Educação Física escolar:
identificação dos conteúdos Educación Física escolar: identificación de los contenidos trabajados en un colegio estatal en el Centro-Oeste de Paraná |
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*Graduada em Educação Física **Mestre em Educação Física, UEM, PR Professora da Faculdade Integrado de Campo Mourão, PR (Brasil) |
Michely Mattia* Morgana Claudia da Silva** |
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Resumo A educação física, deve ser assegurada e promovida durante toda a educação básica, ocupando um lugar de importância nos processos de educação. A presente pesquisa objetivou identificar como são trabalhados os conteúdos da disciplina de educação física nos Colégios Estaduais do Município de Peabiru-PR. É uma pesquisa qualitativa de caráter descritivo, que possui como amostra 5 professores que atuaram com a disciplina de Educação Física no município de Peabiru-PR no ano de 2011. Como instrumento para coleta de dados utilizou-se um questionário aberto contendo 8 questões. Conclui-se a partir da análise dos relatos dos professores, que durante o ano de 2011 foram trabalhados todos os conteúdos estruturantes propostos para Educação Física, porém o Esporte é o conteúdo que mais se destaca. Também se verificou que alguns professores apontam realizar uma progressão referente aos conteúdos trabalhados respeitando essa progressão anualmente, já outros fazem quando possível. Os professores pesquisados trabalham de acordo com as Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná, por que para eles, facilitam o desenvolvimento do plano de trabalho docente, e as progressões dos conteúdos durantes os anos. Unitermos : Conteúdos. Educação Física. Diretrizes Curriculares do Paraná.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
Segundo o Art. 5 do FIEP (Fédération Internationale d'Education Physique, 2000) a educação física, deve ser “assegurada e promovida durante toda a vida das pessoas, ocupando um lugar de importância nos processos de educação continuada, integrando-se com os outros componentes educacionais”, não pode deixar de fortalecer o exercício democrático expresso pela igualdade de condições oferecidas nas suas práticas.
A educação física passa a ganhar espaço na escola, uma vez que o corpo disciplinado era exigência da nova ordem em formação designado como o “sentimento patriótico”.
Conforme Fratti (2001, apud DCEs, 2008) o Currículo Básico no Brasil apresentava uma rígida listagem de conteúdos, “os quais eram denominados pressupostos do movimento, onde esses enfraqueciam os pressupostos teórico metodológicos da pedagogia crítica, pois o enfoque permaneceu privilegiando abordagens como a desenvolvimentista, construtivista e psicomotora”.
Essa proposta passou a representar um marco para a disciplina, destacando a dimensão social da educação física e possibilitando a consolidação de um novo entendimento em relação ao movimento humano, no qual questões como expressão da identidade corporal como prática social e como uma forma do homem se relacionar com o mundo passa a ter certa valoração. A proposta valorizou a produção histórica e cultural dos povos, relativa à ginástica, à dança, aos esportes, aos jogos e às atividades que correspondem às características regionais (BRASIL, 1998).
De acordo com Guirardelli Jr (1988) a disciplina de educação física é de fundamental importância para o homem, pois ela contribui para a autodisciplina do homem, ajudando a desenvolver aspectos estéticos, raciocínio, valores cooperativos, entre outros, e deve atender todas as necessidades dos alunos.
Fatores como experiência pessoal e profissional, saberes das disciplinas, curriculares, da formação e a experiências de cada professor podem dificultar a implementação dos fundamentos teóricos e políticos do Currículo Básico na prática pedagógica, fazendo com que o ensino da educação física na escola se mantivesse por um bom tempo com enfoque exclusivamente no desenvolvimento das aptidões físicas, de aspectos psicomotores e na prática esportiva.
A educação física escolar deve ser trabalhada sob o viés da interdisciplinaridade, na qual permite entender o corpo em sua complexidade; ou seja, sob uma abordagem biológica, antropológica, sociológica, psicológica, filosófica e política, justamente por sua constituição interdisciplinar. E o seu currículo da Educação Básica deverá oferecer ao estudante, a formação necessária para o enfrentamento com vistas à transformação da realidade social, econômica e política de seu tempo (BRASIL, 2008).
A educação física é parte do projeto geral de escolarização e, como tal, deve estar articulada ao projeto político-pedagógico, pois tem seu objeto de estudo e ensino próprio, e “trata de conhecimentos relevantes na escola. Tais como, cultura corporal e corpo, ludicidade, saúde, mundo de trabalho, desportivização, técnica e tática, lazer, diversidade e mídia” (PARANÁ, 2008, p.50). Considerando o exposto, defende-se que as aulas de educação física, “[...] não são apêndices das demais disciplinas e atividades escolares, nem um momento subordinado e compensatório para as “durezas” das aulas em sala”.
