Aspectos associados à lombalgia. Revisão da literatura Aspectos relacionados con la lumbalgia. revisión de la literatura Aspects associated with low back pain. Literature review |
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*Fisioterapeuta, Pós-graduada em Reabilitação em Ortopedia e Traumatologia com ênfase em terapia manual, Faculdade Ávila **Licenciado Pleno em Educação Física Pós-graduado em Fisiologia do Exercício, FACIMAB (Brasil) |
Mizz Yara Larissa Cavalcante Tenório* Luiz Carlos Rabelo Vieira** |
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Resumo Dentre as patologias osteomioarticulares, a lombalgia merece atenção especial e pode ser considerada como um problema de saúde pública. O objetivo da pesquisa foi relacionar importantes situações associadas à lombalgia, com ênfase nos aspectos ergonômicos no trabalho e postura sentada. Para tanto, realizou-se um estudo de revisão seletiva e não sistemática da literatura com busca de artigos disponíveis em banco de indexadores (Scielo, Lilacs, PubMed). Foram excluídos artigos a critério dos presentes pesquisadores, com base no assunto e tipo de estudo empregado. Também foram pesquisadas informações em revistas especializadas on line, livros e dissertações. Foram listados cinco itens, cada qual enfatizando um aspecto da lombalgia, sendo eles: definição e etiologia, diagnóstico, epidemiologia, tratamento fisioterapêutico, ergonomia e postura sentada. Notou-se que a lombalgia é prevalente na população, sendo recorrente o tratamento fisioterapêutico, em suas diversas modalidades. Unitermos: Coluna vertebral. Lombalgia. Postura.
Abstract Low back pain is considered a public health problem. Thus, the aim of the research was address issues related to the low back pain. Were prioritized the ergonomic and posture at work. We conducted a study of selective review the literature. The articles were obtained from the databases (Scielo, Lilacs, PubMed). Information was obtained also in online journals, books and dissertations. We created five topics, each emphasizing one aspect of back pain: definition, etiology, diagnosis, epidemiology, physical therapy, ergonomic and sitting posture. Low back pain is prevalent in the population, hence the importance of physical therapy in its various forms. Keywords: Spine. Low back pain. Posture.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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1. Introdução
A lombalgia é a dor que acomete a região entre o último arco costal e a prega glútea, com ou sem irradiação para os membros inferiores (FERREIRA; NAKANO, 2000), que, dentre as patologias osteomioarticulares, merece atenção especial e pode ser considerada como um problema de saúde pública (TOSCANO; EGYPTO, 2001).
Para Ehrlich (2003), a dor lombar é uma importante causa de incapacidade, ocorrendo em prevalências elevadas em todas as culturas, influenciando negativamente na qualidade de vida das pessoas. Andersson (1999), Cox (2002) e Kääriä et al. (2005) reportam que entre 60% e 80% da população adulta têm ou tiveram um episódio de dor incapacitante na coluna vertebral, principalmente na região lombar, ou, conforme Calliet (2001) e Meirelles (2003), manifestou dor lombar em algum momento de suas vidas independente da ocupação.
A dor lombar (Código Internacional de Doenças - CIDs – M54-5, M54-4 e M51-1), entre os registros disponíveis pelo Ministério da Previdência Social, é freqüentemente, conforme os anos, motivo de acidente de trabalho registrado dentre as doenças que afetam a coluna vertebral de trabalhadores.
Em vista de evitar a ocorrência dessa patologia, há nas empresas a preocupação com as condições de trabalho, as quais englobam tudo o que influencia o trabalhador dentro de uma organização (local de trabalho, ambiente, equipamentos, tarefas, jornada, organização temporal e remuneração). Apesar disso, a incidência de lombalgia ocupacional é evidente.
Conforme o exposto, o objetivo da pesquisa foi relacionar importantes situações associadas à lombalgia, com ênfase nos aspectos ergonômicos no trabalho e postura sentada.
2. Método de busca das referências
Foi realizado um levantamento seletivo e não sistemático da literatura pertinente ao tema, com a busca de artigos, livros e dissertações.
