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O basquetebol adaptado e seus benefícios aos praticantes

El baloncesto adaptado y sus beneficios para los practicantes

The adapted basketball and its benefits to practitioners

 

*Profissional de Educação Física

**Profa. da Secretaria de Educação do Estado de São Paulo

***Pesquisador, membro da equipe da USP, do Núcleo de Estudos, Ensino

e Pesquisa do Programa de Assistência Primária de Saúde Escolar – PROASE

(Brasil)

Prof. Espec. Felipe Alexandre Mussolini*

Profa. Ms. Silvia Helena Piantino Silveira**

Prof. Dr. José Eduardo Costa de Oliveira***

prof.zedu@usp.br

 

 

 

 

Resumo

          O Esporte Adaptado, de maneira geral, para López e Melo (2002), esbarra na realidade de grande parte dos portadores de necessidades educativas, especiais, no Brasil e no mundo, pois, desponta poucas oportunidades para o aliciamento de praticantes em atividades esportivas, seja com o escopo de movimentar-se, jogar ou praticar um esporte ou atividade física regularmente. No que tange ao Basquetebol Adaptado, o mesmo foi criado em meados da década de 40, também nos Estados Unidos da América, tendo como principal objetivo, minimizar as sequelas dos soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial, bem como proporcionar a possibilidade dos governos envolvidos nos conflitos, que se sentiam na obrigação em dar uma resposta às sociedades, no sentido de fazerem algo para minimizar o sofrimento e as adversidades causadas pela guerra e, assim, “reaproveitarem” os soldados, gravemente lesionados, dando-lhes um sentido de utilidade social (ARAÚJO 1998). Objetivando conhecer e analisar, como o Basquetebol Adaptado pode inferir na qualidade de vida dos sujeitos de pesquisa, foram entrevistados 12 sujeitos, todos, pertencentes ao gênero masculino e integrantes da equipe municipal de Basquetebol de Cadeira de Rodas, da prefeitura de Ribeirão Preto, SP, Brasil, durante o ano de 2010/11. Com o término das análises, acredita-se que o Basquetebol Adaptado possa ser um importante instrumento de motivação, podendo alavancar a retomada da dignidade dos indivíduos acometidos por alguma enfermidade e/ou acidente, que a princípio, aviltou algumas possiblidades, enquanto sujeitos de uma sociedade capitalista, neoliberal, meritocrática, preconceituosa; onde os sujeitos valem aquilo que podem produzir, e não aquilo que são, que significam, e, portanto, servindo como uma ferramenta de ressignificação social.

          Unitermos: Basquetebol. Desporto adaptado. Qualidade de vida. Benefícios. Cadeirantes.

 

Resumen

          El deporte adaptado en general según López y Melo (2002) choca con la realidad de la mayoría de las personas con necesidades educativas especiales, en Brasil y en el mundo, brinda pocas oportunidades para la práctica deportiva, por las limitaciones para moverse, jugar o practicar un deporte o actividad física de forma regular. En cuanto al Baloncesto Adaptado, que se creó a mediados de la década de los años 40 en los Estados Unidos, su principal objetivo era mitigar el sufrimiento de los soldados durante la Segunda Guerra Mundial, así como ofrecer la posibilidad de “aprovechar” a esos soldados, gravemente lesionados, para que continúen siendo socialmente productivos (Araújo 1998). Con el objetivo de comprender y analizar, como el Baloncesto Adaptado influye sobre la calidad de vida de los sujetos del estudio, fueron entrevistados 12 jugadores, todos ellos pertenecientes a los miembros del equipo de baloncesto en silla de ruedas masculino y municipal, la ciudad de Ribeirão Preto, SP, Brasil, durante 2010/11. Con la realización del análisis, se cree que el Baloncesto Adaptado puede ser un importante instrumento de motivación, y pueden colaborar con la dignidad de las personas afectadas por una enfermedad y/o accidente, que al principio limitó algunas posibilidades, como sujetos de una la sociedad capitalista, neoliberal, meritocrática, de prejuicios, donde los sujetos se valen por lo que pueden producir, no por lo que son, lo que significa, y por lo tanto sirve como una herramienta de redefinición social.

          Palabras clave: Baloncesto. Deporte adaptado. La calidad de vida. Beneficios. Sillas de ruedas.

