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Introdução

    Atualmente, a educação física vem passando por várias mudanças desde a transição da visão militarista para a visão integradora, os profissionais cada vez mais tentam se enquadrar diante as mudanças. O aluno passou a ser o objetivo principal e não somente o professor, essas mudanças passaram a existir diante uma nova visão despertada pelas Nações Unidas quando foi formulada na década de 70 os Direitos dos Portadores de necessidades especiais, em 1994 quando foi ratificado em Salamanca que os Portadores de necessidades especiais deveriam ter os mesmos direitos de todas as pessoas que não são portadores de necessidades.

    Segundo Goffredo apud Maciel, o termo “educação inclusiva” começou a ser utilizado a partir da Conferência Mundial de Educação Para Todos (1990) e da Declaração Salamanca (1994), inspirada nos princípios de integração e no reconhecimento da necessidade de ação para conseguir “escolas para todos”.

    Com o princípio da Inclusão, a Educação Física escolar deve ter como eixo fundamental o aluno e, sendo assim, deve desenvolver as competências de todos os discentes e dar aos mesmas condições para que tenham acesso aos conteúdos que propõe, com participação plena, adotando para tanto estratégias adequadas, evitando a exclusão ou alienação. (Aguiar e Duarte 2005 p.228)

    Com isso, teve transformações na visão de diversos profissionais da área de saúde e educação com o objetivo de dar condições dignas a nova clientela que andava marginalizada há séculos. O profissional de educação física faz parte dessa comissão multidisciplinar, pois o mesmo facilitar o aprendizado, melhorar a qualidade motora entre outras valências físicas. Mas será que o profissional de educação física está preparado para atender essa nova clientela?

    Como aponta Ferreira e Ferreira (apud Rocha 2009 et al) este despreparo deve-se “principalmente pela ausência de uma política de formação continuada para promover o desenvolvimento profissional dos professores”, visto que “os professores da educação básica não tiveram em sua formação inicial um eixo capacitador para a educação na perspectiva da diversidade”.

    Observando as implicações da prática pedagógica na educação física, os currículos acadêmicos que eram e são utilizado nas grades curriculares das universidades, consegue-se notar a evolução que a educação física vem sofrendo. Porém, mesmo a com disciplina fazendo parte do currículo das universidades facilitando a aquisição do conhecimento, a área da educação física adaptada ainda sofre uma defasagem por falta de despreparo de profissionais, falta de interesse e até mesmo de falta de conhecimento por parte dos profissionais da área.(Nascimento et all 2007 p. 54)

Metodologia

    Será comparada Educação Inclusiva: Um Estudo Na Área Da Educação Física estudo realizado por AGUIAR e DUARTE (2005) que entrevistou 67 professores no estado de São Paulo e a Inclusão De Alunos Com Necessidades Educacionais Especiais Nas Aulas De Educação Física Do Ensino Regular: Concepções, Atitudes e Capacitação Dos Professores. Estudo de SOUZA E BOATO (2009) que entrevistou 30 professores na cidade de Brasília. Os quatro autores utilizaram questionários com 14 perguntas pertinentes a conhecimentos dos professores sobre alunos portadores de NEE, sendo o primeiro questionário Criado pelos próprios autores e o segundo criado com algumas questões adaptadas do questionário de Garcia et al. (citado por HERRERO, 2000) e outras desenvolvidas durante as leituras realizadas para a elaboração do trabalho.

Hipóteses para soluções

    O Primeiro estudo possui 10 questões abertas e 4 fechadas AGUIAR e DUARTE (2005) e um questionário semi- estruturado. O questionário aplicado por SOUZA e BOATO (2009) e baseado nas adaptações do questionário de Garcia et al (2000) que possui 14 questões fechadas divididas em três blocos sendo, o primeiro com 5 questões pertinentes ao tema referentes às concepções dos professores com relação à inclusão de alunos com NEE em turmas regulares de educação física escolar (questões 3, 4, 5, 6 e 7); o segundo grupo, composto por 3 questões (8, 9 e 10), referem-se às atitudes dos professores de educação física com relação ao processo de inclusão; por fim, o terceiro grupo com 4 questões (11, 12, 13 e 14) dizem respeito à capacitação dos mesmos.

