A Educação Física nos centros
de Educação Infantil La Educación Física en los centro de Educación Inicial del municipio de Cuiabá, MT |
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*Licenciada em Educação Física, UNIVAG **Mestre em Educação Professora do IFMT, São Vicente (Brasil) |
Sandra Maria Andrade da Silva* Larissa Beraldo Kawashima** |
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Resumo O objetivo dessa pesquisa é identificar o que os professores de Educação Física dos centros especializados em educação infantil da rede municipal de Cuiabá-MT ensinam em suas aulas. A metodologia utilizada para a pesquisa será de forma qualitativa, sendo o instrumento de coleta de dados os questionários com perguntas abertas, respondidas pelos professores de Educação Física dos centros especializados em educação infantil do município de Cuiabá/MT. Há 7 centros de educação infantil, sendo que apenas 5 participaram da pesquisa. As análises se basearam na análise interpretativa dos dados coletados, a fim de construir-se um conjunto de categorias descritivas. De acordo com os dados coletados e analisados, pode-se identificar que os quatro professores trabalham com diversos conteúdos específicos para essa faixa etária, tais como, jogos simbólicos, brincadeiras cantada de roda, ginástica e entre outros. Identificou-se ainda que todos os sujeitos pesquisados apontaram como o maior problema de se trabalhar com essa faixa etária é a falta de infraestrutura e materiais adequados. Assim, pensar a Educação Física, bem como pensar os conteúdos que a preenchem, implica em pensar em um corpo que não é só movimento, mas exige dos envolvidos nesse processo um conhecimento específico. Unitermos: Conteúdos. Educação Infantil. Educação Física.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 174, Noviembre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
As discussões em torno da Educação Física na educação infantil vêm se intensificando desde a publicação da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB n. 9.394/96). De acordo com a nova LDB (Art.26, § 3o.), “A Educação Física, integrada à proposta pedagógica da escola, é componente curricular da Educação Básica, ajustando-se às faixas etárias e às condições da população escolar” (BRASIL, 1996). Um problema que chamou a atenção em realizar esta pesquisa é que, ao longo dos estágios e, principalmente, o estágio em educação infantil, pode-se perceber uma enorme dificuldade dos professores de Educação Física em trabalhar com os conteúdos e por não saber o porquê aplicar tal atividade, qual o objetivo real das atividades que estavam sendo aplicadas com as crianças.
Neste sentido, suas aulas ficavam muito livres, parecendo que as mesmas não tinham objetivos a serem alcançados, sendo um “brincar pelo brincar”, aulas repetitivas. E por ter afinidade com a área escolar, principalmente a educação infantil, surgiu o interesse pelas questões que norteiam essa prática pedagógica e, especialmente, pela vivência anterior em uma escola de educação infantil do município de Cuiabá/MT.
Assim, surgiram os seguintes questionamentos: O que se ensina nas aulas de Educação Física nos centros especializados em educação infantil da rede municipal de Cuiabá? Qual a importância dos conteúdos nas aulas de Educação Física para as crianças?
A discussão que se estabelece não é decorrente da falta de formação do professor de Educação Física, entendendo que ele possa ter capacidade de ministrar essas aulas, mas apenas saber o que eles ensinam em suas aulas e qual a importância que elas têm para a formação das crianças.
O presente artigo tem como objetivo identificar o que os professores de Educação Física dos centros especializados em educação infantil da rede municipal de Cuiabá-MT ensinam em suas aulas.
Metodologia
A metodologia utilizada para a pesquisa será de forma qualitativa, sendo o instrumento de coleta de dados os questionários com perguntas abertas, respondidas pelos professores de Educação Física dos centros especializados em educação infantil do município de Cuiabá/MT.
De acordo com Bogdan e Biklen (1994), a pesquisa qualitativa envolve a descrição de dados obtidos pelo pesquisador através do contato direto com a situação estudada, enfatiza mais o processo do que o produto e se preocupa em retratar a perspectiva dos participantes diante dos fatos que envolvem o contexto social, visto que suas raízes têm origem na fenomenologia, metodologia que apresenta diferentes variáveis investigativas.