 

Abstract

          The Adapted Sports in general, to Lopez and Melo (2002), collides with the reality of most people with educational needs, special, in Brazil and abroad, thus blunts few opportunities for the recruitment of practitioners in sports, is with the scope to move, play or practice a sport or physical activity regularly. Regarding the Adapted Basketball, it was created in the mid-40s, also in the United States, its main goal is to minimize the consequences of the wounded soldiers during the Second World War, as well as providing the possibility of governments involved in conflicts, who felt obliged to give an answer to companies, to do something to minimize the suffering and hardships caused by war, and thus "reuse" soldiers, seriously injured, giving them a sense of usefulness social (ARAÚJO, 1998). Aiming to understand and analyze, as the Basketball Adapted infer the quality of life of the study subjects, 12 subjects were interviewed, all belonging to the male team members and municipal Basketball Wheelchair, the city of Ribeirão Preto, SP, Brazil, during 2010/11. With the completion of the analysis, it is believed that the Adapted Basketball can be an important instrument of motivation, and can leverage the resumption of the dignity of individuals affected by an illness and/or accident, which at first defiled some possibilities, as subjects of a capitalist society, neo-liberal, meritocratic, prejudiced, where subjects are worth what they can produce, not what they are, what they mean, and thus serving as a tool of social redefinition.

          Keywords: Basketball. Adapted sports. Quality of life. Benefits. Wheelchair.

 

 
EFDeportes.com, Revista Digital. Buenos Aires, Año 17, Nº 172, Septiembre de 2012. http://www.efdeportes.com/

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1.     Introdução

1.1.     O Esporte Adaptado

    O Esporte Adaptado, de maneira geral, para López e Melo (2002), esbarra, inicialmente, na realidade de grande parte dos portadores de necessidades educativas, especiais, no Brasil e no mundo, pois, desponta poucas oportunidades para o aliciamento de praticantes, em atividades esportivas, seja com o escopo de movimentar-se, jogar ou praticar um esporte ou atividade física regularmente.

    Assim, a prática de atividade física e/ou esportiva, por portadores de algum tipo de deficiência (visual, auditiva, mental ou física), pode proporcionar, entre os tantos benefícios da prática regular de atividade física, já cientificamente conhecidos, ainda segundo os mesmos autores, inferir na oportunidade de aprimorar as potencialidades dos portadores de necessidades especiais, bem como prevenir as enfermidades secundárias à sua deficiência e promover a integração social dos indivíduos, agregando-lhes valores terapêuticos e evidenciado benefícios, tanto na esfera física, quanto na social e psíquica.

    No que tange aos aspectos biofisiológico, ressalta-se os proveitos na agilidade; no manejo das cadeiras de rodas; do equilíbrio dinâmico ou estático; de força muscular; da coordenação; da coordenação motora; da dissociação de cinturas; da resistência física e a readaptação ou adaptação física global. Na dimensão psíquica, observa-se proveitos variados, tais como a melhora da autoestima; da integração social; da redução da agressividade e etc. (LÓPEZ e MELO, 2002).

    Esta, portanto, na eleição de uma modalidade esportiva, específica, a oportunidade, aos portadores de necessidades especiais, de suplantar alguma deficiência física, de inferir na melhora de sua condição socioeconômica, na superação das suas limitações e na maximização de suas potencialidades.

    Autores como Guttman (1976b), Seaman (1982), Lianza (1985), Rosadas (1989), Souza (1994), Schutz (1994) e Give it a go (2001), apud López e Melo (2002), ressaltam que os objetivos estabelecidos para as atividades físicas ou esportivas, para portadores de alguma necessidade especial, seja ela física mental, auditiva ou individual, devem ponderar e respeitar as limitações e potencialidades individuais do sujeito que se movimenta, e/ou que pretende voltar a movimentar-se com mais eficácia, apropriando as atividades a estes fatores, bem como englobar objetivos, como:

    A melhoria e o desenvolvimento de autoestima, a autovalorização e a autoimagem; o estímulo à independência e a autonomia; a socialização com outros grupos; a experiência com suas possibilidades, potencialidades e limitações; a vivência de situações de sucesso e superação e de situações de frustração; a melhoria das condições organofuncional (aparelhos circulatório, respiratório, digestivo, reprodutor e excretor); a melhoria na força e na resistência muscular; os ganhos de velocidade; o aprimoramento da coordenação motora global e ritmo; a melhora no equilíbrio estático e dinâmico; a possibilidade de acesso à prática do esporte como lazer, a reabilitação e a competição; a prevenção de deficiências secundárias; a promoção e o encorajamento do movimento; a motivação para atividades futuras; a manutenção e a promoção da saúde e a condição física; o desenvolvimento de habilidades motoras e funcionais para melhor realização das atividades de vida diária e o desenvolvimento da capacidade de resolução de problemas motores do cotidiano (LÓPEZ e MELO, 2002).

    Ratifica-se assim, que para que esses objetivos supracitados sejam atingidos, existe a necessidade, intrínseca, de que estas propostas sejam elaboradas, supervisionadas e ministradas por profissionais preparados, especializados na área de conhecimento de Educação Física, formados em cursos de nível superior, e devidamente registrados nos conselhos fiscalizadores do exercício profissional, para que sejam observadas todas as normas de segurança, evitando novos acasos, atendando-se e orientado todos os tipos de movimentos a serem realizados; auxiliando o portador de necessidades especiais a reconhecer e ser sujeito ativo e protagonista do processo de fomento de suas próprias potencialidades.

