Evidência clínica em
fisioterapia: correlação de casos Evidencia clínica en fisioterapia: la correlación de casos clínicos con revisión de la literatura en bursitis de hombro Clinical evidence in physical therapy: correlation of clinical cases with literature review on shoulder bursitis |
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*Fisioterapeuta e Orientador **Alunos de graduação de Fisioterapia e orientandos Centro Universitário do Norte – Uninorte/Laureate (Brasil) |
William Rafael Malezan* Vanessa Fonseca Mello** Vandré Rocha** Shaulo Rodrigues** Médice Emílio Souza** Philipe Miranda** |
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Resumo Ao avaliar 19 artigos levantados bases de pesquisa SCIELO, PUBMED, BIREME, EBSCO, este trabalho vem contribuir para eleição das principais terapias utilizadas no cotidiano da reabilitação para a bursite subacromial. Neste artigo busca-se identificar as terapias que se mostraram eficazes para melhorar a analgesia, aumentar a amplitude de movimento o fortalecimento do ombro em lesões de bursite. O artigo traz apresentação de dois casos clínicos comuns ao fisioterapeuta e sua correlação com a evidência. Foi possível inferir que o resultado apresentado em cada estudo, nos mostra que as terapias usadas pelos autores são as mesmas que se observa na clínica de fisioterapia para o tratamento da bursite. Unitermos: Bursite. Ombro. Fisioterapia.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A bursite subacromial é uma das síndromes do impacto do ombro que pode ser caracterizada como uma patologia crônico degenerativa, sendo uma das afecções ortopédicas mais frequentes, acomete pessoas de todos os sexos, idade, levando a dor e limitação funcional, sendo uma das principais causas de afastamento dos postos de trabalho. Diante deste quadro, buscamos evidenciar e esclarecer através deste estudo, programar tratamentos fisioterapêuticos diferenciados que possa melhorar a qualidade de vida dos pacientes acometidos.
Poter (2005) define bursite como uma inflamação da bolsa serosa, bolsa esta que contém liquido sinovial e que quando inflamada, seu exame físico de palpação apresenta dor e calor na região do ombro e limitação articular, completando, para O’Sullivan (2004), a bursite é inflamação crônica da bolsa que ocorre devido a forças de fricção, traumas ou doenças reumatóides. Esta inflamação pode fazer com que a cápsula e os ligamentos tornem-se distendidos e finos. As superfícies articulares podem sofrer erosão até que o ombro eventualmente torne instável.
Evans (2003), Dutton (2006) e Cipriano (2005), afirma que a bursite subacromial não é comum como condição primária, e sim causada por um golpe direto sobre o ombro. Esse golpe causa uma reação inflamatória que é agravada por movimento adicional, sendo, portanto, uma reação secundaria, desta forma, segundo o autores, o examinador deve procurar uma lesão primária antes de começar o tratamento.
Silva e Lima (2002), através de estudo realizado em pacientes submetidos aos testes de Neer e Jobe descobriram que para o tratamento da bursite é possível seguir várias condutas fisioterapêuticas. Isso porque em cada fase de seu quadro clinico o paciente apresenta situações diferentes e que, portanto, o objetivo de tratamento também deve ser diferente.
Giordano et al (2000), realizaram um estudo baseado no protocolo específico de fisioterapia para avaliar a eficácia do tratamento conservador. O protocolo que consistia de diatermia com ondas curtas por 20 minutos na fase aguda, laser de GaAs por 5 minutos, TENS por 20 minutos e exercícios de Codman três vezes por semana e outros exercícios para ganho de ADM e fortalecimento muscular passada a fase aguda, foram realizados em 21 pacientes, sendo 16 mulheres e 5 homens com idade entre 58 e 79 anos que tivessem sido pré-avaliados e que não possuíssem grandes alterações degenerativas articulares, peritendinite calcária, doenças reumáticas ou capsulite adesiva. O estudo mostrou que dos 21 pacientes somando-se 28 ombros, 24 tiveram resultados excelentes ou bons, enquanto 4 ombros tiveram resultados regulares ou ruins. Portanto, os autores concluíram que no tratamento conservador fisioterapêutico, o protocolo é eficiente e pode ser adotado.
