Percepção dos(as) alunos(as) do
ensino básico sobre La percepción de los alumnos y las alumnas de la escuela primaria sobre la adecuación de las modalidades deportivas a cada género |
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*Instituto Superior da Maia, Centro de Investigação em Desporto, Saúde e Desenvolvimento Humano **Instituto Superior da Maia (Portugal) |
Maria Claudia Pinheiro* Vladimiro Ferraz** |
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Resumo Durante a infância a socialização diferenciada a que as crianças são freqüentemente sujeitas coloca uma grande ênfase nos mitos da virilidade e feminilidade. Os rapazes são criados para serem fortes, independentes, agressivos, competitivos e dominantes, enquanto que as raparigas são educadas para serem dependentes, sensíveis e afetuosas. Esta educação diferenciada tem, por sua vez, impacto no entendimento que as crianças têm sobre o desporto, o qual tem sido tradicionalmente entendido como uma área essencialmente masculina e que desempenha um importante papel na formação da identidade masculina. Assim este trabalho teve como principal objetivo averiguar o modo como crianças do 1º ciclo do ensino básico associam diferentes modalidades desportivas ao género masculino e feminino. Mais especificamente saber quais as modalidades que estas crianças consideram ser mais indicadas para homens, para mulheres e para ambos os géneros. O grupo de estudo foi compostos por 38 alunos do terceiro e quarto ano do primeiro ciclo da Escola Cruz-Soutelo (Concelho de Vila Verde) sendo 26 do género feminino e 13 do género masculino com idades compreendidas entre os 8 e os 11 anos. Para a recolha da informação foi elaborada uma grelha que englobava imagens identificativas de cada modalidade desportiva e onde, por intermédio do investigador, os inquiridos assinalaram, para cada modalidade, se a consideravam mais apropriada para os homens, mulheres ou para ambos os géneros. Observamos através da análise da informação que o desporto é visto por este grupo de crianças como sendo um mundo mais masculino do que feminino, pois os resultados encontrados mostraram, que à exceção da dança, a grande maioria das modalidades foram consideradas pelas crianças como mais apropriadas para os homens do que para as mulheres. As modalidades de ginástica, ténis, natação, atletismo, patinagem e escalada foram modalidades consideradas como sendo apropriadas para ambos os géneros. Tal facto sugere que parece estar a ocorrer alguma mudança na percepção das crianças sobre a não distinção do género na prática desportiva. Unitermos: Género. Modalidades desportivas. Percecao.
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EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 172, Septiembre de 2012. http://www.efdeportes.com/ |
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Introdução
Atualmente ainda muitos rapazes e raparigas continuam a passar por um processo de socialização diferenciado. Esta diferenciação pode ser vista, por exemplo, no vestuário de rapazes e raparigas e mais precisamente nas cores que tendem a ser escolhidas para rapazes (o azul) e para raparigas (o rosa), na forma como os seus quartos são decorados assim como no tipo de brinquedos que lhes são oferecidos. De um modo geral, pais e amigos tendem a oferecer cordas para saltar e bonecas às raparigas e bolas e carros aos rapazes. Isto é, enquanto que às raparigas são oferecidos brinquedos que apelam essencialmente à expressividade, aos rapazes são oferecidos brinquedos que apelam mais à instrumentalidade1. Esta diferenciação que ocorre ao nível dos brinquedos ajuda a moldar as ideias que as crianças desenvolvem acerca de diferentes atividades e sua classificação como sendo atividades mais masculinas ou mais femininas.
Os pais contribuem sobremaneira para a formação da identidade de género e para a classificação das atividades como sendo mais apropriadas para rapazes ou para raparigas. Desde que nascem, as raparigas tendem a ser mais tocadas, acarinhadas e protegidas. Durante a infância os rapazes tendem a ser mais encorajados do que as raparigas a serem fisicamente ativos (Kay, 2003; Hargreaves, 1994). Como resultado de tal diferenciação e de diferentes expectativas, é possível observar, desde muito cedo, diferentes características motoras entre rapazes e raparigas assim como diferentes entendimentos do desporto.