Estudo AGUIAR e DUARTE (2005)

Qualificação profissional

Conhecimentos sobre Educação Especial

Entendimentos sobre Inclusão

Perguntas que observam-se se o professor tem objetivos de inclusão em suas aulas

Estudo de SOUZA e BOATO (2009)

Questões referentes a atitudes dos professores

Questões referentes à capacitação profissional

Conclusão

    Podemos afirmar que ambos do estudo citado à cima, citam a falta de preparo dos profissionais de educação física para trabalhar com educação física adaptada e esporte adaptado.

    Além dos profissionais a escola deveria adequar-se mais a realidade educacional onde os alunos PNE estão passando a frequentar as escolas juntamente com os alunos que aparentemente que não apresentam necessidades especiais.

    Para essa preparação Pais, Mestres e Coordenação deveriam ter plenos conhecimentos sobre o novo publico presente em nossas escolas para sendo assim, amenizar o problema da falta de preparo para atender portadores de necessidades especiais e assim ter uma verdadeira inclusão em nossas aulas de educação física.

Referências

• ROCHA, L.R. CAMPOS, F.G. ALVES, E.M. SANTANA, E.A. VAZ, A.C.P. SANTOS, M.D. SILVA, R.P.S. A Capacitação Para o Trabalho Inclusivo de Professores de Educação Física na Rede Publica de Ensino em Catalão-GO, Anais do XVI Congresso Brasileiro de Ciências do Esporte e III Congresso Internacional de Ciências do Esporte Salvador, Bahia, Brasil 20 a 25 de setembro de 2009.

• AGUIAR, J.S. DUARTE, É. Educação Inclusiva: Um Estudo na Área de Educação Física, Rev. Bras. Ed. Esp., Marília, Mai.-Ago. 2005, v.11, n.2, p.223-240

• GHILARDI, R. Formação do profissional de Educação Física em Relação Teoria e pratica. Motriz, v. 4, n° 1, jun, 1998.

• MARTINS, A.S. Educação Física Escolar: Novas Tendências, Revista. Mineira. Educação. Física, Viçosa, v. 10, n. 1, p. 171-194, 2002.

• BORGES, F.P. Educação Física adaptada: o aprendizado, a vivência, e a formação do conhecimento: uma construção acadêmica EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 11, N° 103, Dezembro de 2006. http://www.efdeportes.com/efd103/efa.htm

• NASCIMENTO, K.P. RODRIGUES, G.M. GRILLO, D.E. MERIDA, M.A. Formação do Professor de Educação Física na Atuação Profissional inclusiva. Revista Mackenzie de educação física e esporte, ano 2007, v.6 n° 3 p. 53 a 58, São Paulo.

• DECLARAÇÃO DE SALAMANCA disponível no site: http://unesdoc.unesco.org/images/0013/001393/139394por.pdf

• Lei n° 9394/96 disponível em site:http://portal.mec.gov.br/arquivos/pdf/ldb.pdf

• FLORENTINO, J, SALDANHA, R.P. Esporte, educação e inclusão social: reflexões sobre a prática pedagógica em Educação Física. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Ano 12, N° 112, Setembro de 2007. http://www.efdeportes.com/efd112/esporte-educacao-e-inclusao-social.htm

• SOUZA, G.K.P. BOATO, E.M. Inclusão de Alunos com Necessidades Especiais Educacionais nas Aulas de Educação Física do Ensino Regular, Concepções, Atitudes e Capacitação dos Professores. Educação Física em Revista, Vol. 3, Nº 2, 2009.

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