De acordo com Cervo e Bervian (2002) o questionário é a forma mais usada para coletar dados, pois possibilita medir com melhor exatidão o que se deseja, de modo que apresenta um conjunto de questões relacionadas com o problema central.
Lembrando que para aplicar o questionário é preciso que todos os professores tenham assinado o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, coletando o nome do professor, a idade e o sexo, ainda neste estará ressaltando os seus direitos e que não acarretará nenhum prejuízo aos mesmos se não quiseram fazer parte da pesquisa informada.
O município de Cuiabá-MT, segundo informações da Secretária Municipal de Educação, conta com sete centros especializados em educação infantil, sendo que num primeiro contato com as mesmas constatou-se que uma das escolas atende outros níveis de ensino também, deixando de ser um centro especializado. Em outra escola contatada não há professores de Educação Física ministrando aulas e sim um professor generalista. Como o foco de nossa pesquisa é identificar o que os professores responsáveis pelo componente curricular Educação Física dos centros especializados em educação infantil da rede municipal de Cuiabá-MT ensinam em suas aulas, optamos por investigar apenas os professores especialistas na área, ou seja, com formação em Educação Física.
Neste caso, dos sete centros de educação infantil, apenas 5 participaram da pesquisa, porém em uma das escolas o professor não aceitou responder o questionário. Todos os professores de Educação Física que trabalham nestas escolas foram contatados, sendo que apenas 4 sujeitos, sendo um de cada escola, devolveram o questionário preenchido.
Sendo que:
O sujeito 1: tem 37 anos, é do sexo feminino sua formação é licenciatura em Educação Física pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) formou-se no ano 2000, atua na área há 11 anos e está na escola que atualmente trabalha há 1 ano.
O sujeito 2: tem 29 anos, é do sexo feminino sua formação é licenciatura em Educação Física também pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) formou-se no ano 2009, atua na área há 2 anos e está na escola que trabalha atualmente há 1 ano.
O sujeito 3: tem 25 anos, é do sexo feminino sua formação é licenciatura em Educação Física pelo Centro Universitário de Várzea Grande (UNIVAG) formou-se no ano 2010, atua na área há 7 meses e está na escola que trabalha atualmente há 7 meses.
O sujeito 4: tem 50 anos, é do sexo feminino sua formação é licenciatura em Educação Física pela Faculdade do Clube Náutico Mogiano, em Mogi das Cruzes, no estado de São Paulo, formou-se no 1991, atua na área há 20 anos e está na escola que trabalha atualmente há 3 anos.
As análises se basearão na análise interpretativa dos dados coletados, a fim de construir-se um conjunto de categorias descritivas.
A análise interpretativa implica a interpretação das idéias do autor, a tomada de posição pessoal sobre as idéias expostas, a qual extrapola os sentidos expressos no texto. Para Severino (2000), a interpretação abrange várias ações, como compreender os posicionamentos do autor perante a cultural filosófica geral, destacando-se os pontos comuns em relação a outros autores e os pontos originais. Há espaço ainda para a crítica pessoal às posições defendidas no texto. A possibilidade dessa crítica está condicionada à maturidade intelectual do leitor e ao seu nível de conhecimentos adquiridos sobre o tema.
Análise e discussão dos dados
A discussão dos dados se baseou na análise interpretativa das respostas coletadas através do questionário respondido pelos professores de Educação Física dos centros especializados em Educação Infantil. As análises seguirão a ordem de apresentação das perguntas no questionário, sendo apresentados primeiramente o enunciado da questão, as respostas dos sujeitos, sua análise e discussão dos dados.