Importa realçar que tanto rapazes como raparigas não são grupos homogéneos e como tal alguns rapazes e algumas raparigas podem não se conformar aos tradicionais estereótipos e definições de masculinidade e feminilidade. Por exemplo, nem todas as raparigas são submissas, passivas, dependentes ou delicadas, algumas raparigas podem ser competitivas, independentes e confiantes em vários aspetos das suas vidas. O mesmo pode ser dito relativamente aos rapazes. Não se pode assumir que todos os rapazes e todas as raparigas passam exatamente pelo mesmo processo de socialização e vivenciam as atividades físicas exatamente do mesmo modo. Qualquer análise deste processo tem que tomar em consideração que diferentes rapazes e raparigas podem ter vivências diferentes.
É, porém, evidente que os constrangimentos sociais colocados e sentidos pelas raparigas e mulheres relativamente ao seu envolvimento em atividades desportivas são diferentes dos colocados e sentidos por rapazes e homens. Desde muito cedo, os rapazes são encorajados a participar em atividades desportivas. Pode-se mesmo afirmar que o desporto ocupa um lugar central na formação de identidades masculinas. O desporto é visto como o contexto ideal para socializar jovens rapazes em comportamentos tidos como apropriados para os homens (Whitson, 1990). Por exemplo, através do desporto rapazes aprendem a desenvolver e a demonstrar a sua forca física, a serem ambiciosos, competitivos, perseverantes, independentes, a desenvolverem camaradagem e a estabelecerem fortes laços de amizade entre indivíduos do mesmo sexo/género (Messner, 1991). De acordo com Badinter (1993 cit in Sousa e Altmann, 1999), desportos em que a agressividade e a violência sejam características importantes são tidos como a melhor iniciação à virilidade. É no contexto destes desportos que muitos rapazes desenvolvem e adquirem o estatuto de “macho” mostrando publicamente o seu desprezo pela dor, a capacidade de controlarem o corpo, a força e a vontade de ganhar e derrotar os outros. No fundo, é no contexto desportivo, e em particular no contexto de alguns desportos, que os rapazes aprendem a ser “verdadeiros homens”. O desporto para além de contribuir para a construção e expressão da masculinidade, permite também aos homens exibirem tipos de comportamento que são geralmente condenados na vida diária devido à sua forte associação às mulheres (Boutelier e SanGiovanni, 1983). Isto é, comportamentos tais como chorar, abraçar ou contacto corporal são formas de comportamento convencionalmente atribuídas às mulheres. Enquanto as mulheres podem exibir tais comportamentos sem serem criticadas, espera-se que um “verdadeiro homem” evite estas formas de comportamento, ainda que tais formas sejam vistas como algo mais natural e mesmo legitimo no contexto desportivo. Como referem Gomes, Silva e Queirós (2000), comportamentos que no dia a dia são auto e socialmente reprimidos, no contexto desportivo são mais aceites e tolerados.
Para além de serem encorajados a participar em práticas desportivas, os rapazes são também constrangidos a desenvolverem o tipo de corpo que se espera de “um verdadeiro” homem heterosexual. De acordo com Hargreaves (1994), os rapazes apresentam sinais de maior ansiedade em relação à sua identidade sexual do que as raparigas. Esta mesma autora argumenta, que os rapazes têm menos oportunidades do que as raparigas para se exprimirem de formas diferentes das normas convencionais de masculinidade. Aqueles que apresentam mais dificuldades em seguir as normas mais tradicionais tendem a ser considerados como desviantes e podem mesmo ser vistos como efeminados ou homosexuais (Dunning e Maguire, 1996).
Apesar dos constrangimentos sociais em torno dos rapazes/homens, há aqueles que não se conformam às normas convencionais da masculinidade. Por exemplo, nem todos os rapazes/homens entendem o desporto e as atividades físicas da forma anteriormente mencionada. Nem todos os rapazes/homens evitam chorar ou abraçar-se. Alguns rapazes/homens envolvem-se em atividades físicas consideradas mais apropriadas para as mulheres, como é o caso por exemplo da patinagem no gelo. Pode-se argumentar que tais rapazes/homens estão a ajudar a desafiar e, como tal, a transformarem imagens convencionais de masculinidade.
