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Consumo de alimentos antioxidantes em nadadores
adultos competitivos em equipes de natação de Brasília

Consumo de alimentos antioxidantes en nadadores adultos que compiten para equipos de natación de Brasilia

 

*Graduada em Nutrição pelo Centro Universitário Unieuro

Atua na área de Nutrição Esportiva e Clínica

**Graduada em Nutrição pela Universidade Católica de Brasília (2002) e mestre em Educação Física

pela Universidade Católica de Brasília (2008). Atualmente é professora de nutrição e educação física

do Centro Universitário UniEURO e nutricionista da Academia Dalmo Ribeiro

***Graduada em Engenharia de Alimentos (PUC-GO). Mestre em Nutrição Humana (UNB)

Doutora em Ciências da Saúde (UNB). Atualmente é professora de nutrição e gastronomia

do Centro Universitário UniEURO

Grazielle Gonçalves Silva*

ggsnutricao@yahoo.com.br

Carolina Amâncio Louly Sasaki**

carolina.sasaki@unieuro.edu.br

Alinne Martins Ferreira Marin****

alinne@alimentos.eng.br

(Brasil)

 

 

 

 

Resumo

          Os radicais livres são átomos ou moléculas altamente reativos. Em condições normais, a produção de radicais livres no organismo ocorre em homeostase com os sistemas antioxidantes. Porém, fatores exógenos podem potencializar esse processo, tais como a atividade física em excesso, o que resulta em um estado de estresse oxidativo. A natação é considerada um esporte completo e extremamente eficaz, mas, como toda atividade física se realizada em excesso pode gerar um aumento na produção de radicais livres. Esse trabalho teve por objetivo verificar a associação entre o conhecimento de alimentos antioxidantes e o consumo dos mesmos entre nadadores adultos de ambos os sexos vinculados á Federação Máster de Natação de Brasília, a fim de prevenir a alta produção de radicais livres. Esse estudo foi de caráter exploratório, transversal e quantitativo. Foram analisados os dados de um questionário adaptado de FANHANI (2006), composto por seis perguntas e uma tabela de freqüência de consumo alimentar. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Unieuro. Foram entrevistados 53 nadadores adultos aleatórios, sendo 33 homens (62,2 %) e 20 mulheres (37,7%) de idade entre 19 a 59 anos. Para análise dos dados foi utilizado o teste de qui-quadrado. Apenas 27 atletas possuíam conhecimento a respeito dos alimentos antioxidantes, sendo que 5 consumiam raramente (18,5%), 19 consumiam regularmente (70,4%) e 3, sempre os consumiam (11,1%). Foi observado que embora grande parte dos entrevistados possua conhecimento satisfatório sobre alimentos antioxidantes, o consumo foi considerado insatisfatório quando se refere aos nutrientes cobre, vitamina C, vitamina E, selênio e flavonóides. Com este trabalho pode-se inferir a necessidade de alertar aos nadadores sobre a importância dos alimentos antioxidantes trazendo com isso, uma melhor qualidade de vida e um desempenho superior nas piscinas.

          Unitermos: Alimentos. Radicais livres. Antioxidantes. Nadadores.

 

Abstract

          Free radicals are highly reactive atoms or molecules. Under normal conditions, the production of free radicals in the body occurs in homeostasis with antioxidant systems. However, exogenous factors may enhance this process, such as excessive physical activity, which results in a state of oxidative stress. Swimming is a sport considered complete and extremely effective, but, like any physical activity is performed in excess can lead to an increased production of free radicals. This study aimed to analyze the knowledge and consumption of food antioxidants by adult swimmers of both sexes related to the Federation of Master Swimming of Brasilia, in order to prevent the increased production of free radicals. This study was exploratory, transversal and quantitative. We analyzed data from a questionnaire adapted from FANHANI (2006), composed of six questions and a table of frequency of food consumption. This study was approved by the Ethics Committee in Research of the University Center UNIEURO. We interviewed 53 random adult swimmers, 33 men (62.2%) and 20 women (37.7%) aged 19-59 years. For data analysis we used the chi-square test. Only 27 athletes possessed knowledge about the antioxidant foods, and rarely ate five (18.5%), 19 regularly consumed (70.4%) and 3, always consumed (11.1%). It was observed that although most respondents have adequate knowledge of food antioxidants, consumption was considered unsatisfactory when it comes to nutrients, copper, vitamin C, vitamin E, selenium and flavonoids. With this work one can infer the need to warn swimmers about the importance of food antioxidants bringing with it a better quality of life and superior performance in swimming pools.