1. Você gosta de dar aulas para Educação Infantil?
Vejamos as respostas dos sujeitos à questão 1:
Sim, porque já trabalha com essa faixa etária há 11 anos apesar de ter passado por todas as dificuldades encontradas nessa faixa etária, como o egocentrismo, mas eles são muitos carinhosos e verdadeiros. (S1)
Sim, as crianças da educação infantil são mais receptivas e afetuosas. (S2)
Não, dão muito trabalho, não param quietas, o professor tem que estar atento a eles a todo instante, não obedecem seus comandos, e tem que ser muito criativo, pois enjoam rápido das atividades.(S3)
Sim, é muito gratificante, tudo que recebo em troca não se paga.(S4)
Os sujeitos 1,2 e 4 realmente gostam de trabalhar com a educação infantil, trabalham com essa faixa etária porque realmente sentem prazer naquilo que fazem. Segundo os sujeitos as crianças são muito carinhosas, com elas não tem meio termo, ou gostam ou não gostam do professor e de suas aulas. Isso recompensa por todos os esforços.
Para Rangel (2010, p, 90) “nessa faixa etária são altamente sensíveis, beijam, abraçam, enfim são uma caixinha de surpresas. Afirmam o que gostam, bem como o que não gostam, pois são terrivelmente verdadeiros.”
O Sujeito 1, afirmou também que uma das suas dificuldades em trabalhar com essa faixa etária foi o egocentrismo, já que os mesmos se encontram em uma fase de egocentrismo, querem tudo para si, não dividem o material/brinquedo com seus coleguinhas. Segundo Piaget[1], o egocentrismo em crianças com aproximadamente 4 anos é percentualmente muito maior do que em criança em idade escolar de 7 e 8 anos e essa porcentagem vai diminuindo na adolescência até quase desaparecer na idade adulta.
Já o sujeito 3, afirma que não gosta de dar aulas para essa faixa etária, pois tem muitas dificuldades em fazer com que as crianças se concentrem em suas aulas, além do que ele também tem dificuldades em buscar novas atividades para essa faixa etária alegando que eles enjoam muito rápido das atividades e isso faz com que o professor tenha que buscar novos estímulos para as crianças.
Pensando nisso, os autores Toledo, Velardi e Nista-Picolo (2009a, p. 25) afirmam que “quando ensinamos algo, buscamos mediar o conhecimento a ser adquirido, mas a grande tarefa do professor é encontrar as mais adequadas rotas (rotas de acesso) os caminhos para levar os alunos ao conhecimento”.
2. Quais os conteúdos que você trabalha nas aulas de Educação Física?
Sobre os conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física, vejamos as respostas dos sujeitos:
Brincadeira de roda, músicas, mímica, dramatização, jogos, historias e esportes. (S1)
Jogos e brincadeiras,dança atividades rítmicas e expressivas; ginástica, conhecimentos sobre o corpo. (S2)
Ginástica, jogos e lutas, cantigas de rodas e jogos pedagógicos.(S3)
Brincadeiras folclóricas, dança, jogos populares, ginástica (movimentos básicos e natural) brincadeiras cantadas de roda, brincadeiras com elementos (corda, bambolê, bolas dentre outros) brinquedos pedagógicos jogos cênicos dramáticos, rítmicos. (S4)
Vejamos aqui alguns conteúdos citados por todos os sujeitos: os jogos simbólicos as brincadeiras cantadas ou de roda, ginástica e atividades rítmicas e expressivas. De acordo com os sujeitos, trabalhar com esses conteúdos facilita a aprendizagem do aluno, já que eles se encontram em um momento de descobertas, eles vivem em um mundo de fantasias e no mundo do faz-de-conta. Por isso que o professor não pode se esquecer destes importantes detalhes ao propor as atividades.
De acordo com Rangel (2010, p. 38)
As atividades rítmicas trabalhadas na escola podem contribuir de forma a tornar o ser humano autônomo e criativo o suficiente para se movimentar ritmicamente, dançar e expressar-se nos mais diversos ambientes sociais os quais ele possa vir a participar.
A mesma autora também afirma que a ginástica pode ser trabalhada nas escolas e em todas as idades, além do que ela promove benefícios tanto cognitivos, quanto físicos e emocionais. (RANGEL, 2010).
Para Moreira, Pereira e Lopes (2009, p. 122) “as aulas de Educação Física na educação infantil precisam ser carregadas de simbolismos, de construções, permitindo às crianças um exercício contínuo de realizações.”
