Excluindo os excluídos: alunos beneficiados pelo Programa Universidade para Todos (PROUNI) que devido às permanentes problemáticas provenientes do ensino médio público abandonam o ensino superior Excluyendo los excluidos: los estudiantes beneficiados por el Programa Universidad para Todos (PROUNI), que debido a los permanentes problemas de la escuela media pública, abandona la educación superior Excluding the excluded: students benefited by the University for All Program (UNIPRO), that due to persistent problems of public schools in high school, they abandon higher education Escludendo gli esclusi: studenti beneficiati per il Programma Università per Tutti (PROUNI), che a causa di persistenti problemi della scuola pubblica in liceo, li abbandonano l'istruzione superiore |
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*Discente do Curso de Educação Física da Universidade Castelo Branco (UCB), Rio de Janeiro, Brasil. **Orientadora. Mestranda em Educação pela Universidade Estácio de Sá (UNESA) Especializada em Psicopedagogia e Orientação Educacional pela Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ), Especializada em Arteterapia em Saúde e Educação pela Universidade Cândido Mendes (UCAM), Graduada em Pedagogia pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) Docente da Universidade Castelo Branco (UCB), Rio de Janeiro (Brasil) |
Jaime Della Corte* Cristiano Santos* Lorena Rangel* Pedro Orofino* | Rayza Nery* Stella Rocha** |
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Resumo O objetivo dessa amostra, por meio da revisão da literatura, foi refletir sobre o atual movimento de inclusão social, sobretudo o sistema de cotas educacionais, o qual se esbarra em alunos carentes com insuficiência intelectual (originária da deficiência do ensino médio público e/ou que sofreram discriminação ou preconceito financeiro, religioso, homofóbico, bullying, etc.) e, ainda, podendo ser vítimas de rejeição social, oriunda da classe dominante no ambiente acadêmico, que muitas vezes, diante dessas dificuldades, levam aos alunos desfavorecidos abandonarem o ensino superior. Em contrapartida, o professor de Educação Física, com papel integrador, motivando seus alunos para a autoaprendizagem e autodesenvolvimento contribui para a fiscalização do conhecimento que lhes estão sendo ensinados, isto é, esse docente não vai ensinar as disciplinas português, matemática, biologia,... cabíveis aos outros profissionais de ensino, entretanto alunos mais envolvidos e “antenados” podem até mesmo fiscalizar e avaliar acerca dos conteúdos curriculares que estão sendo aplicados na sala de aula. Unitermos: Cotas educacionais. Exclusão social. Integração social.
Resumen El objetivo de esta investigación a través de la revisión de la literatura, fue reflexionar sobre el actual movimiento para la inclusión social, en particular el sistema educativo de unidades, lo que choca con los estudiantes en desventaja con graves intelectual (de nuestra parte escuela pública en la escuela secundaria y/o que han sufrido discriminación, prejuicio o pérdida financiera, religiosos, homofóbicos, intimidación, etc.) y aún así ser víctimas del rechazo social, de la élite en el mundo académico, a menudo frente a estas dificultades, lo que lleva a estudiantes en desventaja a dejar la educación superior. Por el contrario, un profesor de educación física, con papel integrador en la motivación de sus alumnos para el auto-aprendizaje y auto-monitoreo contribuye al conocimiento que se enseña, es decir, estos maestros no enseñan cursos de portugués, matemáticas, biología,... aplicable a otros profesionales de la enseñanza, pero los estudiantes están más involucrados y "enganchados"; también puede monitorear y evaluar sobre el plan de estudios que está aplicando en el aula. Palabras clave: Cupos educativos. Exclusión social. Integración social.