          Keywords: Food. Free radicals. Antioxidants. Swimmer.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

    A combinação da atividade física com a nutrição traz uma melhora na capacidade de rendimento físico, já que o organismo depende de uma nutrição eficiente e adequada para manter os seus processos fisiológicos funcionando. Através de um consumo adequado de carboidratos, proteínas, gorduras, minerais e vitaminas, todos os processos bioquímicos e fisiológicos estarão atuando de maneira correta (ARAÚJO; SOARES, 1999).

    A natação é considerada um esporte completo e extremamente eficaz por obter melhorias no sistema cardiovascular e promover aumento da força muscular (CARPES, 2005; OSAWA; JÚNIOR, 2006). Porém, como toda atividade física se realizada em excesso pode gerar um aumento na produção de RL, principalmente os derivados de oxigênio (EROS), devido ao aumento do consumo de oxigênio pelos tecidos ativos, inviabilizando o sistema de defesa natural do organismo (COOPER et al, 2002)

    O sistema de defesa antioxidante tem como função reduzir ou inibir os prejuízos causados pelos RL, dentre eles as EROS. Existem dois tipos de defesa antioxidantes, a enzimática, composta por enzimas tais como catalase (CAT), superóxido dismutase (SOD) e glutationa peroxidase (GPX) e a não enzimática, constituída por cofatores de enzimas antioxidantes, quilates de metais de transição e os radicais seqüestrantes, como por exemplo, minerais e a glutationa; os quais atuam doando elétrons para os RL, evitando que ocorra alta reatividade (TELESI; MACHADO, 2008; KOURY; DONANGELO, 2003; HIANG;OU; PRIOR, 2005).

    Os estudos envolvendo nadadores e alimentos antioxidantes são escassos e na tentativa de trazer conhecimento para estes atletas sobre o benefício dos alimentos que apresentam em sua composição substâncias antioxidantes, o presente trabalho tem a finalidade de identificar qual é o nível de conhecimento desses atletas sobre os seus efeitos na saúde e melhoria da performance física.

2.     Materiais e métodos

    O presente estudo possuiu caráter exploratório, transversal e quantitativo. Foram analisados os dados de um questionário adaptado de FANHANI (2006), composto de seis perguntas sobre o conhecimento do atleta de natação a respeito dos alimentos antioxidantes, e a verificação quanto à freqüência do consumo de alimentos antioxidantes. Este trabalho foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa do Centro Universitário Unieuro. Foram entrevistados 53 nadadores adultos aleatórios, de idade entre 19 a 59 anos, vinculados à federação Máster de natação de Brasília. A coleta de dados foi realizada em locais vinculados a própria federação . Os atletas foram abordados entre as aulas ou entre provas de natação, onde foi explicado de forma detalhada o objetivo da coleta. Os resultados foram tabulados utilizando o programa de análise de dados Excel e apresentados em percentual. Para a análise estatística dos dados foi utilizado o programa de qui-quadrado. Nesse estudo existiram duas variáveis categóricas: a freqüência (raramente, regularmente e sempre) do consumo de alimentos antioxidantes (vitamina C, vitamina A, vitamina E, Betacaroteno, Selênio, Flavonóides, Zinco, Cobre, Carotenóides e ferro) e conhecimento sobre os alimentos (sim, não, provavelmente e não sei).

3.     Resultados e discussão

    A amostra foi composta por 53 nadadores, sendo que destes 33 homens (62,2%) e 20 mulheres (37,7%) (Figura 1), os quais foram questionados sobre estresse oxidativo, doenças cardiovasculares, atividade física, alimentos antioxidantes e envelhecimento precoce.

Figura 1. Caracterização da amostra de acordo com o gênero

    Foram entrevistados nadadores e nadadoras de 19 a 59 anos, sendo a idade distribuída conforme a figura 2.

Gráfico 2. Referente à faixa etária dos nadadores

    Em referência a primeira pergunta, onde se questiona o nível de conhecimento dos atletas sobre o estresse oxidativo no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, notamos que 34% dos indivíduos responderam sim, por achar que o estresse oxidativo pode favorecer no desenvolvimento de doenças cardiovasculares, 8% dos indivíduos não acham relação entre o estresse oxidativo e o favorecimento destas doenças, 17% acham que provavelmente existe uma relação e 42% não souberam responder a questão (Figura 3).

