Local das lesões no karateca masculino do estilo shotokan El lugar de las lesiones en el karate de estilo shotokan masculino Local of the injuries in male karateka of the shotokan style |
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Mestre em Ciência da Motricidade Humana pela UCB do RJ (Brasil) |
Nelson Kautzner Marques Junior |
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Resumo A primeira competição do karatê shotokan aconteceu em 1957. Na luta competitiva acontecem as lesões no karateca. O objetivo do estudo foi identificar as regiões anatômicas lesionadas no karateca e sugerir estratégias para diminuir essas contusões. O método selecionou no Google Acadêmico, na Bireme, na PubMed e no British Journal of Sports Medicine as pesquisas sobre lesões no karatê shotokan masculino. Os resultados evidenciaram lesões no membro inferior (36% de lesões), no membro superior (24%), na face (15%), no tronco (13%), no pescoço (8%), na cabeça (4%), na mão (0%), no pé (0%), no tornozelo (0%) e no punho (0%). Em conclusão, o karateca necessita de mais segurança na luta para essa modalidade se tornar um esporte com menos lesão. Unitermos: Karatê. Artes marciais. Lesões.
Abstract First competition of shotokan karate occurred in 1957. In fight of competition occur the injuries in male karateka. The objective of the study was to identify the anatomical regions with injury in karateka and suggest strategies for reduce the injuries. The method selected in Academic Google, in Bireme, in PubMed and in British Journal of Sports Medicine and the studies about injuries in male shotokan karate. The results determined injuries in leg (36% of injuries), in arm (24%), in face (15%), in trunk (13%), in neck (8%), in head (4%), in hand (0%), in foot (0%), in ankle (0%) and in wrist (0%). In conclusion, the karateka needs of more protective in fight for this sport has to reduce the injuries in karateka. Keywords: Karate. Martial arts. Injuries.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
O karatê de estilo shotokan foi elaborado e desenvolvido na ilha de Okinawa com o intuito dos nativos se defenderem de invasores1. Em 1922, o karatê foi demonstrado em Tóquio, no Japão, por Funakoshi (pai do karatê shotokan moderno), onde essa arte marcial conseguiu ser difundida e posteriormente passou a ser conhecida em todo o mundo2.
O karatê shotokan é novo como esporte, a primeira disputa aconteceu em 1957 no campeonato japonês e o primeiro mundial dessa modalidade ocorreu em 1970, em Tóquio, no Japão, com a presença de 33 países3. As principais disputas do karatê são realizadas através do kata (luta imaginária) e do kumitê (luta)4. No kumitê ocorre a luta onde o atleta pode desferir soco e/ou chute no tronco do oponente5, o combate pode ser interrompido ou reiniciado, depende da interpretação do árbitro na determinação do ponto ou não6. O shiai kumitê (luta de competição) pode ser decidido em poucos centésimos através de um ippon (golpe perfeito, vale 1 ponto) ou quando ocorre dois waza-ari (golpe eficiente, vale 0,5 pontos) que equivale a um ippon7.
Também, ataques em regiões do corpo onde a regra não permite são considerados pontos para quem sofreu o golpe e até acontece desclassificação do karateca por causa de uma atividade ofensiva inadequada. Porém, o contato do soco e/ou do chute no tronco ou numa parte do corpo que não é permitida na regra do kumitê muitas vezes costuma proporcionar lesão no esportista do karatê shotokan8,9. Sabendo desse problema, torna-se interessante um estudo de revisão que identifique os locais das lesões nos atletas dessa modalidade e forneça meios de amenizar essas contusões.
Qual região do corpo o karateca sofre mais lesões? Como é possível diminuir essas contusões? Consultando alguns estudos recentes do karatê shotokan10,11,12, nenhuma investigação forneceu evidências de como reduzir as lesões nesse esporte. Sendo assim, o objetivo do estudo foi identificar as regiões anatômicas lesionadas no karateca e sugerir estratégias para diminuir essas contusões durante o treino e na luta de competição.