Nas Diretrizes Curriculares do Estado do Paraná (2008) os conteúdos elencados para a disciplina de educação física devem ser trabalhados em todo período da educação básica, período esse que é a base para o desenvolvimento dos planejamentos e currículos escolares do Paraná, utilizados pelos professores no seu dia a dia.
Em contraposição a essa perspectiva nas diretrizes, propõe-se que esses temas sejam abordados pelas disciplinas que lhes são afins, de forma contextualizada, e que sejam articulados com os respectivos objetos de estudo dessas disciplinas, e sob o rigor de seus referenciais teórico-conceituais. Nessa concepção de currículo, as disciplinas da Educação Básica terão em seus conteúdos estruturantes, os campos de estudo que as identificam como conhecimento histórico. (id)
Dos conteúdos estruturantes organizam-se os conteúdos básicos a serem trabalhados por cada ano, compostos tanto por assuntos mais estáveis e permanentes da disciplina quanto pelos que se apresentam em função do movimento histórico e das atuais relações sociais. Esses conteúdos articulados entre si, e fundamentados nas respectivas orientações teórico-metodológicas, farão parte da proposta pedagógica curricular das escolas (PARANÁ, 2008). Os Conteúdos Estruturantes propostos para a educação física na educação básica são: Esporte; Jogos e brincadeiras; Ginástica; Lutas; Dança.
As Diretrizes Curriculares do Paraná (2008) mostram que os conteúdos apresentados devem ser utilizados pelos professores no Plano de Trabalho Docente, e tais conteúdos serão abordados e quando necessário, desdobrados, considerando-se o necessário aprofundamento para a série e nível. “O plano é o lugar da criação pedagógica do professor, onde os conteúdos receberão abordagens contextualizadas, histórica, social e politicamente, de modo que façam sentido para os alunos nas diversas realidades regionais, culturais e econômicas, contribuindo com sua formação cidadã” (PARANÁ, 2008, p. 83).
O processo investigatório dessa pesquisa apresenta como objetivo geral a identificação dos conteúdos trabalhados na disciplina de educação física nos Colégios Estaduais do Município de Peabiru-PR; e como objetivos específicos buscou-se a) Identificar os conteúdos trabalhados nas aulas de Educação Física durante o ano de 2011. b) Verificar se ocorre progressão nos conteúdos desenvolvidos entre os anos finais. c) Identificar se os professores trabalham a disciplina de Educação Física tomando como ponto de partida as Diretrizes do Estado do Paraná.
2. Metodologia
É um pesquisa quantitativa de caráter descritivo, que se utilizou de um questionário aberto contendo 8 questões. Essa ação propiciou um repensar da ação pedagógica por parte dos professores, possibilitando também uma possível modificação no formato de organização curricular desses profissionais. Utilizou-se como amostra 5 professores de educação física do município de Peabiru. Para realização dessa pesquisa foi necessária autorização de cada professor por meio de um termo de livre consentimento.
3. Análise e discussão dos dados
Os resultados da pesquisa foram distribuídos em cincos quadros e três gráficos que tem por objetivo apresentar os dados coletados.
Quadro 1. Demonstrativo referente aos conteúdos estruturantes mais trabalhados pelos professores
Quadro 01 é referente aos conteúdos mais trabalhados pelos professores foram encontrados os seguintes resultados: O conteúdo esporte aparece com 100% de aplicabilidade nas aulas é o que se destaca na escola, observa-se que o esporte tornou-se um fenômeno social massivo devido à mídia, ao mundo dos negócios, e corroborando com Kunz (1989, p. 26, apud, BETTI, 1999) que aponta que o esporte aplicado na escola, “[...] passou a ser o conteúdo hegemônico da Educação Física, onde sentidos tais como o expressivo, o criativo e o comunicativo, que se manifestam em outras atividades de movimento, e não são explorados quando o conteúdo escolar é apenas o esportivo”.
O conteúdo jogos e brincadeiras foi o segundo conteúdo mais citado pelos professores com 20%, geralmente utilizado nas atividades pré-esportivas. Para Antunes (2003, p.55) quando joga o aluno “passa a viver quem quer ser, organiza o que quer organizar, e decide sem limitações. Pode ser grande, livre, e na aceitação das regras pode ter seus impulsos controlados”.
