Lesões musculoesqueléticas em nadadores durante uma temporada de competição Las lesiones musculoesqueléticas en los nadadores durante una temporada de competición Musculoskeletal injuries in swimmers during a season of competition |
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*Faculdade de Fisioterapia - Universidade de Cuiabá, UNIC/ MT **Mestre em Fisioterapia. Professora e Diretora do Curso de Fisioterapia da Universidade de Cuiabá, MT ***Mestre em Ciências da Motricidade. Professor e Diretor da Faculdade de Educação Física. Núcleo de Estudos em Exercício, Saúde e Desempenho Físico, NESDEF, Universidade de Cuiabá, MT (Brasil) |
Bianka Tibaldi Procópio* Giani Ribeiro Morais* Margarete Lovato** margarete.lovato@kroton.com.br Otávio Rodrigo Palácio Favaro*** |
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Resumo Este estudo teve como objetivo analisar a ocorrência de lesões na natação, no período de treinamento da temporada de competições 2010/2011, considerando a região anatômica envolvida, período de ocorrência, volume de treinamento, estilo de nado versus incidência de lesão. Os dados foram coletados em Setenta e sete nadadores, de ambos os sexos, através do inquérito de morbidade referida com perguntas específicas à modalidade. Foi utilizada estatística descritiva. De acordo com esta pesquisa, 59,74% dos nadadores sofreram lesão. Quanto à região anatômica lesionada a maior incidência foi o ombro com 60,87%, quanto ao período da ocorrência das lesões, 86,96% aconteceram durante o treinamento. Alto índice de lesão ocorreu durante o período de treinamento, acometendo a região do ombro e, entre os nados, o nado crawl foi o mais freqüente na época da lesão. Estes dados demonstraram a importância da utilização de medidas preventivas eficazes. Unitermos: Natação. Lesões esportivas. Fisioterapia esportiva.
Abstract This study aimed to analyze the occurrence of injuries in swimming training during 2010/2011 season's competition, considering anatomical region involved, time of occurrence, volume of training, swimming style versus incidence of injury. Data were collected from seventy seven swimmers of both sexes through a morbidity referred inquiry with specific questions to the modality. Descriptive statistics were used. According to this research 59.74% of the swimmers got injuried. The highest incidence of injury was the shoulder with 60.87% and 86.96% of injuries occurred during training. Among swimming strokes the crawl was the most frequent at the time of injury. These data demonstrate the importance of effective use of preventive care. Keywords: Swimming. Sports injuries. Musculoskeletal injuries. Sports physiotherapy.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Esportes aquáticos são praticados pelo mundo todo, passando de níveis com foco na saúde, atividades recreacionais, chegando a níveis altamente competitivos. Com a inclusão da natação, em 1896, nos Jogos Olímpicos da era moderna, a participação de praticantes em eventos competitivos vem aumentando rapidamente (1).
Na natação, como em outros esportes, o conhecimento científico contribuiu para grandes avanços na otimização da técnica, controle e monitoramento de intensidades específicas de treinamento e, conseqüentemente melhorias na performance destes atletas. Na natação competitiva os nadadores são treinados para obterem o máximo do rendimento físico, por meio de adaptações fisiológicas específicas, submetendo-se assim a rigorosos programas de preparação física (2), muitas vezes atuando no limite entre da performance atlética e a lesão (3).
Nadadores de alto rendimento disponibilizam muito tempo e engajamento na preparação, podendo percorrer durante a fase de treinamento de 10.000 a 15.000 metros diários, 6 a 7 vezes por semana, podendo atingir 16.000 braçadas por semana, perfazendo até cerca de 300.000 braçadas por temporada (4,5).
A prática regular da natação promove efeitos fisiológicos benéficos à saúde tanto no sistema cardiorrespiratório quanto no músculo-esquelético (6), por outro lado, a prática de alta competitividade expõe os praticantes a efeitos negativos à integridade do sistema músculo-esquelético (7,8).