Abstract The objective of this sample, through the literature review, was to reflect on the current movement for social inclusion, particularly the educational system of quotas, which is hampered by poor students with severe intellectual (from their disabilities from public high schools and/or who have experienced discrimination or prejudice the financial, religious, homophobic, bullying, etc.) and also can be victims of social rejection, coming from the ruling class in the academic environment, often in the face of these difficulties, leading to disadvantaged students leave higher education. In return, the professor of Physical Education, integrative role in motivating their students to self-learning and self-monitoring contributes to the knowledge that they are being taught, ie, these teachers will not teach the courses portuguese, mathematics, biology,... applicable to other teachers, though students more involved and "tuned" can even monitor and evaluate about the curriculum being implemented in the classroom. Keywords: Educational quotas. Social exclusion. Social integration.
Riassunto L'obiettivo di questa ricerca, attraverso della revisione della letteratura, è stato quello di riflettere sull'attuale movimento per l'inclusione sociale, in particolare il sistema educativo di quote, che si scontra con gli studenti svantaggiati con grave intellettuale (ci provenienti della scuola pubblica in liceo e/o che hanno subito discriminazione opurre pregiudizio finanziario, religioso, omofobico, bullying ecc.) e gli ancora essere vittime di rifiuto sociale, provenienti dalla classe dirigente in ambito accademico, spesso di fronte a queste difficoltà, portando a studenti svantaggiati lasciano l'istruzione superiore. Al contrario, l'insegnante di educazione fisica, con ruolo integrativo nel motivare i suoi studenti per l'auto-apprendimento e auto-monitoraggio contribuisce alla conoscenza che viene insegnato, che è, questi insegnanti non insegnano i corsi di portoghese, matematica, biologia,... applicabile ai professionisti dell'insegnamento delle altre, ma gli studenti sono più coinvolti e "sintonizzato" possono anche monitorare e valutare circa il curriculum in corso di attuazione in classe. Parole chiave: Quote educativi. Esclusione sociale. Integrazione sociale.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introduçâo
O Governo Federal visando minimizar a exclusão social, que perdura desde o Brasil-Império, cria o sistema de cotas educacionais na intenção de ofertar aos menos favorecidos, sempre discriminados ao longo da história, uma possibilidade de acesso ao ensino superior.
Segundo o Ministério da Educação (MEC), o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), criado em 1998, tem como propósito avaliar o desempenho do estudante ao fim da escolaridade básica. Podem participar do exame alunos que estão concluindo ou que já concluíram o ensino médio em anos anteriores.
O Enem é utilizado como critério de seleção para os estudantes que pretendem concorrer a uma Bolsa no Programa Universidade para Todos (Prouni). Além disso, cerca de 500 universidades já usam o resultado do exame como critério de seleção para o ingresso no ensino superior, seja complementando ou substituindo o vestibular.
O Prouni tem como finalidade a concessão de bolsas de estudo integrais e parciais em cursos de graduação e sequenciais de formação específica, em instituições privadas de educação superior. Criado pelo Governo Federal em 2004 e institucionalizado pela Lei nº 11.096, em 13 de janeiro de 2005, oferece, em contrapartida, isenção de alguns tributos àquelas instituições de ensino que aderem ao Programa.
Esse Programa é dirigido aos estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais, com renda per capita familiar máxima de três salários mínimos, dentre esses ainda são reservados percentuais restritos aos portadores de deficiência e aos autodeclarados negros ou indígenas. Os candidatos são selecionados pelas notas obtidas no Enem, desse modo, inclusão à qualidade e mérito dos estudantes com melhores desempenhos.
Conforme publicação do site de notícias iG Último Segundo (2012), foi aprovada por unanimidade no dia 26 de abril de 2012 pelo Supremo Tribunal Federal do Brasil (STF) a adoção de políticas de cotas raciais em instituições de ensino superior em todo o país. Com a aprovação, universidades, faculdades e institutos podem legalmente dedicar uma porcentagem específica de suas vagas para estudantes de origem negra e/ou indígena.