    Algumas modalidades esportivas para portadores de necessidades especiais baseiam-se na classificação funcional e atualmente apresentam uma grande variedade de opções. As modalidades olímpicas são: o arco e flecha, atletismo, basquetebol, bocha, ciclismo, equitação, futebol, halterofilismo, iatismo, natação, rugby, tênis de campo, tênis de mesa, tiro e voleibol (ABRADECAR, 2002 apud LÓPEZ e MELO, 2002).

2.     Objetivos

2.1.     Objetivo geral. Conhecer e analisar, como o Basquetebol Adaptado pode inferir na qualidade de vida dos sujeitos de pesquisa.

2.2.     Objetivo específico. Conhecer o processo histórico de criação do Basquetebol e a consequente gênese do Basquetebol Adaptado e suas regras.

3.     Materiais e métodos

3.1.     Tipo de estudo

    Esta investigação foi configurada como pesquisa estratégica, possibilitando entender à realidade e adequá-la aos objetivos propostos; pois, esta modalidade baseia-se em teorias oriundas das ciências sociais, tendo como finalidade principal lançar luz sobre determinados aspectos de uma realidade, utilizando-se de instrumentos básicos de qualquer pesquisa, tanto no que diz respeito aos aspectos teóricos, como os metodológicos, porém, almejando a ação como finalidade primária, portanto, adequada segundo ponto de vista do autor do presente trabalho (ANDRÉ e LÜDKE, 1995).

3.2.     Procedimentos de pesquisa

    Assim, visando potencializar as chances de alcançar os resultados esperados, alguns procedimentos foram utilizados, a exemplo da documentação indireta ou pesquisa bibliográfica, que fora realizada acerca do tema, em livros, textos, periódicos especializados, artigos científicos, monografias, dissertações de mestrado, teses de doutorado, anais de congressos, simpósios, conferências e de materiais (eletrônicos) coletados pela Internet, de onde foram extraídos os conteúdos, sintetizados, prevalecendo às opiniões dos autores.

    Pois, Segundo Minayo (2006), é neste tipo de abordagem, desenvolvida com base em material já elaborado, que permite ao investigador a cobertura de uma gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia se pesquisar diretamente, particularmente quando o problema de pesquisa requer dados muito dispersos pelo espaço.

    Após esta fase teórica da presente proposta de investigação, partir-se-á para a fase seguinte, aqui denominada de - pesquisa de campo.

3.3.     Os sujeitos de pesquisa

    Para a realização da fase supracitada, foram eleitos 12 sujeitos de pesquisa, todos pertencentes ao gênero masculino e integrantes da equipe municipal de Basquetebol de Cadeira de Rodas, da prefeitura de Ribeirão Preto, SP, Brasil, durante o ano de 2010/11.

    A coleta de dados deu-se durante vários dias, até que foi possível a entrevista de todos os sujeitos selecionados.

3.4.     A entrevista

    Sobre as mesmas, as questões da mesma foram elaboradas de forma semiestruturada, previamente agendadas com os atores sociais; posteriormente foram gravadas e transcritas, compostas por um conjunto de perguntas destinadas a conhecer e analisar, como o Basquetebol Adaptado influenciava, ou não, nos processos afetos a promoção da qualidade de vida dos sujeitos de. Para Minayo; Deslandes e Gomes (2007), a entrevista perfaz uma das estratégias mais utilizadas dentro dos processos de pesquisa de campo, sendo ela, sobretudo, uma conversa a dois, e/ou entre vários interlocutores, sempre realizada por iniciativa do próprio pesquisador, que por sua vez, deve ter por finalidade levantar informações pertinentes para um determinado objeto de pesquisa.

3.5.     A análise dos dados

    Para a realização da análise dos dados encontrados, utilizou-se a técnica de Análise de Conteúdo, modalidade de Análise Temática, que de acordo com Bardin (1977) e Minayo (1996) é fundamentada no tema, o qual pode ser representado graficamente através da palavra, frase e resumo, além do fato de se definir tema como a unidade de significação que se liberta naturalmente de um texto analisado, segundo certos critérios relativos à teoria e que serviu de guia à leitura.

3.6.     Aspectos éticos

    No que tange aos procedimentos éticos, a pesuisa foi norteada pelos métodos estabelecidos nas recomendações da Resolução 196/96 do Conselho Nacional de Saúde. A pesquisa também foi previamente cadastrada no SISNEP – Sistema Nacional de Ética em Pesquisa, área de conhecimento 4.00 – ciências da saúde – Educação Física – Nível: diagnóstico; grupo III e, utilizou-se um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, assinado pelos sujeitos de pesquisa.