Neste contexto, o entendimento do desporto assim como o valor atribuído ao desporto por rapazes e raparigas tende a ser diferente. Enquanto muitos rapazes valorizam o desporto devido ao importante papel que tem na formação e expressão de identidades masculinas, as raparigas tendem a apresentar uma menor predisposição para a prática desportiva, assim como tendem a considerar o desporto como uma área essencialmente masculina e que pode colocar em risco a sua feminilidade.
Educação Física, desporto e género na escola
A escola é uma importante instituição de socialização e pode ajudar a perpetuar diferenças entre rapazes e raparigas e esperar diferentes comportamentos para cada sexo. Deste modo, a escola tende a reforçar o que se espera de um homem e de uma mulher. Tal reforço é também sentido no tipo de desportos praticados na escola. As jovens raparigas tendem a receber menos brinquedos, do que os rapazes, que estimulem o desenvolvimento motor. Isto pode levar a que estas sejam criticadas devido às suas insuficiências ou dificuldades motoras. Muitas vezes os rapazes criticam as raparigas dizendo-lhes que elas não sabem jogar os verdadeiros jogos masculinos. Simultaneamente, também os professores podem ajudar a perpetuar a noção de que o desporto, ou pelo menos certas atividades desportivas são mais apropriadas para os rapazes e menos adequadas para as raparigas. Ao oferecerem diferentes atividades desportivas e proporcionarem diferentes experiências às raparigas e aos rapazes e ao terem diferentes atitudes em relação a diferentes atividades, os professores contribuem para a manutenção de tradicionais imagens de feminilidade e masculinidade dentro do curriculum da educação física escolar2.
Este trabalho teve como principal objetivo averiguar o modo como crianças do 1º ciclo do ensino básico associam diferentes modalidades desportivas ao género masculino e feminino. Mais especificamente saber quais as modalidades que estas crianças consideram ser mais indicadas para homens, para mulheres e para ambos os géneros.
Metodologia
O grupo foi constituído por 39 alunos (26 do género feminino e 13 do género masculino) do ensino básico da escola E.B.1 de Soutelo, localizada no Concelho de Vila Verde, Distrito de Braga, com idades compreendidas entre os 8 e os 11 anos.
Destes 39 alunos, sete praticavam desporto fora das atividades extracurriculares (3 praticantes de karaté, 2 de futebol e 2 de natação).
Para a recolha de dados, elaboramos uma grelha onde, para cada modalidade desportiva, se apresentava um objeto ou imagem que por um lado permitisse a identificação da modalidade mas que simultaneamente evitasse associar a modalidade a qualquer um dos géneros. O investigador solicitou, individualmente, a cada um dos alunos que observasse as imagens apresentadas na grelha e que indicasse se considerava essa modalidade mais apropriada para o género masculino, para o género feminino ou para ambos os géneros. As respostas dos alunos foram registadas na grelha pelo investigador.
Para a análise dos dados foi utilizado o programa Excel tendo sido calculadas as frequências relativas para cada modalidade independentemente do género, e também para cada um dos géneros.
Apresentação dos resultados
1. Percepções de todos os inquiridos, independentemente do sexo/género
Tabela 1. Classificação das modalidades – todos os inquiridos
Através da observação da tabela 1, podemos verificar que certas modalidades desportivas (futebol, rugby, automobilismo, tiro, esgrima, hóquei em patins) são apresentadas pelos inquiridos como sendo modalidades mais adequadas ao género masculino, e outras (dança) como sendo mais apropriadas ao género feminino. No caso particular da dança, não existe uma única resposta que a refira como sendo indicada para os rapazes. No entanto, importa salientar a existência de 17 inquiridos a indicar esta atividade como sendo adequada a ambos os géneros.