A evasão dos alunos bolsistas
Segundo o site de notícias InfoEscola (2011), o MEC analisou a média de evasão dos bolsistas do Prouni, tendo como referência os anos de 2009 e 2010, observou-se que o percentual de alunos que deixaram o ensino superior antes da conclusão de seus cursos em instituições privadas foi de 15,6%. Já as pesquisas de 2011, conforme o Jornal on-line “A Gazeta do Povo”, feita também pelo MEC informaram que um em cada quatro estudantes bolsistas do Prouni abandona o programa.
Esses estudantes de baixa renda que têm no Prouni uma oportunidade de se formar em uma faculdade particular e pós-formado mudar sua classe social, veem suas chances “fugindo de suas mãos”. Existe uma parcela que abandona a graduação por deficiência na educação básica. São alunos que têm dificuldade de acompanhar as aulas por apresentarem déficits elementares, que deveriam ser sanados nos ensinos fundamental e médio. Assim, os números de evasão do Prouni devem ser melhores analisados, com uma metodologia precisa, para que sirva como mais um instrumento de diagnóstico do Ensino Médio Público Municipal e/ou Estadual, intervindo para que o objetivo do Programa, que é dar possibilidade aos alunos de baixa renda ter acesso ao Ensino Superior, cumpra-se com real eficácia e eficiência.
Para que a desistência diminua é preciso à adoção de uma política estudantil que contemple as muitas outras necessidades dos estudantes e não somente os seus níveis econômicos mais baixos. Esses alunos, ainda, têm suas frustações potencializadas quando ao longo de suas vidas estudantis sofrem algum tipo de discriminação ou preconceito como: religioso, homofóbico e bullying.
Discriminação e preconceito religioso
Para que haja o respeito mútuo é preciso nos despir das “armaduras” da discriminação e do preconceito, a fim de que possamos ser mais tolerantes frente às diversidades, sejam elas por convicções, opções individuais ou socioculturais. (DELLA CORTE, J., 2011, p. 40).
A fim de que se respeite e tolere a opção religiosa dos plurais alunos existentes no ambiente escolar faz se necessário levar ao corpo discente o conhecimento religioso, cujo não deve ser um aglomerado de conteúdos que visam evangelizar ou procurar seguidores de doutrinas, nem associado à imposição de dogmas, rituais ou orações, porém um caminho a mais para o saber sobre as sociedades humanas e sobre si mesmo.
Conhecer o universo religioso, delimitando as próprias crenças, em relação às crenças diferentes, admitindo que todas elas têm valor intrínseco, e procurar um diálogo saudável entre as diversas tradições pode fazer os alunos se situarem melhor com os outros, de forma muito mais fraternal.
De acordo como Berkenbrock, “É importante que o diálogo inter-religioso seja impulsionado pelo desejo de um melhor entendimento humano […] que contribua para uma melhor convivialidade humana.” (BERKENBROCK, V. J., 1996, p. 327), assim também: “O encontro com o diferente pode apontar para a própria identidade e levar a perguntar justamente sobre o específico dela.” (BERKENBROCK, V. J., 1996, p. 320).
O ensino religioso, sem nenhum propósito doutrinante de uma determinada visão religiosa, de maneira respeitosa e reverente para com o domínio de cada culto e de cada doutrina, deve incentivar e desencadear no aluno um processo de conhecimento e vivência de sua própria religião, como também um interesse por outras formas de religiosidade.
Homofobia
Segundo Pocahy (2007), a homofobia se refere a todas as formas de desqualificação e violência dirigidas aos que não correspondem ao ideal normalizado de sexualidade [a heterossexualidade].
De acordo com Borrillo (2000), a homofobia é uma manifestação cruel e arbitrária que consiste em designar o outro como o contrário, inferior ou anormal, referindo-se a um pré-julgamento e ignorância que consistem em acreditar na supremacia da heterossexualidade.
