efdeportes.com

Crescimento e coordenação motora de escolares em 

diferentes estágios maturacionais no semi-árido nordestino

Crecimiento y coordinación motora de escolares de diferentes estadios de maduración en el semi-árido nordestino

Growth and motor coordination of students in different maturational stages in the semi-arid northeast

 

*Graduado em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte (UERN)

Especializado em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida (UERN). Mestrando

em Educação Física seguindo a linha avaliação do desempenho humano pela (UFRN)

**Graduada em Educação Física pela Universidade do Estado do Rio Grande do Norte

Especialista em Atividade Física, Saúde e Qualidade de Vida

***Graduada em Licenciatura Plena em Educação Física pela UFSM, RS

Mestrado em Ciência do Movimento Humano pela Universidade Federal de Santa Maria, RS

Doutorado em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte, RN

****Graduado em Educação Física pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Mestrado em Ciência do Movimento Humano pela Universidade do Estado de Santa Catarina

Doutor em Ciências da Saúde pela Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Jason Azevedo de Medeiros*

jason.medeiros1@hotmail.com

Rafaela Catherine da Silva Cunha**

rafaelacath@hotmail.com

Maria Irany Knackfuss***

Humberto Jefferson de Medeiros****

hjmbeto@bol.com.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Introdução: Muitos são os fatores que influenciam o crescimento e a coordenação motora de crianças. Objetivo: Analisar o comportamento do crescimento e da coordenação motora durante diferentes estágios maturacionais em escolares no Semi-árido Nordestino. Método: Pesquisa descritiva. A amostra foi composta de 68 escolares masculinos, do 5o ao 9o ano da Escola Estadual José de Freitas Nobre, Mossoró/RN, estratificados por estágios maturacionais em P2=16; P3=29 e P4=23. Utilizou-se um estadiômetro (Sanny) precisão de 0,1cm (estatura); uma balança, Tech Line precisão de 0,100g (peso) e a Bateria do KTK (Coordenação Motora), aplicando-se Anova one way e o teste Post Hoc de Sheffe, (p<0,05), na comparação dos estágios maturacionais. Resultados: Encontrou-se as médias e desvios padrões para a estatura: (P2=143,81±6,55), (P3=148,72±6,61), (P4=160,97±7,24); encontrando diferença entre os estágios 2 e 4 (p=0,0001) e 3 e 4 (p=0,0001), para o Peso: (P2=37,54±7,87), (P3=40,66±7,93), (P4=49,78±8,75); encontrando diferenças entre os estágios 2 e 4 (p=0,0001), 3 e 4 (p=0,001) não sendo encontrado diferenças significativas entre os estágios para os escores finais de quociente motores (QM): (P2=128,31±9,67), (P3=126,66±15,94) e (P4=128,35±11,35). Conclusão: O estirão de crescimento do grupo encontrado entre os estágios P3 e P4, provavelmente não influenciou no nível de coordenação dos escolares, reforçando a idéia de que o grupo em estudo apresenta um bom nível de atividades físicas diárias durante este período da adolescência.

          Unitermos: Saúde pública. Crescimento. Destreza motora.

 

Abstract

          Introduction: There are many factors that influence the growth and motor coordination in children. Objective: The objective was to analyze the growth behavior and motor coordination during different maturational stages in students in the Semi-arid Northeast. Method: The study was descriptive with developmental and cross-sectional design. The population consisted of schoolchildren from fifth to ninth year of basic education from the State School Jose de Freitas Nobre - Mossoró / RN in a sample of 68 male students, stratified by maturational stages (Self Tanner) in (P2 = 16 P3 = 29, P4 = 23). The measurement instrument for height, we used a stadiometer (Sanny) accuracy of 0.1 cm and the weight scales, Tech Line accuracy of 0.100 g. For motor coordination was applied to battery KTK (Körperkoordinationstest für Kinder-KTK). For statistical analysis was applied to compare the stages in the observed variables one-way ANOVA combined with post hoc test Sheffe, considering a significance level (p <0.05). Results: As a result it was found the means and standard deviations according to maturational stages for height: (P2 = 143.81 ± 6.55), (P3 = 148.72 ± 6.61), (P4 = 160.97 ± 7.24) found no difference between stages 2 and 4 (p = 0.0001) and 3:04 (p = 0.0001) for the Weight: (P2 = 37.54 ± 7.87 ), (P3 = 40.66 ± 7.93), (P4 = 49.78 ± 8.75), finding differences between stages 2 and 4 (p = 0.0001), 3:04 (p = 0.001) was not found significant differences between stages for the final scores of motor quotient (QM): (P2 = 128.31 ± 9.67), (P3 = 126.66 ± 15.94) and (P4 = 128.35 ± 11.35). Conclusion: We conclude that the growth spurt of the group that probably found between stages P3 and P4 did not influence the level of coordination of the students, reinforcing the idea that the study group presents a good level of physical activity during this period of adolescence.