4.     Referencial teórico

4.1.     A História do Basquetebol

    Encetando por um breve histórico da modalidade em questão, a biografia oficial do Basquetebol, o tradicional, e, segundo os dados da Confederação Brasileira de Basquetebol, foi no ano de 1891, no Estado Norte-americano de Massachussets, no condado de Springfield, durante o longo e rigoroso inverno, que inviabilizava a prática de esportes ao ar livre e as aulas e Educação Física nas escolas de ensino básico e superior naquela região, que esta adversidade climática e a consequente restrição das atividades físicas aos locais fechados (chamadas de atividades in door), e aos esportes como a ginástica, algumas lutas; que desestimulava aos alunos a praticarem esportes (CBB, 2010).

    Foi, então, nesse cenário, que Luther Halsey Gullick, diretor do Springfield College, Colégio Internacional da Associação Cristã de Moços (ACM), convocou o professor canadense James Naismith, para a seguinte missão: pensar em algum tipo de jogo, sem violência, ou menos violento que o Futebol Americano (o desporto mais popular naquela região e época), e que reestimulasse os alunos, durante o inverno, e que pudesse ser praticado no verão em áreas abertas.

    O referido professor, incumbido da tal missão, após algumas reuniões com outros docentes, e após várias tentativas de esboçar, no papel, algo que fosse novo, visualizou que, para cada erro, eles amassavam seus rascunhos em uma bolinha de papel e atirava-as num cesto e lixo.

    Certa hora, já exausto, o professor se percebeu fazendo – algo novo: atirando as bolinhas de papel num cesto!

    Disto, partiu a idéia de que o jogo deveria ter um alvo fixo, um cesto, com algum grau de dificuldade, jogado com uma bola, tendo a sua nesse alvo, como a meta principal da competição.

    A solução surgiu num lampejo de idéia, colocando o alvo (uma cesta de pêssegos – fruta comum naquela região fria dos EUA; e apetrecho típico, nas residências, por se tratar de uma região de cultivo desta fruta, pelos moradores de Springfield).

    Assim, ele pendurou duas cestas de pêssegos, fixas por dois postes de madeira a 3,00 metros de altura do solo, onde se imaginava que nenhum jogador da defesa seria capaz de parar a bola que fosse arremessada para o alvo. Tamanha altura, também dava certo grau de dificuldade ao jogo, como Naismith desejava desde o início (CBB, 2010).

    Nascia, assim, o Basquetebol!

4.2.     A história do Basquetebol Adaptado

    No que tange ao Basquetebol Adaptado, o mesmo foi criado em meados da década de 40, também nos Estados Unidos da América, tendo como principal objetivo, minimizar as sequelas dos soldados feridos durante a Segunda Guerra Mundial, bem como proporcionar a possibilidade dos governos envolvidos nos conflitos, que se sentiam na obrigação em dar uma resposta às sociedades, no sentido de fazerem algo para minimizar o sofrimento e as adversidades causadas pela guerra e, assim, “reaproveitarem” os soldados, gravemente lesionados, dando-lhes um sentido de utilidade social (ARAÚJO, 1998).

    O pós-guerra mundial, portanto, foi o mote principal para a criação do Basquetebol em cadeira de rodas no mundo, e de vários outros desportos adaptados aos portadores de necessidades especiais, por criar uma situação emergencial, onde a construção de centros de reabilitação e treinamento vocacional, em todo o planeta, era extremamente necessária. Os programas de reabilitação destes diferentes centros perceberam que os esportes eram um importante auxiliar na reabilitação dos veteranos de guerra que adquiriram algum tipo de deficiência (LÓPEZ e MELO, 2002).

    Em 1945, o neurologista e neurocirurgião alemão Doutor Ludwig Guttmann, criou no Hospital Stoke Mandeville, próximo à cidade de Aylesburg, o primeiro programa de esportes em cadeira de rodas, com o objetivo de trabalhar o tronco e os membros superiores e também ajudar aos pacientes a revogarem o tédio dentro do hospital, aumentando a autoestima e preparando-os para as atividades sociais e laborais.

    Em 1960, o Dr. Guttmann realizou, juntamente com o Comitê Olímpico Italiano; realizando na cidade de Roma, um evento com uma grandeza Olímpica: o IX Jogos de Stoke Mandeville, uma competição que contou com mais de 400 atletas de 23 países, que apresentavam limitações físicas, quer fossem elas inatas e/ou adquiridas. A partir daí, os jogos de Stoke Mandeville passou a ser chamado de “paraolympics” (Olimpíadas para Paraplégicos).

    Nesse sentido, é que se percebe que o basquete adaptado é uma das poucas modalidades que esteve presente em todas as edições dos Jogos Paraolímpicos. As mulheres disputaram a primeira Paraolimpíada na cidade de Tel Aviv, Israel, no ano de 1968 (CBBC, 2008).