Ao realizar uma revisão bibliográfica com o intuito de unir numa única pesquisa artigos atualizados sobre a relação da dor no ombro com atletas praticantes de voleibol, Pires et al (2009), descobriram que o voleibol é a principal atividade esportiva que desencadeia lesões no ombro. Isso porque na prática do voleibol, os movimentos realizados pela articulação glenoumeral ultrapassam os limites fisiológicos. O estudo indica ainda que mesmo diante de lesões mais sérias que poderiam levar mais tempo de recuperação, o tratamento conservador se mostrou eficiente e a maioria dos atletas o priorizam, pois é imprescindível voltar logo as quadras.
Andrade et al (2004), relata que o tratamento conservador é mais vantajoso, pois além de evitar a cirurgia e suas complicações, é mais aceito pelos pacientes, porém possui desvantagens como recorrência de sintomas, agravamento da lesão e alterações degenerativas.
Segundo Garzedin et al (2008), a dor no ombro é a principal dor musculoesquelética que leva os pacientes a procurarem a fisioterapia caracterizando então a procura por um tratamento conservador. Caracterizada por dor incapacitante e limitante de alguns movimentos, a dor no ombro ocorre principalmente por inflamação de certas estruturas estática e dinâmica do ombro.
Metzker et al (2010), realizaram um estudo através de literaturas e periódicos científicos nacionais e internacionais sobre os modelos de tratamento para síndrome do impacto do ombro e a importância da fisioterapia no tratamento conservador desta patologia. No seu quadro clínico a dor e a limitação funcional são mais evidentes. O diagnóstico pode ser feito através de ultra sonografia, tomografia computadorizada, ressonância nuclear magnética, raios-X, anamnese e exame físico. O tratamento pode ser conservador ou cirúrgico. O tratamento conservador se resume em medidas analgésicas, anti-inflamatórias e reabilitação contínua que inclui a fisioterapia e sendo esta componente indispensável no processo de recuperação que tem como objetivos gerais: alívio do quadro álgico, ganho de ADM e melhora da força muscular, garantindo assim, melhora da funcionabilidade do ombro acometido, que é alcançado usando o TENS, crioterapia, tração do ombro, exercícios pendulares, cinesioterapia, reforço muscular, além de exercícios proprioceptivos.
Lech et al (2000), realizaram um estudo para avaliar os resultados obtidos nas lesões parciais e totais do manguito rotador, visto que estas patologias estão entre as maiores causas de dores nos ombros, sendo consideradas como lesões degenerativas e traumáticas do manguito. O estudo foi realizado em 26 pacientes sendo 09 homens e 17 mulheres, com idades entre 34 e 54 anos. Os pacientes apresentavam queixas como dor no ombro, região cervical, cintura escapular e terço proximal e lateral do braço. Foi realizado um tratamento a base de anti-inflamatórios não esteróides, terapia miofascial, criocinética, contração isquêmica, ultra-som, além de exercícios de alongamento, fortalecimento isométrico. O tempo de tratamento foi de 06 meses. Os autores concluíram que após o tratamento conservador os resultados foram satisfatórios para 18 pacientes com ruptura completa do manguito rotador, mas a maioria dos casos de ruptura parcial envolvendo a superfície bursal do manguito não apresentava resultados satisfatórios no tratamento conservador e que nestes casos é mais indicado o tratamento cirúrgico.
Lima et al (2007) ,analisaram a funcionalidade e a intensidade da dor em pacientes portadores da síndrome do impacto no ombro submetidos a intervenção fisioterapêutica. Segundo os autores, o principal causador da síndrome do impacto do ombro é tendinite do manguito rotador, tenossinovite e bursite subacromial. Os autores realizaram uma pesquisa com 22 pacientes com síndrome do impacto do ombro que apresentavam a afecção há pelo menos três meses com diagnóstico clínico confirmado por avaliação fisioterapêutica. Os resultado do estudo demonstrou que os pacientes portadores de síndrome do impacto com dor e limitação funcional são beneficiados por tratamento fisioterapêutico, pois reduziu a dor e aumentou a funcionalidade do membro afetado em todos os pacientes.
