Hipertensão arterial: alertando para os fatores de risco Hipertensión arterial: alertando sobre los factores de riesgo Hypertension: warning risk factors |
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*Mestre em Ciências da Saúde, Especialista em Fisioterapia Clinica com Ênfase em Ortopedia e Traumatologia, Graduado em Fisioterapia e Graduando em Medicina pela UNIFRANZ, Bolívia **Pós-graduando em Fisiologia do Exercício pela Faculdade Pitágoras Graduado em Fisioterapia |
Renato Soares de Melo* Thiago Resende Pereira** (Brasil) |
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Resumo Atualmente a Hipertensão Arterial constitui-se numa das afecções mais comuns e que atinge um número considerável de pessoas, tendo sido apresentada como principal causa de morte em todo o mundo. Em indivíduos acima de 70 anos a prevalência é de 75%, e seus fatores de risco multiplicam as chances de problemas cardiovasculares, o que pode incrementar as taxas de morbimortalidade e os custos sócios econômicos. Diante da alta prevalência da doença na população brasileira, além das importantes complicações ocasionadas pela mesma, torna-se importante a realização de estudos que abordem os diversos fatores de risco associados a Hipertensão Arterial. Desse modo, o propósito deste trabalho é revisar a literatura sobre os aspectos relacionados aos fatores de risco desta patologia. Unitermos: Hipertensão arterial. Pressão arterial. Fatores de risco.
Abstract Hypertension is currently in one of the most common conditions and achieves a considerable number of people and was presented as the main cause of death worldwide. In individuals over 70 years the prevalence is 75% and its risk factors multiply the chances of cardiovascular problems, which can increase the rates of mortality and economic costs members. Given the high prevalence in the population, besides the major complications caused by it, it becomes important to conduct studies that address the different risk factors associated with arterial hypertension. Thus, the purpose of this paper is to review the literature on aspects related to risk factors of this pathology. Keywords: Hypertension. Blood pressure. Risk factors.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Atualmente a Hipertensão Arterial (HA) tem sido apresentada como principal causa de morte em todo o mundo (CORNELISSEN; FAGARD, 2005). Pode-se resultar em graves complicações, se não for tratada e controlada, por isso se evidencia que a mesma é um grande problema de saúde pública, merecendo especial relevância em todos os níveis de atenção à saúde (XIMENES NETO; MELO, 2005).
De acordo com as VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO (2010) os valores da pressão arterial (PA) que classificam os indivíduos acima de 18 anos são: <120/<80 mmHg (Ótima), <130/<85 mmHg (Normal), 130-139/85-89 mmHg (Pré-hipertensão), 140-159/90-99 mmHg (Hipertensão estágio 1), 160-179/100-109 mmHg (Hipertensão estágio 2), ≥180/≥110 mmHg (Hipertensão estágio 3), ≥140/<90 (Hipertensão sistólica isolada).
A grande prevalência de HA e de seus fatores de risco multiplicam as chances de problemas cardiovasculares, o que pode incrementar as taxas de morbimortalidade e os custos sócios econômicos (MONTEIRO; SOBRAL FILHO, 2004; CONVERSO; LEOCÁDIO, 2005; KRINSKI et al., 2006).
Os autores Correa et al. (2005) e Junqueira (2007) desvelam que entre as principais complicações desta condição clínica incluem-se a hipertrofia do coração e a sua insuficiência progressiva, o desenvolvimento de arritmias, o infarto do miocárdio, a aceleração da aterosclerose, os acidentes vasculares cerebrais e a insuficiência renal crônica.
Diante da alta prevalência da doença na população brasileira, além das importantes complicações ocasionadas pela mesma, torna-se importante a realização de estudos que abordem os diversos fatores de risco associados a HA.
Desse modo, o propósito deste trabalho é revisar a literatura sobre os aspectos relacionados aos fatores de risco da HA.