          Keywords: Public health. Growth. Motor skills.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

1 / 1

Introdução

    A criança tem em si uma grande necessidade de se movimentar, pois da qualidade de seu comportamento motor vai depender todo o seu processo de desenvolvimento. Assim, os aspectos do desenvolvimento motor até uma idade mais avançada não devem ser descuidados, mas sim encorajados e estimulados quando possível1.

    As condições nas quais a criança nasce e é criada podem exercer uma profunda influência sobre o crescimento, maturação e o seu desempenho. Tais condições incluem a qualidade das condições em que a criança vive; o tamanho da família ou número de irmãos, local onde reside (urbano ou rural) e circunstâncias socioeconômicas gerais2.

    A evolução do desempenho motor na infância e na adolescência está fortemente associada aos processos de crescimento e maturação3. Nessa fase acontecem, entre outros, dois fenômenos biológicos relevantes: os estirões de crescimento em estatura e peso, e a maturação sexual do adolescente4.

    Sendo assim o semi-árido nordestino uma região com características de clima quente, índices de desnutrição, e a população com características de baixa estatura torna-se um contexto para realização de estudos nessa perspectiva, objetivamos analisar o comportamento do crescimento e da coordenação motora durante diferentes estágios maturacionais em escolares no semi-árido nordestino.

Métodos

    Neste presente estudo descritivo com delineamento desenvolvimental e corte transversal, aprovado no comitê de ética da UERN foi selecionado uma amostra de 68 escolares do sexo masculino, matriculados do 5º ao 9º ano do ensino fundamental da Escola Estadual José de Freitas Nobre – Mossoró/RN, estratificados por estágios maturacionais (Auto-Tanner) em P2 (n=16); P3 (n=29) e P4 (n=23). Para as medidas antropométricas foram utilizados Estadiômetro da marca Sanny, com precisão de escala 0,1 cm e uma Balança Tech Line, com precisão de 0, 100 g. Para avaliação dos Estágios maturacionais aplicou-se as Pranchas de TANNER, através da Auto – avaliação5.

    A Coordenação Motora foi avaliada através da Bateria do Teste de Coordenação Corporal para Crianças – KTK (Körperkoordinationstest für Kinder)6. A bateria consiste de 4 tarefas (Tarefa 1- Trave de Equilíbrio (EQ);Tarefa 2 - Saltos Monopedais (SM);Tarefa 3 - Saltos Laterais (SL) e Tarefa 4 - Transferências sobre Plataformas (TP.)6

Resultados

    Os resultados no gráfico 1, indicaram valores superiores de estatura e do peso corporal com o avançar dos estágios maturacionais. O mesmo ocorreu para a idade dos escolares.

Gráfico 1. Comportamento da média para o peso, estatura e idade, considerando os estágios maturacionais de escolares masculinos da rede pública de ensino de Mossoró-RN

    Quanto à estatura, pode-se observar um aumento linear em relação aos estágios maturacionais, as médias e os desvios padrões apresentaram valores diferentes, porém progressivos de acordo com as mudanças dos estágios púberes. Obtendo para o estágio P2 (143,81±6,55); P3 (148,72±6,61); P4 (160,97±7,24). No entanto encontrou-se diferenças significativas (p<0,05) para os estágios P4 e P2 (p=0,0001) e P4 e P3 (p=0,0001).