    No Brasil, o basquete em cadeira de rodas foi à primeira modalidade paraolímpica a ser praticada, onde os responsáveis por trazerem a modalidade foram Sérgio Del Grande e Robson Sampaio. Em 1951 Sérgio Del Grande sofreu um acidente durante uma partida de futebol e ficou paraplégico. Seus médicos o aconselharam a buscar tratamento fora do Brasil, onde então, Del Grande viajou para os Estados Unidos em busca de tal tratamento. Lá, Del Grande percebeu o quanto era dado valor a prática esportiva associada ao processo de reabilitação, em pessoas com algum tipo de paraplegia.

    Segundo dados da própria Confederação Brasileira de Basquetebol (CBBC) em cadeiras de rodas, apesar do Basquetebol em Cadeira de Rodas ser a mais antiga modalidade de esportes praticada por portadores de deficiência no Brasil, a Confederação somente foi fundada em 1997, quase 40 anos depois de o Basquetebol ser introduzido no Brasil, por Sergio Del Grande e Robson Sampaio, como supracitado, sendo que, até então, a organização do Basquetebol brasileiro para cadeirantes era da competência da ABRADECAR – Associação Brasileira de Desporto em Cadeira de Rodas, que em razão de compromissos com várias outras modalidades de esportes, não dava ao basquetebol brasileiro, a atenção merecida (CBBC, 2008).

    Em meados da década de 50, Del Grande retornou ao Brasil, trazendo consigo, uma cadeira de rodas especial para a prática do basquetebol. Cadeira esta desenvolvida pelos americanos. Uma antiga fábrica de cadeiras de rodas (Balmer) utilizou esta cadeira como protótipo para desenvolver mais cadeiras no Brasil, Del Grande solicitou à empresa que montasse 10 cadeiras, para que ele desse início ai ao primeiro Clube de Paraplégicos no Brasil.

    Assim, a independência do desporto veio advinda da criação da CBBC, que trouxe ao esporte, desenvolvimento técnico, tático e tecnológico, através do aprimoramento constante das cadeiras de rodas para sua prática, levando o Brasil a ser respeitado em todo o mundo, principalmente, após a realização de competições internacionais, do porte do Mundial Junior, em 2002, e, finalmente, depois de 16 anos, classificou-se novamente para a disputa dos Jogos Paraolímpicos.

    O crescimento do basquetebol no Brasil pode ser medido pelo número de clubes praticando a modalidade – mais de 50, espalhados por praticamente todos os estados da federação (CBBC, 2008).

    Em 1957 formava-se no Brasil a primeira equipe de basquetebol em cadeiras de rodas, e em 1958, o Hospital das Clinicas de São Paulo iniciava os treinamentos do basquetebol para cadeirantes.

    A partir daí, o basquete em cadeira de rodas no Brasil passou a evoluir cada vez mais. Em 1959, a equipe do Clube dos Paraplégicos de São Paulo viajou para a Argentina, para disputar duas partidas contra a seleção daquele país. Venceram os dois jogos, um realizado em Buenos Aires e outro em Mar Del Plata. De lá pra cá, o basquetebol em cadeira de rodas, no Brasil, se fortaleceu cada vez mais (CBBC, 2008).

    Nos II Jogos Parapan-americanos, em Mar Del Plata, em 2003, a seleção brasileira masculina conquistou uma vaga para Atenas 2004, retornando a uma edição de Jogos Paraolímpicos após 16 anos de ausência. Já a seleção feminina participou apenas dos Jogos de Atlanta 1996. No Parapan do Rio de Janeiro, em 2007, o Brasil conquistou o 4º lugar no feminino e o 3º no masculino.

    Nos jogos Paraolimpicos de Pequim 2008, a seleção feminina de basquetebol em cadeira de rodas ficou de fora das quartas-de-finais, após perder para a Inglaterra, e a equipe masculina acabou a competição em oitavo lugar após vencer a África do Sul (CBBC, 2008).

    Contribuindo com a discussão, Zamai e Leoni (2006) asseveram que o Basquetebol Adaptado proporciona aos seus praticantes, inúmeros benefícios físicos, motores e psicológicos. Dentre os benefícios físicos e motores, destacam-se o equilíbrio do tronco, a força, a agilidade, a resistência muscular localizada, a coordenação motora e os reflexos rápidos dos membros superiores, entre outros.

    No âmbito psicológico, vários benefícios que podem ser destacados, entre eles a liberação de sentimentos como a agressividade; medo; frustrações; repressões, satisfação; auto realização e a autoestima; a melhora na qualidade de vida dos seus praticantes.

4.3.     As regras do Basquetebol Adaptado (CBBC, 2008)

    A modalidade é praticada por atletas de ambos os gêneros e que tenham algum tipo de lesão medular, amputação em membros inferiores, sequelas de poliomielite e outras funções que impeçam o individuo de correr, saltar e pular.

