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Habilidade motora e as diferenças individuais
influenciando em um teste óculo-manual em escolares

La habilidad motora y las diferencias individuales que influyen en una prueba óculo-manual en escolares

Motor skill and individual differences influencing in an eye-manual test school

 

*Professor/a de Educação Física, Mestrando do Programa da Anatomia

dos Animais Domésticos e Silvestres da FMVZ da USP, SP

**Professor de Educação Física, Mestrando do Programa de Pós-Graduação

em Educação Física da UFRN (PPGEF), RN

***Professor/a de Educação Física

(Brasil)

Jodonai Barbosa da Silva*

Any Kelly Gomes de Lima*

Jeferson Tafarel Pereira do Rêgo***

Glenda Giulyanne de Freitas Vitoriano***

Radamés Maciel Vítor Medeiros**

jodonai@usp.br

 

 

 

 

Resumo

          A aprendizagem é um processo contínuo, individual, cumulativo e integrativo. É também gradual, isto é, vamos aprendendo pouco a pouco, durante toda a nossa vida. Cada indivíduo tem seu ritmo de aprendizagem que, irá constituir sua individualidade, em conjunto no seu esquema próprio de ação. O processo de acumulação de conhecimentos não é estático. Os professores estão acostumados a verificar, em suas salas de aula, como seus alunos diferem entre si, nas aptidões cognitivas, nas reações emotivas, no esforço empregado em suas tarefas, na preferência por certas atividades e, especialmente, na capacidade a para aprender e outros pela dificuldade. Utilizou-se uma pesquisa descritiva quantitativa. A população foi constituída de 17 alunos de ambos os sexos, com idade cronológica entre 12 e 13 anos, todos matriculados no 7º ano. Ao analisar os gráficos apenas visualmente, notamos que, há uma grande variação nos resultados, tanto dos erros quanto do tempo. No gráfico de erros notamos que 41% dos indivíduos tiveram a média de seus resultados acima da escala de 10 erros, e o restante no total de 59%, tiveram os seus resultados abaixo. Esse teste realizado e as pesquisas feitas serviram para provar, existem sim, diferenças entre indivíduos.

          Unitermos: Aprendizagem motora. Coordenação motora. Adolescentes.

 

Abstract

          Learning is a continuous process, individual, cumulative and integrative. It is also gradual, that is, we learn little by little, throughout our life. Each individual has their learning rate that will constitute their individuality, together in their own scheme of action. The process of accumulation of knowledge is not static. Teachers are used to verify in their classrooms, as students differ in the cognitive, the emotional reactions, the effort put into their jobs, in preference for certain activities, and especially in the ability to learn and others for the trouble. We used a descriptive quantitative. The study population consisted of 17 students of both sexes, aged between 12 and 13 chronological years, all enrolled in the 7th year of school, city of Natal. By analyzing the graphs only visually, we note that there is great variation in the results of both errors and time. In the graph of errors we note that 41% of individuals had average their results over the range of 10 errors, and the remaining 59% of the total, had their results below. This test was performed and served as the research done to prove that there are differences between individuals.

          Keywords: Motor learning. Motor coordination. Adolescents.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 173, Octubre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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Introdução

    Segundo Schmidt e Lee (2005), a aprendizagem motora, como área de conhecimento, é definida como o conjunto de processos que estão associados com a prática ou a experiência, conduzindo algumas mudanças relativamente permanentes na capacidade para executar determinados movimentos. Enquanto a Aprendizagem Motora, como área de estudo, busca investigar processos e mecanismos que estão envolvidos na aquisição ou na melhora de habilidades motoras gerais ou especificas e os fatores que podem influenciam esses processos (TANI, 2005).

    Ao observarmos o primeiro treino de uma equipe de qualquer modalidade esportiva, notaremos a ocorrência de diferentes desempenhos nas diversas atividades realizadas. Também sabemos que durante os primeiros dias e até mesmo depois de certo tempo, ainda ocorrerão muitas diferenças (diferentes graus de sucesso e fracasso) entre esses atletas. É visto que, indivíduos de uma mesma faixa etária e do mesmo sexo ao realizarem uma mesma tarefa possuem diferentes graus de desempenho. É importante ressaltar que além das diferenças individuais, a idade e o sexo do indivíduo podem contribuir com o grau de desempenho. As pessoas, desde o início de sua existência, possuem características individuais relacionadas ao seu código genético. No estudo das diferenças individuais essas características são denominadas capacidades. “As capacidades são definidas geneticamente, e essencialmente não são modificadas pela prática ou experiência” (SCHMIDT, 1993).