    O estresse oxidativo está relacionado com o desequilíbrio entre a produção de oxidantes e as defesas antioxidantes do organismo (NOVELLI, 2005); por possuir um aspecto bioquímico e pouco divulgado na mídia, mostra o pouco conhecimento deste assunto por atletas.

Figura 3. Dados relativos sobre a pergunta 1 - Você acha que o estresse oxidativo pode favorecer no desenvolvimento de doenças cardiovasculares?

    Na segunda pergunta do questionário aplicado, foi avaliada a relação entre a alimentação saudável e o uso de alimentos antioxidantes pode ter sobre a obtenção de uma melhor qualidade de vida. Da amostra analisada 85% responderam sim, por acharem que a utilização de uma alimentação saudável com o uso de alimentos antioxidantes irá promover uma melhor qualidade de vida. Nessa aferição, não houve nenhuma resposta negativa. Da amostra total, 11% responderam que provavelmente a utilização de uma alimentação saudável com o uso destes alimentos poderia melhorar a qualidade de vida e 4% responderam que não sabiam nada a respeito da pergunta citada. (Figura 4).

    Fanhani em 2006 desenvolveu uma pesquisa que verificou o nível de conhecimento de atletas sobre alimentos antioxidantes e percebeu que 70% dos homens e 76,5% das mulheres sabiam que a alimentação rica em antioxidantes poderia promover uma melhor qualidade de vida, o que foi também observado nesse estudo.

Figura 4. Dados absolutos sobre a pergunta 2 - Você acredita que a utilização de uma alimentação 

saudável com o uso de alimentos antioxidantes pode se ter uma melhor qualidade de vida?

    Na figura 5 mostra o conhecimento dos atletas a cerca da importância de uma alimentação que contenha todos os grupos alimentares reunidos, tais como frutas, hortaliças e legumes, leite e carnes magras, e se essa alimentação ajudaria no seu desempenho e na melhoria da qualidade de vida do mesmo. 92% dos nadadores responderam que a alimentação saudável é considerada importante no desempenho atlético e 8% que provavelmente uma alimentação saudável influenciaria no seu desempenho (Figura 5).

Figura 5. Dados absolutos sobre a pergunta 3 - Você acha que uma alimentação com todos os grupos alimentares reunidos, assim 

como frutas, hortaliças e legumes, leite e carnes magras ajuda no desempenho de um atleta e melhora a qualidade de vida do mesmo?

    Outros estudos sobre estresse oxidativo associado ao exercício físico verificaram que o treinamento aeróbico pode melhorar a resistência tecidual ao estresse oxidativo. A defesa antioxidante enzimática pode aumentar com o exercício físico e diminuir o desenvolvimento de EROS. Já os antioxidantes da dieta podem interromper a fase de iniciação do desenvolvimento de RL, podendo reparar, remover e reconstituir membranas celulares modificadas (TELESI, 2008).

    Em relação à prática esportiva influenciar quando há ingestão de alimentos antioxidantes, perceberam-se que 55% da amostra responderam que a prática desportiva pode ter influência, 21% responderam que provavelmente a prática de exercícios influenciaria na ingestão de alimentos. E 25% da amostra estudada não souberam opinar (Figura 6).

Figura 6. Dados absolutos sobre a pergunta 4 - Você acha que a prática desportiva pode ter influência quando há a ingestão de alimentos antioxidantes?

    É fato que as espécies reativas de oxigênio possuem papéis fisiológicos como apoptose e sinalização celular. Mas quando se encontram em níveis elevados, há o desenvolvimento do estresse oxidativo, o que acarretaria o envelhecimento e morte celular, induzindo ao desenvolvimento de patologias como câncer, doenças crônicas, auto-imunes, cardiopatias. (BIANCHI; ANTUNES, 1999).

    Quando os indivíduos foram argumentados se uma alimentação saudável rica em alimentos antioxidantes poderia evitar o envelhecimento precoce e doenças crônicas, 58% responderam que este tipo de alimentação pode evitar o envelhecimento e doenças crônicas, 26% responderam que provavelmente poderiam ser evitadas, 15% não souberam responder essa questão (Figura 7).

Figura 7. Dados absolutos sobre a pergunta 5 - Você acha que uma alimentação saudável incluindo alimentos antioxidantes pode evitar o envelhecimento precoce e doenças crônicas?