    Houve um aumento no peso corporal, onde é possível visualizar na linha superior do gráfico, que ocorre uma progressão linear passando pelos estágios maturacionais. As médias e os desvios padrões obtidos para a variável peso teve mudanças relacionadas à passagem de um estágio para outro, P2 (37,54±7,87); P3 (40,66±7,93); P4 (49,78±8,75), ocorrendo diferenças significativas (p<0,05) entre os estágios P4 e P2 (p=0,0001) e P4 e P3 (p=0,001), fato esse, já observado na variável estatura.

    Pode-se observar nas duas variáveis de crescimento, estatura e peso, que houve um ganho médio de 4,91 cm em estatura entre os estágios P2 e P3 e um aumento de cerca de 12,25 cm entre os estágios P3 e P4, ou seja, do estágio P2 para o P4 os escolares cresceram em média 17,16 cm. Em relação ao peso corporal, houve um aumento em 3,12 kg entre os estágios P2 e P3 e 9,12 kg na passagem do estágio P3 para o P4, somando um aumento de 12,24 kg em média durante a puberdade.

    Para variável idade observa-se o fato de um aumento progressivo em relação aos estágios maturacionais, o mesmo ocorrido nas variáveis estatura e peso corporal. As médias apresentaram valores estimados para P2 (11,85±0,86), P3 (12,66±1,05) e P4 (13,81±0,75). Diferenças significativas foram encontradas para todos os estágios P2 e P3 (p= 0, 016), P2 e P4 (p= 0,0001) e P3 e P4 (p= 0,0001).

    Ao observarmos nos resultados do gráfico 1, percebemos que os escolares apresentaram uma evolução nos valores médios de estatura e peso corporal a medida que evolui o desenvolvimento dos estágios de maturação, havendo diferença significativa na idade cronológica entre os diferentes estágios, o que demonstra que o estirão de crescimento apresenta-se normalmente entre os estágios P3 – P4 durante a puberdade, que geralmente ocorre nos estágios finais de maturação.

    Os valores correspondentes aos níveis de coordenação motora obtidos em cada tarefa do teste KTK, atendem as médias dos quocientes motores das tarefas, ou seja, cada uma das 4 tarefas do teste possui um quociente motor, (QM1; QM2; QM3 e QM4). Através do somatório dos quocientes, conseguiu-se se identificar e classificar os níveis de coordenação motora dos escolares (Gráfico 2).

Gráfico 2. Comportamento das médias para os quocientes motores por tarefas do teste KTK de acordo 

com os estágios maturacionais de escolares masculinos da rede pública de ensino de Mossoró-RN

    Pôde-se observar nos resultados do gráfico acima que o desempenho motor, representado pelas colunas, apresentaram médias muito próximas entre os 3 primeiros quocientes motores das tarefas, com exceção do quarto quociente motor, onde as médias demonstraram valores superiores.

    Para a primeira tarefa, a trave de equilíbrio (EQ), as médias e os desvios padrões do quociente motor (QM1) entre os estágios maturacionais P2 (101,94±16,74), P3 (102,28±16,92) e P4 (97,30±14,36). Para a segunda tarefa, saltos monopedais (SM), os escolares apresentaram no (QM2), P2 (97,70±15,21), P3 (96,28±18,77) e P4 (97,57±19,40). Na terceira tarefa (QM3), saltos laterais (SL), P2 (93,13±13,24), P3 (90,48±19,98) e P4 (101,00±16,22). Para a quarta tarefa (QM4), transferências sobre plataformas (TP), encontrou-se para o estágio P2 (140,75±7,11), P3 (137,62±23,13) e P4 (137,48±18,11). Porém não houve diferenças significativas (*p≤0,05) entre os estágios de maturação.

Gráfico 3. Classificação da coordenação motora de acordo com os escores obtidos através do somatório dos quocientes motores das 

tarefas do teste (KTK) durante diferentes estágios maturacionais de escolares masculinos da rede pública de ensino de Mossoró-RN

    Pode-se observar no gráfico 3, que os escolares apresentaram níveis bons de coordenação motora nos diferentes estágios maturacionais.