Freire e Scaglia (2003) relatam que os jogos simbólicos devem ser utilizados como conteúdo da Educação Infantil até a 1ª série do ensino fundamental. Segundo Kawashima, Souza e Ferreira (2009, p. 263), até a 1ª série
“o conteúdo mais interessante de se trabalhar foram os “jogos simbólicos”, no qual se realizaram aulas historiadas em que se pode viajar a diversos mundos imaginários ou a contos de fadas. As crianças foram aonde a imaginação do professor as levou. Os alunos gostavam tanto deste tipo de aula que quando passavam para a série seguinte e continuavam a pedir “historinha” (modo como chamavam tais aulas). Contudo, tal interesse foi diminuindo, pois as crianças até vivenciavam a história, mas já não acreditavam e nem se envolviam tanto como na seriação anterior”.
3. Você considera importante trabalhar com os conteúdos específicos da Educação Física na educação infantil?
Sim, porque precisamos planejar as aulas de acordo com a faixa etária dos alunos para que os mesmos possam participar e aprender não tornando as aulas repetitivas. (S1)
Sim, pois através deles podemos atingir nossos objetivos que visam o desenvolvimento da criança, propondo desafios para que eles consigam superar. (S2)
Sim, pois através deles podemos aplicar as atividades que poderão contribuir positivamente no desenvolvimento motor dos alunos, tornando as aulas mais atrativas dessa forma elas participam muito mais. (S3)
Sim, para nós ajuda muito, ele nos dá um direcionamento nas aulas, fazendo com que o professor busque novos caminhos e formas de ensinar.(S4)
De acordo com todos os sujeitos eles acham muito importante em trabalhar com os conteúdos específicos para essa faixa etária e é através dos conteúdos que eles podem alcançar seus objetivos podendo encontrar e aumentar as possibilidades de aprendizagem para a criança deixando de lado a idéia de que o professor sempre dá as mesmas coisas (repetição de conteúdos), tendo como foco o aluno propondo desafios para que ele consiga fazer e ter prazer em participar.
Para Toledo, Velardi e Nista-Picolo (2009a, p. 24)
“(...) todas as propostas dinamizadas em aulas devem ser adequadas as capacidades e habilidades dos alunos, mas precisam possibilitar o seu crescimento, por meio de desafios. Com isso queremos dizer que a situação-problema pode ser um meio facilitador do desenvolvimento, essencial para aprendizagem. [...] O professor de educação física é, portanto, o responsável por essa estimulação, pelo desenvolvimento desse potencial humano, em suas diferentes dimensões e manifestações.”
As autoras ainda afirmam:
Da mesma maneira, a situação vivida de forma prazerosa junto aos conteúdos se une ao conceito desenvolvido, no momento em que ocorre a aprendizagem. O que visualizado aqui é a fruição do prazer, o prazer em fazer as atividades, em jogar, em girar, saltar ou rolar. O objetivo consiste em que o próprio aluno queira fazê-los novamente, para poder se religar em uma sensação de prazer. Desta forma será possível que, junto aos conceitos estabelecidos em aula, o aluno traga sentimentos de satisfação, realização e prazer. (TOLEDO, VELARDI, NISTA-PICOLO, 2009b, p. 92).
Assim, Ishibashi (2011) acrescenta que os papéis dos conteúdos são de suma importância para a transformação do indivíduo e da sociedade, e devem ser ensinados, debatidos, ressignificados no ambiente escolar a partir do diálogo.
4. Quais as suas maiores dificuldades em trabalhar com a educação infantil nas aulas de Educação Física? Justifique.
A falta de concentração dos alunos, a dificuldade dos mesmos em seguir regras, o tempo (2 horas em uma sala de aula) espaço físico, salas pequenas e pouco espaço externo e com sol. (S1)
A maior dificuldade encontrada foi a infra-estrutura e adaptação à faixa etária, o professor tem que dispor de varias atividades, pois os mesmos se dispersam com facilidade nas aulas, o professor tem que ser muito dinâmico e criativo. (S2)
Falta de infra-estrutura, materiais didáticos, salas numerosas, falta de atenção e compreensão dos alunos esses item impedem a execução de boa qualidade nas atividades.(S3)
Falta materiais, espaço (quadra coberta) o clima não ajuda principalmente por ser no período vespertino, tudo é adaptado.(S4)
De acordo com os sujeitos as maiores dificuldades descritas por eles foram as infra-estrutura, a falta de materiais e por último a faixa etária em que as crianças tem muitas dificuldades em se concentrar.
