Proposta de ensino-aprendizagem e
treinamento Propuesta de enseñanza-aprendizaje y entrenamiento del sistema táctico 2.2 y de la defensa individual en futsal |
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Universidade Federal do Ceará NEPEC/UFC (Brasil) |
Prof. Ms. Otávio Nogueira Balzano Alison Henry Martins da Silva Ana Carla Abreu de Oliveira Edilson Medeiros de Oliveira |
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Resumo Nas últimas décadas o futsal tem mostrado uma evolução nos seus níveis de rendimento. A busca pelo cientificismo no treinamento esportivo tem sido uma procura constante de professores e treinadores, possibilitando que gradativamente profissionais abandonem a prática intuitiva e empírica. O método utilizado neste estudo é do tipo descritivo de cunho exploratório. Esse trabalho tem por objetivo mostrar a importância do desenvolvimento da dimensão tática na iniciação do Futsal, bem como uma proposta metodológica de ensino - aprendizagem - treinamento do sistema de ataque 2.2 e do sistema de marcação individual. O método pretende desenvolver as capacidades técnico-táticas exigidas em uma situação de jogo, levando em consideração a característica da modalidade e do público praticante. Neste sentido, criou-se uma seqüência de dezesseis jogos táticos, distribuídos numa ordem gradativa em relação ao nível de dificuldade e de complexidade, seguindo a idéia central da metodologia dos jogos em série. Com isso, oferecemos aos profissionais da área, uma nova leitura do treinamento tático para iniciantes no futsal. Unitermos: Futsal. Sistema 2.2. Jogos em série.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 172, Septiembre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
A evolução do nível tático-técnico no Futsal passa, inevitavelmente, por processos de ensino-aprendizagem e treinamento cada vez mais ajustados às exigências da modalidade e às necessidades de aperfeiçoamento dos praticantes. O Futsal é rico em situações imprevistas e configura-se a partir da dimensão tática, exigindo dos praticantes um alto grau de adaptabilidade e a capacidade de realizar uma boa escolha (Greco, 1998). Além disso, é preciso o domínio do gesto técnico a ser executado. Freire Silva & De Rose Junior (2005), sugerem-se que a faixa etária entre 9 aos 12 anos seja a mais adequada para a iniciação tática no Futsal, considerando-se que é a partir dela que os praticantes passam a possuir características motoras, cognitivas e afetivo-sociais que permitam uma aprendizagem adequada ao jogo. Esse trabalho tem por objetivo mostrar a importância do desenvolvimento da dimensão tática na iniciação no Futsal, bem como uma nova metodologia de ensino-aprendizagem e treinamento que possa desenvolver as capacidades técnico-táticas exigidas em uma situação de jogo, levando em consideração a característica da modalidade e do público praticante.
1. Metodologia dos jogos táticos em série
Os métodos de ensino devem proporcionar ao praticante o desenvolvimento harmônico de todos os componentes do rendimento inerentes à prática esportiva, as capacidades técnicas, táticas, coordenativas e psicológicas devem constituir uma unidade (Souza, 1999). O método dos jogos em série foi idealizado na década de oitenta pelos professores alemães Alberti e Rorthenberg, com jogos para os esportes coletivos (COUTINHO & SILVA, 2009). Segundo Tenroller (2006), este método tem como idéia básica “jogando aprende-se, antes de tudo, através dos próprios jogos”. A ênfase do método é o de atingir determinados objetivos através de uma série sistemática de jogos. A metodologia da série de jogos procura fornecer o ensino através de meios adequados que deverão proporcionar determinado conhecimento dos jogos. No primeiro plano de um aprendizado sempre se encontram três fatores: aperfeiçoamento da técnica motora; domínio do material do jogo; ensino do comportamento tático. Estes, segundo Greco (1997), são os objetivos principais do aprendizado dos jogos coletivos. De acordo com Alberti e Rorthenberg (1984), uma série metodológica é uma série de jogos ordenados com base em considerações que conduz a um determinado objetivo como o jogo final da respectiva série. Todos os jogos de uma série estão baseados em idéias semelhantes de jogo: existe uma idéia tática central dentro dos jogos, o jogo inicial de cada série é o mais simples; de jogo para jogo as suas possibilidades são aumentadas através de introdução de novos aspectos; o jogo final é realizado com as mais complicadas formas de atuação. Alberti e Rothenberg (1984) sugerem que alguns aspectos metodológicos devem ser observados para o ensino dos esportes coletivos, dentre eles:
A escolha dos jogos: O princípio fundamental deste método é de que os jogos devem ser desenvolvidos sempre do mais simples para o mais complexo; Os jogos deverão garantir uma intensidade máxima de participação. Diante disto, alguns critérios deverão ser considerados na formulação da série de jogos, tais como: condições externas; tempo disponível; divisão dos participantes; conhecimentos das regras e avaliação.