    As médias e os desvios padrões dos escores finais do teste, para os respectivos estágios, P2 (128,31±9,67), P3 (126,66±15,94) e P4 (128,35±11,35), de acordo com a tabela de classificação do Teste de Coordenação Corporal – KTK , os escolares atingiram pontuações importantes, independendo do estágio maturacional em que o grupo se encontrava. Assim sendo, os alunos foram classificados como indivíduos com BOA coordenação motora.

Discussão

    Os resultados obtidos junto ao grupo avaliado em nosso estudo no que se refere ao crescimento, corroboram com os resultados encontrados em vários outros estudos realizados em todo o país.7 encontraram através das idades cronológicas o mesmo comportamento na curva de crescimento. O mesmo ocorreu com o estudo de Pires, Lopes8, onde o comportamento da curva referente à variável massa corporal e estatura foi crescente dos 11 aos 17 anos de idade, em escolares do município de Florianópolis-SC, estando dentro da normalidade.

    Anjos et al.9 avaliaram o crescimento e o estado nutricional de uma amostra probabilística de escolares da rede de ensino pública do Município do Rio de Janeiro, e verificaram também que a massa e o peso corporal continuaram aumentado durante as idades.

    Outro estudo realizado por Silva et al.10 observaram o mesmo fato ao analisar o comportamento de variáveis que pudessem evidenciar as características de crescimento em crianças e adolescentes da Região Nordeste do Brasil.

    Referindo-se a maturação biológica os estudos de Ré et al.3 corroboram com os nossos dados quando encontrou que jovens de estágios maturacionais mais avançados, pertencentes à mesma faixa etária, tiveram uma tendência a apresentar uma maior massa corporal e estatura. Certo fato, acompanha os dados de Machado et al.,11, quando os mesmos verificaram uma evolução das variáveis analisadas a medida que os indivíduos avançavam na maturação.

    Comparando os dados obtidos com as tabelas normativas propostas por Medeiros12, observa-se uma diferença entre os estudos, onde o mesmo encontrou uma queda na média para os estágios P3-P4 para os níveis de peso, estatura e idade, o que demonstra um provável aprisionamento nos estágios iniciais na população do Rio Grande do Norte.

    Os resultados encontrados por Alves et al.,13, contrariam os nossos dados, não encontrando diferença significativa para massa corporal em nenhum dos estágios de maturação, ao avaliar 1.764 indivíduos de 7 a 17 anos da cidade de Jequié (BA). Porém no que tange ao evento pubertário, os pesquisadores identificaram que os jovens experimentaram ganho de peso corporal durante todo o processo maturacional, constatando ainda valores médios de idade significativamente mais elevados entre os meninos em todos os estágios de desenvolvimento puberal.

    O estudo realizado por Linhares et al. 14, com 136 meninos com idades entre 10 e 14 anos estratificados de acordo com os estágios maturacionais veio a corroborou com os nossos dados, encontrando tendências de aumento de estatura, massa corporal total, com o avançar da puberdade.

    Em nosso estudo evidenciou-se que o estirão aconteceu provavelmente entre a passagem de média de idade entre 12,66 a 13,81 anos, estando de acordo com estudos realizado por Bergmann et al.,15, que ao avaliar o pico de velocidade em estatura, massa corporal de meninos entre 10 aos 14 anos de idade, constatou que os picos de velocidade de estatura e massa corporal ocorreram entre os 12 para os 13 anos de idade.

    Nosso estudo veio a corroborar com o estudo de Ré et al.,3, onde não encontraram diferença significativa para os testes de desempenho motor, na maioria das comparações entre os indivíduos da mesma faixa etária em diferentes estágios maturacionais.

    No entanto os resultados do nosso estudo diferem do estudo de Macêdo; Fernandes Filho,16 realizado com crianças de 9 a 14 anos, do PID – Niterói/RJ em diferentes estágios maturacionais, o qual verificou que na coordenação, as crianças apresentaram índices de progressão e não de estabilidade, de acordo com o desenvolvimento dos estágios, embora o teste utilizado fosse o de Burpee.