Este artigo tem como objetivo esclarecer as formas mais adequadas e atuais de tratamento fisioterapêutico para tratar a bursite subacromial, levando em consideração a contextualização de casos comuns do dia a dia do fisioterapeuta e a correlação com a evidência em fisioterapia.
Metodologia
Este estudo se embasou numa modalidade retrospectiva de análise de dois casos específicos de bursite de ombro, sendo um caso com evolução positiva, com abandono de tratamento em período de desfecho de terapia (Caso 1), e outro caso com evolução positiva e terapia completa (Caso 2). Para se levantar os níveis de evidências foram consultados periódicos indexados: PubMed, Scielo, Bireme e Ebesco. Os termos descritores utilizados foram: fisioterapia, bursite e ombro; e seus respectivos termos em inglês. Os critérios de inclusão de artigos foram exatamente os que tratavam de protocolos de tratamento fisioterapêutico para bursite de ombro.
Para a concretização da comparação e relato de terapia, apresentam-se os casos de estudo e a convergência textual de evidência nos relatos de casos e levantamentos bibliográficos que se apresenta:
Caso 1. Evolução positiva com abandono
E. S. S., professora, 41 anos relata dor no ombro e antebraço direito e esquerdo com acentuação maior no lado direito, dor esta que já a acompanha à mais ou menos um mês. A paciente relata que procurou o médico neurologista e ortopedista quando teve o diagnóstico de bursite e tendinite. Relata que consegue realizar suas atividades por tempo mínimo e se diz sedentária, que alguns familiares possuem doenças reumáticas. Faz uso do medicamento “Coltrax” (12/12hs). Possui os exames de Ultra-som, Raio X e Ressonância Magnética. Na inspeção, paciente apresentava discreta assimetria em membros superiores, dor à palpação na face anterior do acrômio. Obteve resultado positivo para os testes de Neer e Apreensão.
O tratamento objetivou melhorar quadro álgico, aumentar a ADM, ganhar força muscular e promover funcionalidade do membro. O programa de tratamento consistiu de infravermelho, ultrassom contínuo, laser, cinesioterapia ativa e ativa- assistida e alongamento e fortalecimento com uso do theraband.
A paciente realizou 12 sessões sendo 3 vezes por semanas. Na 1ª sessão realizou infravermelho, ultrassom continuo e laser. Na 2ª sessão o paciente relatou melhora moderada da dor e a conduta foi mantida. Na 3ª sessão o paciente relatou melhora significativa da dor, o que permitiu a introdução de exercícios de fortalecimento com auxilio do theraband. Porém na 5ª sessão o paciente chegou se queixando de bastantes dores na região do trapézio com irradiação para o braço direito. O exercício de fortalecimento foi suspenso. A partir da 7ª até a 11ª sessão o paciente se sentia em bom estado geral sem relatos dos sinais flogísticos e nesse intervalo foram realizados apenas as técnicas de infravermelho, ultrassom e laser. Na 12ª sessão o paciente relatou dor em ombro e mão direita, a conduta anterior foi mantida e nas sessões seguintes a paciente não compareceu para o tratamento.
Caso 2. Evolução positiva com sucesso final
W. L. J., advogado, 28 anos relata dor e limitação de movimento em ombro direito devido a prática de rugby e musculação. O paciente relata que em dezembro de 2009 durante uma partida de rugby sofreu uma queda por cima do membro superior direito. Faz uso de “Melocox” e apresenta os exames de Rx e Ressonância Magnética. Observou-se na inspeção, ombro em depressão e dor à palpação. Apresentou resultado positivo para os testes de Gerber, Hawkins/Kenedy e Yocum.
O tratamento objetivou diminuir quadro álgico, diminuir quadro inflamatório, restabelecer a biomecânica do ombro, promover fortalecimento muscular e retornar as suas atividades. Para o tratamento, foi realizado ultra-som, laser, exercícios de Codman e cinesioterapia.