    O consumo de alimentos antioxidantes é utilizado como forma preventiva, a fim de amenizar os efeitos dos RL na prática de exercícios físicos. Suprir as necessidades de nutrientes é muito importante para um melhor funcionamento do metabolismo do atleta. Os alimentos antioxidantes são essenciais para este perfil de indivíduos (FANHANI; FERREIRA, 2006).

    Ao serem questionados a respeito da necessidade de um consumo maior de alimentos antioxidantes por indivíduos praticantes de exercício físico, 26% afirmaram essa necessidade, 17 % responderam que indivíduos que praticam exercício físico não necessitam de um consumo maior destes alimentos antioxidantes, 28% responderam que provavelmente carecem de dietas contendo antioxidantes (Figura 8).

    Estudos mostram que a intensidade do exercício tem relação com desenvolvimento alterado ou não de RL, logo sugere-se que essa população precisa de um aporte maior de alimentos antioxidantes.

    O treinamento exaustivo pode promover a alta produção de RL, possibilitando o dano celular, desintegrando células e como conseqüência causando a dor muscular. Alimentos antioxidantes podem prevenir este dano, tornando o treinamento mais eficiente (FANHANI; FERREIRA, 2006).

Figura 8. Dados absolutos sobre a pergunta 6 - Você acha que indivíduos que praticam exercício físico necessitam 

de um consumo maior de alimentos antioxidantes do que aqueles que não praticam exercício físico?

    Através deste estudo, a respeito do conhecimento de nadadores sobre alimentos antioxidantes e o exercício físico, mostra a importância que eles possuem neste aspecto. Uma vez que, dos 27 atletas analisados que responderam sim ao questionário sobre o conhecimento dos alimentos (51% do total), 5 consumiram raramente alimentos antioxidantes (18,5%), 19 (70,4%) regularmente e 3 (11,1%) sempre. Dos 5 atletas analisados que responderam não ao questionário sobre o conhecimento dos alimentos (9,4% do total), 0 consumiu raramente alimentos antioxidantes (0%), 1 (20%) regularmente e 4 (80%) sempre. Dos 8 atletas analisados que responderam provavelmente ao questionário sobre o conhecimento dos alimentos (15,1% do total), 0 consumiu raramente alimentos antioxidantes (0%), 1 (12,5%) regularmente e 7 (80%) sempre. Dos 13 atletas analisados que responderam não sei ao questionário sobre conhecimento dos alimentos (24,5% do total), 0 consumiu raramente e regularmente (0% e 0%) e 13 (100%) consumiram sempre. O resultado altamente significativo de qui-quadrado (p < 0,001) indicando que existe uma associação entre o conhecimento de alimentos antioxidantes e o consumo dos mesmos. Isso parece representar o fato de que, baseado no risco relativo, os atletas que tem conhecimento tiveram 25,33 mais chances de consumir regularmente do que raramente e sempre.

    Sabe-se que a alimentação antioxidante é benéfica na prevenção de doenças crônicas, cardiovasculares, envelhecimento precoce e na fadiga (FANHANI; FERREIRA, 2006). O estado de fadiga é um fator diferencial em uma competição. A nutrição possui papel importante em buscar um bom estado nutricional do atleta, já que uma dieta pobre em vitaminas, minerais e substratos energéticos podem trazer um baixo rendimento do atleta. Ingerir pequenas quantidades, mas freqüentes refeições durante o dia pode ajudar o atleta a manter seu bom estado nutricional evitando a fadiga, conforme recomenda Ziegler e colaboradores citados por Panza e colaboradores (2007).

    Todas as reações metabólicas celulares necessitam da participação de vitaminas, minerais que atuariam como co-fatores enzimáticos. Na falta destes nutrientes, o organismo afetado será prejudicado, promovendo falhas na metabolização dos macronutrientes, síntese de macromoléculas, reduzindo a performance e estado nutricional do atleta. Estudos relatam que o consumo de micronutrientes em mulheres atletas, está abaixo do recomendado, mostrando que as atletas não se preocupam tanto com a alimentação como deveria, tendo uma preocupação maior com a imagem estética do que com bom desempenho físico (PANZA et al, 2007).

    Já no estudo realizado por Fanhani, 2006, onde foi utilizado como método de coleta de dados, um questionário e um quadro de freqüência alimentar mostraram que menos de 50% dos atletas em geral consomem a vitamina C e E de modo freqüente. No presente trabalho, foi identificado que 34% dos nadadores consomem a vitamina C e 21 % consomem a vitamina E, mostrando que o consumo está abaixo dos 50% da amostra.