A organização das aulas/treinos de jogos: Tomando por base os modelos de aula apresentados por Kock e Mielke (1971) apud Ludwig e Rorthenberg (1984), os autores apresentam conceitos básicos para o desenvolvimento dos jogos: aquisição de experiência de jogo; aprendizado do condicionamento físico através do jogo; introdução de um novo jogo e treinamento específico e intenso.
Ao utilizar esse método, o professor deverá ter fichas de registros dos desempenhos técnico/táticos observados, dos atletas e da equipe, para organizar novos jogos e a progressão dos mesmos. Para Balzano (2011) a série de jogos táticos fundamenta-se em desenvolver situações específicas do desporto Futsal. Criam-se alternativas onde a finalidade é repetir as ações criadas nas partidas por diversas vezes. Neste modelo o aluno/atleta executa e aprende os objetivos fundamentais do jogo, mas também, pratica o desporto e as suas relações, como: ataque e defesa. Este método pretende estimular nos alunos/atletas à inteligência tática, autonomia, responsabilidade, poder de decisão, percepção, antecipação, resolução dos problemas, criatividade e inclusão de uma forma dinâmica, motivadora e criativa. Desta maneira o aluno/atleta se faz importante para equipe, pois se torna peça integrante do todo. O jogo tático permite ao aluno/atleta a criatividade que é a verdadeira arte num desporto (LOPES, 2009). O mesmo estimula os jogadores a participar, pois se treina ações motoras e táticas jogando, com pressão de um adversário, próximo da situação real que acontece dentro de uma partida (BALZANO, 2011). Não podemos esquecer, para o método ter um bom resultado, é importante que paralelamente aos treinos práticos, se trabalhe o aspecto teórico do futsal com os conceitos táticos do desporto.
2. Capacidades táticas
A tática no futsal representa possibilidades de tomadas de decisão, baseadas em conhecimentos previamente adquiridos, que procuram resolver situações problemas que o atleta encontra em uma situação de jogo (SOUZA, 1999). A decisão sobre “o que fazer” e “por que fazer”, constituem elementos importantes de compreensão do jogo, possibilitando ao jogador se portar de maneira inteligente. O conhecimento dos princípios táticos individuais, grupo e coletivos, irão possibilitar maiores possibilidades de êxito durante as situações que se apresentam (SOUZA, 1999). A tática apresenta-se como uma forma de resolução de problemas que o atleta enfrenta em forma de jogo, através de um ato orientado, visando um objetivo específico (ABERNETHEY, 1991 apud SOUZA 1999). Greco (1997) apresenta uma classificação de tática relacionada às funções, esta diz respeito às ações do atleta na situação de ataque (com a bola) e defesa (sem a bola) e as capacidades, estas dizem respeito ao número de jogadores envolvidos nas ações individuais (um jogador), grupo (dois a três jogadores) e coletiva (mais de três jogadores).
3. Sistema tático 2.2
Entende-se por sistema tático a distribuição ordenada dos jogadores em quadra nas situações de defesa e ataque (SAAD e COSTA, 2005). Segundo Voser (2001) e Ferreira (2001) o sistema tático 2.2 é considerado o pioneiro dos sistemas, este surgiu na década de 50, quando o futsal ainda chamava-se futebol de salão. De acordo com Santos Filho (1998), esse sistema é utilizado por equipes iniciantes, equipes colegiais e principalmente em categorias menores. Para Fonseca (2007) a utilização desse posicionamento nesses grupos iniciantes se dá pelo fato de ser um sistema de fácil compreensão pedagógica da ocupação dos espaços e da dinâmica do jogo. Além de ser um sistema que exige pouco condicionamento físico por não ter muita movimentação (trocas de posição). A estruturação desse sistema consiste em ter dois jogadores na meia quadra defensiva e dois jogadores na meia quadra ofensiva (Voser, 2001). De acordo com Fonseca (2007) por ser um sistema muito básico é pouco utilizado por equipes de rendimento, restrito a manobras táticas para enganar o adversário. Entretanto quando se tem um bom goleiro lançador e um pivô que domine a bola com facilidade ou mesmo quando a equipe esta em vantagem numérica esse sistema é de grande utilidade para todas as equipes, pois abre mais espaços na quadra o que facilita tabelas rápidas pelas alas e pelo meio, além de possibilitar enfiadas na diagonal e pelo lado para o pivô no centro da área do adversário (Valdericeda; Voser, 1994; 2001).