As lesões esportivas (LE) causam um impacto negativo na vida de um atleta, uma vez que o processo evolutivo das adaptações orgânicas adquiridas por meio do treinamento é interrompido pelo seu afastamento obrigatório. Esse afastamento resulta em diminuição de rendimento, podendo levar o atleta à incapacidade permanente da prática esportiva (9). Em atletas de natação, os mecanismos de lesão, na maior parte, ocorrem por meio de movimentos repetitivos (10).
Em um estudo realizado por Cohen et al. (11), encontraram que a dor no ombro foi predominante, presente em 63, 5% dos atletas, seguida pela dor na coluna, joelho, e cotovelo. A combinação de frouxidão articular generalizada, amplitude articular extrema solicitada nos movimentos de braçada e o numero de repetições dos movimentos realizados pelos nadadores predispõem a ocorrência das lesões.
Estima-se que em uma semana típica de treinamento, nadadores de elite podem atingir longa quilometragem por semana, realizando elevado número de ciclos de braçadas (12), tal esforço gera forte estresse, levando à micro traumas repetitivos (5).
Aguiar et al. (13) analisando a ocorrência de lesões em 215 nadadores, participantes das principais competições organizadas pela Federação Aquática Paulista, identificaram que o volume é a principal causa de ocorrências de lesões, e ainda, o ombro é local mais acometido pelas diferentes especialidades.
Desta forma, o objetivo primário deste trabalho foi de realizar um levantamento das lesões na natação competitiva no período de uma temporada de competições, avaliando a ocorrência e o seu período, região anatômica envolvida, volume de treinamento, estilo de nado versus incidência de lesão, para servir como mais uma ferramenta de vigilância e subsidiar e motivar a realização de medidas preventivas.
Material e métodos
Considerando que durante competições a possibilidade de recolher informações de atletas de natação de diferentes estilos e, principalmente, provenientes de outros clubes, apresenta uma viabilidade muito maior do que em outra situação, este estudo utilizou-se destas condições para incluir nadadores de ambos os sexos, participantes de grandes competições realizadas no centro-oeste e a nível nacional, incluindo os Jogos Abertos Brasileiros, edição Cuiabá – MT.
Os dados utilizados para a realização deste estudo foram obtidos por meio de Inquérito de Morbidade Referida adaptado de Pastre et al. (9), para tanto, foi elaborado um formulário específico baseado na experiência prática com a modalidade de um dos pesquisadores, constituindo-se de modelo fechado, incluindo dados pessoais dos atletas entre os quais, sexo, idade, peso, altura, tempo de treinamento em nível competitivo, especialidade de nado, volume e freqüência de treinamento, históricos de lesões, região anatômica envolvida, ocorrência de lesões recidivantes, o tempo e a situação que ocasionou a lesão e ainda, se realizou tratamento específico. Para caracterizar a lesão esportiva, considerou-se a definição de, que lesão esportiva é qualquer dor ou afecção músculo-esquelético resultante de treinamentos e competições esportivas suficientes para causar alterações no treinamento normal, seja na forma, duração, intensidade ou freqüência (14), podendo levar o atleta a perder parte ou todo o treinamento e competição ou, ainda, limitar sua habilidade atlética (15). Os questionários foram aplicados por dois fisioterapeutas treinados para coletar informações retroativas sobre a última temporada de treinamentos e competições (14).
A pesquisa foi realizada, após o consentimento dos dirigentes das competições, técnicos e nadadores, por meio de um questionário específico aplicado aos nadadores. Inicialmente foram selecionados, aleatoriamente, 150 atletas e estes receberam os questionários específicos. Dos 150 questionários, apenas 77 foram entregues aos pesquisadores. A coleta foi realizada durante as competições em momentos que não provocassem interferência na realização das provas pelos nadadores, conforme sugerido por Aguiar et al. (13). Para o tratamento dos dados, foi aplicada a estatística descritiva.