Método
Amostra
Nesta revisão foram selecionadas pesquisas da língua inglesa, portuguesa e alemã sobre o local das lesões nos karatecas masculinos do estilo shotokan. Somente investigações passíveis de ser obtidas em sua íntegra foram analisadas. A coleta das 9 pesquisas aconteceu no Google Acadêmico (5 artigos, www.google.com.br/), na Bireme (1 artigo, www.regional.bvsalud.org/), na PubMed (1 artigo, www.ncbi.nlm.nih.gov/pubmed) e no British Journal of Sports Medicine (2 artigos, www.bjsm.bmj.com/). Os descritores para coletar as referências foram os seguintes: karate, injuries in male karate, karatê, lesões no karatê masculino e karatê shotokan. O critério de inclusão das referências nessa revisão de literatura seguiu as seguintes características de codificação: 1) estudos entre 2005 a 2011, 2) periódicos que tinham no mínimo o Qualis CAPES B5, 3) estudos que estabeleceram o local das lesões no karateca, 4) karatecas na idade adulta e 5) lesões no praticante de karatê do sexo masculino.
Coleta de dados e análise dos dados
Nas pesquisas foram destacados os locais das lesões, o tipo de contusão, a quantidade de ocorrências na região anatômica e onde aconteceu a contusão (treino, disputa, no kumitê, no kata, etc.). Os resultados foram apresentados pelo total e percentual de cada região anatômica lesionada no karateca masculino do estilo shotokan.
Resultados e discussão
Foram coletados 9 estudos sobre as lesões ocorridas no esportista do karatê. A tabela 1 apresenta esses dados nos karatecas.
Tabela 1. Lesões no atleta do karatê shotokan
Referência e n |
Local do Estudo e Material |
Disputa |
Ataque da Lesão |
Local da Lesão |
Tipo de Lesão |
Arriaza e Leyes13
n = 1970 karatecas
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Mundial de 96 na África do Sul
Mundial de 98 no Brasil
Mundial de 00 na Alemanha
Questionário foi usado para coletar os dados. |
1957 Lutas na Disputa |
737 socos
75 chutes |
601 na Face
103 na Cabeça
14 no Tronco
28 no Membro Superior
57 no Membro Inferior |
Ferimento, Hematoma, Trauma Facial, Perda de Dente, Sangramento Nasal, Fratura Nasal e Fratura no Maxilar.
Traumatismo Craniano e Concussão Cerebral.
Fratura, Luxação, Ferimento, Deslocamento Vertebral, Hematoma, Distensão Muscular e Trauma Abdominal.
Fratura, Deslocamento, Ferimento, Hematoma e Luxação.
Fratura, Ferimento, Hematoma, Ruptura de Ligamento, Lesão no Menisco e Distensão Muscular. |
McPherson e Pickett14
n = 299 karatecas |
Hospital do Canadá
Questionário foi usado para coletar os dados. |
Luta na Disputa
Luta no Treino
Kihon ippon kumitê |
77 quedas
29 socos
115 chutes
28 defesas |
86 na Cabeça
|
Concussão Cerebral. |
Macan, Bundalo-Vrbanac e Romic15
n = 1604 karatecas |
Campeonato Croata de 2002
Questionário foi usado para coletar os dados. |
Luta na Disputa |
Não informada. |
1 na Face
5 na Cabeça
2 no Tronco
1 no Membro Superior
4 no Membro Inferior |
Fratura.
Concussão Cerebral.
Fratura e Ferimento.
Fratura.
Fratura, Ferimento e Hematoma. |
Oliveira et alii16
n = 58 karatecas |
Participantes do XV Campeonato Sul-americano de 2005
Questionário foi usado para coletar os dados. |
Luta na Disputa
Luta no Treino
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Não informada. |
31 na Face
31 na Cabeça
4 no Tronco
14 no Membro Superior
29 no Membro Inferior |
Ferimento, Hematoma, Trauma Facial, Perda de Dente, Sangramento Nasal, Fratura Nasal, Fratura no Zigomático e Fratura no Maxilar.
Concussão Cerebral.
Não informada.
Não informada.
Não informada. |
Peeri et alii17
n = 40 karatecas |
Karatecas de elite da Turquia do ano de 2010
Questionário foi usado para coletar os dados.