Fatores de risco da hipertensão arterial
A Organização Panamericana de Saúde (2003) considera que os fatores de risco para HA podem ser classificados em fatores individuais e fatores comunitários. Entre os fatores de risco individuais estão inclusos os fatores não-modificáveis (idade, sexo, composição genética), comportamentais (tabagismo, má alimentação e sedentarismo) e intermediários (níveis séricos de colesterol, diabetes mellitus, obesidade). Nos fatores comunitários destacam-se a situação econômica (pobreza, emprego, composição familiar), o meio ambiente (clima, poluição do ar), a cultura (práticas, normas e valores) e urbanização (que influencia a habitação, o acesso a produtos e serviços). Neste contexto, Simão (2005) afirma que as condições sociais e econômicas também são condições de risco para a HA.
Idade
A idade relaciona-se diretamente com a HAS de modo que a prevalência desta eleva com o aumento da idade (FUCHS et al., 1994; COHBANIAN et al., 2003; PASSOS; ASSIS; BARRETO, 2006; VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO ARTERIAL, 2010)
Na população adulta brasileira estudos populacionais apontaram alta prevalência de HA, com taxas que variaram entre 22,3% e 43,9% (SILVA; RODRIGUES; MACHADO, 2011). Em indivíduos com idade acima de 65 anos a prevalência de HAS é superior a 60% (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006; CESARINO et al., 2008; MENDES; BARATA, 2008; OLIVEIRA et al., 2008).
Apesar da doença se desenvolver comumente na população idosa, algumas crianças e adultos também podem fazer parte do quadro de incidência, devido a alguma ocorrência de danos cardiopáticos ou de problemas sanguíneos congênitos (PUPATTO JUNIOR; SILVA; NAVARRO, 2010).
Segundo as IV Diretrizes Brasileiras da Hipertensão Arterial (2002), no Brasil, a prevalência da HA em crianças e adolescentes pode variar entre 6% e 8%. Portanto, não devemos negligenciá-la.
No estudo apresentado por Nobre, Sammour e Costa Sobrinho (2011), realizado com 571 adolescentes entre 10 e 17 anos, a prevalência de HA foi de 10,33%.
Estabelecendo uma correlação da faixa etária com a HA, Costardi (2004) aborda que com o avança da idade, os níveis pressóricos diastólicos perdem progressivamente o seu impacto sobre a mortalidade cardiovascular. O processo de envelhecimento se acompanha de elevação progressiva da pressão sistólica secundária ao enrijecimento da parede das artérias.
Gênero
As estimativas de HA apresentam variações em função de diferentes critérios de classificação e instrumentos de medida utilizados. Porém, em sua maioria a prevalência ocorre na mulher, pois, em geral, ela se expõe a situações especiais que por si só contribuem para o surgimento de HAS - o uso de contraceptivo oral, a gestação e a própria menopausa, como exemplos (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010). Concordando, Aquino (1996), numa revisão de estudos brasileiros de prevalência de HA, de base populacional, no período entre 1980 e 1994, constatou maior prevalência em mulheres, em 13 de um total de 24 estudos, com variação entre 8,9% e 32,0%.
No Brasil, no período 1998-2001, foram quase 400 mil internações de mulheres causadas por HA e mais de 200 mil hospitalizações de homens (LESSA, 2001).
No entanto, pesquisa realizada em Cianorte - Paraná, com avaliação dos níveis pressóricos, verificou maior prevalência de HA (72,4%) nas mulheres na faixa etária de 60 a 69 anos (OLIVEIRA; NOGUEIRA, 2003).
A PA das mulheres mais jovens (até os 50 anos) tende a ser mais baixa que a dos homens. Após essa idade, a situação é invertida: A HA torna-se mais freqüente em mulheres (LESSA, 2001; CESARINO et al., 2008).
Em estudos realizados no Brasil, abordando gênero e cor, mostraram predomínio de mulheres negras com excesso de HAS de até 130% em relação às brancas (VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010).
