Correlação da corrida no aumento
do VO2máx e diminuição do Correlación de la carrera en el aumento de VO 2máx y la disminución del porcentual de grasa (%g),de los corredores de fondo del equipo del Centro de Instrucción Almirante Alexandrino |
|||
Licenciados em Educação Física na Universidade Salgado de Oliveira (Brasil) |
Renato José Vieira Silva Lays Azevedo |
|
|
Resumo Hoje em dia podemos observar muitos estudos que estão voltados para o alto rendimento esportivo, então baseado nestas pesquisas buscamos formas de treinamento para que nossos atletas obtenham êxito; para o nosso estudo selecionamos três variáveis para correlacioná-las a fim de se obter mais conhecimento sobre a performance de nossos atletas, por isso escolhemos correlacionar a corrida junto com o VO2max que é a capacidade de utilização de oxigênio em esforço físico para que o individuo possa resistir por um determinado tempo o esforço causado pelo movimento articulado, e o percentual de gordura de atletas que já praticam corrida de fundo, pois acreditamos que a diminuição deste percentual pode causar relações diretas no desempenho de nossos atletas. O teste contou com a participação de 10 atletas corredores de fundo do Centro de Instrução Almirante Alexandrino; Foram utilizados o protocolo de Pollock 7 dobras (1984), e o teste de corrida de 2400 metros de Cooper. Os atletas foram divididos em dois grupos: os que obtiveram menos de 10% de gordura e os que obtiveram mais de 10% de gordura. Foi verificado que o grupo com menos de 10% de gordura teve um melhor desempenho no teste de Cooper, conseqüentemente um VO2max maior que os com mais de 10% de gordura. Unitermos: Volume de oxigênio máximo. Percentual de gordura. Corrida.
|
|||
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
1 / 1
Introduçâo
As performances em metas a serem superadas com planejamentos mais eficientes através de mecanismos de controle dos multi-fatores (improvisação, resultado a ser alcançado, integrar a ciência e a tecnologia). A evolução dos métodos de treinamento para melhorar os resultados dos atletas exige atualmente um trabalho multidisciplinar, além do treinador, um nutricionista, um trabalho mental e emocional adequado e testes físicos mais específicos. Dessa forma busca-se a capacidade máxima e mais eficiente. É cada vez mais evidente o quanto o aprimoramento desse trabalho faz a diferença (que muitas vezes é mínima) entre os competidores de alto rendimento. Dentre as capacidades físicas mais exigidas em competições tanto coletivas e algumas individuais, a resistência física ao esforço prolongado no decorrer dos anos vem sendo tratada de forma especial.
De acordo com esse pensamento podemos descrever que a eficiência do atleta fica evidente na fase de competições, onde o melhor desempenho será daquele que está na sua melhor forma física, técnica e psicológica. Através dos testes é possível regular a quantidade de exercícios, carga e intensidade do treino.
Este estudo foi realizado com atletas de corrida de fundo pertencentes a equipe do Centro de Instrução Almirante Alexandrino no qual participamos da comissão técnica da mesma cujo todos são militares e participam das diversas competições realizadas no âmbito militar; onde estava sendo observado o uso de algumas técnicas empíricas, então decidimos fazer este estudo para se buscar um aprimoramento nas técnicas utilizadas com embasamento cientifico, por este motivo decidimos correlacionar a corrida que os mesmos já praticam com as variáveis VO2max, e percentual de gordura. O consumo máximo de oxigênio (VO2max.) é a variável fisiológica que melhor descreve a capacidade funcional dos sistemas cardiovascular e respiratório. É aceito como o índice que representa a capacidade máxima de integração do organismo em captar, transportar e utilizar o oxigênio para os processos aeróbios de produção de energia durante a contração muscular (DENADAI, 1999). O treinamento resistido além de seus benefícios na força, aumento do metabolismo basal, e outros, provoca redução de massa gorda e manutenção da massa magra, concluindo que esse tipo de atividade física afeta a composição corporal e é favorável na perda de peso através da redução de gordura (DIPIETRO, 1999).
Existem vários protocolos para mensurar a capacidade cardiorrespiratória como testes de pista, testes de banco, testes de piscina e testes em ciclo ergômetro, é o avaliador que deve escolher o melhor protocolo a ser aplicado, pois cada modalidade esportiva possui sua especificidade. Com base no exposto foi escolhido o teste de 12 minutos Cooper para avaliar a capacidade aeróbia dos atletas de corrida rústica o Protocolo de composição corporal Pollock 7 dobras (Subescapular, axilar média, tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral), e o objetivo desse estudo foi analisar a performance dos atletas, fim de correlacionar a corrida com as variáveis VO2máx e percentual de gordura dos praticantes desta modalidade.