Existe, ainda, a lei que pune a discriminação contra os homossexuais, Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, o Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 (Código Penal) e o Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943 (Consolidação das Leis do Trabalho – CLT) para definir os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de gênero, sexo, orientação sexual e identidade de gênero. Estabelece as tipificações e delimita as responsabilidades do ato e dos agentes. Estando ainda em fase de tramitação na Comissão de Direitos Humanos do Senado Nacional o Projeto de Lei da Câmara nº 122, de 2006 (PLC 122), que visa mudanças nas legislações mencionadas anteriormente, assim como a criação de novas Leis para que haja mais rigor punitivo nos atos de caráter homofóbicos.
A escola é o local onde o jovem seja criança ou adolescente passa pelo menos metade do seu dia e é obrigado a conviver com pessoas que possuem ideologias e culturas diferentes, e neste verdadeiro mix existe um líder cujo é o responsável por fazer com que esta “bomba relógio”, a sala de aula, não exploda, muito pelo contrário tem de fazer com que cada aluno, os quais compõem essa classe se tolerem e se respeitem, e o responsável por este feito é um verdadeiro “super-herói”, também conhecido como professor.
Entretanto, alguns professores preferem não falar no assunto em questão à homossexualidade, pois têm dificuldades de renunciar seus próprios preconceitos e aceitar que o mundo mudou, porém ele mais do que qualquer outro deve trabalhar a inclusão de alunos que decidiram por uma opção sexual diferente da habitual e não ser o primeiro a eximir-se da responsabilidade de trabalhar a diversidade cultural de seus alunos.
Ao não falar a respeito deles e delas, talvez se pretenda “eliminá-los”, ou, pelo menos, se pretenda evitar que os alunos e as alunas “normais” conheçam e possam desejá-los(las). Aqui, o silenciamento - a ausência da fala - aparece como uma espécie de garantia da “norma”. (LOURO, G. L., 1997, p. 67-68).
O professor tem papel extremamente relevante na construção da personalidade de seus alunos, em particular os profissionais de Educação Física, que podem trabalhar de forma menos complicada a inclusão com alunos homossexuais, usando exemplos, pois existem ótimos jogadores de vôlei, dançarinos, ginastas, entre outros atletas e esportistas que são homossexuais. Eles devem trabalhar as múltiplas inteligências fazendo desta forma a integração desses alunos e coibir a discriminação e o preconceito, trabalhando a união dos alunos e mostrando que só teremos uma sociedade mais igualitária se soubermos conviver com a diversidade, porque na sala de aula, seja ela ginásio, piscina, campo, quadra, pista ou tatame, não há mais espaço para rejeição do “diferente”.
E esses mesmos conceitos devem ser trabalhados nas universidades para que desde o início da formação dos futuros professores eles possam entender a importância de respeitar a pluralidade cultural que vão encontrar em sala de aula.
Bullying
Devido o bullying evidenciar-se no ambiente escolar, entendemos este comportamento como uma forma de o indivíduo se reafirmar ou de se impor diante das regras da instituição e das pessoas com quem convive. Para o melhor entendimento do tema consideramos imprescindível abordar o conceito de bullying, descrever e apontar os conhecimentos acerca da agressividade no meio escolar, tendo como ponto de partida a própria raiz do termo, abordando algumas razões da agressividade.
Bullying, palavra de origem inglesa que tem como raiz o termo bull, “é um termo utilizado para designar pessoa cruel, intimidadora e/ou agressiva” (GUIMARÃES, J. R., 2009, s/p.).
Este termo ganha importância no século XXI, após anos de existência. O bullying se apresenta enquanto prática de violência sem motivo aparente e que possui como local específico, as escolas. Entretanto, esta violência pode ser mascarada pelas brincadeiras (mesmo que de mau gosto) ou informadas pelos agressores como acidentes. Mas, o que se presencia são cenas de terror e agressões graves exercidas sobre outros alunos, que preocupa educadores, pais e juristas.