Os artigos foram rastreados em banco de dados on line (indexadores Scielo, Lilacs e PubMed). A busca ocorreu entre 05 e 07 de dezembro de 2011. Para tanto, os unitermos de busca em fonte digital foram: fisioterapia, coluna vertebral, postura, lombalgia, diagnóstico, tratamento, etiologia, epidemiologia, estudo controlado aleatorizado.
As palavras foram combinadas de diferentes modos para que fosse rastreado o máximo possível de artigos não repetidos. A escolha dos artigos mais relevantes foi determinada pelo seu conteúdo no sentido de contemplar os aspectos do presente estudo.
Foram excluídos artigos a critério dos pesquisadores, com base no assunto e tipo de estudo empregado.
Além disso, informações em revistas especializadas on line, de livros e dissertações foram utilizadas para enriquecerem as discussões. Os documentos foram consultados no acervo da biblioteca da Universidade do Estado do Pará (UEPA), Campus Santarém, dos próprios pesquisadores e em bibliotecas virtuais disponíveis na Internet.
Conforme o exposto, foi possível agrupar o total de trabalhos encontrados em cinco itens expostos doravante.
3. A lombalgia e sua etiologia
A dor lombar caracteriza-se por acometer a região entre o último arco costal e a prega glútea, podendo ou não ser irradiada para os membros inferiores (lombociatalgia), acompanhada por condição dolorosa e/ou rigidez (ANTÔNIO; SZAJUBOK; CHAHADA, 1995; FERREIRA; NAKANO, 2000; MEIRELLES, 2003).
Conforme Bernard (1993), a lombalgia pode ser definida como sendo um sintoma referido na altura da cintura pélvica, podendo ocasionar proporções grandiosas. O seu diagnóstico é simples, visto que geralmente o quadro clínico da mesma é constituído por dor, incapacidade de se movimentar e trabalhar.
O conceito de dor lombar é importante, visto que um desequilíbrio mecânico das estruturas da coluna vertebral atua como fator nocivo sobre elas mesmas. As estruturas que compõem a unidade anátomo-funcional do segmento lombar apresentam inervação nociceptiva, com exceção do núcleo pulposo e de algumas fibras do anel fibroso (CECIN et al., 1991).
Conforme Toscano e Egypto (2001), dentre as patologias osteomioarticulares, a lombalgia merece atenção especial e pode ser considerada como problema de saúde pública. Isto se deve a alguns fatores, como abrangência da doença, o custo social do agravo à população entre outros.
A maioria das lombalgias é freqüentemente atribuída a fatores mecânicos, ou seja, relativos a posições inadequadas, repetitivas, assumidas no dia-a-dia, associados às deficiências musculares (ANTÔNIO; SZAJUBOK; CHAHADA, 1995).
Dentre eles os múltiplos fatores para instalação da lombalgia, podem ser citados: o trabalho repetitivo, ações de empurrar e puxar, quedas, postura de trabalho estática e sentada, tarefas onde há vibração em todo o corpo, trabalhos que envolvem o agachamento e torção ou levantamento repetitivo de objetos pesados, principalmente quando as cargas ultrapassam a força do trabalhador (ANTONIO, 2002). Para Cox (2002) e Herbert e Xavier (2003), são: mecânico degenerativas, constituindo 90% dos casos, sendo ocasionadas por dor secundária ao uso excessivo de uma estrutura anatômica normal ou por trauma desta estrutura. Causas não-mecânicas, nas quais se incluem a dor psicossomática e/ou repercussão de doença sistêmica, sendo possíveis as causas inflamatórias (espondiloartropatias), infecciosas (espondilodiscites), tumores primários e/ou secundários, aneurisma abdominal, úlcera péptica, doenças metabólicas (Paget, osteoporose, osteomalácia, hiperparatireoidismo) e a síndrome da dor miofascial.
Baixos níveis de aptidão músculo-esquelética são fatores primários da lombalgia recorrente. Diante disso, reconhecesse o fortalecimento dos grupos musculares que protegem a coluna. Embora não se possa prevenir futuras lombalgias, seguramente o número de episódios será menor (KISNER; COLBY, 1998).