Modalidades como o futebol, basquetebol, hóquei em patins, automobilismo, boxe, tiro e esgrima não obtiveram nenhuma referência como sendo consideradas modalidades adequadas à mulher. Para cada uma destas modalidades, cerca de 70 a 80% dos inquiridos indicaram estas modalidades como sendo mais adequadas ao género masculino. O surf, ainda que não tenha sido indicada como adequada apenas às mulheres, foi apresentada pelos nossos inquiridos como sendo uma modalidade adequada a ambos os géneros. Considerando apenas esta modalidade, mais de 50% dos inquiridos indicaram-na como adequada quer a homens quer a mulheres.
Ginástica, ténis, natação, atletismo, patinagem e escalada foram indicadas como sendo prioritariamente modalidades indicadas para ambos os géneros.
2. Percepções dos inquiridos do sexo/género masculino
Tabela 2. Classificação das modalidades – inquiridos do género masculino
Da observação da tabela 2, podemos verificar que para os inquiridos, há certas modalidades que são indiscutivelmente tidas como tipicamente masculinas – futebol, rugby, basquetebol, hóquei em patins, automobilismo, boxe, tiro e esgrima. Estas modalidades não foram consideradas uma única vez como adequadas apenas ao género feminino, ainda que para algumas delas, os inquiridos tenham indicado (com uma baixa percentagem) que se adequavam a ambos os géneros.
Certas modalidades como a ginástica, o atletismo, a patinagem, a escalada, o surf e a equitação foram indicadas como sendo desportos adequados a ambos os géneros.
A dança, modalidade tradicionalmente associada ao género feminino, foi indicada, por mais de 50% dos inquiridos, como sendo adequada a ambos os géneros.
3. Percepções dos inquiridos do sexo/género feminino
Tabela 3. Classificação das modalidades – inquiridos do género feminino
Através da observação da tabela 3, pode-se verificar que modalidades como o futebol, rugby, hóquei em patins, tiro e esgrima são consideradas pelas inquiridas como essencialmente mais adequadas aos homens do que às mulheres. Modalidades como o rugby, basquetebol, futebol, que devido às suas próprias características (força física, contacto físico, agressividade) estão tradicionalmente mais associadas ao género masculino, foram indicadas pelas inquiridas como sendo mais adequadas à prática masculina.
A dança surge como uma modalidade mais associada à prática por parte das mulheres, com mais de 60% das inquiridas a considerarem-na tipicamente mais feminina. A maioria das modalidades são, porém, indicadas pelas inquiridas como sendo adequadas a ambos os géneros.
Discussão e conclusões
Quando comparados os rapazes com as raparigas verificamos que são os rapazes aqueles que mais tendem a efetuar uma diferenciação das atividades em termos de género. Enquanto que as raparigas tendem a indicar a maioria das modalidades como adequadas a ambos os géneros, os rapazes tendem a apresentar um maior número de modalidades como sendo mais apropriadas à prática masculina do que feminina.
O desporto ou mais concretamente, certos desportos continuam a ser vistos como um domínio essencialmente masculino. Modalidades desportivas tais como o futebol, rugby, basquetebol, hóquei em patins, automobilismo, tiro e esgrima que, devido às suas próprias características (contacto físico, competitividade, força física e risco), têm tradicionalmente sido associadas à construção e expressão de identidades masculinas, são vistas pelos nossos inquiridos como sendo mais adequadas aos homens do que às mulheres.
Modalidades como a dança que devido às suas características (expressividade, delicadeza, graciosidade e elegância) são tradicionalmente associadas ao género feminino, são apontadas pelos nossos inquiridos como sendo uma atividade mais própria para as mulheres.