    As regras do basquetebol adaptado são muito semelhantes às do basquetebol convencional. A quadra de jogo deve ter as dimensões de 28m x 15m, medidas estas que são requeridas para competições da IWBF (Federação Internacional de Basquetebol em Cadeiras de Roda), as linhas de lance livre e de três pontos são de acordo com as regras da FIBA (Federação Internacional de Basquetebol), a altura da cesta é igual a do basquete tradicional 3,05 metros.

    Como alguma das particularidades, e, resumidamente, para iniciar uma partida, cada equipe deverá contar com no mínimo cinco jogadores, o jogo é dividido em dois tempos de 20 minutos com 30 segundos de posse de bola, e no caso de empate no segundo período será realizado uma prorrogação de 5 minutos cada, infinitamente, até que ao final de um dos tempos extras, uma das equipes esteja um ponto, ou mais, à frente no placar (CBBC, 2008).

    Cada jogador recebe, antes da partida, uma pontuação de acordo com a sua classificação funcional, para os Campeonatos Mundiais da IWBF, competições paraolímpicas, campeonatos locais e torneios classificatórios os times não poderão exceder a 14 pontos (INTERNATIONAL WHELLCHAIR BASKETBALL FEDERATION- IWBF, 2002).

    A classificação funcional varia de 1.0; 1.5; 2.0; 2.5; 3.0; 3.5; 4.0; 4.5; sendo que 1.0 é a classificação de atletas que possuam alguma lesão na qual tem comprometido o equilíbrio do tronco e membros superiores; a classificação 4.5 é atribuída ao atleta que possua ou deficiência mínima ou lesão baixa como, por exemplo, amputação de membro inferior (abaixo do joelho) (CBBC, 2008).

    A cadeira pode ter três ou quatro rodas, sendo duas rodas grandes na parte traseira e uma, ou duas, na parte frontal. O jogador poderá usar uma almofada de material flexível no assento da cadeira, ela deverá ter as mesmas dimensões do assento e não poderá ter mais de 10 cm de espessura, exceto para jogadores de classe 3.5; 4.0 e 4.5, onde a espessura deverá ser de no máximo cinco cm.

    Sempre que possível às cadeiras são feitas sob medida, levando em consideração as limitações físicas e as características de cada jogador.

    As violações são infrações as regras, onde a equipe que a comete perde a posse de bola para a outra equipe, e esta deve ser reposta através de cobrança de lateral no ponto mais próximo ao ponto onde foi cometida a infração. As violações as regras são: Violações fora da quadra: um jogador encontra-se fora de quadra de jogo quando alguma parte de sua cadeira está em contato com a linha limítrofe ou fora dos limites da quadra, se um jogador jogar a bola em um oponente para que ela saia da quadra propositadamente o oponente ficará com a posse de bola (CBBC, 2008).

  • Regra de Progressão: o jogador pode empurrar a cadeira por no máximo duas vezes antes de driblar, passar ou lançar a bola, três empurrões em movimento, constituem uma violação de progressão.

  • Regra dos Três Segundos: um jogador não pode permanecer por mais de três segundos na área restritiva do oponente. Essa restrição não se aplica enquanto a bola está no ar durante um lance para a cesta, durante um rebote ou uma bola morta. Jogadores que permanecerem na área restrita por mais de três segundos cometem uma violação.

  • Faltas: faltas são infrações às regras envolvendo contato físico com o oponente e/ou comportamento antidesportivo. A falta é marcada contra o ofensor e a penalidade pode ser a perda da posse de bola, lance livre ou séries de três lances, dependendo da natureza das faltas. O jogador pode cometer cinco faltas durante a partida, feita a sexta falta ele deve ser retirado do jogo.

  • Falta Pessoal: falta pessoal é aplicada ao jogador quando ele bloqueia, segura, puxa ou impede o progresso do oponente com seu corpo ou com a cadeira.

  • Falta Técnica: a falta técnica é aplicada quando um jogador demonstra conduta antidesportiva, quando se levanta do acento da cadeira, retira seus pés do apoio, usa alguma parte de seus membros inferiores para obter vantagem desleal ou direcionar sua cadeira. Quando uma falta técnica é marcada, o oponente tem direito a dois lances livres e o arremessador é designado pelo capitão da equipe.

    Para todas essas faltas, a cadeira é considerada como parte do jogador, e o contato não acidental entre cadeiras também constitui falta (CBBC, 2008).

4.4.     Saúde e qualidade de vida

    Saúde e qualidade de vida devem ser interpretadas, considerando-se o universo social no qual se encontram inseridos os sujeitos. Sendo que, para tanto, decorre daí a necessidade de avaliá-los - também – noutras perspectivas, tais como a das Ciências Sociais, ótica do presente texto (OLIVEIRA, 2012).