A dor lombar pode ser crônica, quando há presença de dor por sete semanas ou mais, e aguda, caracterizada por dor na última semana, nos indivíduos que relataram positividade para dor nos últimos 12 meses (ANDERSSON, 1999).
A lombalgia pode ser classificada como primária ou secundária, com ou sem comprometimento neurológico; mecânico-degenerativa; não-mecânica; inflamatória, infecciosa, metabólica, neoplásica ou secundária à repercussão de doenças sistêmicas. Ainda há o importante grupo das lombalgias não orgânicas. Entre as lombalgias não orgânicas há aquelas secundárias à síndrome de Munchausen (pouco freqüente), as lombalgias simuladas com o interesse direto e consciente de ganhos secundários óbvios (usualmente financeiros) e as lombalgias psicossomáticas, secundárias a conflitos psicológicos usualmente inconscientes, podendo ou não ser acompanhadas de queixas somáticas. Os ganhos secundários também podem ter relação com este último tipo (psicossomático), porém, de maior complexidade que aqueles com simples simulação. Também pode ser classificada sob o ponto de vista do comprometimento dos tecidos como de origem muscular e ligamentar: lombalgia por fadiga da musculatura para-vertebral e lombalgia por distensão muscular e ligamentar; de origem no sistema de mobilidade e estabilidade da coluna: lombalgia por torção da coluna lombar ou ritmo lombo-pélvico inadequado e lombalgia por instabilidade articular; de origem no disco intervertebral: lombalgia por protrusão intra-discal do núcleo pulposo e lombalgia por hérnia de disco intervertebral; e como predominantemente psíquica: lombalgia como uma forma de conversão psicossomática ou objetivando ganhos secundários (HELFENSTEIN JUNIOR, GOLDENFUM; SIENA, 2010).
A importância da dor lombar pode ser medida através da prevalência na população geral de adultos e em comunidades de trabalhadores, podendo manifestar-se desde a infância (MENDES, 1988).
Diante da realidade nas condições de saúde relacionadas com estruturas músculo-esqueléticas, alguns autores reportam que todas as pessoas irão apresentar, pelo menos, um quadro álgico lombar em algum momento de sua vida, com a agravante de que, na maioria dos casos, a dor é de curta duração e de gravidade insuficiente para justificar uma consulta médica (CECIN et al., 1991; CHEREN, 1992).
A dor lombar é uma importante causa de incapacidade, ocorrendo em prevalências elevadas em todas as culturas, influenciando a qualidade de vida das pessoas (EHRLICH, 2003). Estudos têm demonstrado que 60% a 80% da população adulta têm ou tiveram um episódio de dor incapacitante na coluna vertebral, principalmente na região lombar (ANDERSSON, 1999; COX, 2002; KÄÄRIÄ et al., 2005), ou manifestou dor lombar em algum momento de suas vidas independente da ocupação (CALLIET, 2001; MEIRELLES, 2003). Essa condição músculo-esquelética afeta principalmente as mulheres, em função da gravidez (FERREIRA; NAKANO, 2000). Durante este período, a lombalgia é uma queixa comum e sua origem é multifatorial.
Em países como a Inglaterra, o Canadá e os Estados Unidos, a prevalência de lombalgia é em torno de 26 e 29% na população (MIERZEJEWSKI; KUMAR, 1997).
Conforme De Vitta (1996), a lombalgia é a segunda causa mais comum para a procura de atendimento médico, chegando a 30% das consultas ortopédicas e a 50% dos pacientes atendidos na fisioterapia.
4. Diagnóstico da lombalgia
Em vista de que inúmeras circunstâncias contribuem para o desencadeamento e cronificação das síndromes dolorosas lombares, os elementos da anamnese e sua fisiopatologia norteiam o raciocínio diagnóstico clínico quanto à intensidade, horário de aparecimento e outras características da dor (CECIN, 2001).