4. Sistema de defesa marcação individual
Este sistema caracteriza-se pela marcação direta entre dois jogadores. É uma marcação, onde cada jogador fica responsável pela marcação de um adversário. O posicionamento da equipe defensora é em função dos jogadores adversários. Esse sistema pode ser dividido em marcação sobre pressão e meia pressão. A marcação sobre pressão exige que o marcador exerça o combate direto ao adversário em qualquer setor da quadra, procurando evitar que o oponente receba a bola. Entende-se por meia pressão o combate no setor de ataque somente sobre o oponente que recebe ou que está de posse da bola, não sendo necessário o combate sobre o jogador que está sem bola, ficando o responsável por este jogador adversário mais retraído a fim de dar cobertura ao companheiro que efetua o combate direto sobre aquele que está com a bola, além de guarnecer o setor central da quadra. No setor defensivo a marcação é efetuada sobre pressão. Este tipo de marcação utiliza-se em equipes que este no processo de iniciação do futsal, pois cada jogador é responsável por um adversário, tornando-se mais fácil a compreensão para os iniciantes e a adequação do treinador a o porte físico e técnico dos jogadores adversários. (VOSER 2001; MUTTI, 2003; SAAD e COSTA 2005; FONSECA 2007; BALZANO 2010).
Principais erros na marcação
Perder o adversário do campo de visão.
Abordar o adversário desequilibrado.
Olhar sempre direcionado à bola.
Não baixar o centro de gravidade.
Aproximar quando o adversário estiver com a bola dominada (SAAD e COSTA, 2005).
5. Programa de jogos táticos em série para o sistema 2.2 e marcação individual
No futsal brasileiro o processo sistematizado de treinamento e seleção de potenciais atletas para as categorias de base das equipes profissionais de futsal se inicia na sua grande maioria na categoria sub 13 (mirim), entretanto nas escolinhas de esporte este processo começa por volta da categoria sub 9 (chamada de iniciantes). Neste sentido, foi criado um programa de dezesseis jogos táticos em série (do menos complexo ao mais complexo), com intuito de desenvolver o aprendizado das capacidades táticas individuais e de grupo, dentro do sistema de ataque 2.2 e do sistema de defesa individual. Este sistema como citado anteriormente, esta ligado ao período da formação (9 aos 11 anos) no futsal. A organização do programa de jogos táticos em série, para o ensino do sistema tático 2.2 e da marcação individual, tem como referência para montagem dos jogos, a divisão da quadra em setores, através de figuras geométricas.
1º jogo – Os quatro retângulos
Descrição –
Variação -
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, receber, deslocamentos e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, 1 contra 1 e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola e roubar a bola.
Grupo – induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
2º jogo – Os quatro triângulos
Descrição –
Variação –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, receber, deslocamentos e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, 1 contra 1 e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola e roubar a bola.
Grupo – induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
3º jogo – Os quatro setores na horizontal
Descrição –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, conduzir, receber, deslocamentos e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, 1 contra 1, corta luz, saída em paralela e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola, jogar na frente do pivô e roubar a bola.
Grupo – induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
4º jogo – Os dois setores na horizontal
Descrição –
Variação –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, receber, jogar na frente ou atrás do fixo e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, bloqueio, cortina, pisada e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola, jogar atrás ou na frente do pivô e roubar a bola.
Grupo – cobertura, trocar a marcação, dobrar a marcação e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
5º jogo – Os dois setores na vertical
Descrição –
Variação
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, conduzir, receber, deslocamentos e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, 1 contra 1, saída em paralela, ultrapassagens e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque.
Capacidades de Defesa
Individuais - marcar à distância, acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola e roubar a bola.
Grupo – flutuação, trocar a marcação, fechar linha de passe em profundidade, dobrar a marcação, cobertura e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
6º jogo – Os dois setores na diagonal
Descrição –
Variação –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, conduzir, receber, deslocamentos e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, 1 contra 1, saída em paralela, ultrapassagens e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque.
Capacidades de Defesa
Individuais - marcar à distância, acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola e roubar a bola.