    Atividade física e qualidade de vida, portanto, devem ser entendidas enquanto fenômenos que se inter-relacionam com as diversas dimensões do ser humano, a exemplo da psicológica, sociocultural, e também a biológica (BETTI, 2001). E não somente desta última, que tem sido objeto de inúmeros estudos na comunidade científica, e tem dominado os procedimentos metodológicos de investigação na área.

    No entanto, em boa parte da literatura especializada da Educação Física e das ciências do esporte, onde se relacionam as variáveis - atividade física e sociedade - não são especificadas, ao menos de forma clara, as definições conceituais e operacionais relativas ao constructo destes termos.

    Portanto, a falta de um consenso em torno de sua definição, tem levado muitos estudiosos a empregar o termo “qualidade de vida” de forma reduzida e indiscriminada, desconsiderando sua riqueza e complexidade. Geralmente, associam-no ao conceito restrito de saúde, no sentido de ausência de doenças e de bem-estar físico, preterindo o sujeito social.

    Assim, alerta-se para fato, ao constatar a hegemonia da definição de qualidade de vida, relacionada - apenas - a fatores morfofisiológicos, decorrentes da atividade física. Afirma-se também que ela é utilizada de forma prolixa, resultante do conjunto de benefícios atribuídos ao exercício físico, controle do estresse e estilo de vida.

    Ao situar este problema no âmbito da área da educação física, sustenta-se que o pouco rigor conceitual, corrobora com os objetivos de reduzir, artificialmente, suas complexidades e dificulta sua compreensão e interpretação.

    Numa ótica com um viés sociocultural, concorda-se com Minayo, Hartz e Buss (2000), que - qualidade de vida - é uma noção eminentemente humana, sendo o ser humano um ser, também - eminentemente social - e que se aproxima do grau de satisfação encontrado na vida familiar, amorosa, social, laboral e ambiental.

    Pressupõe-se assim, uma síntese cultural de todos os elementos que determinada sociedade considera, como seu padrão de conforto e bem-estar.

    Este conceito remete, pois, a uma relatividade cultural, por tratar de uma construção social e historicamente determinada, concebida segundo o grau de desenvolvimento de uma sociedade específica.

    Parâmetros subjetivos (bem-estar, felicidade, amor, prazer, inserção social, liberdade, solidariedade, espiritualidade, realização pessoal) e objetivos (satisfação das necessidades básicas e das necessidades criadas pelo grau de desenvolvimento econômico e social de determinada sociedade: alimentação, acesso à água potável, habitação, trabalho, educação, saúde e lazer) se - interagem dentro da cultura - para constituir a noção contemporânea de qualidade de vida.

    Assim, as intervenções da Educação Física estão sempre correndo o risco de adotar e transmitir a cultura massificada, por ignorar o fato de que estes são efetivamente atingidos por ela.

    Como solução, o texto sugere partir, constantemente, dessa cultura de massa, e em cima dela, construir a cultura elaborada (OLIVEIRA, 2011).

5.     Análise dos resultados obtidos

Gráfico 1. Em relação ao tempo de pratica da modalidade

    No gráfico 1 obteve-se os seguintes resultados: 5% dos entrevistados relataram que começaram a jogar basquetebol adaptado a menos de 1 ano; 15% disseram que praticam basquetebol adaptado há 1 ano; 10% que praticam a modalidade a mais de 3 anos; 50% relataram que praticam a modalidade entre 4 e 6 anos e 20% relataram que praticam a modalidade a mais de 8 anos.

Gráfico 2. Em relação a pratica de alguma atividade física, antes do basquetebol adaptado

    No gráfico 2 foi perguntado aos participantes da pesquisa, se eles praticavam alguma atividade física antes do basquetebol adaptado, 80% dos entrevistados responderam que não praticavam nenhuma atividade física, eram sedentários e 20 % dos entrevistados relataram que praticavam sim alguma atividade física, um entrevistado respondeu que praticava treino resistido cinco vezes por semana, além de caminhada, e três atletas eram ex-jogadores de futebol de campo.

Gráfico 3. Sobre a percepção, individual, na melhora das funções do dia-a-dia dos sujeitos de pesquisa, após a prática do Basquetebol Adaptado

    O gráfico 3 nos mostra as melhorias físicas e psicológicas que ocorrem com os praticantes de basquetebol adaptado. Todos os participantes relataram que a sua autoestima melhorou, quando estes começaram a praticar a modalidade; 95% dos entrevistados relataram que houve uma melhoria na capacidade de força, muitos começaram realizar tarefas nas quais eles não conseguiam desempenhar ou faziam com a ajuda de alguém, como por exemplo, sair da cadeira de rodas e ir para cama; 85% dos entrevistados disseram que a resistência muscular foi aumentada com a prática da modalidade, muitos conseguem se locomover por mais tempo sem se fadigar; 90% dos entrevistados relataram que houve um aumento da autonomia, o que se deve ao aumento da força e da resistência muscular, pois estas capacidades físicas auxiliam no dia-a-dia dos indivíduos, ajudando em tarefas simples, como tomar banho, se locomover; 90% dos entrevistados relataram que houve uma melhora na coordenação motora de membros superiores, principalmente s coordenação de tronco, pois quem é acometido por uma paraplegia perde o equilíbrio do tronco.