O paciente se submeteu a 30 sessões de fisioterapia diariamente. Na 1ª sessão foram utilizadas as técnicas de acupuntura analgésica, TENS, ultrassom, laser e exercícios de Codman. Já na 2ª sessão, o paciente relatou melhora da dor e a conduta foi mantida. Na 3ª sessão já havia ganho de ADM. Na 6ª sessão o paciente foi reavaliado. Na 7ª sessão acrescentou ao tratamento, prova de função muscular onde o mesmo não referiu dor, porém nos movimentos de abdução e adução a partir de 150º o paciente referiu dor. Na 9ª sessão o paciente não se queixou mais de dor nos movimentos do ombro. Na 17ª sessão foi acrescentado exercícios de fortalecimento com carga de 2kg. Na 30ª e última sessão, o paciente foi novamente reavaliado e obteve alta da fisioterapia por estar clinicamente sem referência de sinais ou sintomas e pela promoção de sua integridade funcional.
Resultados e discussão. Fisioterapia com evidência
Com base nos artigos levantados e na tabela 01 citada, as principais modalidades e terapias utilizadas no tratamento das disfunções do ombro são: ultrassom, ondas curtas, TENS, laser, crioterapia, exercícios de Codman, exercícios isométricos, massagem, hidroterapia, terapia manual, acupuntura, Maitland, estimulação eletroneuromuscular (EENM) e mobilização articular. Na utilização destas terapias, a grande maioria dos artigos converge para um desfecho de que essas modalidades e terapias são eficazes para o tratamento das disfunções no ombro.
Para uma melhor evidência podemos acompanhar o processo de reabilitação para bursite de ombro no quadro comparativo de terapias de ombro (Tabela 01).
Tabela 01. Quadro comparativo de terapias para ombro
Autor/Ano |
Tipo de estudo |
Metodologia |
Terapia utilizada |
Resultado |
Desfecho |
Rivera et al (2009)
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Qualitativo |
Realizado 30 sessões 3 vezes por semana |
Acupuntura e eletroanalgesia |
Analgesia, redução da calcificação, aumento da mobilidade do ombro e recuperação da força muscular. |
Terapia eficaz |
Bennell et al (2007) |
Estudo randomizado |
Estudo realizado com 200 pacientes |
Eletroterapia, massagem dos tecidos moles, mobilização articular |
Analgesia, ganho de ADM, recuperação biomecânica do ombro e fortalecimento do MR |
Terapia eficaz |
Renzenbrink et al (2004) |
Qualitativo |
Estudo realizado em paciente com hemiplegia |
Estimulação elétrica neuromuscular (EENM) |
Analgesia |
Terapia eficaz |
Camarinos et al (2009) |
Revisão sistemática |
Foram utilizados 7 artigos |
Terapia manual para a articulação glenoumeral em todas as condições de ombro doloroso |
Analgesia, aumento da mobilidade ativa e passiva do ombro |
Terapia eficaz |
Lathia et al (2009) |
Duplo- cego randomizado controlado |
Estudo realizado em 6 semanas |
Acupuntura individualizada e padronizada |
Analgesia |
Terapia eficaz |
Giordano et al (2000) |
Quantitativo |
Estudo realizado em 28 ombros (21 pacientes) |
Ondas curtas, laser, TENS e cinesioterapia |
Analgesia, diminuição do processo inflamatório e ganho de ADM. |
Terapia eficaz |
Olsson et al (2008) |
Qualitativo |
Utilização do ultra-som de baixa intensidade |
Ultra-som |
Analgesia |
Terapia eficaz para o ultra-som pulsátil |
Metzker (2010) |
Qualitativo |
Estudo realizado em duas fases |
Exercícios pendulares, crioterapia, tração e eletroterapia |
Analgesia, ganho de ADM e força muscular. |
Terapia eficaz |
Biasoli (2006) |
Quantitativo |
Usado em pacientes acometidos de capsulite adesiva |
Hidroterapia |
Analgesia, aumentar mobilidade articular e força muscular |
Terapia eficaz, salvaguardadas as contra-indicações |
Lima et al (2007) |
Qualitativo |
Estudo realizado com 7 voluntários |
Crioterapia, mobilização articular e exercícios isométricos |