A lombalgia mecânica comum, na maioria dos casos, se limita à região lombar e nádegas. Dificilmente se irradia para as coxas. Pode aparecer subitamente pela manhã e apresentar-se acompanhada de escoliose antálgica. O período doloroso pode ter duração entre três e quatro dias. Após esse tempo, o paciente volta à completa normalidade, com ou sem tratamento (CECIN, 2001).
No diagnóstico complementar, é recomendada a tomografia computadorizada e a ressonância magnética. Esta é um exame de imagem com alta sensibilidade e moderada especificidade para identificação de alterações anatômicas da coluna lombar, contudo não permite que avaliadores com pouca experiência esclareçam satisfatoriamente o diagnóstico etiológico (MATOS; GUSMÃO, 2008).
Como na gênese da lombalgia estão envolvidos fatores de risco individuais (idade, sexo, índice de massa corporal etc.), profissionais (movimentações e posturas incorretas etc.) e causais (mecânicos, posturais, traumáticos e psicossociais), a busca de uma única causa ou mesmo da principal causa geradora da lombalgia torna-se uma tarefa extremamente difícil. Diante disso, considera-se importante a correlação dos achados imagenológicos com as informações colhidas na anamnese e no exame físico do paciente (HELFENSTEIN JUNIOR; GOLDENFUM; SIENA, 2010).
Além das informações supraditas, a análise da excreção urinária de hidroxiprolina, associada à do nível de dor, pode ser um parâmetro complementar interessante (MESQUITA et al., 2007).
A intensidade de dor e incapacidade resultante da dor lombar podem ser mensuradas através de instrumentos.
Sousa e Silva (2005) reportam que têm sido construídas escalas que alcançam vários critérios considerados ideais num processo de mensuração e avaliação da dor, como a Escala Analógica Visual, a Escala de Estimação Numérica e a Escala de Estimação Verbal, para avaliar a intensidade da dor. Além disso, dentre os questionários e inventários multidimensionais designados para avaliar a dor, cita-se o Questionário McGill de Dor, o Inventário Breve de Dor e a Escala de Descritores Diferenciais.
Especialmente a instrumentos de medida em lombalgia, Cruz, Matos e Branco (2003) citam vários utilizados, inclusive o Quebec Back Pain Disability Scale, escala apresentada em 1995 que apresenta validação convergente com o Roland-Morris e Oswestry e uma excelente sensibilidade à mudança.
5. Epidemiologia da lombalgia
Para Moraes (2002), a prevalência da dor lombar aumenta gradativamente com a idade, isto se deve às alterações degenerativas, a sobrecargas no trabalho e à perda de massa muscular, dentre outras causas, refletindo um efeito cumulativo. A maior prevalência de lombalgia ocorre em países industrializados (60% a 80%), em diferentes idades, com maior freqüência (13% a 49%) em indivíduos com mais de 65 anos de idade.
Segundo Khouri, Corbett e Cordeiro (2008), nos Estados Unidos a lombalgia é a causa mais comum de limitação de atividades entre as pessoas com menos de 45 anos e a segunda mais freqüente para visitas médicas. No Brasil, cerca de 10 milhões de brasileiros ficam incapacitados por causa desta morbidade e pelo menos 70% da população sofrerá um episódio de dor na vida.
Na cidade de Pelotas, Silva, Fassa e Valle (2004), através da aplicação de questionários em 3.182 indivíduos, verificaram uma prevalência de dor lombar crônica na população de 4,2%, sendo 82,6±14,5 dias o tempo médio que a dor perdurou nos indivíduos. Ser do sexo feminino, possuir idade avançada, ser casado(a), ter baixa escolaridade, ser tabagista, apresentar alto índice de massa corporal, realizar movimento repetitivo entre outros fatores, foram as variáveis que mostraram associação com presença de dor lombar crônica.