Etnia
Nos negros, a prevalência e a gravidade da Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS) tendem a ser maiores, podendo estar relacionado a fatores étnicos, genéticos, ambientais e também por fatores sócio-econômicos. Além disso, quando comparado com o restante da população, o desenvolvimento de HAS ocorre de forma mais precoce e grave (ALVES et al., 2009; BRASIL, 2006).
Segundo Oliveira et al. (2008) a cor da pele não branca elevam a chance de ter HA em 35% dos casos.
Excesso de peso e obesidade
A obesidade, principalmente a adiposidade visceral, é uma pandemia que acomete tanto populações de países hegemônicos como daqueles em desenvolvimento, inclusive o Brasil (WHO, 1988; IBGE, 2004).
O excesso de peso é uma das causas para a hipertensão. Estima-se que 20% a 30% da prevalência da HA podem ser explicadas pela presença do excesso de peso (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Um dos fatores de risco mais importantes para o desenvolvimento da HA desde jovens é a obesidade (LOBATO et al., 2009; VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010). As conseqüências da obesidade são várias: as alterações metabólicas, a HA e o desfecho dessa associação que são as doenças cardiovasculares. A associação entre obesidade e HA atualmente envolve vários fatores, entre eles a resistência a insulina, a disfunção endotelial, o acúmulo de tecido adiposo branco, a ativação aumentada do sistema renina-angiotensina-aldosterona e do sistema nervoso simpático, ao lado do sistema endocanabinóide (CARNEIRO et al., 2003; FERREIRA; SARNO, 2009).
Segundo Feijão et al. (2005), em uma população urbana de baixa renda, a massa corporal é um importante determinante da elevação da PA, como também pela elevada prevalência de indivíduos com excesso de peso. De acordo com as VI Diretrizes Brasileiras de Hipertensão (2010), a redução do peso corporal contribui para o controle da PA de forma consistente e significativa, podendo provocar a diminuição da média da PA em 6,3/3,4 mmHg.
É possível que a hiperinsulinemia devida a resistência insulínica, presente em indivíduos com excesso de peso, seja um dos mecanismos responsáveis pela HA (BORTH; SARTORI; SIQUEIRA, 2010).
Etilismo
Diversos estudos mostram a relação entre elevação da PA e o alto consumo de bebida alcoólica, independente das características demográficas (BRASIL, 2006; VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010). Segundo Fuchs (1994) percebe-se em indivíduos com ascendência africana um fator de risco para doença arterial coronária, pois o álcool em si está associado a efeitos adversos sobre o coração e os vasos sanguíneos.
Aos consumidores de álcool, a ingestão de bebida alcoólica deve ser limitada a 30g álcool/dia, que podem ser contidas em 600 ml de cerveja (5% de álcool) ou 250 ml de vinho (12% de álcool) ou 60ml de destilados (whisky, vodka, aguardente - 50% de álcool). Este limite deve ser reduzido à metade para homens de baixo peso, mulheres, indivíduos com sobrepeso e/ou triglicérides elevados (MION JUNIOR et al. 2002).
Tabagismo
A HAS associada ao tabagismo aumenta o risco de doenças cardiovasculares (KOHLER et al., 2008 apud OLIVEIRA; MARTINS; FREITAS, 2011).
O hábito de tabagismo atual ou anterior aumenta em 36% o risco de HA, segundo estudos de Oliveira et al. (2008).
Converso e Leocádio (2005) entrevistaram e aferiram a PA de 150 indivíduos com o intuito de verificar a prevalência da HA, correlacionando-a com os fatores de risco associados. Os autores relataram que os altos níveis pressóricos poderiam estar relacionados à alta incidência dos fatores de risco, como ser ou ter sido tabagista, que apresentou 22%.
O risco associado ao tabagismo é proporcional ao número de cigarros fumados e à profundidade da inalação (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
O fumo tem-se apresentado como um forte fator de desenvolvimento de HA (GIORGI, 2010). Assim, homens que fumam 20 cigarros/dia apresentam mais do que o dobro da probabilidade de desenvolver HA ao longo de 11 anos (NISKANEN et al., 2004).