Objetivo
O objetivo desse estudo é analisar a performance de atletas corredores de fundo do Centro de Instrução Almirante Alexandrino (CIAA), a fim de correlacionar a corrida com as variáveis VO2máx e percentual de gordura dos praticantes desta modalidade; no treinamento resistido da corrida de fundo. De acordo com os resultados que serão obtidos, verificaremos a relação e proporção lógica entre elas com o intuito de facilitar o desenvolvimento do treinamento, identificando os atletas que mais se destacam para realmente ter a certeza de que estão dentro dos padrões estipulados pelos autores aqui apresentados.
Problema
Ao observarmos os atletas corredores de fundo e meio fundo, percebemos que a grande maioria dos atletas possui um aspecto físico diferenciado das outras modalidades esportivas, eles apresentam um baixo percentual de gordura, massa magra e peso corporal, alem de passarem por um longo período de tempo correndo executando os mesmos movimentos; então surgiu a curiosidade de saber qual relação existe entre a corrida com as variáveis percentual de gordura, e VO2max, pois queremos verificar se existe alguma vantagem para os atletas, em relação a essas variáveis.
Justificativa
O que nos motivou a fazer este estudo foi o fato com que os corredores são atletas que realmente precisam ter um percentual de gordura baixo e um bom condicionamento físico sendo representado pela capacidade de utilização de oxigênio em trabalho físico; então para termos parâmetros científicos sobre esta afirmativa estamos fazendo esta relação entre essas variáveis com a finalidade de tornar o treinamento mais eficiente para os atletas.
Metodologia
Este estudo é de caráter do tipo transversal, descritiva do tipo correlacional. O teste constou de 10 atletas corredores de fundo, sendo todos do sexo masculino com média de idade de 30 anos, com tempo de treinamento entre 3 a 7 meses, que treinam e competem nas competições internas da Marinha.
Para aplicação do protocolo de Cooper, e protocolo de Pollock no percentual de gordura; utilizamos como instrumentos para coleta de dados os seguintes materiais: a pista de atletismo do Centro de Educação Física Almirante Adalberto Nunes (CEFAN), uma balança Welmy (W110H máx. 200 kg- min. 2 kg) com medidor de altura, um plicômetro marca Cescorf científico Cardiomed, uma pranchetas com ficha para anotações e marcação dos resultados obtidos, para marcação individual dos testes foi usado o protocolo de composição corporal; Pollock 7 dobras masculino,1984 (Subescapular, axilar média, tríceps; coxa; supra-ilíaca; abdome e peitoral -ST= soma de todas), protocolo de Cooper.
Os atletas foram orientados a preencherem um Termo de Consentimento Livre Esclarecido, no qual relata que os mesmos foram voluntários e suas identidades serão preservadas, não recebendo nenhum benefício para contribuir com esta pesquisa.
A equipe de avaliadores foi constituída de duas pessoas (uma graduada em licenciatura em Educação Física e outra em bacharel em Educação Física), pois segundo Kevin Norton e Tim Olds “A coleta de dados antropométricos de um individuo, precisa ser feita por profissionais que tenham conhecimento das técnicas de medição e entre eles deve-se ter uma harmonia na comunicação para que haja uma correta apuração dos dados.”
Antes da aplicação do teste de Cooper o avaliador fez um treinamento teórico/prático com o restante da equipe para não haver erros durante o teste, nem durante a aferição das medidas antropométricas de peso, estatura, e dobras cutâneas. Participaram do teste 10 atletas, eles foram submetidos a uma sessão expositiva demonstrada por um dos avaliadores sobre a execução do teste de Cooper, no qual o avaliado teve que correr a distância de 2.400m, correndo o mais rápido que pudesse, na pista de atletismo do CEFAN.
Os atletas foram orientados a completar os estágios dentro de suas possibilidades físicas e o teste foi encerrado quando os atletas completaram os 2.400m. O protocolo Cooper possui uma equação para predição e determinação do calculo do VO2 máximo através da fórmula: VO2 Máximo = (480/TEMPO) + 3,5 ml.min; que determina a capacidade de consumo de oxigênio na realização de trabalho físico.
Na coleta das dobras foram coletadas 7 dobras no horário de 15:00h às 16:00h, a leitura era feita a cada três mensurações no mesmo local fazendo valer a mediana para aplicação do protocolo, após a coleta foi transferidos os dados para o protocolo, cuja fórmula da densidade corporal é: DC Homens Adultos = 1,11200000 - [0,00043499 (ST) + 0,00000055 (ST)²] - [0,0002882 (idade)], para se ter a densidade e logo em seguida aplica-se na fórmula de Siri que é G%= [(4,95/Densidade Corporal) - 4,50] x100.
Após os atletas terem feito a coleta das dobras, foram mensuradas balança Welmy (W110H máx. 200 kg - min. 2 kg) e estadiômetro, cada um deles foi colocado em pé com os pés próximos uns dos outros para não haver diferença, com o corpo ereto e olhar fixo horizontalmente em seguida foram anotadas as marcas mensuradas de peso e estatura.