O ato bullying “ocorre quando um ou mais alunos passam a perseguir, intimidar, humilhar, chamar por apelidos cruéis, excluir, ridicularizar, demonstrar comportamento racista e preconceituoso ou, por fim, agredir fisicamente, de forma sistemática, e sem razão aparente, um outro aluno”. (RAMOS, A. K. S., 2008, p. 1).
Diante desse conceito é necessário que pais e educadores não ignorem o bullying. À justiça, “cabe intervir a fim de manter os princípios morais e sociais que todo cidadão tem direito” (GUIMARÃES, J. R., 2009, s/p.), pois conforme descreve o Artigo 5º da Constituição Federal de 1988 (BRASIL, 1988): “todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”.
Todavia, é importante ressaltarmos que a cultura a qual pertencemos possui grande influência em nosso comportamento, e, portanto, pode influenciar nas agressões relatadas pelas vítimas de bullying. Diante desta situação, coloque-se em evidência o entendimento do que a cultura para Amoretti (1992) é que se identifica com o ato bullying. A cultura deve ser entendida:
Como sendo o conjunto de sentidos e significações, de valores e padrões, incorporados e subjacentes aos fenômenos perceptíveis de ação e comunicação de um grupo humano concreto. Este conjunto é vivido pelo grupo e por ele assumido como expressão própria de sua realidade humano social. É um conjunto que passa de geração a geração, conservado como foi recebido, ou transformado, efetiva ou pretensamente, pelo próprio grupo. (AMORETTI, R., 1992, p. 122).
O bullying deve ser tratado com grande importância pela escola, família e sociedade por ser um fator de violência que demonstra desigualdade e injustiça social, além de pressões psicológicas ou físicas por parte do agressor, desacatando e degradando as diferenças, bem como, consequências físicas e emocionais de curto e longo prazo, as quais podem causar dificuldades acadêmicas, sociais, emocionais e legais.
Sendo assim, é necessário que se estabeleça ações a serem desenvolvidas objetivando as ações do agressor e as consequências na vítima. É importante, que os educadores e família, principalmente, estejam atentos a qualquer sinal de ação agressiva, pois não há métodos diagnósticos prontos para se determinar o bullyinista, e é necessário que esteja todos cautelosos às crianças mais propensas a agredirem ou a comportamentos antissociais, a fim de se verificar qualquer prática de bullying.
Metodologia
O presente estudo se baseia na revisão da literatura. Esta dedicada à contextualização teórica do problema e a seu relacionamento com o que tem sido investigado a seu respeito. Deve esclarecer, portanto, os pressupostos teóricos que dão fundamentação à pesquisa e as contribuições proporcionadas por investigações anteriores. (GIL, A. C., 2008, p. 162).
Com intuito de analisar a relação entre o baixo rendimento no ensino-aprendizagem durante o Ensino Médio Público e a evasão no Ensino Superior, efetuou-se um estudo com quarenta alunos dos 1º e 2º períodos do turno da noite Bolsistas do Prouni (21 alunos com 100% de Bolsa e 19 alunos com 50% de Bolsa) da Instituição de Ensino Superior, Universidade Castelo Branco (UCB), situada na Avenida Santa Cruz, nº. 1631, Realengo - Rio de Janeiro, CEP: 21710-250. Para esse estudo foi utilizado uma pesquisa descritiva delineante fechada de campo, que de acordo com Thomas e Nelson (2002) objetiva descrever uma determinada situação em uma determinada circunstância. A amostra com 23 questões foi aplicada na instituição supracitada nos dias 21 ABR 2012 e 30 MAIO 2012, entre alunos dos dois gêneros (masculino e feminino), com idades entre 18 a 48 anos, que concluíram o Ensino Médio Público (Municipal ou Estadual) entre os anos de 1995 a 2010, cujos atualmente cursam Educação Física, História e Matemática.
