a depressão que já se tornou um problema de saúde pública, segundo a OMS.

    Com bases no estudo apresentado pode-se concluir que a dança é capazes de expandir os contatos sociais e as relações interpessoais em idosos, resgatando a sua autoestima, sendo assim, torna-se um trabalho que pode servir como um complemento terapêutico para os idosos com depressão.

    Enfim, a dançaterapia é um método que fornece estímulos, despertando áreas adormecidas, possibi­litando autoconhecimento físico, construindo nos praticantes a consciência de ultrapassar os pró­prios limites.

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