Discussão
Após os dados serem coletados, eles foram colocados nas devidas fórmula que já foram mencionadas na metodologia, tanto para o VO2 max como para o %G; e verificou-se que a corrida tem uma grande importância no desempenho dos corredores de fundo, pois a mesma se relaciona com o VO2 e o %G, com comportamentos diferenciados, devido aos atletas dessa modalidade passarem por um período considerável de tempo correndo em uma velocidade praticamente constante e moderada, tanto no treinamento como nas provas realizadas, sendo o suficiente para que o VO2, seja desenvolvido juntamente com a oxidação dos ácidos graxos reduzindo o percentual de gordura, como afirmam Bassett Jr. & Howley (2000).
A eficiência da corrida, já vem recebendo destaque há muitos anos como variável interveniente. As diferenças de eficiência de movimentos podem viabilizar a corrida em menor percentual do VO2máx e a economia decorrente do gasto energético possibilita o aumento do tempo de atividade, da mesma forma a massa corporal, aumentando a oxidação da gordura e diminuindo o acúmulo de ácido lático em um dado VO2. A maior parte dos atletas deste estudo era treinada e possuíam diferentes níveis psicológicos de resistência ao desconforto da corrida, pois esse é mais um dos fatores que interferem e que podem não se manifestar através do VO2máx. Conforme conteúdo dos livros de fisiologia do exercício, a divisão do consumo de oxigênio pela massa corporal seria suficiente para possibilitar a comparação entre diferentes indivíduos. Os resultados desta investigação confirmam os conhecimentos da prática para a análise isolada do grupo.
De acordo com as avaliações aplicadas percebemos dentro dos gráficos abaixo representam os dados estatísticos mensurados nas fórmulas mencionadas nos quais as linhas horizontais expressam a ordem de aplicação dos testes e as linhas verticais a ordem de classificação qualitativa dos resultados obtidos:
De acordo com os resultados podemos perceber que todos obtiveram o grau de excelência segundo a tabela abaixo, que verifica os níveis de condicionamento através do VO2máx, porém os resultados do percentual de gordura teve uma oscilação muito grande entre o que obteve o menor e o maior percentual, observamos também que os atletas que obtiveram os dois melhores resultados no VO2máx e %G foram os mesmos respectivamente, assim como o que obteve o pior resultado, mas entre os outros atletas percebeu-se variações, pois não houve relação lógica dessas variáveis como por exemplo os atletas que obtiveram o 3º e o 4º melhor resultado no VO2máx, foram o 8º e 9º no percentual de gordura
Este resultado demonstra, que outros fatores influenciam e interferem na relação, como exemplo as relacionadas ao nível de treinamento, idade, fatores psicológicos, etc... Podem-se sugerir questões relacionadas ao nível de treinamento idade, massa corporal, etc. Fatores relativos a metodologia de medição, por exemplo o tipo de protocolo utilizado, podem ser os responsáveis pelo coeficiente encontrado.
Considerações finais
Pelos resultados obtidos verificamos que há uma relação entre a corrida com o aumento do VO2, na redução do percentual de gordura, mais não há uma relação lógica entre o VO2 e o %G, pois no resultado da pesquisa o VO2 comportou-se de forma diferente do %G, o melhor atleta tinha um VO2 mais alto e o %G mais baixo entre todos os outros, mais esta lógica não se manteve com o restante do grupo atleta tinha que por exemplo o atleta nº 8 tem um percentual de gordura alto em relação com o nº , porém o VO2 é praticamente igual; entre todos que realizaram o teste 30% deles obtiveram um menor %G e os melhores resultados de VO2 e classificação, sendo possível dizer que se conciliarmos as variáveis VO2max e %G dentro dos parâmetros analisados obteremos melhores resultados para nossos atletas.
Bibliografia
FERNANDES, J. F. A Prática da Avaliação Física. Rio de Janeiro: Shape, 1999.
MARINS, J. C. B; GIANNICHI, R. S. Avaliação & Prescrição de Atividade Física - Guia Prático. Rio de Janeiro: Shape, 1996.
MATVEEV, L. P. Preparação Desportiva, 1ª ed. São Paulo. F.M.U. 1986.
NUNES, N. et al. Efeito do treinamento físico, baseado em avaliação ergoespirométrica, na capacidade aeróbia de atletas de voleibol - treinamento físico em voleibolistas. Revista da Educação Física/UEM. 11 (1), 2000.
STANGANÉLLI, L. C. R. Aeróbico ou Anaeróbico? As características fisiológicas do voleibol. Revista Vôlei Técnico, Rio de Janeiro, ano 2, nº 05, p.21-31,1995.
TUBINO, M. G. Metodologia Científica do Treinamento Desportivo. 11 ª ed. São Paulo: Ibrasa, 1993.
VERKHOSHANSKI, Y. V. Treinamento Desportivo - Teoria e Metodologia. Coleção Kinesis. Porto Alegre, 2001.
Outros artigos em Portugués
Búsqueda personalizada
|
|
EFDeportes.com, Revista
Digital · Año 17 · N° 174 | Buenos Aires,
Noviembre de 2012 |