    O mesmo ocorreu quando comparado com os estudos de Lopes et al., (2003)17, em que realizando um estudo do nível de desenvolvimento da coordenação motora da população escolar de 6 a 10 anos de idade da Região Autônoma dos Açores, Portugal, constataram que os valores médios do QM do teste de coordenação corporal para crianças (KTK) decresceram com a idade, a generalidade das crianças, nos diferentes intervalos etários, situa-se no intervalo de insuficiência coordenativa e de perturbações de coordenação, se contrapondo com nosso estudo.

    Utilizando o teste TGMD-2, Brauner; Valentini,18 avaliaram o desempenho motor de 32 crianças de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, encontrando desempenho motor abaixo do esperado para a faixa etária, se contrapondo aos nossos dados.

    Os estudos de Collet et al.,19 também diferem de nossos resultados, pois ao analisar o nível de coordenação motora de escolares da cidade de Florianópolis, constataram um decréscimo significativo nos níveis de coordenação em escolares com idade mais avançada.

    Relacionando o estirão de crescimento e os níveis de coordenação motora, certo fato chama a atenção para o estirão de crescimento não ter prejudicado nas ações de movimento das crianças, pois Bompa,20 enfatiza que a melhora rápida na coordenação durante a pré-puberdade às vezes se atrasa ou até mesmo regride durante a puberdade. O autor afirma também que durante o estirão de crescimento ocorrem ganhos de até 10 ou 12 cm por ano, específicos a esse estágio do desenvolvimento infantil, ocorrem normalmente com alterações na coordenação, sobretudo porque o crescimento dos membros, principalmente das pernas, altera as proporções entre as partes do corpo, suas alavancas e, conseqüentemente, a capacidades de coordenar bem as ações.

    Contrapondo o autor citado anteriormente, Malina, Bouchard,2 acrescentam que a relação do desempenho motor e estirão de crescimento de meninos não sugerem esse período descoordenado na adolescência,pois alguns meninos reduziram desempenho durante o estirão de crescimento, mas este declínio não ocorreu em todas as tarefas para um mesmo individuo. Os meninos que apresentaram desempenho motor reduzido quando ocorreu o pico de velocidade em altura, mostravam geralmente um bom desempenho no início do intervalo do pico de velocidade em altura. Uma desproporção temporária dos comprimentos das pernas e do tronco em relação ao tamanho total do corpo, não são fatores significativos que possam distinguir os meninos que reduzem seu desempenho daqueles que ganham em desempenho motor no pico de velocidade em altura.

    Os resultados encontrados nos permitem concluir que o estirão de crescimento aconteceu entre os estágios p3 e p4 de maturação sexual do grupo estudado, não influenciando no nível de coordenação dos escolares, reforçando a idéia de que o grupo em estudo provavelmente apresenta um bom nível de atividades físicas diárias durante este período da adolescência.

    Como sugestão, para futuros trabalho aconselha-se estudos onde possa também descrever melhor os níveis de atividade física dos escolares e comparar estes estudos em diferentes contextos sócios econômicos.

Referências

  1. Ferreira Neto, CA. Motricidade e jogo na infância. Rio de Janeiro: Sprint, 1999.

  2. Malina, RM; Bouchard, C. Atividade Física do Atleta Jovem: do crescimento a maturação. São Paulo: Roca, 2002.

  3. Ré, AHN; Bojikian, LP; Teixeira, CP.; Böhme, MTS. Relações entre crescimento, desempenho motor, maturação biológica e idade cronológica em jovens do sexo masculino. Rev. bras. Educ. Fís. Esp., São Paulo, v.19, n.2, p.153-62, abr./jun. 2005.

  4. Martin, RHC; Uezu, R.; Parra, SA; Arena, SS; Bojikian, lP; Böhme, MTS. Auto-avaliação da maturação sexual masculina por meio da utilização de desenhos e fotos. Rev. paul. Educ. Fís., São Paulo, 15(2): 212-22, jul./dez. 2001.

  5. Matsudo, SMM; Matsudo, VKR. Validade da auto-avaliação na determinação da maturação sexual. Revista Brasileira de Ciência e Movimento, São Caetano do Sul, v.5, n.2, p.18-35, 1991.