Resultados
Discussões
Alunos oriundos do Ensino Médio Público Municipal ou Estadual, com rendimentos simplórios, que por benefício do sistema de cotas conseguem ter acesso facilitado ao Ensino Superior, mas por não obterem bons resultados no meio acadêmico tendem a abandonar à Universidade.
O professor de Educação Física do Ensino Médio com fins integradores precisa aproveitar a apreciação que a sua disciplina desperta no corpo discente e o clima de alegria, satisfação, prazer e bem-estar biopsicossocial que as atividades físicas podem proporcionar aos indivíduos, para discutir assuntos político-educacionais e socioculturais com seus alunos a fim de despertar neles o senso questionador e o olhar crítico, direcionando-os para o autoconhecimento e o autodesenvolvimento na sua aprendizagem. O professor de Educação Física não vai ensinar as disciplinas de português, matemática, biologia, etc., cabíveis aos outros profissionais de ensino, entretanto pode motivar seus alunos a obterem êxito no Ensino Médio e consequentemente poderão chegar às Universidades mais fortalecidos intelectualmente.
A alegria revigora nossas forças, motiva para as mudanças de paradigmas e para a superação de obstáculos. Para Machado (1990, p. 75), “A alegria é como um trampolim que nos impulsiona na direção do conhecimento.”.
Ressaltamos que futuros estudos a serem realizados contendo a mesma temática deste artigo, com abrangência de mais sujeitos, gêneros, faixas etárias variadas e cursos distintos, podem contribuir para uma maior gama de informações sobre os assuntos neste abordados.
Conclusão
Tendo em vista a complexidade de viver em uma sociedade rica em diversidade cultural podemos perceber o quanto é desafiador ser o mediador dentro de uma sala de aula, independentemente da faixa etária dos alunos, pois é no convívio em grupo que se aflora as particularidades dos educadores e educandos, já que as muitas diferenças trazem consigo uma imensa bagagem cultural, essas adquiridas por herança e pelo convívio social, desta forma se torna notório as divergências em relação à individualidade de cada estudante, aparecendo muitos desacordos entre eles, tornando assim fundamental a atuação de um professor com responsabilidades integradoras.
Entre muitas outras situações que podem existir em classe, encontramos relevância em discutir a discriminação e preconceito religioso, homofóbico e o bullying, que após a pesquisa de campo, além dos problemas financeiros, foram às situações que mais incomodaram os alunos. Como possíveis soluções sugerimos o desenvolvimento de atividades extracurriculares, tais como: oficinas, debates após vídeos, reportagens, imagens, depoimentos, etc.
Os professores de Educação Física possuem uma ferramenta de extrema aceitação pelos jovens que é o esporte (individual, coletivo, luta, dança,...) e por meio de suas condutas e preceitos se tem a possibilidade de conseguir transformar a vida dos alunos, uma vez que as normas do esporte podem ser usadas também como regras de vida social, como por exemplo: respeito mútuo, companheirismo, trabalho em equipe, união, dedicação, excelência, pontualidade, entre muitas outras, desta forma procura-se modificar ou ao menos amenizar as problemáticas, levando assim a um maior nível de reflexão, sensibilização, conscientização, autocrítica e tolerância entre os estudantes e a coletividade.
Entendemos que o apreço que a disciplina Educação Física proporciona aos alunos possibilita para o surgimento da motivação, e esta pode ser determinante não somente no esporte, mas primordialmente para qualquer ação humana. A partir dessa premissa verificamos a importância do professor de Educação Física identificar o que mais motiva e impulsiona as crianças e os adolescentes dentre às diversas práticas esportivas praticadas no meio escolar. Tal facilidade agregada à afetividade catalisadora corrobora para o ensino-aprendizagem, ajudando na construção do conhecimento e o desejo constante por novos saberes, portanto esses alunos poderão no futuro serem verdadeiros cidadãos atuantes na vida em sociedade.
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