Os conteúdos ginástica, dança e lutas com 10% também foram citados por um número menor de professores, conteúdos que envolvem a expressão corporal, que deveriam ser citados por todos os professores. Entende-se em relação à ginástica e à dança que, quando estão presentes na escola, aparecem de forma limitada, muitas vezes reproduzindo técnicas e movimentos estereotipados, sem reflexão ou conexão alguma com os sentidos e os valores a elas inerentes. A ginástica deve dar condições ao aluno de reconhecer as possibilidades de seu corpo, expressar e se comunicar através dele (BRASIL,2008).
Espera-se que os professores que elencaram o esporte como o conteúdo mais trabalhado, também desenvolvam os outros conteúdos propostos pelas Diretrizes Curriculares do Paraná, fazendo assim, com que os alunos vivenciem todos os conteúdos propostos, auxiliando nos desenvolvimento integral do educando, pois cada professor deveria trabalhar os cinco conteúdos na organização de suas aulas.
Quadro 2. Demonstrativo referente aos materiais pedagógicos mais utilizados nas aulas
O Quadro 02 referente aos materiais pedagógicos mais utilizados nas aulas, os dados encontrados apontam para a Bola como o material mais utilizado nas aulas de educação física na qual 100% dos professores citam utilizá-las nas suas aulas. Entendemos que o material bola pode ser citada como o material mais utilizado, pois o esporte foi o conteúdo mais citado pelos professores a ser desenvolvido na escola, e para o desenvolvimento do esportes coletivos obrigatoriamente utilizam-se bolas de diversos tipos, dependendo na modalidade esportiva
Em segundo lugar a TV Pen Drive no qual muitas vezes podem ser utilizados pelos professores por ser um recurso que propicia passar a introdução do conteúdo, apresentando assim uma melhor organização por parte do professores, e que pode facilitar a compreensão dos alunos. Porém, para que isso possa dar resultado, deve ser planejado detalhadamente e que o conteúdo esteja adequado com a realidade dos alunos. O vídeo ou a televisão, por si só, não garantem uma aprendizagem significativa. A presença do professor é indispensável, com sua criatividade, bom senso, habilidade, experiência docente, que deve ser capaz de perceber ocasiões adequadas ao uso do vídeo de acordo com Mandarino (2002). Os vídeos aparecem em segundo lugar com 80%. E em terceiro lugar os Jogos de Tabuleiros, onde 70% dos professores citam utiliza-los em suas aulas. A TV pen drive e o vídeo aparecem em segundo lugar nos materiais mais utilizados, Os jogos de tabuleiros também foram citados pelos professores como materiais que auxiliam nas aulas, principalmente o xadrez que é muito comum na realidade escolar. Pimenta (2010) aponta que o xadrez na realidade escolar vem a enriquecer não só o nível cultural do indivíduo, mas também várias outras capacidades como a memória, a agilidade no pensamento, a segurança na tomada de decisões, o aprendizado na vitória e na derrota, a capacidade de concentração, entre outros. Dessa forma, pode-se apontar que os materiais utilizados pelos professores, devem ter um propósito especifico, e ele deve ser um meio para que o professor desenvolva o processo de aprendizagem aos seus alunos.
Gráfico 1. Demonstrativo referente aos espaços para práticas esportivas
Referente o Gráfico 01 sobre os espaços serem ou não adequados para as práticas esportivas, para 90% dos professores os espaços são adequados para realização das aulas, e 10% dizem não são adequadas. A presença da disciplina educação física na escola depende, em parte, da existência, da diversidade das instalações, bem como de sua acessibilidade. Matos (2007, p.1) afirma que “cabe a cada instituição de ensino pensar em sua organização, adequando as suas demandas para que o corpo discente não seja prejudicado no aprendizado”.
Gráfico 2. Demonstrativo referente ao percentual de aulas práticas e teóricas durante o ano
Referente ao Gráfico 2 sobre o percentual de aulas práticas e teóricas durante o ano pode-se observar que 80% das aulas de educação física são práticas, e 20% teóricas. Observa-se que o esporte foi citado no quadro 1 como o conteúdo mais trabalhado pelos professores, podendo se explicar as porcentual de 80% de aulas praticas. A utilização do esporte como conteúdo pode levar o professor trabalhar várias as modalidades esportivas a serem desenvolvidas durante o ano. Dessa forma, as aulas teóricas muitas vezes são utilizadas pelos professores como introdução de conteúdo ou para aplicar trabalhos e avaliações. Espera-se que estas aulas sejam fundamentadas para que a formação dos alunos não seja comprometida e que as aulas práticas tenham objetivos e segmentos das aulas teóricas.