Em estudo realizado com dez fumantes normotensos que, com monitorização contínua da PA e da freqüência cardíaca, fumaram um cigarro a cada 15 minutos pelo período de uma hora, demonstrou-se que, após o fumo do primeiro cigarro, ocorreu elevação aguda da PAS, com pico entre 2 e 4 minutos após o ato de fumar, e que permaneceu elevada pelos 15 minutos subseqüentes (GROPPELLI et al.,1992).
O cigarro contém nicotina, o que causa a diminuição do volume interno das artérias, provocando endurecimento ou arteriosclerose, além da aceleração da freqüência cardíaca e, conseqüentemente, a HA (SMELTZER; BARE, 2002).
A nicotina pode ainda aumentar a PA diretamente por aumento do tônus do músculo liso vascular ou por aumento da vasopressina (HUSAIN et al., 1975; BENOWITZ; KUYT; JACOB, 1984).
Ingestão de sal
Um estudo realizado nos Estados Unidos envolvendo a dieta DASH (Dietary Approaches to Stop Hypertension) com diferentes valores de sal, demonstrou claramente a importância da redução do sal na melhora do controle da PA de pacientes hipertensos. Nota-se, em geral, uma resposta maior da PA, em relação ao sal, em pacientes hipertensos de raça negra, indivíduos de meia-idade e idosos, pacientes com hipertensão e diabetes ou com função renal comprometida (BRASIL, 2006; GIL; LOPES, 2009).
Apesar da existência na literatura de um grande número de estudos relacionados ao consumo de sal pelo hipertenso, ainda não está muito bem estabelecido qual o limite de sal a ser consumido diariamente por esses pacientes. Sabe-se que a restrição extrema tem impacto negativo no organismo e o consumo excessivo também. Tudo indica que o consumo moderado é o ideal (GIL; LOPES, 2009; VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010). Em termos numéricos isso significa 100 mEq/dia (2,3 g/dia), segundo Gil e Lopes (2009), ou <2,4 g/dia (equivalente a 6 gramas de cloreto de sódio), de acordo com Brasil (2006).
Sedentarismo
Sabe-se que o controle do peso e a promoção da saúde propiciada pela atividade física podem ser benéficos no tratamento da HAS, além de ajudar a reduzir o risco de doença arterial coronária e de acidentes vasculares. Indivíduos sedentários apresentam risco 30% maior de desenvolver HAS que os ativos (ZORTÉA; TARTARI, 2009).
Os exercícios aeróbicos são mais efetivos em reduzir os níveis da PA em hipertensos, pois durante sua execução, apenas a pressão arterial sistólica aumenta. Seus benefícios estão relacionados à melhora do desempenho metabólico muscular, redução da disfunção endotelial, melhora das anormalidades neuro-hormonais e redução da resistência à insulina. Por outro lado, se acorrer o aumento exacerbado da PA durante o exercício aeróbio progressivo isso pode ser utilizado para avaliar o risco futuro de os normotensos se tornarem hipertensos e de hipertensos terem complicações clínicas (FORJAZ et al., 2006; BATTAGIN et al., 2010) como graves eventos isquêmicos cardíacos, incluindo infarto do miocárdio e acidente vascular cerebral (CRUCES; GARCÍA, 2011)
O exercício físico regular tem sido indicado como um modulador do perfil de risco e redução da morbidade e mortalidade (FAGARD, 2006).
A recomendação da atividade física baseia-se na freqüência, duração, intensidade e modo de realização. Aos hipertensos é recomendado o tempo de pelo menos 30 minutos, de intensidade moderada, na maior parte dos dias da semana de forma contínua ou acumulada (MION JUNIOR et al. 2002; MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Genética
A PA é influenciada por fatores ambientais e genéticos e pela interação desses fatores e, por isso, a HAS é considerada uma doença complexa e multifatorial (GIL; LOPES, 2009; VI DIRETRIZES BRASILEIRAS DE HIPERTENSÃO, 2010). Fuentes et al. (2000) verificaram que quando um progenitor é hipertenso, o descendente possui até 3,5 vezes mais chances de desenvolver HA quando comparado com um descendente cujos pais são normotensos.