Resultados
Foram analisados 77 atletas competidores de natação, sendo 32 (41,5%) do sexo feminino e 45 (58,4%) do sexo masculino. A média de idade foi de 18,32 anos, variando de 12 á 44 anos, e com uma media de IMC de 21,61. Observou-se que entre os atletas analisados 44% treinam há mais de 5 anos.
De acordo com a analise dos dados observou-se que 22,08% dos atletas avaliados são praticantes do nado crawl, seguido de 19,48% o nado peito, 15,58% o nado costa, 10,39 % o nado borboleta e 3,90% nadavam medley, sendo que a maioria (63,64%) treinavam entre 20 a 40 km por semana.
Com relação à freqüência semanal de treinamento, foi encontrado que predominantemente (52%) os atletas treinavam 6 vezes por semana e ainda, 60% dos atletas entrevistados já sofreram algum tipo de lesão durante a última temporada (figura 1). Quanto à região anatômica, a figura 2 apresenta que a região de maior incidência de lesão foi o ombro, com 60,87%.
Figura 1. Percentual de atletas que sofreram ou não lesão (n=77)
Figura 2. Regiões anatômicas acometidas
Quanto o período de ocorrência de lesão, incluindo competição, treinamento, treinamento e competição e outros, a fase de treinamento foi a mais freqüente (86,96%) (figura 3). A figura 4 apresenta a relação entre o estilo de nado e a incidência de lesão.
Figura 3. Período de ocorrência de lesões (n=77)
Figura 4. Relação do estilo de nado com a incidência de lesão (n=77)
Com relação ao tipo de tratamento realizado pelos nadadores, a figura 5 apresenta o tipo de tratamento e se realizou ou não. Com relação a tratamento fisioterapeutico realizado após a lesão, observou-se que entre os atletas, 69,57% foram submetidos ao tratamento fisioterapeutico. Outro resultado importante e que deve ser observado, 69% dos atletas que responderam ao inquérito sofreram recidivas.
Figura 5. Tipo de tratamento realizado pelos nadadores (n=77)
Discussão
As lesões nos esportes podem ocorrer por dois meios, o meio atraumático e o traumático. Normalmente os movimentos repetitivos são responsáveis por grande número de lesões atraumáticas, diferindo-se das lesões traumáticas, que são provocadas por esportes que priorizam o contato físico (16). Em pesquisa realizada, Ejnisman et al. (16) encontraram que as lesões atraumáticas são as mais freqüentes, com 55, 4% de casos, seguido por 31% por meio de traumas.
Desde a inclusão da natação em 1896 como esporte olímpico sua popularidade cresceu e, em uma típica sessão de treinamento, nadadores de alto nível chegam a treinar entre 32 a 64 Km por semana. Tal envolvimento gera grande esforço repetitivo, desgaste e fadiga, principalmente na região dos ombros para estes atletas (12). Na natação, o risco de lesões agudas é menor do que o risco de lesões por esforços repetitivos, onde as lesões por movimentos repetitivos são predominantes e ainda, depende do tempo de exposição e da especificidade do nado (17).
Em nossa pesquisa encontramos que o volume de treinamento semanal variou entre 20 a 40 Km, distância próxima a encontrada por Aguiar et al. (13), os quais explicam que a exposição constante associada ao elevado volume de trabalho parece ser fator determinante para ocorrência de lesões. Rodeo (18) demonstra que o alto volume de treinamento resulta em lesões de sobrecarga cumulativas, sendo este o mecanismo de lesão causador pelas principais lesões e ainda, conforme observado por Aguiar et al. (13), a causa de ausências dos nadadores em competições e treinamentos.
Outra evidência importante relacionada à elevada ocorrência de lesões nos nadadores analisados, na presente pesquisa, foi a freqüência semanal, 60% praticavam 6 vezes por semana, sendo que o restante se dedicavam 5 vezes por semana. Em um estudo comparativo, Souza et al. (19) observaram ocorrência de dor, em pelo menos um dos ombros, em 62% no grupo de nadadores com freqüência semanal de 5 a 6 vezes por semana o que não foi encontrado nos indivíduos que nadavam de 2 a 3 vezes por semana.