Quadro 3. Demonstrativo referente à utilização de progressão de conteúdos e o porquê de trabalhar com as progressões durante os anos
Referente o Quadro 3, se existe progressões dos conteúdos desenvolvidos entre anos, e porque trabalhar é possível identificar que para 90% dos professores consideram que existe progressões nos conteúdos desenvolvidos entre o 6º ao 9º Ano e no Ensino Médio e argumentaram o porquê trabalham. Segundo os professores, essa progressão de conteúdos ajuda os alunos a “criarem uma estrutura cognitiva”, e afirmam que para que isso aconteça é necessário desenvolver os conteúdos em um “processo de apropriação, recriação e socialização do conhecimento”. Também que a progressão é importante para o “desenvolvimento integral do aluno” que os conteúdos devem ter “sentido e significado aos estudantes” para que aja o desenvolvimento, para isso tem-se a importância da progressão para o “desenvolvimento do aluno” (Gatti, 2003, p.3).
O professor representante dos 10%, cita que faz as progressões dos conteúdos quando possível, pois “algumas turmas não vivenciaram o conteúdo no ano anterior”, e por não terem a base acaba fazendo o resgate dos conteúdos. Espera-se no início de cada ano que o aluno tenha noção do conteúdo e cabe ao professor desenvolver os conteúdos estabelecidos para cada Ano, o resgate do conteúdo ou uma retomada, não é proibido, porem o professor tem que dar conta dos conteúdos básicos propostos pela Diretrizes Curriculares do Paraná do referente ano.A Diretrizes Curriculares do Paraná traz os conteúdo básicos divididos em uma Tabela para cada Ano, Paraná (2008) entende:
[...] conteúdos básicos os conhecimentos fundamentais e necessários para cada série da etapa final do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio. O acesso a esses conhecimentos é direito do aluno na fase de escolarização em que se encontra e imprescindível para sua formação. O trabalho pedagógico com tais conteúdos é responsabilidade do professor que poderá acrescentar outros conteúdos (p.83).
Quadro 4. Demonstrativo referente aos conteúdos estruturantes que os professores têm mais dificuldades para trabalhar
O conteúdo estruturante que os professores possuem maior dificuldade para trabalhar é o conteúdo Lutas. Aparecem comentários como: “Tem dificuldade por não ter vivenciado”, já outro relata: “não se identifica”, e ainda aparecem comentários que não desenvolvem: “por não ter bom desempenho”. Sabe-se que estes motivos podem influenciar na prática pedagógica do professor, porém este não se deve apoiar nestas argumentações, e sim buscar meios para desenvolver o conteúdo na escola. A falta de instrução para lecionar, falta de condições estruturais e materiais oferecidos pela escola, não devem atrapalhar o desenvolvimento do conteúdo estruturante onde os alunos precisam perceber e vivenciar essa manifestação corporal de maneira crítica e consciente, procurando, sempre que possível, estabelecer relações com a sociedade em que vive.
As lutas, que representam muito além de arte de defesa, priorizam uma ideologia a ser seguida por seus praticantes. Possibilitando as vivências diferenciadas, os alunos podem conhecer diversas filosofias nas quais se prega o convívio com o outro de forma harmônica e a busca da harmonia interna para que não seja necessário usar a força de uma luta, mas sim a força para não precisar entrar em conflito. “Deve-se levar em consideração, também, as concepções teóricas e os aspectos voltados às suas histórias” (PARANÁ, 2006, p.15).
Quadro 5. Referente ao trabalho com os conteúdos propostos pelas diretrizes curriculares do Paraná
Referente ao Quadro 5 se os professores trabalham com os conteúdos propostos pelas Diretrizes Curriculares do Paraná 100% dos professores concordam e trabalham os conteúdos propostos. Um professor relata: “Os conteúdos são bem articulados e fundamentados, dando suporte para o trabalho do professor”. Já outro: “São práticas pedagógicas que contemplam o movimento corporal”, Outros destacam que: “Há facilidade em desenvolver o conteúdo no decorrem do ano”, “É mais fácil de fazer progressão durante cada Ano.”, “Facilita na montagem dos planos de ação”. Nas citações dos professores, observa-se a preocupação com a organização dos conteúdos, e apenas um professor cita a importância do movimento corporal. Espera-se que estes conteúdos estejam sendo desenvolvidos na pratica pedagógica dos professores, fazendo-se assim cumprir seus objetivos.