O estudo apresentado por Silva e Souza (2004), realizado com 23 participantes, a hereditariedade é apontado em 74% dos sujeitos.
Estresse
Uma das principais fontes de alguns estados emocionais como raiva, ansiedade e irritação seria a interação com outras pessoas. Mas, também, a preocupação social, econômica e familiar são fatores que elevam os valores tensionais, merecendo um cuidado especial dos profissionais da saúde ao se planejar qualquer atendimento que vá ao encontro das necessidades da população (ALVES et al., 2009).
No campo neurofisiológico o que acontece em situações de estresse são manifestações neurovegetativas estereotipadas intensas, tais como elevação da PA e aumento da freqüência cardíaca, devido a uma ativação do sistema catecolaminérgico e do eixo hipotálamo-hipofisárioadrenal. Entretanto, essa reação não persiste por um longo tempo. Essa é a reação de estresse propriamente dita, causada por qualquer agente agressor, apresentando-se da mesma maneira em qualquer indivíduo, variando apenas de intensidade (LIMA JR., 2010).
Diabetes mellitus
A prevalência de hipertensão em diabéticos é pelo menos duas vezes maior do que na população em geral (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006).
Outros
Outros fatores podem estar presentes, desenvolvendo a Hipertensão secundária. Dessa maneira, o grau secundário envolve inúmeras causas, entre elas: Doença do parênquima renal, Hipertensão Renovascular, Aldoteronismo Primário, Gestação, uso de medicamentos como anticoncepcionais, corticóides e antiinflamatórios, Feocromocitoma, etc. (PUPATTO JUNIOR; SILVA; NAVARRO, 2010).
Medicamentos tais como estrogênios, simpaticomiméticos, esteróides e antidepressivos também podem contribuir para a elevação da PA (NETTINA, 2003; SMELTZER; BARE, 2005).
Os autores Silva e Souza (2004), apresentaram em seus estudos que 34,7% dos sujeitos da pesquisa fizeram ou fazem uso de contraceptivo hormonal.
Apresentado em diversos estudos, o aumento do Índice de Massa Corporal é um bom preditor do risco de desenvolvimento de HA em adolescentes (SRINIVASAN; MYERS; BERENSON, 2002; MOURA et al., 2004; RIBEIRO et al., 2006; ROSA et al., 2006; NOBRE; CHRISTOFARO et al., 2010; SAMMOUR; SOBRINHO COSTA, 2011), bem como o aumento da Circunferência da Cintura, apresentado em estudos internacionais (SRINIVASAN; MYERS; BERENSON, 2002; MESSIAH et al., 2008; OSTCHEGA et al., 2009).
Considerações finais
O mundo moderno em que vivemos atualmente exige dos profissionais de saúde uma vasta gama de conhecimentos. Quando se trata de PA, podemos concluir que com o envelhecimento há uma maior probabilidade de uma pessoa se tornar hipertenso do que em faixas etárias inferiores, não considerando os outros fatores predisponentes e sim só a idade. A identificação dos fatores de risco relacionados à HA pode colaborar com os avanços na epidemiologia cardiovascular e nas medidas preventivas desta patologia enfrentada como um fenômeno mundial. Contudo se tomarmos conhecimento de medidas preventivas que possam corroborar com a manutenção de um quadro normotenso de PA a população estará menos exposta a complicações em decorrência da HA.
Assim, sugerem-se novos estudos que abordem amplamente os diversos fatores relacionados à HA, bem como sua origem, formas de tratamento, principalmente de forma preventiva.
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Octubre de 2012 |