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Luta na Disputa
Luta no Treino
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Não informada. |
33 na Face
33 na Cabeça
13 no Pescoço
13 no Tronco
27 no Membro Superior
29 no Membro Inferior |
Ferimento, Hematoma, Trauma Facial, Sangramento Nasal e Fratura Nasal.
Traumatismo Craniano, Ferimento e Hematoma.
Fratura, Deslocamento, Ferimento e Hematoma.
Fratura, Luxação, Ferimento, Hematoma e Trauma Abdominal.
Fratura, Luxação, Ferimento, Hematoma e Distensão Muscular.
Fratura, Ferimento, Hematoma e Distensão Muscular. |
Pieter18
n = 109 karatecas |
Campeonato Inglês de 97 e Finlandês de 95
Questionário foi usado para coletar os dados. |
Luta na Disputa |
Não informada. |
38 na Face
140 na Cabeça
7 no Membro Superior
6 no Punho
6 na Mão
4 no Membro Inferior
6 no Tornozelo
6 no Pé |
Ferimento, Hematoma, Trauma Facial, Sangramento Nasal e Fratura Nasal.
Traumatismo Craniano, Ferimento e Hematoma.
Fratura, Deslocamento, Ferimento e Hematoma.
Fratura, Luxação, Ferimento e Hematoma.
Fratura, Luxação, Ferimento e Hematoma.
Fratura, Ferimento e Hematoma.
Fratura, Luxação e Hematoma.
Fratura, Luxação e Hematoma. |
Rosso, Zenhäusern e Valderrabano19
n = não informado |
Lesões nas Lutas do Campeonato Suíço de 2001 a 2005
Material não informado |
Luta na Disputa |
Não informada. |
960 na Face
960 no Pescoço
1400 no Tronco
2680 no Membro Superior
3940 no Membro Inferior |
Ferimento, Hematoma, Trauma Facial, Perda de Dente, Sangramento Nasal, Fratura Nasal e Fratura no Maxilar.
Fratura, Luxação, Ferimento, Deslocamento Vertebral, Hematoma, Distensão Muscular, e Trauma Abdominal.
Fratura e Trauma Abdominal.
Fratura.
Fratura. |
Souza et alii20
n = 53 karatecas |
Karatecas com prática de 6,3 anos na arte marcial
Questionário foi usado para coletar os dados. |
Luta na Disputa
Luta no Treino
|
Não informada. |
23 na Face
10 na Cabeça
3 no Pescoço
4 no Tronco
17 no Membro Superior
4 no Punho
23 na Mão
20 no Membro Inferior
6 no Tornozelo
19 no Pé |
Fratura.
Concussão Cerebral.
Ferimento.
Fratura e Ferimento.
Overuse, Fratura e Ferimento.
Overuse, Fratura e Ferimento.
Overuse, Fratura e Ferimento.
Overuse, Fratura e Ferimento.
Overuse, Fratura e Ferimento.
Overuse, Fratura e Ferimento. |
Zeratuk et alii21
n = 114 |
Atletas canadenses
Questionário foi usado para coletar os dados. |
Luta na Disputa e no Treino
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Não informada. |
12 na Face
12 na Cabeça
20 no Tronco
20 no Membro Superior
26 no Membro Inferior
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Fratura, Trauma Facial, Sangramento Nasal e Fratura Nasal.
Concussão Cerebral.
Fratura.
Fratura.
Fratura, Ruptura de Ligamento, Lesão no Menisco e Distensão Muscular.
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Glossário: Concussão Cerebral: Perda de consciência no momento do trauma (popular nocaute), Deslocamento: Quando o osso de uma articulação sai do lugar, Distensão Muscular: Lesão causada no músculo por causa de um movimento brusco, Ferimento: Lesão que ocasiona sangramento, Fratura: Separação do osso em dois fragmentos, Fratura no Zigomático: osso da face que forma a maçã do rosto, Hematoma: cumulação de sangue em uma área por causa de pancada, a pele fica roxa, Kihon ippon kumitê: luta combinada onde o karateca avisa que vai socar o rosto ou o abdômen e o oponente precisa defender e contra-atacar, Luxação: Deslocamento de um ou mais ossos de uma articulação, Overuse: Uso excessivo de uma região do corpo, Traumatismo Craniano: Pancada forte na cabeça que compromete o encéfalo, Trauma Abdominal: Lesão ocasionada por impacto nos órgãos internos do abdômen, Trauma Facial: Lesão no rosto que muitas vezes gera fratura e/ou lesão visual.