    Pode-se observar esta afirmação no relato de um entrevistado.

    “Entrevistado: uma das melhorias que eu notei foi na minha percepção de equilíbrio, não conseguia segurar meu filho pequeno no colo, tinha muito medo deixá-lo cair, mais com a fisioterapia e o basquetebol fui reaprendendo a me equilibrar e hoje graças a Deus tenho 99 % do meu equilíbrio estabilizado. (Sujeito de pesquisa 8).

Gráfico 4. Sobre as alterações nas produções profissionais

    O gráfico 4 mostra se houve melhoria nas produções profissionais dos entrevistados, apenas 40% dos entrevistados exercem atividade remunerada, e estes disseram que houveram mudanças significativas nos seus empregos, como por exemplo: maior autonomia perante as atividades exercidas. Os entrevistados relataram sentirem-se menos cansados, ao final da jornada de trabalho; 60% dos entrevistados não exerciam nenhuma atividades remuneradas.

Gráfico 5. Sobre a percepção, individual, na melhoria na qualidade de vida

    Todos os entrevistados relataram que a qualidade de vida melhorou após começaram a praticar o basquetebol adaptado, muitos não saiam de casa, estavam em começo de depressão, sentiam muitas dores, mas tudo mudou com o auxilio do basquetebol, hoje nenhum entrevistados sente vergonha de sair de casa, sentem-se mais felizes, sentem prazer em sair e se divertirem.

    Portanto, os resultados obtidos no gráfico 3 corroboram com as informações do autor Diehl (2006), quando o mesmo relata que há melhorias nas capacidades motoras básicas na vida do ser humano, tais como: equilíbrio, força, agilidade, resistência muscular localizada, resistência cardiorrespiratória, orientação espacial e o aumento do repertório de movimentos. Todas estas capacidades são estimuladas através da modalidade (basquetebol adaptado) e são essenciais para uma vida prazerosa e saudável.

    No gráfico 5, percebe-se que a pratica esportiva pôde contribuir para a melhoria de alguns aspectos da qualidade de vida dos entrevistados, como o desenvolvimento pessoal e a auto realização. Quando submetidos a treinamento físico regular foi comprovado por Lopez e Melo (2002) e Freitas (1997) a melhora nas capacidades físicas e psicossociais.

6.     Conclusões

    Face ao que foi exposto, numa perspectiva de uma análise conclusiva, pode-se concluir que o basquetebol adaptado gera inúmeros benefícios aos seus praticantes, entre esses, adições que vão além das capacidades físicas e motoras, além dos aditamentos psicológicos, tais como a reconstrução das relações sociais e o mais importante: a melhora na qualidade de vida dos praticantes.

    Zuchetto e Castro (2002) corroboram com os dados encontrados pela presente investigação, a exemplo daqueles depreendidos do gráfico 5, asseverando que o basquetebol adaptado, assim como outras modalidades voltadas aos portadores de necessidades especiais, contribuem, significativamente, para a melhoria do convívio social, para a promoção da independência do sujeito social, de um autoconceito mais positivo de si mesmo; enfim, faz com que os portadores de alguma limitação física/mental físicos sejam encorajados a fazer tudo o que são capazes, buscando otimizar o seu potencial, e assim melhorarem a sua qualidade de vida, tornando-se protagonistas desta autotransformação, através do empoderamento individual.

    Gorgatti e Bohme (2002) relatam que ainda existem muitas pessoas que não tem consciência dos benefícios que o basquetebol adaptado pode oferecer, ou ainda não acreditam que são capazes de executar esta tarefa.

    Contudo, também é fato que falta, ainda, uma maior divulgação, tanto da mídia como também de políticas públicas para o fomento da prática esportiva adaptada nas sociedades, pois, muitos portadores de necessidades especiais não praticam nenhum tipo de atividade física, seja por falta de conhecimento sobre os benefícios que são gerados ou por não saberem onde as mesmas, ou até mesma pela falta do seu oferecimento.

    Por fim, com o término das análises, acredita-se que o Basquetebol Adaptado possa ser um importante instrumento de motivação, podendo alavancar a retomada da dignidade dos indivíduos acometidos por alguma enfermidade e/ou acidente, que a princípio, aviltou algumas possiblidades, enquanto sujeitos de uma sociedade capitalista, neoliberal, meritocrática, preconceituosa; onde os sujeitos valem aquilo que podem produzir, e não aquilo que são, o que significam, e, portanto, servindo como uma ferramenta de ressignificação social.

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