Analgesia, controle do processo inflamatório, ganho de ADM e força muscular. |
Terapia eficaz |
Andres et al (2008) |
Revisão bibliográficas |
Foram analisados 177 artigos |
Ultra-som e fortalecimento do MR |
Analgesia e exercícios concêntricos |
Terapia eficaz para tratamento de dor no ombro e fortalecimento do MR |
Maricar et al (2009) |
Estudo de caso |
Estudo realizado em um paciente durante 15 semanas |
Técnicas de mobilização de Maitland |
Ganho de ADM |
Terapia eficaz |
Silveira et al (2007) |
Quantitativo |
Utilização dos aparelhos comuns em clínicas |
Mecanoterapia (escada de dedos, bolas, roldanas, bastão) |
Manutenção da mobilidade e ganho de ADM |
Terapia eficaz salvaguardadas as contra-indicações, o estado clínico e o posicionamento do paciente |
Rosário et al (2008) |
Qualitativo |
Utilização de duas técnicas terapêutica distintas |
Alongamento segmentar e RPG |
Aumento de flexibilidade, de ADM e força muscular |
Terapia eficaz para ambas as técnicas |
Bron et al (2007) |
Estudo randomizado e controlado |
Estudo realizado com 100 pacientes |
Pontos-gatilho miofaciais por técnicas manuais |
Reduz os sintomas e melhora a função do ombro |
Terapia eficaz |
Toledo et al (2007) |
Qualitativo |
Dados físicos como força, torque e distância perpendicular |
Exercícios isométricos |
Aumento de força muscular |
Os dados físicos devem ser considerados para progressão dos exercícios de fortalecimento |
Brito (2008) |
Monografia |
Foram avaliados os exames físicos e exames complementares |
Cinesioterapia, exercícios de Codman, crioterapia e eletroterapia |
Analgesia, diminuição da inflamação e aumento da força muscular |
Terapia eficaz |
Ragasson et al (2001) |
Quantitativo |
Estudo realizado em 19 ombros (14 pacientes) com idade entre 23 e 70 anos. |
TENS, ultra-som, crioterapia, exercícios de Codman, bastão, roldanas e exercícios isométricos |
Analgesia, ganho de ADM e fortalecimento do MR |
Idade do paciente não interfere na eficácia do tratamento |
Silva et al (2008) |
Estudo randomizado |
Estudo realizado com 32 atletas sem lesões durante 3 semanas, 3 vezes por semana |
Exercícios resistidos com tubos elásticos |
Fortalecimento do MR como prevenção da dor |
Houve melhora da dor nas atletas que realizaram os exercícios. |
Conclusão
Durante um longo período a fisioterapia aparece como tratamento conservador e como primeira opção no tratamento das disfunções do ombro. Esse avanço ocorreu devido aos estudos que hoje já são significativos para a comprovação da eficiência e eficácia das técnicas de fisioterapia. Nos estudos avaliados por diferentes autores, é possível identificar as técnicas eletivas que mais são usadas no cotidiano das clinicas de reabilitação para o ombro doloroso, e essas técnicas pareadas formam uma alternativa fidedigna para o paciente que procura obter analgesia, aumentar a amplitude de movimento (ADM), promover o fortalecimento do manguito rotador e retornar as suas AVDs.
Referente aos casos apresentados pode-se concluir que, em meios tradicionais, as terapias adotadas, são coerentes com a literatura e com a evidência, deixando claro a melhora dos pacientes discutidos. Tais melhoras são aquelas esperadas na literatura, que se podem destacar: diminuição da dor, melhora de amplitude de movimento e ganho de força muscular.
Observa-se que as terapias físicas e de mecanoterapia, utilizadas tanto nos casos clínicos, como nos artigos de evidência são convergentes, com exceção do uso de acupuntura, o que se justifica o não uso nos casos apresentados, já que a acupuntura necessita de uma formação complementar a formação do fisioterapeuta, porém, o volume de evidencia deixa notório que o uso de recursos clássicos são eficazes e eficientes.
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