    Alguns pesquisadores formularam hipóteses sobre as capacidades motoras individuais. Inicialmente propuseram que habilidades seriam explicadas por um fator único e geral. Cognitivamente esse fator seria a inteligência, já no campo do movimento, como uma idéia paralela, foi chamada de capacidade motora geral.

    Para Brace (1927) e McCloy (1934) o foco de alguns testes eram tentar provar que existia um único fator (ou capacidade fundamental) que explicaria todas as habilidades encontradas em uma pessoa. Portanto, seria um fator que conferisse a uma pessoa a capacidade de ter sucesso em essencialmente toda tarefa realizada. Essa hipótese descrevia algo que se explicava a poucas e raras pessoas. Por esse motivo, após muitos testes essa hipótese foi abandonada e os pesquisadores acreditam que a maioria dessas idéias não são mais válidas. A hipótese da capacidade motora geral dizia que: apenas uma capacidade motora hereditária é admitida; para todos os movimentos ou tarefas esportivas esta capacidade torna-se a base; toda pessoa que possuísse capacidade motora geral conseguiria se sair bem em quase toda tarefa motora realizada.

    Henry (1958; 1968; 1961) propôs a hipótese da especificidade, contrapondo-se a hipótese da capacidade geral. Argumentou que os comportamentos dos movimentos são baseados em um número muito grande de capacidades, talvez milhares. A hipótese da especificidade das capacidades motoras diz que, “[...] os indivíduos têm muitas capacidades motoras e essas capacidades são relativamente independentes” (MAGILL, 2000). Existem alguns mitos sobre as capacidades motoras. Quando alguém diz que possui grande rapidez para a execução de alguma tarefa não quer dizer que todas as atividades motoras serão realizadas por essa pessoa com a mesma eficiência no que diz respeito à velocidade, pois cada capacidade não dependente das outras (SCHMIDT, 1993).

    Alckerman (1988) descreveu as capacidades motoras como uma das três categorias de capacidades humanas que afetam o desempenho das habilidades motoras. As categorias são a inteligência geral, capacidade de velocidade perceptiva e capacidade psicomotora. Esta última categoria é o foco deste trabalho. É possível identificar em uma determinada habilidade, as capacidades motoras que a formam. Por exemplo, ao executar os três arremessos e o salto, no handebol, estamos utilizando diferentes capacidades para concluir esse ataque. Velocidade de movimento do braço, destreza manual, pontaria, rapidez de pulso e dedos, são alguns exemplos de capacidades que estariam inseridas na preparação para o ataque no handebol.

    De acordo com Gallahue (2005) a habilidade motora é um padrão do movimento fundamental realizado com precisão, exatidão e controle maiores. O conhecimento sobre as diferenças individuais fornece ao profissional, seja ele professor ou técnico, uma visão mais precisa dos problemas e/ou dificuldades no desempenho de uma habilidade motora.

    Não é possível obter uma predição com 100% de sucesso apenas ao observar, “[...] a predição do potencial para o sucesso em uma habilidade motora depende da identificação e avaliação precisa das capacidades essenciais que a pessoa possa ter para desempenhar a habilidade com sucesso” (MAGILL, 2000). É essencial o conhecimento básico dos diversos testes existentes, que de alguma maneira medem as capacidades motoras. Conhecer o desempenho inicial de um indivíduo, não é saber necessariamente como ele se sairá após algumas práticas, pois as práticas são responsáveis por mudanças significativas no desempenho de habilidades motoras.

    O desenvolvimento deste trabalho poderá direcionar que as formas de aprendizagem podem variar de indivíduo para indivíduo e esclarecer sobre como se dá o processo de diferença entre indivíduos, e assim, facilitar o trabalho desenvolvido pelo professor de educação física para que ele saiba respeitar essas diferenças e poder trabalhar melhor o seu conteúdo de aula, sem prejudicar os alunos, fazendo com que eles sempre fiquem estimulados a ter uma participação ativa e produtiva nas aulas práticas e teóricas, fazendo com quer os alunos se tornem indivíduos desenvolvidos em toda sua plenitude cognitiva e motora, para que no futuro essas crianças possam trabalhar em qualquer área do conhecimento, sem limitações em seu repertório motor.