  6. Gorla, JI; Araújo, PF. Avaliação motora em Educação Física adaptada: teste KTK para deficientes mentais. São Paulo: Phorte, 2007.

  7. Guedes, DP; Guedes, JERP. Crescimento e Desempenho Motor em Escolares do Município de Londrina, Paraná, Brasil. Cad. Saúde Públ. Rio de Janeiro, 9 (supl. 1): 58-70, 1993.

  8. Pires, MC; Lopes, AS. Crescimento físico e características sociodemográficas em escolares no município de Florianópolis – SC, Brasil. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum. volume 6 – número 2 – p. 17-26 – 2004.

  9. Anjos, LA; Castro, IRR; Engstrom, EM; Azevedo, AMF. Crescimento e estado nutricional em amostra probabilística de escolares no Município do Rio de Janeiro, 1999. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 19(Sup. 1): S171-S179, 2003.

  10. Silva, RJS; Silva Júnior, AG; Oliveira, ACC. Crescimento em crianças e adolescentes: um estudo comparativo. Rev. Bras. Cineantropom. Desenpenho Hum. 2005;7(1):12-20.

  11. Machado, DRL; Bonfim, MR; Costa, LT. Pico de velocidade de crescimento como alternativa para classificação maturacional associada ao desempenho motor. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum. 2009, 11(1):14-21.

  12. Medeiros, HJ; Rocha, VM. Dermatoglífia e maturação in: Atividade Física em Ciências da Saúde, (ORG). Dantas, Estélio Henrique Martins, Fernandes Filho, José: Rio de Janeiro: Shape, 2005.

  13. Alves, TCHS; Silva, RCR; Assis, AMO; Silva, MCM; Santana, MLP; Barreto, ML; Reis, MG; Parraga, IM; Blanton, RE. Associação entre déficit de crescimento e retardo maturacional de crianças e adolescentes infectados. Rev. Nutr., Campinas, 22(3):309-318, maio/jun., 2009.

  14. Linhares, RV; Matta, MO; Lima, JRP; Dantas, PMS; Costa, MB; Fernandes Filho, J. Efeitos da maturação sexual na composição corporal, nos dermatóglifos, no somatótipo e nas qualidades físicas básicas de adolescentes. Arq Bras Endocrinol Metab, p. 47-54, 2009.

  15. Bergmann, GG; Bergmann, MLA; Lorenzi, TDC; Pinheiro, ES; Garlipp, DC; Moreira, RB; Marques, AC; Gaya, ACA. Pico de velocidade em estatura, massa corporal e gordura subcutânea de meninos e meninas dos 10 aos 14 anos de idade. Rev. Bras. Cineantropom. Desempenho Hum. 2007;9(4):333-338.

  16. Macêdo, MM; Fernandes Filho, J. Estudo das características dermatoglíficas, somatotípicas e das qualidades físicas básicas nos diversos estágios de maturação sexual. Fitness & Performance Journal, v.2, n.6, p.315-320, 2003.

  17. Lopes, VP; Maia, JAR; Silva, RG; Seabra, A; Morais, FP. Estudo do nível de desenvolvimento da coordenação motora da população escolar (6 a 10 anos de idade) da Região Autônoma dos Açores. Revista Portuguesa de Ciências do Desporto, 2003, vol. 3, nº 1 [47–60].

  18. Brauner, LM; Valentini, NC. Análise do desempenho motor de crianças participantes de um programa de atividades físicas. R. da Educação Física/UEM. Maringá, v. 20, n. 2, p. 205-216, 2. trim. 2009.

  19. Collet, C; Folle, A; Pelozin, F; Botti, M; Nascimento, JV. Nível de coordenação motora de escolares da rede estadual da cidade de Florianópolis. Motriz, Rio Claro, v.14, n.4, p.373-380, out./dez. 2008.

  20. Bompa, TO. Treinamento total para jovens campeões. Barueri, São Paulo: Manole, 2002.

Outros artigos em Portugués

  www.efdeportes.com/
Búsqueda personalizada

EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 174 | Buenos Aires, Noviembre de 2012
© 1997-2012 Derechos reservados