Almeida et al. (2008) verificaram a prevalência da dor lombar na população cidade de Salvador, através de um estudo transversal baseado em inquérito populacional classificados por nível socioeconômico. Foram entrevistados 2.297 indivíduos através de um questionário geral, onde puderam constatar que 14,7% da população apresentavam dor lombar crônica; com maior freqüência, ex-fumantes (19,7%), pessoas com circunferência da cintura acima da normalidade (16,8%) e com escolaridade baixa (17,4%) em relação às outras categorias; fatores como atividade física, alcoolismo, raça, sexo e classe social não se associaram à dor lombar, relevando então a prevalência moderada de dor lombar crônica na população de Salvador e marcante associação com baixo nível de escolaridade, obesidade central e tabagismo.
Ferreira et al. (2011) determinaram a prevalência de dor nas costas e fatores associados em uma amostra de 972 adultos, com idade entre 20 e 69 anos, de ambos os sexos, da cidade de Pelotas-RS. Eles verificaram prevalência de dor nas costas de 63,1% (IC95% 60,0 - 66,1), sendo a região lombar a mais referenciada (40%).
Malateaux, Ricci e Fragoso (2011) verificaram a prevalência em pessoas saudáveis, entre 40 e 59 anos de idade, na cidade de Santos, no litoral do estado de São Paulo, que haviam passado por pelo menos um episódio importante e limitante de lombalgia em suas vidas. De fato, os autores concluíram que a lombalgia foi uma condição altamente prevalente na amostra estudada.
6. Tratamento fisioterapêutico da lombalgia
De acordo com Helfenstein Junior, Goldenfum e Siena (2010), os alicerces para o tratamento da dor lombar ocupacional são: eliminação dos fatores de risco, terapia medicamentosa, fisioterapia e reeducação do paciente. Curiosamente à indicação da fisioterapia, os referidos autores reportam não terem encontrado evidências científicas de que eletroterapias com calor local ou estimulação elétrica tenham relevância comprovada no tratamento da dor lombar crônica. Diante disso, citam os exercícios físicos orientados os que guardam relevância no seu tratamento.
Várias terapias não medicamentosas relevantes para a prática fisioterapêutica são encontradas na literatura como forma de prevenção e tratamento de dor lombar. Podem ser citadas a crioterapia, o calor superficial, calor profundo, tração lombar, manipulação da área dolorosa, educação ergonômica (principalmente para trabalhadores com lombalgia), o tratamento ativo (SILVA; PEREIRA; SILVA, 2001), o multidisciplinar (GUZMÁN et al., 2001), o Isostretching (LOPES et al., 2006), entre outros.
Durante a gestação, a abordagem fisioterapêutica baseada no método Pilates mostra-se interessante para pacientes com diagnóstico de lombalgia (MACHADO, 2006).
Em sujeitos com sintomatologia de lombalgia de causa idiopática, que realizaram um programa de hidrocinesioterapia enfatizando o alongamento em água aquecida a 34ºC, verificou-se redução significativa da dor lombar após o tratamento, verificado através da escala CR-10 de Borg e a da análise dos níveis de hidroxiprolina (MESQUITA et al., 2007), que é um marcador bioquímico de dano músculo esquelético (NOGUEIRA et al., 2007).
Embora não existam pesquisas com credibilidade sobre tais tratamentos, os métodos Mackenzie e Williams, biomecanicamente opostos, são usados por décadas por fisioterapeutas em todo mundo (LEMOS; SOUZA; LUZ, 2003). Garcia et al. (2011) verificaram que os métodos Back School e Mckenzie podem ser benéficos no tratamento de indivíduos com dor lombar crônica não-específica.
O método de atendimento terapêutico-pedagógico (AT-P), que estabelece uma relação educador-educando entre fisioterapeuta e cliente, mostra-se eficaz na redução do perfil álgico no tratamento da dor lombar (DECCACHE; SILVA, 2007).
Na prevenção e tratamento da lombalgia, os exercícios de alongamento para aumentar a flexibilidade na flexão do quadril devem ser evitados, enquanto aqueles para melhorar a flexibilidade na flexão anterior de tronco devem ser encorajados (POLITO; MARANHÃO NETO; LIRA, 2003).