Os conteúdos propostos pelas Diretrizes devem ser usados como base para construção dos planos de trabalho, tais conteúdos serão abordados e, quando necessário, desdobrados, considerando-se o necessário aprofundamento para a série e nível (PARANÁ, 2008).
Gráfico 3. Referente os espaços mais utilizados no colégio
Referente ao Gráfico 6, os espaços mais utilizados no colégio, é a Quadra- Poliesportiva, espera-se que neste espaço que é a sala de aula do professor ele não seja destinado a somente realizar atividades praticas. O espaço na escola é de riquíssima importância para o bom desenvolvimento das aulas dos professores, pois por mais criativo que sejam e diante dos seus ideais educativos, podem fracassar, caso não encontrem espaços e condições materiais para concretização de seus planos de trabalho.
4. Considerações finais
No ano 2011, segundo os relatos dos professores, foram trabalhados todos os conteúdos estruturantes propostos para a disciplina de educação física, porém o esporte é o conteúdo que mais se destaca por ser o mais trabalhado durante o ano. Verificam-se também pelas citações dos professores que alguns fazem as progressões dos conteúdos entre os anos, e relatam que trabalhar os conteúdos com progressão traz benefícios no desenvolvimento integral do aluno, e para que isso aconteça utilizam-se dos conteúdos propostos pelas diretrizes curriculares do Paraná. Já outros professores dizem que as progressões dos conteúdos acontecem quando possível, devido o nível de conhecimento e desenvolvimento da turma. Identificou-se que trabalham de acordo com as Diretrizes do Estado do Paraná, por que para eles facilitam o desenvolvimento do plano de trabalho docente, e as progressões dos conteúdos durantes os Anos.
Desta forma concluiu-se que as Diretrizes Curriculares do Paraná, fazem parte da construção do plano de trabalho docente dos professores, e cabe a estes desenvolver os conteúdos propostos no seu dia a dia. É importante a construção e organização dos conteúdos por Ano, porém o desenvolvimento dos conteúdos nas aulas de educação física é de maior relevância, pois os alunos estarão envolvidos neste processo, sendo assim é de grande responsabilidade do professor, e cabe a ele se preparar e organizar-se para realização das aulas.
Através das aulas de educação física, quando bem fundamentada o profissional poderá encontrar subsídios para levar o seu aluno aprender a conviver em sociedade, respeitando o outro, além de desenvolver uma atitude autônoma perante a si, e aos demais da sociedade, enfim, tornando-se um cidadão crítico no sentido mais amplo do ser cidadão. É importante ressaltar que a pesquisa serve como base para que os profissionais envolvidos possam se manter atentos no que se passa nas aulas de Educação Física do município, e principalmente quando se trabalha de forma profissional e estruturada, as viabilizações de sucesso no desenvolvimento das aulas se tornam cada vez maior.
Referencias
BETTI, M. Educação Física e sociedade. São Paulo: Movimento, 1991.
BRASIL. Ministério da Educação e do Desporto. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: Educação Física, 3o e 4o ciclos. Brasília, 1998.
FIEP. O MANIFESTO MUNDIAL DA EDUCAÇÃO FÍSICA. Disponível em: http://www.congressofiep.com/manifestodaeducacaofisica. Foz do Iguaçu. 2000.
GATTI, B.A. O professor e a avaliação em sala de aula. Disponível em: http://www.fcc.org.br/pesquisa/publicacoes/eae/arquivos/1150/1150.pdf 2003 . Acesso 13 de março 2012.
GUIRALDELLI JUNIOR, Paulo. Educação Física progressista – a pedagogia crítico – social dos conteúdos da Educação Física Brasileira. São Paulo: Loyola, 1988.
MANDARINO, M.C.F. Organizando o trabalho com vídeo em sala de aula. Disponível em: http://www.unirio.br/morpheusonline/Numero01-2000/monicamandarino.htm 2002. Acesso em março de 2012.
MATTOS, M.G. et al. Educação Física Infantil: construindo o movimento na escola. São Paulo: Phorte, 1999.
PARANÁ. Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Educação Física. Governo do Paraná. Secretaria de Estado da Educação do Paraná. Departamento de Educação Básica. 2008
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