Knoblock et al. (17) encontrou que as lesões em geral apresentam uma taxa de 0,39 a cada 1000h de treinamento. Os membros superiores são mais freqüentemente envolvidos (0,11/1000h) do que tronco ou membros inferiores (0,067/1000h; 0,085/1000h, respectivamente). Os mesmos autores advertem que a natação mais do que 4 vezes na semana aumenta o risco de lesões.
Dos 77 atletas que responderam os questionários, 60% relataram ao menos uma lesão durante a temporada, corroborando com os resultados de Aguiar et al. (13), os quais identificaram elevada freqüência de ocorrência (55%).
No presente estudo, observou-se que a região anatômica mais acometida foi a articulação do ombro, seguida pelo joelho, quadril, coluna, cotovelo e punho, sendo mais freqüentes durante o período de treinamento do que no período de competições. Quando foi analisada a relação entre a especialidade do nado e o surgimento de lesões, observou-se que o nado crawl e o nado peito representaram a maior incidência de lesões.
De acordo com Ejnisman et al. (16), o ombro é local freqüente de lesões nos esportes competitivos, e ainda a incidência varia de 8 a 13% de todas as lesões atléticas.
Mello, Silva e José (3) observaram que em relação ao estilo de nado praticado na época da lesão, o nado crawl também foi o mais freqüente, seguido de crawl/costas, costas/borboleta. Quanto à região anatômica das lesões, estas ocorreram predominantemente nos membros superiores (61,4%), localizadas principalmente no ombro e seguidas do cotovelo. Os membros inferiores aparecem em segundo lugar (21,7%), com as lesões sendo localizadas principalmente no joelho, seguidas do tornozelo, pé e perna/coxa. A região do tronco aparece com menor freqüência (16,9%), apresentando um acometimento maior na região dorsal da coluna vertebral e tórax, seguida da região lombar da coluna vertebral e cintura pélvica e cabeça/pescoço.
Problemas na região do ombro também acometem atletas de vários esportes. Scovazzo et al. (20) em um estudo eletromiográfico relataram que esta região acometeu 66% de nadadores, 57% de jogadores de beisebol, 44% de atletas de voleibol e 7% de golfistas, e ainda afirma que a grande incidência de lesões é acarretada por excesso de treinos e pela própria exigência do esporte.
Em uma revisão de literatura Faggione, De Lucas, Al Gazi (21) relatam que no nado crawl, durante a braçada, o ombro do nadador é colocado em uma posição de risco, principalmente durante a fase de tração, onde ele está realizando adução e rotação medial, para em seguida, restaurar-se a abdução, tornando assim o tendão mais vulnerável às lesões por meio de inúmeros movimentos repetitivos.
Além destes fatores, os movimentos que trazem sobrecarga articular no ombro de nadadores de alto nível, durante a realização do nado crawl, estão presentes no momento em que o ângulo de elevação alcança o seu máximo, preparando-se para a entrada na água, e quando o ângulo de rotação interna ultrapassa seu limite normal de amplitude, tornando o ombro propenso a lesões (22)
De acordo com Osawa e Andries Junior (23), outra lesão comum em nadadores de competição é o joelho do nadador, freqüentemente relacionado ao nado peito e que ainda pode atingir até 73% dos especialistas dessa modalidade e 48% dos nadadores de outras modalidades.
As lesões ocorridas nos membros inferiores podem ser justificadas devido a sua responsabilidade na propulsão no nado peito, a musculatura adutora e flexora da articulação do quadril pode apresentar lesão aguda ou por sobrecarga, relacionada aos movimentos de pernada (24). Os músculos e tendões da panturrilha e do pé podem apresentar lesões por sobrecarga. Segundo Kenal e Knapp (25), as dores no joelho, quando relacionadas ao estilo peito, localizam-se na borda medial, sendo causadas pelo estresse rotatório e força em valgo excessiva; e as principais lesões são a condromalácia, a síndrome do ligamento colateral medial e a sinovite medial.