    A vitamina A é consumida por 58% dos nadadores diariamente, mostrando que mais da metade da amostra consome esse agente antioxidante. A vitamina A possui alto poder antioxidante, atuando na função de diferenciação celular. A ingestão de β-caroteno de forma contínua foi de 51%.

    A freqüência do consumo diário de selênio foi de 9%, sugerindo uma deficiência de fontes alimentares do mineral. A enzima glutationa peroxidase, integrante do sistema antioxidante, é selênio dependente. O baixo consumo deste mineral pode deixar o sistema de defesa deficiente. Na amostra, 26% possuem uma ingestão de flavonóides contínua. O estudo mostrou que poucos nadadores consomem de forma regular esses nutrientes. Os alimentos utilizados como fonte de flavonóides pelos atletas desse estudo são os vegetais, tais como frutas e hortaliças, diferentemente do estudo realizado por Fanhani (2006), que atribuiu à soja uma fonte de flavonóides para seus atletas.

    Foi constatado que 64% da amostra consomem o zinco e 68% consomem o ferro. No estudo de Koury e Donagelo (2003), os autores afirmam que em geral, nadadores de elite possuem dentro das recomendações diárias, uma baixa ingestão de zinco, cobre e ferro. Neste estudo, mas de 50 % da amostra consomem esse minerais, trazendo esse dado como positivo referente ao estudo de Koury.

    Em relação ao cobre, 42% consomem diariamente esse mineral. Já os carotenóides são consumidos por 51% da amostra, mostrando assim o baixo consumo deste fitoquímico que é essencial para evitar o estresse oxidativo (Figura 9).

Figura 9. Percentual da freqüência de consumo de alimentos antioxidantes em nadadores

    Apesar de haver o conhecimento sobre a importância dos alimentos antioxidantes, quando foi certificado a freqüência de consumo de alimentos fontes, não se notou o consumo de maneira satisfatória, trazendo dúvidas sobre a ingestão aumentada destes alimentos. Embora estivessem respondido de forma satisfatória, os nadadores em estudo não consomem alimentos antioxidantes de forma aceitável, sendo a ingestão de nutrientes como, cobre, vitamina C, vitamina E, selênio e flavonóides, ser relatada por menos da metade da porcentagem total.

    Levando em questão este estudo, está claramente explícito que os atletas necessitam de maior conhecimento sobre o assunto, explicando sobre a importância de uma alimentação variada, sendo utilizada a educação nutricional.

    O conhecimento sobre a diminuição do estresse oxidativo e promoção da recuperação dos danos causados por exercícios físicos, com alimentos antioxidantes, é necessário à categoria, para a busca de uma melhor qualidade de vida e de bons resultados nas piscinas.

4.     Conclusão

    Existe uma preocupação com a saúde pelos atletas nadadores avaliados nesta pesquisa, que nos faz perceber como isto é importante, pois atleta pode não ser considerado um sinônimo de saúde. Neste estudo, foi mostrado um grande conhecimento deste grupo sobre o que são os alimentos antioxidantes e suas correlações na proteção do desenvolvimento de doenças crônicas e envelhecimento precoce. Porém não esse dado não foi verificado na prática, pois a freqüência de consumo de alimentos fontes de substâncias antioxidantes, foi baixa. Sugere-se mais estudos em relação ao nível de conhecimento e a freqüência alimentar de antioxidantes em atletas, com o objetivo de promover um melhor entendimento destes atletas sobre alimentos antioxidantes podendo trazer uma performance e qualidade de vida mais satisfatórias para os atletas nadadores.

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  • NOVELLI, Ethel L. B. Nutrição e vida saudável: estresse oxidativo e metabolismo energético. 1 ed. São Paulo: Tecmedd, 2005. 288p.

  • OSAWA, Cibele C.; JÚNIOR, Orival A.; Aspectos de saúde da equipe de natação da UNICAMP. Revista Motriz, Rio Claro, v. 12, n. 2, p. 149-158, ago. 2006.

  • PANZA, V. P. et al. Consumo alimentar de atletas: reflexões sobre recomendações nutricionais, hábitos alimentares e métodos para avaliação do gasto e consumo energéticos. Revista de Nutrição, Campinas, v. 20, n.6, p. 681-692, dez. 2007

  • TELESI, Marina; MACHADO, Fabiana A.; A influência do exercício físico e dos sistemas antioxidantes na formação de radicais livres no organismo humano. Revista Saúde e Biologia, Sorocaba, v.3, n. 1, p. 40-49, dez. 2008.

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