    O educador físico necessita adquirir métodos de ensino eficientes para todos os alunos, precisa também, saber que o indivíduo necessita de um sistema auto-organizado que envolva a tarefa, o ambiente e ele próprio. Como a escola pode ajudar nas diferenças individuais para que todos os alunos estejam inclusos nas atividades?

    Logo, o objetivo de trabalho é conhecer os motivos que geram as diferenças individuais entre as pessoas, saber por qual (is) motivo (s) ocorrem essas diferenças individuais, descobrir como analisar essas diferenças. Avaliar as diferenças individuais através da execução de habilidade perceptivo-motora, a destreza manual em específico, em escolares de 12 e 13 anos de idade através de testes de destreza manual.

Procedimentos metodológicos

    Para a realização deste estudo utilizou-se uma pesquisa descritiva quantitativa. Realizamos um teste motor que foi observado, registrado, analisado, descrito e correlacionado com fatos encontrados na literatura sem a manipulação dos dados estatísticos. A população foi constituída de 17 alunos voluntários de ambos os sexos, 12 meninos e 5 meninas com idade cronológica entre 12 e 13 anos, todos matriculados no 7º ano do ensino fundamental do Colégio Evolução de Natal, localizado no bairro Santa Catarina, na zona norte da cidade de Natal. Descartamos a realização de cálculos para a retirada da amostra, tendo em vista a pequena população referida. Utilizamos, portanto, um censo, com a participação de todos.

    Para elaboração do estudo, aplicamos um teste motor com o objetivo de analisar uma das habilidades perceptivo-motoras, a destreza manual. A análise estatística foi realizada através da aplicação do teste de Bartlett que avalia a homogeneidade de variância.

    Para realização da prova motora, um experimento elétrico foi construído, figura 1, composto basicamente de fios de cobre (medindo: 1,5 m de comprimento por 2,5 mm de espessura e outro com cerca de 20 cm de comprimento por 2 mm de espessura), uma tábua de madeira (40 cm) que servia de apoio, um transformador de energia (12 v) e uma pequena lâmpada veicular (12 v). O maior fio foi descascado e fixado através de suas extremidades na tábua de madeira, construindo um circuito com voltas, ligado ao fio positivo da lâmpada, e o fio da lâmpada era ligado ao pólo positivo do transformador, enquanto o fio menor estava conectado ao pólo negativo do transformador, e possuía um pequeno círculo na extremidade livre que deveria cruzar todo o comprimento do circuito sem tocá-lo, caso isso acontecesse, o circuito fechava-se, fazendo a lâmpada acender (detectando um erro).

Figura 1. Representa os instrumentos que foram utilizados para realizar o teste de destreza manual nos voluntários

    Primeiramente solicitamos à direção da escola a liberação de pelo menos três horários de aula e, em seguida aplicamos o teste sem maiores transtornos.

    O teste foi aplicado pela manhã, em uma sala fechada e em total silêncio. Os alunos foram retirados da sala aleatoriamente. Antes de iniciar o teste eram orientados verbalmente, não teve nenhuma demonstração da tarefa a ser realizada, pois essa demonstração poderia influenciar no resultado do teste. Em seguida os alunos realizaram oito práticas, aos nossos cuidados. A orientação era para que ficassem em posição ereta, escolhessem uma posição confortável e utilizassem apenas um dos membros superiores (membro preferido) para execução da tarefa.

    Observamos e coletamos o número de erros e tempo, a cada prática realizada, todos individualmente. Após o fornecimento das orientações verbais, era entregue o instrumento para o sujeito e, para o início do teste era fornecido um comando sonoro “prepara”, que servia para o sujeito adotar a posição inicial recomendada pelos pesquisadores e “vai”, para iniciação do teste. Ao final do teste, o pesquisador não fornecia ao sujeito o resultado sobre o tempo decorrido e a quantidade de erros obtidos e, em seguida, o outro percurso era iniciado para a tentativa seguinte. Não houve nenhum intervalo de tempo entre as tentativas.