O nado crawl apresenta baixo risco para lesões no joelho, enquanto as lesões no ombro são predominantes e eventos de 200-400m nado peito aumentam o risco para lesões por sobrecarga no joelho mais do que os outros nados (17).
Como um resultado importante desta pesquisa e que deve ser observado por profissionais envolvidos com equipes de rendimento foi o achado de que entre os atletas que responderam ao questionário, 69% das lesões sofridas apresentaram recidivas.
Segundo O’Donnell, Bowen e
Fossati (12), cerca de 95% dos nadadores são capazes de retornar ao seu
nível de rendimento após a reabilitação funcional intensa.
Infelizmente, quanto maior o período de recuperação e ou ausência
prolongada, menor a probabilidade de um nadador retornar ao seu nível anterior
da competição.
Kenal e Knapp (25) afirmam que o atleta lesionado geralmente é tratado de maneira conservadora. Manter o atleta na água é muito importante, mas requer uma diminuição da metragem nadada e da intensidade do exercício. Medidas terapêuticas como fisioterapia, medicação, alongamento e exercícios específicos possibilitam o retorno ao nível competitivo.
Uma abordagem criteriosa deve ser feita e, do ponto de vista psicológico, pode ser melhor para um nadador continuar treinando com a equipe ao invés de ser isolado durante o repouso completo ou em tratamento fora do ambiente da equipe. Estratégias como descanso e prática adequados e exercícios de reabilitação no ambiente da equipe podem ajudar o nadador. A reabilitação deve respeitar as fases agudas, de recuperação e funcional.
Estudos sugerem o trabalho de prevenção de lesões esportivas (26) incluindo em suas sessões exercícios de treinamento resistido, alongamentos supervisionados e exercícios proprioceptivos (12), com o intuito de proporcionar estabilidade articular dinâmica e equilíbrio muscular (27).
As lesões esportivas não ocorrem só na natação competitiva. Todo atleta, não só nadadores, está constantemente exposto a situações de riscos para ocorrência de LE (28). Modalidades esportivas que envolvem movimentos excessivos da articulação do ombro devem receber especial atenção por parte dos técnicos, a fim de minimizar a ocorrência desta lesão (21).
Na natação a lesão pode ocorrer por vários fatores incluindo sexo, experiência do nadador, volume e intensidade de treinamento, escolha do nado e habilidade técnica, treinamento de força (em terra), exercícios de alongamento (especialmente quando realizado com o colega de equipe) bem como a utilização de palmares (12).
Estratégias para prevenção de lesão devem focalizar uma ampla possibilidade de intervenções, passando de um levantamento histórico incluindo o tempo de dedicação à modalidade, número de sessões de treinamento por semana (envolvendo a natação propriamente dita, treinamento de força e/ou calistênico), tipo de respiração (uni ou bilateral), falhas técnicas que podem ter sido apontadas pelo treinador, qualquer alteração na técnica de nado, qualquer alteração no volume e/ou intensidade de treinamento e, verificar também a mecânica dos exercícios resistidos realizados em terra (26).
Conclusão
A partir das observações deste estudo, pode-se concluir que o ombro é a região mais acometida por lesões, seguida do joelho, quadril, coluna e punho. As lesões estão associadas à fase de treinamento, sendo o crawl o estilo que apresenta maior freqüência de lesões. Observou-se que a maioria dos nadadores deste estudo passou por tratamentos fisioterapeuticos. Portanto, técnicos, preparadores físicos, fisioterapeutas e médicos devem trabalhar juntos para desenvolver estratégias eficazes e específicas para potencializar os resultados desses atletas, prevenindo o sugimento de lesões esportivas, bem como a interrupção dos treinamentos.
Agradecimentos
Os autores agradecem aos dirigentes, técnicos e nadadores que se dispuseram a colaborar para esta pesquisa e contribuir para estas informações científicas.
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