Em recente estudo, Ladeira (2011), ao revisar as implicações clínicas dos guias de prática clínica baseados na evidência para o tratamento de lombalgia, verificou que a educação do paciente sobre o curso natural benigno da lombalgia é recomendado para pacientes que podem ser tratados sem encaminhamento médico. A manipulação é recomendada para lombalgia não específica aguda e subaguda e exercícios foram recomendados para lombalgia não específica aguda, subaguda e crônica. O autor cita que faltam diretrizes monodisciplinares de Fisioterapia para equilibrar evidência científica com relevância clínica profissional.
A osteopatia é uma técnica reportada enquanto tratamento fisioterapêutico da lombalgia. Ela é, conforme a Associação Americana de Osteopatia, o sistema de cura que enfatiza, principalmente, a integridade da estrutura do corpo. Esta integridade estrutural é o fator mais importante a ser mantido com relação ao funcionamento do organismo. Rege a boa saúde do organismo e evita a doença (RICARD; SALLÉ, 2002).
A osteopatia é um sistema autônomo de contato primário de saúde, que se centra sobre o diagnóstico, prescrição, tratamento e prevenção de distúrbios osteomusculares, visceral e outros, sem o uso de medicamentos ou cirurgia. Os osteopatas, em estreita colaboração com o paciente, procuram identificar as causas que comprometem a saúde e, ao mesmo tempo, tentam restaurar o ótimo funcionamento do organismo, ajudando na sua própria capacidade intrínseca para cura (SANTOS, 2011).
8. Aspectos ergonômicos no trabalho e a postura sentada
A saúde do trabalhador, bem como a relação e adaptação do trabalho ao corpo humano é elemento de estudo da ergonomia (APUD; MEYER, 2003). Esta ciência pode ser entendida como o conjunto de conhecimentos científicos relativos ao homem e necessários à concepção de instrumentos, máquinas e dispositivos que possam ser utilizados com o máximo de conforto, segurança e eficiência durante uma atividade laborativa (IIDA, 2005). Entretanto, o ser humano nem sempre se adapta ao trabalho e, desse modo, é necessário tê-lo como objeto de estudo para projetos ergonômicos, moldando-se às suas capacidades e limitações (GUÉRIN, 2001).
Hamill e Knutzen (1999) postulam que as maiores atividades na postura em pé ereta são dos músculos eretores da espinha, enquanto na postura em pé relaxada, a manutenção da postura é de responsabilidade dos ligamentos e cápsulas, e embora a posição sentada exija um gasto menor de energia sobre o membro inferior, permanecer nesta posição por tempo prolongado pode ocasionar danos importantes sobre a coluna lombar, podendo acarretar em um enfraquecimento e um alongamento excessivo dos músculos eretores da espinha.
Diante disso, a postura sentada é uma posição onde o peso corporal é suportado principalmente pelas tuberosidades isquiáticas da pelve e seus tecidos moles adjacentes, onde algumas porções do corpo suportam maior ou menor carga (HUET; MORAES, 2003).
Segundo Kapandji (2000), o encosto do assento influencia na pressão dentro do núcleo intervertebral e no estiramento das estruturas posteriores da coluna, músculos, articulações e nervos. O autor ainda defende que o apoio na região lombar diminui a pressão do disco por manter a curvatura lombar em lordose, enquanto o apoio na região torácica modifica a curvatura natural, forçando uma cifose e aumentando a pressão intradiscal.
Estudos apontam que a posição mais danosa para o trabalhador é a posição sentada, uma vez que a pressão sobre o disco intervertebral da terceira vértebra lombar (L3) é menor na posição em pé, recebendo uma sobrecarga de 70 kg, enquanto que na posição sentada reta, sem suporte, chega a 100 kg. Ao se aumentar a inclinação do encosto ocorre uma diminuição da pressão discal, assim como ocorre uma diminuição da pressão na região lombar com uso de apoio ou suporte (RUDDY; SLEDGE, 1997).
Grandjean e Kroemer (2005) reportam que a carga imposta à coluna é de 1.5 vezes maior quando o indivíduo está sentado do que quando em pé. Para Delamarche, Dufour e Multon (2006), no entanto, a diferença é da razão próxima de 1/3 de pé para sentado.