Grupo – flutuação, trocar a marcação, dobrar a marcação cobertura, fechar linha de passe em profundidade e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
7º jogo – Os dois retângulos na defesa e um retângulo no ataque
Descrição –
Variação – inverter a divisão dos setores, um setor na defesa e dois setores no ataque.
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, receber, deslocamentos e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, 1 contra 1, bloqueio, cortina, ultrapassagem e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2.
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola, trocar a marcação e roubar a bola.
Grupo – trocar a marcação, dobrar a marcação, cobertura e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
8º jogo – Os dois retângulos na esquerda e um retângulo na direita
Descrição –
Variação –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, receber, deslocamentos e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, 1 contra 1, bloqueio, ultrapassagens, cortina e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2.
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola, trocar a marcação e roubar a bola.
Grupo – trocar a marcação, dobrar a marcação, cobertura, induzir atacante com bola a zonas menos perigosas e fechar linha de passe em profundidade.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
9º jogo – Os dois setores na horizontal – um fixo de uma equipe livre na quadra e o pivô da outra equipe livre na quadra
Descrição –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, receber, jogar na frente ou atrás do fixo e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, bloqueio, cortina, pisada e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola, jogar atrás ou na frente do pivô e roubar a bola.
Grupo – cobertura, trocar a marcação, dobrar a marcação, induzir atacante com bola a zonas menos perigosas e fechar linha de passe em profundidade.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
10º jogo - Os dois setores na horizontal – quem passa a bola para o ataque pode mudar de setor
Descrição –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, receber, mudança de direção, jogar na frente ou atrás do fixo e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, bloqueio, cortina, pisada e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola, jogar atrás ou na frente do pivô e roubar a bola.
Grupo – cobertura, trocar a marcação, flutuar, dobrar a marcação e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
11º jogo – O setor do meio livre – passe nas portas
Descrição –
Variação –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, receber, jogar na frente ou atrás do fixo e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, bloqueio, cortina, pisada e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, marcação à distância, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola, jogar atrás ou na frente do pivô e roubar a bola.
Grupo – cobertura, trocar a marcação, dobrar a marcação e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
12º jogo – O meio vazio
Descrição –
Variação –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, conduzir, receber, deslocamentos com mudança de direção, jogar na frente ou atrás do fixo e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, saída em diagonal e paralela, corta luz, bloqueio, cortina, 1 contra 1, pisada e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, marcar a distância, abordar, desarmar, afastar a bola, jogar atrás ou na frente do pivô e roubar a bola.
Grupo – cobertura, trocar a marcação, flutuar, fechar linha de passe em profundidade, dobrar a marcação e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual, pressão no homem da bola e marcação com o meio aberto.
13º jogo – A rede de vôlei no meio
Descrição –
Variação
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, conduzir, receber, deslocamentos com mudança de direção, jogar na frente ou atrás do fixo e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, saída em paralela, corta luz, bloqueio, cortina, 1 contra 1, pisada e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, marcar a distância, abordar, desarmar, afastar a bola, jogar atrás ou na frente do pivô e roubar a bola.
Grupo – cobertura, trocar a marcação, flutuar, fechar linha de passe em profundidade, dobrar a marcação e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual, marcação com meio aberto e pressão no homem da bola.
14º jogo – Só pode marcar um adversário
Descrição –
Variação –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, conduzir, receber, deslocamentos com mudança de direção, jogar na frente ou atrás do fixo e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, saída em paralela e diagonal, corta luz, bloqueio, cortina, 1 contra 1, pisada e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola, jogar atrás ou na frente do pivô e roubar a bola.
Grupo – cobertura, flutuar, fechar linha de passe em profundidade e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual, marcação com meio aberto e pressão no homem da bola.
15º jogo – Jogo das quatro traves no fundo
Descrição
Variação –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, conduzir, receber, deslocamentos com mudança de direção, jogar na frente ou atrás do fixo e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, saída em paralela e diagonal, corta luz, bloqueio, cortina, 1 contra 1, pisada e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, marcar a distância, abordar, desarmar, afastar a bola, jogar atrás ou na frente do pivô e roubar a bola.
Grupo – cobertura, flutuar, fechar linha de passe em profundidade, trocar marcação, dobrar marcação e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
16º jogo – As quatro traves – duas no meio
Descrição –
Variação –
Objetivo Central
Capacidades de Ataque
Individuais – passar, chutar, driblar, fintar, conduzir, receber, deslocamentos com mudança de direção, jogar na frente ou atrás do fixo e proteger.
Grupo - tabela, vai e vem com aproximação, saída em paralela e diagonal, corta luz, bloqueio, cortina, 1 contra 1, pisada e 2º pau.