Resultados e discussões

    Observamos no gráfico 1 uma relação das duas variáveis avaliadas neste estudo, um com a variação de erros e o outro com a variação do tempo de cada indivíduo que realizou o teste de destreza manual. Em ambos os gráficos as caixas retangulares representam cada indivíduo em particular, essas caixas são analisadas somente verticalmente, assim deve-se desprezar a sua largura. A linha horizontal localizada medialmente e destacada no interior das caixas, significa o centro, onde está demarcando os dois lados opostos. As linhas verticais e pontilhadas representam em seus extremos o valor máximo e mínimo de cada indivíduo, verificados na junção dos resultados de todas as práticas realizadas individualmente por cada sujeito. As linhas que estiverem à cima das caixas, em suas pontas, encontram-se o valor máximo e as linhas que estiverem abaixo, também nas pontas, o valor mínimo. Observa-se também a presença de pequenos círculos (ou bolhas) acima, abaixo ou em ambas as direções de algumas caixas. Esses círculos representam o valor máximo ou mínimo quando este varia em grande número em relação aos valores dos demais indivíduos. No eixo x temos a representação em ordem crescente de todas as pessoas que participaram do teste e no eixo y mostra uma escala representando também em ordem crescente a quantidade das variáveis observadas, erros e tempo.

Gráfico 1. Gráfico demonstrando a relação dos erros (gráfico A) e a relação do tempo (gráfico B) de cada indivíduo estudado (teste de destreza manual)

    Portanto, ao analisar os gráficos observamos que há grande variação nos resultados, tanto dos erros quanto do tempo. No gráfico 2 de erros, notamos que 41% dos indivíduos tiveram a média de seus resultados acima da escala de 10 erros, e o restante no total de 59%, tiveram os seus resultados abaixo. Sendo que, esses 59% representam 10 indivíduos, percebemos que a maioria obteve sua média abaixo de 10 erros. Adams (1971) e Bandura (1986) relatam que muitas tentativas de prática são necessárias para que se oportunize a detecção e a correção de alguns erros cometidos durante o processo de produção de um determinado movimento. Essa tentativa resultou em uma maior quantidade de tempo necessário para o cumprimento da tarefa proposta aos voluntários. Apenas o indivíduo 15 apresentou uma grande variância em sua média máxima isso com relação às outras médias. Os sujeitos 15 e 17 foram os únicos que tiveram sua média mínima com uma grande diferença na variância. Vale ressaltar que, embora o gráfico visualmente mostre diferenças entre os indivíduos em relação aos erros cometidos na prática, já provamos estatisticamente que não há diferenças entre esses indivíduos em relação à última variável citada. Isso pode ser um reflexo da preocupação de voluntário em não cometer erro, mas, por outro lado, observou-se um aumento do tempo em os indivíduos levaram para completar a tarefa proposta.

Gráfico 2. Gráfico demonstrativo da média de erros cometidos pelos participantes da pesquisa submetidas ao teste de destreza manual

    No gráfico 3 do tempo, podemos notar que o primeiro indivíduo diferiu muito em relação ao último, isso provavelmente ocorreu pela falta de concentração verificada no último sujeito que realizou a prática. Diferentemente dos resultados dos erros, a variável tempo mostrou muita diferença na variância tanto da média máxima quanto da média mínima dos indivíduos 3, 4, 7, 8, 12. Também devemos ressaltar que, as análises visuais sobre o tempo coincidiram com os resultados estatísticos, sobre o mesmo. Essas diferenças são notadas, também, quando se observa o gráfico 4, onde está o desvio padrão das duas variáveis, quantidade de erros e o tempo decorrido.

Gráfico 3. Gráfico demonstrativo da média de tempo decorrido dos participantes da pesquisa submetidas ao teste de destreza manual

 

Gráfico 4. Gráfico demonstrativo do desvio padrão de cada indivíduo verificado na tarefa realizada

    Muitos pesquisadores apresentam uma inferência experimental que correlaciona a variabilidade do TR com um determinado tipo de movimento realizado. Greco (2001) assegura que o tempo de reação depende bastante da complexidade envolvida no movimento realizado, conforme movimento seja de uma complexidade maior, conseqüentemente o tempo de reação será maior, o que caracteriza uma organização prévia à execução do movimento, provavelmente na preparação do programa motor. Dados da literatura afirmam que o tempo de reação quando bem treinado pode ser reduzido bastante, podendo melhorar em até 15%.