De acordo com França et al. (2008), a posição sentada pode causar fadiga e sobrecarga nos elementos passivos articulares (cápsulas, ligamentos e discos intervertebrais), ocasionando dessensibilização dos mecanoceptores teciduais e conseqüente redução ou eliminação da força estabilizadora profunda, gerada principalmente pelo multifídio lombar e transverso abdominal.
Em recente estudo, Barros, Ângelo e Uchôa (2011) sugeriram uma provável associação entre dor lombar e atividades laborais na posição sentada e alertam para a necessidade de cuidados com a saúde da coluna no ambiente de trabalho.
Os problemas lombares advindos da posição sentada em relação à postura em pé não são apenas decorrentes de cargas que atuam sobre a coluna vertebral, mas também devido à manutenção de uma postura estática (BRASIL, 2002). Neumann (2006) acrescenta a má postura como mais um fator desencadeante da fadiga dos músculos extensores lombares.
Rebodero e Polisseni (2006) descrevem que a fadiga do trabalho sentado está relacionada com a permanência da postura, mas também pelos móveis que não atendem as necessidades ergonômicas. Esses fatores influenciam as relações ergonômicas, impondo que se utilize inadequadamente o corpo na execução de funções.
Conforme Valat (2004), alguns fatores psicológicos (tendência à depressão, sentimento de tristeza, ansiedade) e sociais (baixa educação, insatisfação no trabalho) influenciam na progressão para a cronicidade do mecanismo de lombalgia. O autor reporta ainda que a má qualidade das relações com os chefes, somada à ausência de cooperação entre os colegas e de apoio dos superiores, são fatores mais fortemente associados à alta taxa de relato de lombalgia.
Dentre os profissionais que permanecem constantemente sentados em sua jornada de trabalho, encontram-se os motoristas de transporte coletivo.
Weiner et al. (2004) citam que o estresse, o medo, a ansiedade e a duração da dor são fatores de risco que podem afetar a categoria dos profissionais supracitados.
Para Neri, Soares e Soares (2005), as atividades ligadas ao setor de transporte rodoviário são de elevado risco à saúde física e mental do trabalhador. Para estes autores, a saúde dos motoristas do setor de transporte rodoviário de cargas e de passageiros é um reflexo das condições de trabalho e de vida desses sujeitos, que geram impactos negativos não somente para os condutores, mas para a empresa e para a sociedade. O prolongamento da jornada de trabalho, em conjunto com demais fatores, potencializa os danos à saúde desse trabalhador. As más condições ergonômicas dos veículos de transporte de passageiros e cargas são um aspecto prejudicial para a coluna vertebral dos mesmos, que passam horas sentados ao volante, tendo o assento como o principal causador das dores nas costas. O tipo de câmbio e direção nos veículos são elementos ergonômicos importantes para evitar a fadiga do profissional e o surgimento e doenças decorrentes dessa atividade.
Em motoristas de ônibus, a lombalgia gera maior impacto na dor e vitalidade relacionados à qualidade de vida (MACEDO; BATTISTELLA, 2007).
Curiosamente, Bréder et al. (2006) verificaram que as horas trabalhadas na postura sentada apresentam uma baixa correlação com a prevalência de lombalgia.
9. Considerações finais
A presente revisão contribuiu à discussão sobre os aspectos relacionados à lombalgia, como etiologia, diagnóstico, epidemiologia, tratamento fisiterapêutico. Ênfase foi dada aos aspectos ergonômicos no trabalho e postura sentada por estarem, conforme o abordado, fortemente associados ao quadro álgico da coluna lombar. Em particular, relatou-se sobre prevalências em motoristas de transporte de coletivo urbano por se tratar de uma profissão cuja característica é a permanência da postura sentada por horas em condições ergonômicas nem sempre adequadas.
Notou-se nas pesquisas que a lombalgia é prevalente na população, sendo recorrente o tratamento fisioterapêutico, em suas diversas modalidades.
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Digital · Año 17 · N° 173 | Buenos Aires,
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