Coletiva – sistema 2.2 e contra ataque
Capacidades de Defesa
Individuais - acompanhar, antecipar, aproximar, abordar, desarmar, afastar a bola, jogar atrás ou na frente do pivô e roubar a bola.
Grupo – cobertura, flutuar, fechar linha de passe em profundidade, trocar marcação, dobrar marcação e induzir atacante com bola a zonas menos perigosas.
Coletiva – sistema de marcação individual e pressão no homem da bola.
6. Considerações finais
O presente estudo apresentou uma proposta metodológica de ensino - aprendizagem - treinamento do desporto futsal, tendo como referência o método dos jogos em série. O objetivo deste trabalho é auxiliar os profissionais que trabalham nas equipes de formação do futsal. Pois percebemos que muitos desses profissionais exercem sua profissão de maneira antiquada, empírica e intuitiva. Neste trabalho, foram propostos dezesseis jogos táticos com ênfase no sistema tático 2.2 e na marcação individual. Pois concordamos com a literatura que na iniciação, os sistemas de ataque 2.2 e o de defesa individual são os menos complexos e de fácil execução. A idéia é que o ensino da tática nas categorias de base seja gradativo, trabalhando no atleta “o que fazer” nas determinadas situações de jogo (conhecimento tático). Consideramos que o método dos jogos táticos em série de ensino - aprendizagem - treinamento do futsal, por estar próximo da realidade do jogo, apresenta - se como mais adequado para desenvolver as capacidades táticas necessárias, na formação de atletas inteligentes e autônomos para o desporto.
Referências
ALBERTI, Heinz e ROTHENBERG, Ludwig. Ensino dos jogos esportivos. Rio de Janeiro: Ao Livro Técnico, 1984.
BALZANO, Nogueira Balzano. Metodologia dos jogos Condicionados para o Futsal e Educação Física Escolar. Edição do Autor. Porto Alegre, 2007.
_______________. Programa de treinamento tático defensivo no futsal através de jogos condicionados. Parte II. EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 15, Nº 148, Setembro de 2010. http://www.efdeportes.com/efd148/treinamento-tatico-defensivo-no-futsal-ii.htm
COUTINHO, Nilton Ferreira e SANTOS SILVA, Sheila Aparecida Pereira dos. Conhecimento e Aplicação de Métodos de Ensino para os Jogos Esportivos Coletivos na Formação Profissional em Educação Física. Revista Movimento, Porto Alegre, v. 15, n. 01, p. 117-144, janeiro/março de 2009.
DE ROSE, Dante e FREIRE SILVA, Thatiana Aguiar. Iniciação nas modalidades esportivas coletivas: a importância da dimensão tática. Revista Mackenzie de Educação Física e Esporte – São Paulo, 2005.
FERREIRA, Ricardo Lucena. Futsal e a iniciação. Rio de Janeiro: 5ª edição: 2001.
FONSECA, Cris. Futsal: o berço do futebol brasileiro. São Paulo: Aleph, 2007.
GRECO, Juan Pablo. Iniciação esportiva universal 2: metodologia da iniciação esportiva na escola e no clube. Belo Horizonte: Ed. UFMG, 1997.
LOPES, Alexandre Apolo da Silveira Menezes. Método integrado do ensino do futebol. São Paulo: Phorte, 2009.
MUTTI, Daniel. Futsal: da iniciação ao alto nível. 2ª ed. São Paulo: Phorte, 2003.
SAAD, Michel e COSTA, Claiton. Futsal: movimentações ofensivas e defensivas. 2ª edição. Florianópolis; Visual Books, 2005.
SANTOS FILHO, José Laudier Antunes dos. Manual de futsal. Rio de Janeiro: SPRINT – 1998.
SOUZA, Pablo Ramon Coelho de. Proposta de Avaliação e Metodologia para o Desenvolvimento do Conhecimento Tático em esportes Coletivos: a exemplo do futsal. I Prêmio INDESP de literatura esportiva. – Brasília: Instituto Nacional de Desenvolvimento do Desporto, 1999.
TENROLLER, Carlos Alberto. Futsal: ensino e prática. Canoas: ULBRA, 2006.
VALDERICENA, Francisco. Futbol sala: Defensa-Ataque-Estratégias – Madrid: Gymnos, Editorial Deportiva, S.L. 1994.
VOSER, Rogério da Cunha. Futsal: princípios técnicos e táticos. Rio de Janeiro: Sprint, 2001.
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