A Figura 1 apresenta as lesões no atleta do karatê shotokan.
Figura 1. Soma dos valores de cada estudo dos locais das lesões no karateca.
O membro inferior foi o local com maior lesão, tendo um percentual de 36%, em segundo ficou o membro superior com 24%, depois a face com 15%, em quarto o tronco com 13%, em quinto o pescoço com 8%, em sexto a cabeça com 4% e em último com 0% a mão, o pé, o tornozelo e o punho. Esses achados foram contrários ao da literatura22,23, a face e a cabeça é onde os karatecas se machucam mais, embora a regra não permita contato do soco ou do chute nessa região. Como atualmente as disputas do karatê shotokan desclassificam o lutador quando ele acerta um golpe na face ou na cabeça do oponente, talvez esse estudo tenha identificado uma melhora da técnica dos karatecas em acertar o alvo, ou seja, somente na parte anterior do tronco.
Nessa revisão o membro inferior teve mais lesões no karateca (4088, 36%). Esses dados estiveram de acordo com a investigação de Kujala et al.24, o praticante dessa arte marcial obtêm mais lesão no membro inferior. Consultando Doder e Doder25, atletas de karatê de maior estatura costumam utilizar mais o membro inferior no ataque. Enquanto que Blazevic, Katic e Popovic26 evidenciaram que a qualidade do chute do karatê está relacionada com a força rápida do esportista e com a excelente técnica do chute do lutador. Portanto, baseado nesses resultados, a maior lesão no membro inferior do karateca parece que está relacionada com um maior uso do chute e também parece que os lutadores estão com maior estatura. Lembrando que, no karatê shotokan tradicional, não existe divisão dos atletas por peso na luta.
A parte anterior do tronco é onde o esportista do karatê pode receber um soco e/ou chute, mas esse golpe é “freado” para não causar nenhum dano no adversário27. Essa pesquisa identificou um total de 1477 lesões no tronco (13%), sendo a quarta região mais lesionada no karateca. Logo, é recomendável que os professores ensinem uma melhor técnica para os karatecas tocarem com o pé e com a mão no tronco do oponente com o intuito de causar o ponto e não machucar o companheiro de luta. Porém, existem pesquisas que apontam o tronco como uma região com alta tendência de lesão no karateca28,29. Para o atleta de karatê ter mais segurança, indica-se o uso de um protetor de tórax30, podendo ser similar ao do taekwon-dô.
Mas como determinar se um golpe foi forte ou fraco no tronco? Torna-se muito subjetivo para o juiz estabelecer tal tarefa. Logo, recomenda-se o uso de um sensor nas mãos e nos pés do karateca para facilitar o árbitro na marcação do ponto (ippon ou waza-ari) e na detecção do o impacto do golpe. Em caso de um golpe de alto impacto, o lutador será desclassificado.
A face (1699, 15% e 3º lugar na quantidade de lesão), o pescoço (976, 8% e 5º lugar) e a cabeça (420, 4% e 6º lugar) são regiões do corpo do karateca onde a regra não permite contato do soco e do chute, mas aconteceram lesões. Somando esses três locais o lutador obteve 3095 contusões, ficando em segundo lugar na quantidade de lesões. Para diminuir esses ocorridos as referências indicam um capacete que proteja a cabeça e o rosto31,32, podendo ser similar ao utilizado no karatê daido juku. Outro procedimento que merece ser adotado é um melhor preparo dos atletas no treino a fim de tocar o golpe apenas no tronco. Isso tenderá repercutir nas disputas desse esporte.
Em conclusão, o karateca necessita de mais segurança na luta para essa modalidade se tornar um esporte com menos lesão.
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