    No estudo atual, observou-se que a variável tempo oscilou bastante de indivíduo para indivíduo, isso pode ser um reflexo da maturação biológica, pois segundo Malina & Bouchard (2002) cada indivíduo possui dentro de si um relógio biológico que regula as atividades de crescimento e de desenvolvimento, sem necessariamente seguir uma ordem cronológica exata, ou seja, a maturação se dá a medida que o sistema nervoso de cada indivíduo se desenvolve ao longo do tempo.

    Segundo Guedes & Guedes (2002), principalmente durante as duas primeiras décadas de vida de um individuo, as principais atividades desempenhadas pelo nosso organismo é “crescer” e se “desenvolver”, sendo que tais processos estão ocorrendo ao mesmo tempo, tendo sua maior ou menor velocidade dependendo do nível maturacional individual e, em determinados momentos, das vivências e experiências que as crianças ou adolescentes estão sendo submetidos. Provavelmente essas variáveis possam ter, justamente, expressado essas diferenças individuais na amostra, apesar dos voluntários terem quase a mesma idade cronológica.

    Para obtenção dos dados estatísticos foi aplicado o teste de Bartlett.

    De acordo com Thomas e Nelson (2002) todo e qualquer estudo tem suas determinadas limitações, algumas possíveis desvantagens ou influências que podem não ser controladas, como local do teste ou serem, como por exemplo, a forma dos indivíduos do estudo procederem as delimitações impostas pelo pesquisador. Um dos exemplos dessas limitações pode ser a quantidade de alunos que foram submetidas ao teste de destreza manual. Talvez uma amostra maior pudesse demonstrar outros resultados diferentes ou não daqueles obtidos neste estudo devido ao pequeno número amostral (ANTMAN et al., 1992).

    Apesar das limitações, acreditamos que os resultados obtidos neste estudo podem elucidar a relação existente na teoria, em que a prática como um todo acarreta melhores resultados na aprendizagem de habilidades que possuem uma grande interação entre os componentes (TIBEAU, 1988; MAGILL, 2000; SCHMIDT, WRISBERG, 2001; VIEIRA, HOSSNE, 2001; CAÇOLA, LADEWIG, RODACKI, 2004; TEIXEIRA, 2005; CAÇOLA, LADEWIG, 2007).

Conclusão

    Através da análise dos dados obtidos no teste de destreza manual pudemos constatar que em se tratando do quesito Erros (uma das variáveis observadas na prática) não foram constatadas diferenças significativas entre os participantes, relacionando-os, com base na prática aplicada. Isso pode ter ocorrido, devido à atenção empregada pelos participantes durante a prática, pelas informações passadas para execução da tarefa, entre as quais, eles não poderiam tocar no cobre do circuito elétrico, e então uma luz acenderia, indicando a quantidade de erros. Foi exatamente nesse instante que identificamos as diferenças individuais. Entre os diversos fatores que podem de alguma forma ter interferido na prática estão: a empolgação dos alunos na realização dos testes, a falta de paciência de alguns, o nervosismo de outros. Apesar de tudo, o teste ocorreu na mais perfeita ordem, com todos obedecendo às instruções fornecidas por todos os componentes naquele momento. No entanto, verificamos claramente, diferenças de comportamento entre eles, no que diz respeito ao tempo gasto para conclusão da tarefa, ou seja, de acordo com a variável Tempo, podemos afirmar que houve sim, diferenças entre os indivíduos. Nesse aspecto, observamos que todos ficaram bastante concentrados, a fim de não errarem, contudo, isso fez com que a variável tempo fosse diferente entre os indivíduos.

    Assim, de acordo com os argumentos dos autores citados neste trabalho, existem sim, diferenças entre indivíduos, (mostradas nos quesitos: Tempo e Erros, anteriormente explicados).

    Segundo os números analisados, percebemos que as experiências motoras executadas ao longo da vida, terão papel fundamental no desempenho de uma habilidade motora e, os traços genéticos serão fundamentais para detectamos as capacidades de aprendizado.

    Por esta razão é de suma importância que todo professor avalie o comportamento de seus alunos desde o primeiro contato, até o último momento, enriquecendo suas aulas, fazendo com que se tenha uma maior participação da turma. Nesse sentido, o professor estará respeitando a individualidade de cada aluno e promovendo uma maior socialização entre eles.

Referências bibliográficas

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EFDeportes.com, Revista Digital · Año 17 · N° 173 | Buenos Aires, Octubre de 2012
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