O modo como os inquiridos classificaram as várias modalidades desportivas ajudam a mostrar como certos padrões de comportamento, transmitidos pela família bem como pelo meio sócio-cultural e histórico de que as crianças fazem parte, estão interiorizados fazendo parte do habitus de muitas destas crianças. Desde muito cedo, e através de uma grande rede de interdependências, muitos rapazes e muitas raparigas aprendem a entender o que é ser um rapaz e o que é ser uma rapariga, e o que é esperado de cada um deles. O mesmo se passa relativamente ao seu envolvimento na prática desportiva e ao próprio entendimento que desenvolvem em relação ao conceito de desporto. Desde cedo, e através do discurso sobre desporto veiculado no meio sócio-cultural, na configuração mais vasta (sociedade) de que são membros, da divisão de tarefas que observam no seio da figuração familiar, muitos rapazes e raparigas aprendem o ver o desporto, ou pelos menos certos desportos, como um domínio essencialmente masculino. Por ser uma área que se considera possuir um importante papel na formação de identidades masculinas, os rapazes são muito mais estimulados para a prática desportiva do que as raparigas (Dunning e Maguire, 1996). Enquanto os rapazes são encorajados para a prática desportiva e são estimulados a desenvolver formas de comportamento tidas como as próprias de um “verdadeiro” homem (Whitson, 1990), das raparigas esperam-se comportamentos e envolvimentos em atividades mais em consonância com as suas características. Das raparigas espera-se o desenvolvimento de atributos tidos como próprios de uma “verdadeira” mulher (debilidade, passividade, dependência, submissão, sensibilidade, subjetividade, etc) e um maior envolvimento em atividades desportivas que coloquem em evidência a graciosidade, flexibilidade e coordenação, isto é, atividades desportivas que reforçam a imagem geralmente existente de feminilidade (Gomes, Silva e Queirós 2000; Hargreaves, 1994).
No entanto, apesar dos inquiridos associarem determinadas modalidades desportivas mais a um género do que a outro, verifica-se que quer os rapazes quer as raparigas indicam já um grande número de modalidades como sendo adequadas a ambos os géneros. Como rapazes e raparigas não são grupos homogéneos, tal pode significar que nem todos os rapazes nem todas raparigas têm o mesmo entendimento do desporto. Enquanto que para alguns rapazes e algumas raparigas, devido à forma como foram e continuam a ser socializados, o tradicional entendimento do desporto é algo perfeitamente normal, para outros e outras o desporto começa a ser visto como algo que pode ser praticado e se adequa à prática de indivíduos de ambos os géneros. Ao considerarem várias modalidades desportivas como sendo adequadas a ambos os géneros, alguns rapazes e algumas raparigas estão, de certo modo, a ajudar a desafiar e a transformar tradicionais noções de masculinidade e feminilidade bem como tradicionais entendimentos do desporto.
Notas
Expressividade refere-se a comportamentos mais relacionados com a aparência, sensibilidade, afetos e cooperação. Instrumentalidade refere-se a comportamentos mais relacionados com independência, habilidade, racionalidade e competitividade
Um estudo realizado por Waddington, Malcolm e Cobb (1998), acerca dos estereótipos de género e educação física indica claramente que as atitudes dos professores de educação física em relação a diferentes atividades incluídas no curriculum nacional continuam a refletir tradicionais estereótipos de género.
Referências
Boutilier, M., & SanGiovanni, L. (1983). The sporting woman. Champaign, Illinois: Human Kinetics.
Dunning, E., & Maguire, J. (1996). Process-sociological notes on sport, gender relations and violence control. International Review for the Sociology of Sport , 31(3), pp. 295-321.
Gomes, P., Silva, P., & Queirós, P. (2000). Equidade na educação - educação física e desporto na escola. Queijas: Associação Portuguesa a Mulher e o Desporto.
Hargreaves, J. (1994). Sporting females - critical issues in the history and sociology of women's sports. Londres e Nova York: Routledge.
Kay, T. (2003). Sport and gender. In B. Houlihan (Ed.), Sport and society (pp. 89-104). Londres: Sage Publications.
Messner, M. (1991). Masculinities and athletic careers. In J. Lorber, & S. Farrell (Edits.), The social construction of gender (pp. 60-75). Londres: Sage Publications.
Sousa, E., & Altmann, H. (1999). Meninos e meninas: expectativas corporais e implicações na educação física escolar. Cadernos CEDES (online) , 19(48), pp. 52-68.
Waddington, I., Malcolm, D., & Cobb, J. (1998). Gender stereotyping and physical education. European Physical Education Review , 4(1), pp. 34-46.
Whitson, D. (1990). Sport and the social construction os masculinity. In M. Messner, & D. Sabo (Edits.), Sport, men and the gender order - critical feminist perspetives (pp. 19-29). Champaign, Illinois: Human Kinetics.
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