Nesse sentido os autores, Toledo, Velardi, Nista-Piccolo (2009a, p. 24) afirmam que:
É importante que se tenha o aluno como centro dos objetivos que são propostos no desenvolvimento das aulas, pois ainda encontramos muitos professores que definem suas metas em função da infraestrutura que a escola apresenta, ou ainda da especificidade que o professor possui. Ter o aluno como foco de seu trabalho é desenvolver metas que possam atender às suas necessidades motoras básicas, considerando também os seus conhecimentos, interesses e suas expectativas.
Nesse mesmo contexto, as lamúrias quanto à falta de material para se trabalhar nas aulas de Educação Física são eternamente as mesmas. Para Freire (2009, p. 60), “ora, se não tem saquinho de milho, usa-se um saquinho de arroz, um lenço, uma pedra, qualquer coisa que nossa imaginação sugerir. O que não se pode é deixar de promover um brinquedo”.
Considerações finais
O presente artigo tem como objetivo identificar o que os professores de Educação Física dos centros especializados em educação infantil da rede municipal de Cuiabá-MT ensinam em suas aulas e quais os conteúdos que os professores aplicam em suas aulas.
De acordo com os dados coletados e analisados, pode-se identificar que os quatro professores pesquisados de Educação Física, sendo um de cada escola, dos centros especializados em educação infantil da rede municipal de Cuiabá-MT, trabalham com diversos conteúdos específicos para essa faixa etária, tais como, jogos simbólicos, brincadeiras cantada de roda, ginástica e entre outros.
Mas, infelizmente, identificou-se que todos os sujeitos pesquisados apontaram como o maior problema de se trabalhar com essa faixa etária é a falta de infraestrutura e materiais adequados, alegando terem muitas dificuldades em preparar suas aulas por conta disso, e que é muito complicado trabalhar com essas condições e isso acaba dificultando o desenvolvimento do aluno. Acredita-se que realmente seja difícil trabalhar em escolas que não ofereçam um bom espaço e opções de materiais, mas o que não pode aceitar é o professor se apegar a idéia de que “se não há materiais, não é possível oferecer boas aulas”, ou ainda, tentar justificar que o professores repetem conteúdos por falta de materiais e infraestrutura.
O mais importante, é que o professor tenha como único foco o aluno, e não o que está em sua volta, já que ele é o responsável pelo aprendizado do aluno.
A pesquisa apontou também que trabalhar com essa faixa etária é muito gratificante e satisfatório, pois as crianças são muito carinhosas e sinceras com os professores e isso faz com que eles continuem, apesar das dificuldades descritas acima. Lembrando que o professor deve aproveitar ao máximo a vontade e a criatividade da criança, e além de tudo trabalhar com muito amor e paciência, assim todos nós seremos bons professores.
Repensar a Educação Física, mais especificamente, seus conteúdos, é uma prática que se faz necessário todos os dias, a fim de atender não só a Educação Física escolar, mas em todas as áreas.
Assim, pensar a Educação Física, bem como pensar os conteúdos que a preenchem, implica em pensar em um corpo que não é só movimento, mas exige dos envolvidos nesse processo um conhecimento específico.
Nota
Disponível em: http://paulo-v.sites.uol.com.br/textos/public2.htm#_ftnref1 Visitado em 21 de Nov. de 2011.
Referências bibliográficas
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BRASIL. Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional. (LEI nº 9.393/96). Brasília, 1996.
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TOLEDO, E. ;VELARDI, M. ; NISTA-PICCOLO, V. L. Os desafios da Educação Física escolar: seus Conteúdos e Métodos. In: MOREIRA, E. C.; NISTA-PICCOLO, V. L. (Orgs.). O que e como ensinar educação física na escola. Jundiaí, SP: Editora Fontoura, 2009a, p. 21 – 26.
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